sexta-feira, 1 de setembro de 2023

EFEMÉRIDES: HÁ 137 ANOS, EM 01 DE SETEMBRO DE 1886 NASCEU TARSILA DO AMARAL PINTORA, DESENHISTA, ESCULTORA, ILUSTRADORA, CRONISTA E TRADUTORA BRASILEIRA.

 


Tarsila do Amaral foi uma artista plástica brasileira do movimento modernista. Juntamente com Anita Malfatti, ficou conhecida como uma das mais importantes pintoras da primeira fase do modernismo. E, ao lado dos escritores Oswald de Andrade e Raul Bopp, Tarsila inaugurou o movimento denominado “Antropofagia”.

Tarsila de Aguiar do Amaral nasceu em Capivari, no dia 01 de setembro de 1886 e faleceu em São Paulo, 17 de janeiro de 1973. Ela é considerada uma das principais artistas modernistas latino-americanas, além de ser considerada a pintora que melhor alcançou as aspirações brasileiras de expressão nacionalista nesse estilo artístico.

Como integrante do Grupo dos Cinco, Tarsila também é considerada uma grande influência no movimento da arte moderna no Brasil, ao lado de Anita Malfatti, Menotti Del Picchia, Mário de Andrade e Oswald de Andrade. Ela foi fundamental na formação do movimento estético, Antropofagia (1928-1929); na verdade, foi Tarsila quem com seu célebre quadro, Abaporu, inspirou o famoso Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade.

Ela nasceu em uma família rica de fazendeiros e latifundiários que cultivavam café, dois anos antes do fim da escravidão no Brasil. Naquela época, no Brasil, as mulheres não eram incentivadas a grandes carreiras profissionais, principalmente se viessem de famílias abastadas. No entanto, apesar de vir de uma família rica, Tarsila teve o apoio para estudar. Quando adolescente, Tarsila e seus pais viajaram para a Espanha, onde ela chamou a atenção das pessoas desenhando e pintando cópias das obras de arte que viu nos arquivos de sua escola.[10] Tarsila frequentou a escola em Barcelona e mais tarde estudou em sua cidade natal com o pintor Pedro Alexandrino Borges (1864-1942). Ela também frequentou a Académie Julian em Paris e estudou com outros artistas proeminentes (1920-1923).

A partir de 1916, Tarsila do Amaral começou a estudar pintura em São Paulo. Todos eram professores respeitados, mas conservadores.[10] Como o Brasil não tinha um museu de arte público ou uma galeria comercial significativa até depois da Segunda Guerra Mundial, o mundo da arte brasileira era esteticamente conservador e a exposição às tendências internacionais era limitada.

Acredita-se que nessa época (1913-1920) Amaral compôs uma canção em lá menor para voz e piano chamada "Rondo D'Amour". A música permaneceu desconhecida até novembro de 2021, quando sua partitura foi descoberta na casa de sua sobrinha-neta em Campinas. Em 25 de janeiro de 2022, a música foi gravada no teatro da Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte por três professores da instituição: o pianista Durval Cesetti, a soprano Elke Riedel e o tenor Kaio Morais.

Voltando a São Paulo em 1922, Tarsila foi exposta a muitas coisas depois de conhecer Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Esses colegas artistas formaram um grupo que recebeu o nome de Grupo dos Cinco. Antes de sua chegada a São Paulo vindo da Europa, o grupo havia organizado a Semana de Arte Moderna entre os dias 11 a 18 de fevereiro de 1922. O evento foi fundamental para o desenvolvimento do modernismo no Brasil. Os participantes estavam interessados em mudar o estabelecimento artístico conservador brasileiro, incentivando um modo diferenciado de arte moderna. Tarsila foi convidada a se juntar ao movimento e juntos formaram o Grupo dos Cinco, que buscava promover a cultura brasileira, o uso de estilos não especificamente europeus e a inclusão de coisas indígenas do Brasil.

Durante um breve retorno a Paris em 1929, Tarsila foi exposta ao cubismo, futurismo e expressionismo enquanto estudava com André Lhote, Fernand Léger e Albert Gleizes.

Artistas europeus em geral haviam desenvolvido um grande interesse em culturas africanas e primitivas em busca de inspiração. Isso levou Tarsila a utilizar as formas indígenas de seu próprio país enquanto incorporava os estilos modernos que havia estudado. Nessa época, em Paris, pintou uma de suas obras mais famosas, A Negra (1923), cujo principal tema é uma grande figura de uma mulher negra com um único seio proeminente. Tarsila estilizou a figura e aplainou o espaço, preenchendo o fundo com formas geométricas.

Animada com seu estilo recém-desenvolvido e sentindo-se cada vez mais nacionalista, ela escreveu para sua família em abril de 1923:

"Me sinto cada vez mais brasileira. Quero ser a pintora do meu país. Como sou grata por ter passado toda a minha infância na fazenda. As memórias desses tempos tornaram-se preciosas para mim. Eu quero, na arte, ser a garotinha de São Bernardo, brincando com bonecas de palha, como na última foto que estou trabalhando. Não pense que esta tendência é vista negativamente aqui. Pelo contrário. O que eles querem aqui é que cada um traga a contribuição de seu próprio país. Isso explica o sucesso do balé russo, dos gráficos japoneses e da música negra. Paris estava farta da arte parisiense".









FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tarsila_do_Amaral

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