POESIA COMO HORIZONTE
A poesia não anuncia o futuro,
é caminho aberto no presente.
Não é semente que germina logo,
mas raiz que cresce em silêncio,
entre as pedras e o ar leve.
Ela não é a luz do amanhecer,
mas o brilho calmo da tarde,
quando o sol repousa e se faz
guia no céu tranquilo.
A poesia não é instante,
é vastidão que se estende,
tremor sutil que embala o peito,
bússola que aponta o infinito,
um coração que insiste em caminhar
sem amarras, sem pressa,
livre como o vento que nunca se cansa.
© Alberto Araújo
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