sábado, 23 de agosto de 2025

QUANDO O SOL SORRI NO HORIZONTE PROSA LÍRICA DE ALBERTO ARAÚJO


O pôr do sol chega como quem sabe celebrar a vida.

Entre galhos e folhas, o céu se pinta em festa, espalhando tons de rosa, laranja e violeta como confetes lançados pela própria eternidade. É a natureza sorrindo em silêncio, convidando o coração a dançar junto.

 

As águas refletem essa alegria serena, e as montanhas ao fundo parecem repousar em paz, como se estivessem também encantadas pelo instante. O mundo desacelera, o tempo se curva, e tudo se transforma em um abraço de luz.

 

Há felicidade escondida nesse cenário: no encontro entre o dia que se despede e a noite que se prepara para acender suas estrelas; no simples ato de existir e contemplar; no coração que se deixa tocar por tanta beleza gratuita.

 

Esse pôr do sol não é apenas um adeus.

Ele é promessa: de que a vida se renova a cada amanhecer, de que o amor encontra sempre um jeito de florescer, e de que, por trás de cada sombra, existe um brilho esperando a hora de iluminar.

 

© Alberto Araújo

 

  

O pôr do sol que a imagem revela parece bordado pelo próprio silêncio da eternidade.


Entre os galhos que emolduram o instante, o céu se veste de púrpura e ouro, tingindo o mar com a cor dos sonhos que não envelhecem. As montanhas ao fundo, serenas como sentinelas antigas, repousam na penumbra, enquanto a luz se despede em reverência. É como se o horizonte respirasse poesia, e cada reflexo fosse uma palavra não dita, sussurrada apenas ao coração.

As árvores, cúmplices desse espetáculo, abrem frestas para que o olhar se perca no infinito. A cidade, ali embaixo, diminui diante da grandeza da natureza: sinais, ruas, pessoas seguem sua pressa, mas o céu — ah, o céu! — insiste em ensinar que tudo é passagem, menos a beleza que nos invade quando paramos para contemplar.

Esse pôr do sol não apenas colore o espaço: ele semeia luz dentro de nós, recordando que mesmo quando a noite chega, o dia sempre deixa suas marcas de fogo e ternura no firmamento.

 


 

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