O pôr do sol chega como quem sabe
celebrar a vida.
Entre galhos e folhas, o céu se pinta
em festa, espalhando tons de rosa, laranja e violeta como confetes lançados
pela própria eternidade. É a natureza sorrindo em silêncio, convidando o
coração a dançar junto.
As águas refletem essa alegria serena,
e as montanhas ao fundo parecem repousar em paz, como se estivessem também
encantadas pelo instante. O mundo desacelera, o tempo se curva, e tudo se
transforma em um abraço de luz.
Há felicidade escondida nesse cenário:
no encontro entre o dia que se despede e a noite que se prepara para acender
suas estrelas; no simples ato de existir e contemplar; no coração que se deixa
tocar por tanta beleza gratuita.
Esse pôr do sol não é apenas um adeus.
Ele é promessa: de que a vida se renova
a cada amanhecer, de que o amor encontra sempre um jeito de florescer, e de
que, por trás de cada sombra, existe um brilho esperando a hora de iluminar.
© Alberto Araújo
O pôr do sol que a imagem revela parece bordado pelo próprio silêncio da eternidade.
Entre os galhos que emolduram o instante, o céu se veste de púrpura e ouro,
tingindo o mar com a cor dos sonhos que não envelhecem. As montanhas ao fundo,
serenas como sentinelas antigas, repousam na penumbra, enquanto a luz se
despede em reverência. É como se o horizonte respirasse poesia, e cada reflexo
fosse uma palavra não dita, sussurrada apenas ao coração.
As árvores, cúmplices desse espetáculo, abrem
frestas para que o olhar se perca no infinito. A cidade, ali embaixo, diminui
diante da grandeza da natureza: sinais, ruas, pessoas seguem sua pressa, mas o
céu — ah, o céu! — insiste em ensinar que tudo é passagem, menos a beleza que
nos invade quando paramos para contemplar.
Esse pôr do sol não apenas colore o espaço: ele semeia luz dentro de nós, recordando que mesmo quando a noite chega, o dia sempre deixa suas marcas de fogo e ternura no firmamento.
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