A literatura tem o dom de resgatar aquilo que o tempo insiste em levar. É nesse espaço de eternidade que surgiu a coletânea “Mulheres Extraordinárias – O resgate histórico do legado pela palavra escrita e a construção de legados contemporâneos”, que já está em seu quarto volume, organizada pela jornalista, escritora e presidente da Rede Sem Fronteiras, Dyandreia Valverde Portugal, com a coordenação sensível e dedicada de Ana Maria Tourinho.
Mais do que um livro, esta coletânea é um altar de memórias, um encontro de gerações em que mulheres de hoje estendem a mão àquelas que já partiram ao Parnaso das Letras. Cada página se faz ponte entre o passado e o presente, entre a ausência e a permanência, entre a voz que se calou e a palavra que ainda ecoa.
Entre as homenagens que compõem esse mosaico de sensibilidades, a acadêmica Uyára Schiefer presta um tributo especial à saudosa poetisa, declamadora e diretora do Centro Cultural Maria Sabina, Neide Barros Rêgo – personalidade cuja vida foi dedicada à cultura, à palavra e à valorização da arte em nossa cidade.
NEIDE BARROS RÊGO – UMA VIDA DEDICADA À CULTURA
Neide Barros Rêgo foi uma mulher de fibra e delicadeza, de voz que encantava palcos e de olhar que nutria talentos. Como poetisa, espalhou lirismo; como declamadora, fez da palavra música; como diretora do Centro Cultural Maria Sabina, abriu portas para a arte e iluminou caminhos para novos criadores.
Com sua presença sempre marcante, foi mais do que uma acadêmica: tornou-se uma guardiã da cultura local, um farol que irradiou poesia, encontros e esperança. Sua vida foi um testemunho de amor à palavra e de entrega ao coletivo, deixando um legado que permanece vivo.
Hoje, ao segurar em mãos a coletânea Mulheres Extraordinárias, a haicaísta e acadêmica Uyára Schiefer não apenas celebra a literatura: reafirma o poder da palavra como ponte de eternidade. Ao dedicar sua participação à memória de Neide Barros Rêgo, faz ecoar a certeza de que a verdadeira grandeza das mulheres está naquilo que semeiam nos corações e no muito que permanecem, mesmo após a partida.
Este é o sentido maior dessa obra: mostrar que a literocultura é um rio contínuo, que atravessa gerações e jamais se interrompe.
Agradecemos à acadêmica Uyára Schiefer, que nos brinda com sua presença e generosidade ao compartilhar este registro histórico, segurando a obra que já se inscreve como marco de memória e afeto em sua biblioteca pessoal.
Porque falar de mulheres extraordinárias é falar de eternidade.
Editorial
@ Alberto Araújo
Focus Portal Cultural
Nenhum comentário:
Postar um comentário