Devido ao sucesso da mostra: A Realidade Máxima das Coisas que reúne de forma inédita 11 artistas nipônicos, com curadoria primorosa do crítico e jornalista Jacob Klintowitz.
A Galeria Frente decidiu adiar o término que aconteceria em 01 de junho para o dia 29 de junho de 2024, ampliando o acesso a mostra em quase um mês. Aproveite essa oportunidade e não deixe de visitar a exposição, entrada gratuita.
Nesta exposição, estão 10 mestres artistas e uma lenda.
Os mestres são Manabu Mabe, Tomie
Ohtake, Yutaka Toyota, Megumi Yuasa, Tikashi Fukushima, Takashi Fukushima,
Flavio Shiró, Tomoshige Kusuno, Jorge Mori, Kazuo Wakabayashi.
A lenda é Tsuguharu Foujita. Ou, como
ele preferia na sua vida ocidental, Foujita. Nesse caso, também estamos diante
de um mestre, mas a sua vida aventurosa, as suas viagens e a sua capacidade de
adaptação estabelecem um sinal duplo, o do mestre artista, o do homem no mundo.
Esses artistas viveram uma
extraordinária experiência. Foram formados numa cultura milenar onde o silêncio
está presente e a linguagem é, ela própria, um novo ser no mundo. Nessa
cultura, a arte não quer nos convencer de nada: ela pretende nos oferecer uma
experiência perceptiva. Em regra, o fruidor percebe o momento que passa e é
fugidio. O sinal de uma vida permanente, pois, em condições semelhantes, o
acontecimento se repete e, finalmente, em si mesmo, o fruidor percebe como esse
contato alargou a sua percepção do real. É o universo da expressão mínima.
E esses artistas entram em contato com
a cultura solar, a vivência brasileira da plena luz. O mundo em que a criação é
a expressão máxima. E, nesse contato com o Novo Mundo, em que o futuro está
sempre presente, em que o tempo representa o sonho da liberdade, do prazer e da
felicidade, esses mestres artistas elaboram, cada um à sua maneira, o diálogo
visual com esse espaço no qual o tempo se prolonga ao infinito.
Shiró: o retrato do ser humano.
Megumi: a pedra que sonhou ser cosmo.
Wakabayashi: o Oriente e o Ocidente
juntos.
Mabe: a natureza intima da matéria.
Tomoshige: a invenção da verdade.
Tikashi: o nascimento da pintura.
Mori: a pintura como perfeição.
Tomie: as superfícies ondulantes da
arte.
Toyota: o encanto dos espaços
invisíveis.
Takashi: a arte é o universo.
Foujita viajou até a França e foi
personagem importante na Escola de Paris. Era um erudito e tratou o Ocidente
com o requinte conceitual do Oriente. Viajante, esteve no Brasil, nos anos
1930/1931, e foi amigo de Candido Portinari, Emiliano Di Cavalcanti e Ismael
Nery. Pintou, fez exposição e nos deixou, entre outras, pinturas do casal
Portinari e forte retrato do poeta Manuel Bandeira. Foujita é um artista
requintado e um símbolo, pois o seu percurso é o do errante, do artista
transplantado, do inovador, do viajante. Sempre a sua presença é o enigma do
viajante, do homem no mundo.
Jacob Klintowitz, curador.
GaleriaFrente
R. Dr. Melo Alves, 400, Cerqueira
Cesar, São Paulo/SP
Informações: +55 (11) 3064-7575
| galeriafrente@galeriafrente.com.br
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