terça-feira, 26 de agosto de 2025

EFEMÉRIDES – 26 DE AGOSTO - NASCIMENTO DE ALBERT SABIN - HOMENAGEM DO FOCUS PORTAL CULTURAL

 

No dia 26 de agosto de 1906, em Bialystok, nasceu Albert Bruce Sabin, médico e pesquisador que deixou uma marca indelével na história da humanidade ao desenvolver a vacina oral contra a poliomielite. 

Sabin dedicou sua vida ao combate dessa enfermidade que, por décadas, causou dor, paralisia e medo em famílias de todo o mundo. Sua criação, a famosa gotinha, tornou-se símbolo de esperança e saúde, principalmente para as crianças. 

Mas o que mais impressiona e desperta admiração em sua trajetória não foi apenas o feito científico, mas a grandeza do seu gesto: Sabin renunciou aos direitos de patente da vacina. Em vez de lucrar com sua descoberta, abriu caminho para que governos e instituições de saúde pudessem distribuí-la em larga escala. Nem todos os cientistas, escritores ou inventores têm essa postura; muitos preferem resguardar interesses pessoais. Sabin, não. Ele escolheu a humanidade. Graças a essa decisão altruísta, milhões de crianças foram imunizadas contra a poliomielite, conhecida no Brasil como paralisia infantil.

Albert Bruce Sabin faleceu em 03 de março de 1993, em Washington, mas seu legado continua vivo em cada vida preservada pela ciência e pela solidariedade. 

O Focus Portal Cultural presta sua homenagem a este gigante da medicina, exemplo de humanidade, altruísmo e dedicação ao bem comum. 

© Alberto Araújo 

BIOGRAFIA DE ALBERT BRUCE SABIN 

Albert Bruce Sabin nasceu em Bialystok, 26 de agosto de 1906, e faleceu em Washington, no dia 03 de março de 1993. Foi um médico e pesquisador que revolucionou a medicina ao desenvolver a vacina oral contra a poliomielite, doença conhecida no Brasil como paralisia infantil.

Nascido em uma família judaica na Polônia, Sabin emigrou ainda jovem para os Estados Unidos, em 1921, fugindo da perseguição antissemita. Naturalizou-se norte-americano e iniciou seus estudos de medicina na New York University, onde se formou em 1931. Desde o início de sua carreira, demonstrou profundo interesse pela pesquisa científica e pelo combate às doenças infecciosas. 

Durante a Segunda Guerra Mundial, Sabin serviu no Exército dos Estados Unidos como médico pesquisador, atuando no estudo e prevenção de doenças tropicais que afetavam soldados. Essa experiência fortaleceu sua determinação em dedicar-se à virologia. 

Nos anos 1950, enquanto o cientista Jonas Salk desenvolvia a primeira vacina injetável contra a poliomielite, Sabin concentrou seus esforços em criar uma versão oral, mais simples de aplicar em campanhas de massa. Em 1961, sua vacina foi adotada em larga escala, tornando-se decisiva para o controle e praticamente a erradicação da poliomielite em muitos países. 

O gesto que definiu sua grandeza foi a renúncia à patente da vacina. Ao abrir mão de qualquer ganho financeiro, Sabin garantiu que sua descoberta chegasse a todos, sem barreiras econômicas ou interesses privados. Essa atitude salvou milhões de vidas e o transformou em símbolo não apenas da ciência, mas também do altruísmo — um exemplo raro, que o diferencia na história. 

Reconhecido mundialmente, recebeu inúmeras homenagens e prêmios por sua contribuição à saúde pública. Até hoje, seu nome é lembrado com respeito e gratidão, especialmente em países como o Brasil, onde as campanhas de vacinação com a “gotinha” transformaram a saúde de gerações. 

Albert Bruce Sabin faleceu em 03 de março de 1993, em Washington, deixando como herança um dos maiores legados da medicina moderna: a vitória da ciência, da generosidade e da solidariedade sobre uma das doenças mais temidas do século XX. 

© Alberto Araújo

Focus Portal Cultural





Hospital Albert Sabin - Lapa - RJ

Hospital Infantil Albert Sabin - Fortaleza - CE

Hospital Albert Sabin Sinai - Juiz de Fora - MG 

Condomínio Albert Sabin - Av. Amaral Peixoto - Niterói - RJ

A "vacina de Albert Sabin" refere-se à vacina oral contra a poliomielite (VOP), desenvolvida pelo médico pesquisador Albert Sabin e lançada na década de 1960. Administrada em gotas e conhecida popularmente como a "gotinha", a vacina de Sabin foi um avanço crucial na luta contra a paralisia infantil, pois prevenia a doença e, ao mesmo tempo, permitia a criação de imunidade intestinal e corporal, além de ser facilmente transmitida entre pessoas, o que ajudou na erradicação da poliomielite em muitas partes do mundo.




segunda-feira, 25 de agosto de 2025

ELOS INTERNACIONAL REUNIÃO ADMINISTRATIVA PREPARATIVOS PARA A XXXV CONVENÇÃO EM NITERÓI

 

25 de agosto de 2025. Em um encontro marcado pela cordialidade, entusiasmo e espírito de união, a presidente Matilde Slaibi Conti, o vice-presidente Sidney Cardoso da França e a governadora do Distrito 8, Márcia Pessanha, reuniram-se com elistas de renome da Instituição: Rubens Carrilho Fernandes, Flávia Pascoal, Maria Panait, Yara Dantas e Alberto Araújo, para tratar de assuntos administrativos e dos preparativos da XXXV Convenção Internacional, que terá como palco a bela cidade de Niterói. 

A reunião transcorreu com uma aura de confiança e clareza. Com fala fluente, Matilde, Sidney e Márcia Pessanha colocaram todos a par de cada detalhe, compartilhando informações, estratégias e inspirações que fazem do Elos Internacional uma Instituição viva, pulsante, de raízes profundas e horizontes amplos. A cada palavra, sentia-se o compromisso com a excelência, a cultura e a amizade luso-brasileira que, há 66 anos, está plasmada no coração desta Instituição. 

Hoje, o Elos Internacional se mostra de vento em popa, pronto para acolher membros, amigos e simpatizantes em uma celebração que ultrapassa fronteiras e reafirma os valores que sempre nos guiaram: união, conhecimento, fraternidade e paixão pela cultura que nos une.

A presidente Matilde, com seu calor e generosidade característicos, estende a todos o convite: Venham! Venham todos participar desta grande festa do Elos Internacional, desta convergência de histórias, afetos e sonhos que, juntos, seguimos construindo.

Marque na sua agenda: 09, 10, 11 e 12 de outubro de 2025. A Cidade Carinho, Niterói, estará de braços abertos para receber você. Será um momento de congraçamento, onde celebraremos o idioma que nos une, em dias repletos de cultura, afeto e alegria. 

A XXXV Convenção Internacional representa mais do que um evento: é a expressão máxima do Elos Internacional, que há 66 anos fortalece os laços entre os países de língua portuguesa, promovendo intercâmbio cultural, educacional e social. É um espaço de diálogo, de aprendizado e de construção coletiva, reunindo membros, representantes de instituições parceiras e personalidades ligadas à cultura lusófona para debater temas cruciais, como a valorização do patrimônio cultural e a integração entre as nações que compartilham o português como idioma. 

A escolha de Niterói não foi por acaso. A cidade respira cultura lusófona, oferece paisagens deslumbrantes e preserva um patrimônio histórico rico e vibrante. A expectativa é que esta Convenção seja um marco, atraindo participantes de diversos cantos do mundo e promovendo debates frutíferos sobre os desafios e oportunidades da comunidade lusófona. 

Sob a liderança da Dra. Matilde Slaibi Conti, personalidade proeminente na cultura lusófona, o Elos Internacional garante a relevância e o impacto desta Convenção. Cada detalhe reflete a dedicação, o zelo e a paixão por fortalecer os laços entre os povos de língua portuguesa. 

A realização da XXXV Convenção Internacional em Niterói é, portanto, um convite à celebração, ao diálogo e à integração. É a oportunidade de consolidar Niterói como um centro de excelência da lusofonia, e o Elos Internacional como farol de cultura, amizade e união entre todos aqueles que compartilham o idioma que nos une. 

Editorial

Alberto Araújo

Diretor de Cultura do Elos Internacional

Diretor do Focus Portal Cultural 


(Clicar na imagem para assistir ao Hino Oficial do Elos Internacional)


LETRA DO HINO DO ELOS INTERNACIONAL

 

Quando nossas nações se juntaram

No pulsar de um só coração,

Do milagre da fraternidade

Esplendidamente nasceu a união.

Sentimento por Cristo pregado,

Como parte integrante da vida,

Não sabemos de qual tantas pátrias

Se tornou a mais nobre e querida.

 

Somos Elistas, sentimos n'alma

Que cada membro é um irmão.

Cantemos todos que a vida só é boa

Quando se tem amor no coração.

Companheiros do altivo ELOS,

Que tão bem sabe unir e prender,

Levantando a voz em um canto,

Trabalhamos pra vê-lo vencer.

 

E nas noites estreladas e lindas,

Em que há chuva brilhante de estrelas,

Cantaremos bem mais vibrantes

As cantigas das terras mais belas.

Somos Elistas, sentimos n'alma

Que cada membro é um irmão.

 

Cantemos todos que a vida só é boa

Quando se tem amor no coração.

 

A música e a letra foram criadas por CE Dulce Sarmento,

do Elos Clube de Montes Claros, MG.




DIALOGANDO COM “ONDE O TEMPO SE AJOELHA” DE ALBERTO ARAÚJO POR © MÁRCIA PESSANHA



           O texto de Alberto Araújo, jornalista, escritor, diretor do Focus Portal Cultural, intitulado “Onde o tempo se ajoelha”, que focaliza a igreja de Santa Luzia, em Luzilândia, sua terra natal, envolveu-me em uma aura de relembranças afetivas também da igreja de Nossa Senhora da Penha, em Tócos, 17º Distrito de Campos dos Goytacazes, meu solo pátrio e de meus ancestrais. Ligações umbilicais que permaneceram através dos tempos, sem o corte metafórico que pudesse separar a vida interior para o desafio do mundo exterior e distante das origens. 

              Seguindo essa trilha do desejo de preservar as raízes de nosso pertencimento, vale citar Mário de Andrade, quando diz no Prefácio Interessantíssimo de Pauliceia Desvairada: “Ninguém pode se libertar de uma vez por todas das teorias avós que bebeu”. Assim, podemos dizer que somos prisioneiros, no bom sentido, das heranças atávicas que contribuem para ser o que nós somos hoje. 

        Sob a visão de Andrea Bosi em “Memória e Sociedade, Lembrança de velhos”, à semelhança do que ela descreve referente à relação do sujeito com o objeto, podemos dizer que a igreja aqui evocada não é um simples monumento arquitetônico, vai muito além, é uma construção sustentada com os pilares da minha biografia, e a de meus familiares. Templo sagrado onde em uma bela manhã de domingo fui batizada, em missa festiva. Depois na idade propícia recebi a 1ª Comunhão, toda vestida de branco, véu com coroa de flores bem delicadas, tal qual uma noivinha. Depois veio momento da Crisma. E bem mais tarde, nessa mesma igreja me casei. Cerimônia que até hoje relembro com muita emoção. Muitas flores brancas e azuis ornamentando o altar, o cheiro do incenso, a Ave-Maria de Schubert tocada na entrada da noiva; as palavras do padre abençoando o casal e dizendo “que o homem não separe o que Deus uniu”. 

           E complementando a ciranda de celebrações cristãs meus dois filhos foram batizados nessa mesma igreja e com o mesmo sacerdote do meu casamento. Essa igreja que foi cenário de vários eventos festivos, também foi espaço de luto, de despedida, pois antigamente nos lugares do interior, os velórios eram feitos ou nas casas dos falecidos, ou nas igrejas e meus pais e avós foram velados nessa igreja. 

     Duas etapas do ser humano: vida e morte, congregados no mesmo espaço sacro. Isto me faz lembrar do “Poema de Natal” de Vinícius de Morares, nos versos “Para isso fomos feitos: para lembrar e ser lembrado, para chorar e fazer chorar, para enterrar nossos mortos (...) por isso temos braços longos para os adeuses/ mãos para colher o que foi dado./(...)Para isso fomos feitos:/ para a esperança no milagre/ para a participação da poesia.”

           E por falar em participação poética, para finalizar, retorno ao texto que motivou esse reencontro sinestésico, em que várias sensações, sentimentos epifânicos se entrelaçam na escrita de “Onde o tempo se ajoelha!” e ouso dizer que hoje, genuflexos, em pensamento, estamos diante do altar daquela bendita igreja, agradecendo a Deus por tudo o que ali vivemos.

 

© Márcia Maria de Jesus Pessanha

25 de agosto de 2025

 

 

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Mensagem a Márcia Pessanha

 

Amiga Márcia, recebi com imensa emoção o seu diálogo com meu texto “Onde o tempo se ajoelha”. Suas palavras atravessaram as fronteiras da minha memória e se entrelaçaram com as lembranças de sua terra e de sua igreja, como se nossas histórias, em diferentes geografias, partilhassem da mesma raiz espiritual. 

Sua escrita é um gesto de afeto e de cumplicidade literária, que transforma o passado em presente e dá continuidade à ciranda de memórias que nos sustenta. A delicadeza com que revisitou sua vida pela trilha de uma igreja é um testemunho de que a poesia se manifesta também nos alicerces da fé, nas celebrações e despedidas, nos instantes que moldam nossa humanidade. 

Agradeço de coração por sua afetividade comigo, por seu olhar generoso e pela partilha dessa intimidade tão bela. Somos, de fato, prisioneiros felizes das heranças afetivas que nos constituem, e é na poesia que elas encontram morada.

Com admiração e gratidão,

Alberto Araújo

25-08-2025



ONDE O TEMPO SE AJOELHA

CRÔNICA DE ALBERTO ARAÚJO 

Hoje, ao deslizar distraidamente pela página de Mana Pereira no Facebook, deparei-me com uma fotografia que me atravessou a alma como um raio de luz. Era a igreja de Santa Luzia, erguida firme no coração da minha cidade natal. A mesma igreja que testemunhou os primeiros passos da minha fé, onde fui batizado, fiz minha primeira comunhão e crisma. 

Ali está ela, imponente e serena, com sua torre apontando para o céu como um dedo que insiste em lembrar-nos de onde viemos e para onde vamos. Seu amarelo vibrante parece aquecer a memória, como se as paredes guardassem os ecos dos cânticos, o cheiro das flores nas festas de padroeira e o murmúrio das orações sussurradas por tantas vozes ao longo do tempo.

Naquele chão, eu era apenas um menino de calças curtas, com os olhos curiosos e o coração aprendendo a decifrar o mistério da vida. O tempo passou, e eu segui meu caminho. Mas a imagem da igreja, agora diante de mim em pixels luminosos, trouxe de volta o menino que fui, devolveu-me sua ingenuidade, sua fé intacta e sua alegria simples diante do sagrado. 

Há fotos que não apenas mostram: elas tocam. Essa, em especial, foi um tiro certeiro nas reminiscências, um chamado doce e inevitável às raízes que nunca se desfazem. A igreja de Santa Luzia não é apenas pedra, pintura ou torre; é o altar silencioso onde repousam pedaços da minha história.

E, diante dela, mesmo de longe, o tempo se ajoelha.

Crédito da foto: Mana Pereira

@Alberto Araújo

 

(Trilha sonora desta postagem - Árvore - Chico Chico e Fran)



UMA NOITE NAPOLITANA NO THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO - FOCUS PORTAL CULTURAL

No dia 26 de agosto de 2025, terça-feira, o palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro será tomado pela força e delicadeza da tradição lírica. O espetáculo Le Voci del San Carlo di Napoli chega da Itália para celebrar a ópera em sua essência, reunindo vozes jovens e talentosas em um encontro entre culturas e gerações. 

Árias imortais de Verdi, Puccini, Mozart, Rossini, Bellini e também do brasileiro Carlos Gomes compõem o repertório, em interpretações que unem rigor técnico e entrega emocional. Entre os solistas convidados, destacam-se Désirée Giove e Francesco Doto, acompanhados ao piano por Luca Spinosa, trazendo a atmosfera de Nápoles diretamente ao coração carioca. 

Mais do que um concerto, será uma travessia pelo tempo: da elegância clássica de Mozart ao lirismo vibrante de Carlos Gomes, passando pelo drama e pela paixão que marcam o Bel Canto italiano.

Uma noite para ouvir, sentir e guardar na memória.

Reserve seu lugar e deixe-se conduzir pelo poder da música. 

Data: 26 de agosto de 2025, terça-feira.

Local: Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Endereço: Praça Floriano, S/N - Centro, Rio de Janeiro - RJ

 

© Alberto Araújo

Focus Portal Cultural




 

UBE-RJ CELEBRA 67 ANOS EM TARDE LITERÁRIA MEMORÁVEL

 

Ana Maria Tourinho e Matilde Slaibi Conti

INFORMATIVO DO ELOS INTERNACIONAL

A Presidente Matilde Slaibi Conti marca presença no evento da UBE-RJ que  celebrou 67 anos em tarde literária memorável 

A Diretoria de Cultura do Elos Internacional informa aos companheiros elistas que a Elista-mor Matilde Slaibi Conti marcou presença, de forma híbrida, no evento literário realizado hoje, que contou também com a participação de nossa companheira elista Ana Maria Tourinho, registrada nas fotos compartilhadas. 

A tarde desta segunda-feira, 25 de agosto de 2025, ficará marcada na memória da cultura fluminense. A União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro (UBE-RJ) celebrou seus 67 anos de existência, reafirmando sua vocação de resistência, memória e amor à palavra escrita.


À frente, esteve o Presidente de Honra da instituição, Edir Meirelles, escritor de reconhecida trajetória, que conduziu a celebração com a firmeza de quem conhece o valor da palavra e a cortesia de quem sabe ouvir o coração da cultura. Edir Meirelles é frequentemente citado em eventos e publicações da UBE-RJ, tendo participado da entrega do Prêmio Democratização da Cultura Stella Leonardos em 2025, além de entrevistas realizadas em 2023 e 2021, que reafirmam sua relevância e compromisso com o fortalecimento da literatura brasileira. 

A celebração ganhou magnitude com a conferência do Professor Dr. Eduardo de Faria Coutinho, que guiou os presentes por uma viagem nas veredas de Guimarães Rosa, desvelando a poética da indagação e a grandeza do mestre mineiro. Tudo aconteceu no tradicional espaço da Sociedade Nacional de Agricultura, no Centro do Rio, reafirmando que a literatura é, antes de tudo, encontro.

Na sequência, aconteceu a posse dos novos membros efetivos da UBE-RJ: 

Cecy Barbosa Campos 

Claudio Carvalho 

Marcos Lopes Firmo 

O brilho da tarde se expandiu ainda mais com o lançamento do livro “Literatura afro/brasileira: memória e contemporaneidade”, de Cecy Barbosa Campos, obra que resgata memórias e afirma presenças no cenário literário brasileiro. 

SOBRE A UBE-RJ 

Fundada em 1958, a UBE-RJ carrega a tradição de congregar escritores, preservar memórias e incentivar novas vozes. Hoje, sob a liderança de Eurídice Hespanhol, reafirma seu papel como espaço de acolhimento, criação e difusão da palavra escrita. 

Com sensibilidade e firmeza, Eurídice tem conduzido a instituição por meio da valorização da produção contemporânea, do incentivo ao diálogo entre gerações e da ampliação das parcerias culturais. Sua gestão reafirma que a literatura é patrimônio coletivo e força transformadora. 

Assim, ao unir tradição e renovação, a UBE-RJ escreve neste 25 de agosto de 2025 mais uma página inesquecível de sua história, honrando o passado e lançando sementes para o futuro.

O Focus Portal Cultural cumprimenta o Presidente de Honra Edir Meirelles pela belíssima condução do evento, os novos membros empossados e todos os escritores que fazem da UBE-RJ uma casa viva e pulsante da literatura brasileira. 

Parabéns, UBE-RJ, pelos 67 anos de existência plasmados no coração literocultural do país.

 

Editorial

© Alberto Araújo

Diretor do Focus Portal Cultural

Diretor de Cultura do Elos Internacional








CRÔNICA DE ICARAÍ - @ ALBERTO ARAÚJO


As amendoeiras amanheceram vestidas de ouro. Suas folhas, que antes eram verdes e firmes, agora cintilam em tons de amarelo queimado, como se o sol tivesse descido à madrugada para pintá-las de luz. De dentro de seus galhos, os passarinhos inauguram o dia, enquanto a brisa salgada do mar de Icaraí sopra memórias sobre a cidade. 

Ali, diante do mar que parece nunca se cansar de se reinventar, estão as velhas guardiãs de pedra, a Itapuca e a Pedra do Índio. Monumentos da própria natureza, erguidos como sentinelas, lembram aos moradores e visitantes que o tempo é mais antigo que qualquer pressa humana. Quem passa por elas, seja a pé no calçadão, seja correndo com os fones nos ouvidos, talvez não se dê conta de que pisa sobre histórias ancestrais, ecoadas no rumor das ondas. 

Mais adiante, quase flutuando sobre o mar, o MAC — Museu de Arte Contemporânea, parece uma nave branca pousada no penhasco. O prédio de Oscar Niemeyer se mistura ao cenário como se fosse um farol moderno: não guia navios, mas olhares. Atrai os que procuram beleza, silêncio, contemplação. Do alto de sua rampa curva, vê-se Icaraí inteira, seus prédios espelhando o sol, suas ruas pulsando com a vida que insiste em caber entre o concreto e o infinito azul da Baía de Guanabara. 

Os habitantes de Icaraí conhecem essa coreografia. São homens e mulheres que carregam dentro de si a rotina do comércio, a pressa do trânsito, mas também o privilégio de conviver com o mar como vizinho de porta. Uns se acostumam e passam sem reparar; outros, porém, ainda param diante das amendoeiras douradas e dizem baixinho: “Que coisa bonita de se ver.”

E é assim que Icaraí se mantém: entre o espanto e o costume, entre o passado que mora nas pedras e o futuro que repousa nas linhas do museu. Enquanto isso, o mar continua,  eterno, calmo ou revolto,  a escrever sua própria crônica, que nunca termina. 

© Alberto Araújo 

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ICARAÍ, O JOVEM DE MIL ALEGRIAS

Icaraí caminha pela Zona Sul de Niterói com a elegância de um jovem que conhece seu valor. Banhado pela Baía de Guanabara, ele observa o Rio de Janeiro do outro lado, sentindo-se parte do mundo e, ao mesmo tempo, guardião das histórias de seu povo. Seu nome, herdado do tupi “Rio de Peixe Acará”, ainda carrega o eco das águas que lhe deram vida e das memórias tupinambás e de Arariboia que o moldaram. 

O bairro se mostra vibrante em sua praia extensa, sempre cheia de risos e vozes, onde o vôlei e o futebol desenham movimentos de alegria na areia dourada. Seu calçadão, à beira-mar, reflete o brilho dos arranha-céus, enquanto milhares de passos percorrem-no todos os dias, a trabalho, a passeio ou simplesmente para sentir o vento e a energia que emana de sua essência.

No coração de Icaraí, o Campo de São Bento floresce com lagos, fontes e um mercado de artesanato que transforma os fins de semana em celebração. Entre pizzarias acolhedoras e restaurantes self-service espalhados pelas ruas, Icaraí oferece sabores simples e genuínos, que aquecem corpo e alma.

Desde seus primeiros dias, cercado por pitangueiras, cajueiros e cactos, até os tempos modernos de prédios, universidades e centros de serviços, Icaraí aprendeu a se reinventar sem perder a poesia de sua existência. Ele ama profundamente seu povo: crianças que correm, jovens que caminham e famílias que compartilham suas histórias; cada sorriso e cada memória são um presente que o bairro guarda com carinho.

Icaraí é um jovem eterno, de mil amores e mil alegrias, convidando todos a descobrir a beleza de suas ruas, a calma de suas praças, a vida que se move em cada esquina. Quem passa por ele percebe: aqui, cada instante é vivido com intensidade, cada onda que toca a areia é um abraço, cada raio de sol um poema.

© Alberto Araújo 


 

domingo, 24 de agosto de 2025

A 6ª EDIÇÃO DO PRÊMIO INTERNACIONAL PENA DE OURO


Normalmente, não participo de concursos literários, mas, a pedido de uma grande amiga, decidi me inscrever na 6ª Edição do Prêmio Internacional Pena de Ouro. 

E atenção: a taxa de inscrição reduzida é válida somente até o dia 25 de agosto de 2025, às 23h59min! 

O Pena de Ouro é um dos mais tradicionais e prestigiados eventos literários, com mais de cinco edições de sucesso, e já se tornou referência no cenário internacional. Serão R$ 108.000,00 distribuídos entre os cinco primeiros colocados das três categorias — Conto, Crônica e Poema — além de um belíssimo troféu exclusivo de aço com detalhe banhado a ouro para os primeiros lugares. 

CATEGORIAS E ESPECIFICAÇÕES

•Conto: 200 a 7.500 palavras, tema livre, Times New Roman 12.

•Crônica: 100 a 2.000 palavras, tema livre, Times New Roman 12.

•Poema: até 5 páginas A4, tema livre, fonte livre. 

O julgamento será feito por jurados de 9 países diferentes, garantindo total imparcialidade e reconhecimento internacional. O evento é mantido exclusivamente pelas taxas de inscrição, sem patrocínios de empresas privadas ou verbas públicas. 

PRAZO E TAXAS

•Inscrições até 29/09/2025.

•Taxa normal: R$ 137,90.

•Taxa com desconto até amanhã, 25/08/2025: R$ 97,90. 

O resultado será divulgado entre dezembro de 2025 e janeiro de 2026, no período do Natal e Ano-Novo, consolidando talentos emergentes ou premiando carreiras já consolidadas. Muitos autores desconhecidos já ganharam destaque após participarem do Pena de Ouro. Não perca a oportunidade de participar deste evento de alcance internacional e tradição inigualável! 

Para mais informações e inscrição, acesse.

https://www.casabrasileiradelivros.com/pena-de-ouro-6?utm_campaign=0344d3b3-a288-4308-b923-11700a1da55c&utm_source=so&utm_medium=mail&cid=e4da22c8-223e-48a0-9bed-6d2c5bb570a4  







02 – ECOS DO PARNASO – VOZES QUE NÃO SE APAGAM - HOMENAGEIA SÁVIO SOARES DE SOUSA – UM SÁBIO NA LITEROCULTURA FLUMINENSE

 

Há homens cuja presença ultrapassa o limite do tempo e da carne, permanecendo como um eco luminoso na memória de quem os conheceu. Sávio Soares de Sousa foi um desses seres raros: jurista de carreira brilhante, escritor de talento múltiplo, trovador sensível, caricaturista espirituoso, crítico literário e cinéfilo apaixonado. Quem com ele convivia, não apenas encontrava um intelectual de vasta cultura, mas também um mestre generoso, capaz de iluminar conversas simples com referências à literatura, à música e também ao cinema, uma de suas grandes paixões. 

No compasso do tempo e na cadência da memória, o Focus Portal Cultural, dirigido pelo jornalista Alberto Araújo, faz ecoar mais uma vez a sua série Ecos do Parnaso, que busca preservar a chama viva de escritores, mestres e criadores que deixaram marcas profundas no universo cultural brasileiro. Hoje, a homenagem se volta a Sávio Soares de Sousa, cuja trajetória é sinônimo de sabedoria, dedicação e generosidade intelectual.


SONETO AO MESTRE SÁVIO - IN MEMORIAM 


Mestre querido, a ti devo o saber,

na tela e no papel, farol aceso,

com tua voz ganhava o mundo peso,

fazendo a arte em mim florescer.

 

No cinema aprendi a compreender

atores, atrizes, cada olhar, seu preço,

teu verbo sempre claro, firme e preso

à luz que não se apaga ao anoitecer.

 

Trovador da justiça e da poesia,

na memória ficas, sábio e amigo,

farol da literária melodia.

 

E hoje, ao recordar-te, aqui bendigo

tua herança de cultura e de alegria:

um mestre eterno a caminhar comigo.

 

© Alberto Araújo


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Nascido em Niterói, em 18 de setembro de 1924, Sávio construiu uma trajetória exemplar no campo jurídico e literário. Bacharel em Direito pela antiga Faculdade de Direito de Niterói, ingressou no Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, onde exerceu cargos de destaque, chegando a Subprocurador-Geral de Justiça. Seu nome esteve ligado a importantes congressos, comissões e bancas examinadoras, sempre pautado pela ética e pelo compromisso com a Justiça. 

Mas foi na seara da palavra que se revelou um verdadeiro operário da cultura. Jornalista, escritor e trovador, esteve à frente de seções culturais em jornais, publicou obras de peso como Ensaios de Minha Douta Ignorância, Rapsódia para Sanfona e E o Canibal Arrependido & Outros Discursos. Participou ativamente de academias de letras e movimentos literários, sendo um dos pilares da literocultura fluminense. 

Sávio nos deixou em 25 de maio de 2022, aos 97 anos, mas sua memória permanece como fonte de aprendizado e inspiração. Sua importância na literocultura brasileira se manifesta tanto em seus escritos quanto na sua paixão pela Sétima Arte. Era impressionante ouvi-lo comentar sobre filmes, atores e atrizes com riqueza de detalhes, como se abrisse, diante de nós, um grande livro de imagens em movimento. Aprendi muito com esse Mestre, que unia a poesia das palavras ao encantamento do cinema, mostrando que arte e vida caminham lado a lado. 

Celebrá-lo na série Ecos do Parnaso – Vozes que Não se Apagam é reafirmar que a grandeza de um homem não se mede apenas por títulos ou cargos, mas pelo quanto ele é capaz de semear cultura, amizade e sabedoria no coração de todos.  

© Alberto Araújo

Alberto Araújo  e Sávio Soares de Sousa