Este ano de 2024, celebram-se os 200 anos da primeira apresentação da sinfonia n.º 9 em ré menor foi a última sinfonia completa de Beethoven, finalizada em 1824.
A sinfonia coral mais conhecida como Nona Sinfonia ou ainda, A Nona, é uma das obras mais conhecidas do repertório ocidental, considerada tanto ícone quanto predecessora da música romântica e uma das grandes obras-primas de Beethoven.
A Nona foi apresentada pela primeira vez, em 07 de maio de 1824, no Kärntnertortheater, em Viena, na Áustria. O regente foi Michael Umlauf, diretor musical do teatro e o compositor Beethoven sentou num local próximo ao palco, no entanto, dissuadido da regência pelo estágio avançado de sua surdez teve direito a um lugar especial no palco, junto ao maestro, mas não ouviu nada.
A nona sinfonia de Beethoven incorpora parte do poema "An die Freude" "À Alegria", uma ode escrita por Friedrich Schiller. Obra-prima do gênio da música Ludwig van Beethoven foi composta entre 1822 e 1824. O quarto movimento, a "Ode à Alegria", tornou-se o hino oficial da União Europeia em 1985. Desde 2003 sua partitura original integra, oficialmente, a lista de Memória da Humanidade.
A Sinfonia n.° 9 tem um papel cultural de extrema relevância no mundo atual. Em especial, a música do último movimento, chamado informalmente de "Ode à Alegria", foi rearranjada por Herbert von Karajan para se tornar o hino da União Europeia.
Outra prova de sua importância na cultura atual foi o valor de 3,3 milhões de dólares atingido pela venda de um dos seus manuscritos originais, feita em 2003 pela Sotheby's, de Londres.
Segundo o chefe do departamento de manuscritos da Sotheby's à época, Stephen Roe, a sinfonia "é um dos maiores feitos do homem, ao lado do Hamlet e do Rei Lear de Shakespeare".
HISTÓRIA
A Philharmonic Society of London "Sociedade Filarmônica de Londres", atual Royal Philharmonic Society, Sociedade Filarmônica Real, comissionou originalmente a obra, em 1817. Beethoven começou a trabalhar nela no ano seguinte, e a terminou no início de 1824, doze anos depois de sua sinfonia anterior. Seu interesse pela Ode à Alegria, no entanto, se iniciou com suas inúmeras tentativas de musicar o poema, ocorridas desde 1793.
A melodia principal e comumente conhecida desta sinfonia aparece em destaque no quarto andamento no compasso 92, tocada, na dinâmica em piano, unicamente pelos violoncelos e contrabaixos na agógica de «Allegro assai». Não deixa de ser curioso que, se ouvirmos com muita atenção, a peça religiosa de Wolfgang Amadeus Mozart intitulada «Ofertório ‘Misericordias Domini’», em ré menor, K.222, datada de 1775, verificamos, para espanto, que existem na Nona Sinfonia de Beethoven algumas ressonâncias desta peça musical, tanto na melodia como até na tonalidade.
A introdução para a parte vocal da sinfonia causou diversas dificuldades para Beethoven. Foi a primeira vez que se tentava utilizar uma componente vocal numa sinfonia. Anton Schindler, célebre amigo de Beethoven, disse posteriormente: "quando ele começou a trabalhar no quarto movimento, a batalha recomeçou, mais intensa do que nunca. Sua meta era a de encontrar uma maneira apropriada de introduzir a ode de Schiller. Um dia ele Beethoven entrou na sala gritando: 'Consegui, consegui!' E então me mostrou um caderno com as palavras 'cantemos a ode do imortal Schiller'".
No entanto, esta introdução acabou nunca chegando à obra final, e Beethoven ainda passou muito tempo reescrevendo aquela parte até que ela atingisse a forma conhecida atualmente.
Letra
da 9ª Sinfonia de Beethoven em português numa tradução menos literal, mantendo a
métrica e a rima do poema original.
Baixo
Ó,
amigos, não nesse tom!
Em
vez disso, cantemos algo mais delicioso
cantar
e sons alegres
Alegre!
Alegre!
Baixo.
Quarteto e coro
Oh
Alegria, sois Divina
filha
de Elísio
tornais
ébria a Poesia
inspirais
Dionísio
Nem
costumes ou tradição
vos
reduzem o Encanto
criais-nos
um mundo irmão
insuflais
o nosso Canto
Feliz
de quem alcançou
ser-se
amigo de um amigo
Quem
doce dama ganhou
jubile-se
comigo
Quem
um só ente conquistou
seja
citado no mundo
mas
se na Alegria falhou
ficai
só moribundo!
Alegria
bebem todos os seres
No
seio da Natureza;
Todos
os bons, todos os maus,
Seguem
seu rastro de rosas.
Ela
nos deu beijos e vinho e
Um
amigo leal até a morte;
Deu
força para a vida aos mais humildes
E
ao querubim que se ergue diante de Deus!
Tenor
e coro
Alegremente,
como seus sóis voem
Através
do esplêndido espaço celeste
Se
expressem, irmãos, em seus caminhos,
Alegremente,
como o herói diante da vitória.
Coro
Abracem-se
milhões!
Enviem
este beijo para todo o mundo!
Irmãos,
além do céu estrelado.
Mora
um Pai Amado.
Milhões,
vocês estão ajoelhados diante Dele?
Mundo,
você percebe seu Criador?
Procure-o
mais acima do Céu estrelado!
Sobre
as estrelas onde Ele mora!
CRÉDITO
TRILHA SONORA
Symphony
No. 9 in D Minor, Op. 125 "Choral": II. Molto vivace · London
Symphony Orchestra · Ludwig van Beethoven · Josef Krips, 1960.
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