quarta-feira, 5 de junho de 2024

200 ANOS DA NONA SINFONIA DE LUDWIG VON BEETHOVEN

 


Este ano de 2024, celebram-se os 200 anos da primeira apresentação da sinfonia n.º 9 em ré menor foi a última sinfonia completa de Beethoven, finalizada em 1824. 

A sinfonia coral mais conhecida como Nona Sinfonia ou ainda, A Nona, é uma das obras mais conhecidas do repertório ocidental, considerada tanto ícone quanto predecessora da música romântica e uma das grandes obras-primas de Beethoven.

A Nona foi apresentada pela primeira vez, em 07 de maio de 1824, no Kärntnertortheater, em Viena, na Áustria. O regente foi Michael Umlauf, diretor musical do teatro e o compositor Beethoven sentou num local próximo ao palco, no entanto, dissuadido da regência pelo estágio avançado de sua surdez teve direito a um lugar especial no palco, junto ao maestro, mas não ouviu nada. 

A nona sinfonia de Beethoven incorpora parte do poema "An die Freude" "À Alegria", uma ode escrita por Friedrich Schiller.  Obra-prima do gênio da música Ludwig van Beethoven foi composta entre 1822 e 1824. O quarto movimento, a "Ode à Alegria", tornou-se o hino oficial da União Europeia em 1985. Desde 2003 sua partitura original integra, oficialmente, a lista de Memória da Humanidade. 

A Sinfonia n.° 9 tem um papel cultural de extrema relevância no mundo atual. Em especial, a música do último movimento, chamado informalmente de "Ode à Alegria", foi rearranjada por Herbert von Karajan para se tornar o hino da União Europeia. 

Outra prova de sua importância na cultura atual foi o valor de 3,3 milhões de dólares atingido pela venda de um dos seus manuscritos originais, feita em 2003 pela Sotheby's, de Londres. 

Segundo o chefe do departamento de manuscritos da Sotheby's à época, Stephen Roe, a sinfonia "é um dos maiores feitos do homem, ao lado do Hamlet e do Rei Lear de Shakespeare".

HISTÓRIA

A Philharmonic Society of London "Sociedade Filarmônica de Londres", atual Royal Philharmonic Society, Sociedade Filarmônica Real, comissionou originalmente a obra, em 1817. Beethoven começou a trabalhar nela no ano seguinte, e a terminou no início de 1824, doze anos depois de sua sinfonia anterior. Seu interesse pela Ode à Alegria, no entanto, se iniciou com suas inúmeras tentativas de musicar o poema, ocorridas desde 1793. 

A melodia principal e comumente conhecida desta sinfonia aparece em destaque no quarto andamento no compasso 92, tocada, na dinâmica em piano, unicamente pelos violoncelos e contrabaixos na agógica de «Allegro assai». Não deixa de ser curioso que, se ouvirmos com muita atenção, a peça religiosa de Wolfgang Amadeus Mozart intitulada «Ofertório ‘Misericordias Domini’», em ré menor, K.222, datada de 1775, verificamos, para espanto, que existem na Nona Sinfonia de Beethoven algumas ressonâncias desta peça musical, tanto na melodia como até na tonalidade. 

A introdução para a parte vocal da sinfonia causou diversas dificuldades para Beethoven. Foi a primeira vez que se tentava utilizar uma componente vocal numa sinfonia. Anton Schindler, célebre amigo de Beethoven, disse posteriormente: "quando ele começou a trabalhar no quarto movimento, a batalha recomeçou, mais intensa do que nunca. Sua meta era a de encontrar uma maneira apropriada de introduzir a ode de Schiller. Um dia ele Beethoven entrou na sala gritando: 'Consegui, consegui!' E então me mostrou um caderno com as palavras 'cantemos a ode do imortal Schiller'". 

No entanto, esta introdução acabou nunca chegando à obra final, e Beethoven ainda passou muito tempo reescrevendo aquela parte até que ela atingisse a forma conhecida atualmente. 

Letra da 9ª Sinfonia de Beethoven em português numa tradução menos literal, mantendo a métrica e a rima do poema original.

 

Baixo

 

Ó, amigos, não nesse tom!

Em vez disso, cantemos algo mais delicioso

cantar e sons alegres

Alegre! Alegre!

 

Baixo. Quarteto e coro

 

Oh Alegria, sois Divina

filha de Elísio

tornais ébria a Poesia

inspirais Dionísio

Nem costumes ou tradição

vos reduzem o Encanto

criais-nos um mundo irmão

insuflais o nosso Canto

Feliz de quem alcançou

ser-se amigo de um amigo

Quem doce dama ganhou

jubile-se comigo

Quem um só ente conquistou

seja citado no mundo

mas se na Alegria falhou

ficai só moribundo!

Alegria bebem todos os seres

No seio da Natureza;

Todos os bons, todos os maus,

Seguem seu rastro de rosas.

Ela nos deu beijos e vinho e

Um amigo leal até a morte;

Deu força para a vida aos mais humildes

E ao querubim que se ergue diante de Deus!

 

Tenor e coro

 

Alegremente, como seus sóis voem

Através do esplêndido espaço celeste

Se expressem, irmãos, em seus caminhos,

Alegremente, como o herói diante da vitória.

 

Coro

 

Abracem-se milhões!

Enviem este beijo para todo o mundo!

Irmãos, além do céu estrelado.

Mora um Pai Amado.

Milhões, vocês estão ajoelhados diante Dele?

Mundo, você percebe seu Criador?

Procure-o mais acima do Céu estrelado!

Sobre as estrelas onde Ele mora!

  

CRÉDITO TRILHA SONORA

Symphony No. 9 in D Minor, Op. 125 "Choral": II. Molto vivace · London Symphony Orchestra · Ludwig van Beethoven · Josef Krips, 1960.

 




 


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