sexta-feira, 22 de agosto de 2025

O ENCANTO DE MARMELO NA FEIRA PAN-AMAZÔNICA - CRÔNICA DE ALBERTO ARAÚJO

Logo cedo, ao abrir meu WhatsApp, fui surpreendido por uma imagem que me encheu de ternura: uma criança, nos stands da 28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, em Belém, fascinada diante de um livro colorido. O título brilhava em suas mãos curiosas: Marmelo o Sapo Martelo da escritora e poetisa Ana Maria Tourinho. 

Na foto, a cena era simples e, ao mesmo tempo, grandiosa: o pequeno no colo de sua mãe, sorrindo, os olhos acesos de encantamento, como se tivesse acabado de descobrir um novo amigo dentro das páginas. É desse encontro mágico, entre a infância e a literatura, que a Feira se alimenta e se justifica. 

A beleza estava justamente na simplicidade. Não havia ali discursos, nem formalidades, apenas o instante puro de comunhão entre uma obra e a criança. O livro, com suas cores e personagens, despertava no menino uma alegria serena, um primeiro passo para a aventura infinita das palavras. 

A própria autora, emocionada, comentou: “Veja o interesse da criança pelo Marmelo o Sapo Martelo. As crianças ficam fascinadas com o Marmelo, e eu me emociono em ver cenas como estas. Bjks”. 

E não é difícil compreender. O escritor pode percorrer o mundo, participar de eventos e receber prêmios, mas nada se compara ao brilho de um olhar infantil que descobre a magia da leitura. 

A foto é mais que um registro: é testemunho de como a literatura resiste e floresce. Enquanto houver crianças encantadas diante de livros, haverá futuro para a palavra escrita. 

E assim, entre gôndolas e sorrisos, Belém nos lembrou de que a cultura começa nesse gesto singelo: um livro aberto, uma criança atenta e o mundo inteiro prestes a ser descoberto. A cena que fica. Entre tantas credenciais, o que mais emociona é a simplicidade da imagem que inaugurou meu dia: uma criança sorrindo diante de Marmelo, o sapo que agora salta de Belém para o mundo. 

Afinal, é no olhar encantado da infância que a literatura encontra sua eternidade.

© Alberto Araújo

 





A acadêmica Uyara Schiefer disse: “Parabéns, estimado Alberto Araújo, por descrever, a interação do pequeno leitor, com Marmelo. Aliás, você escreve muito bem! Lindo isso: “Afinal, é no olhar encantado da infância que a literatura encontra sua eternidade.” Que bonito, que bonito. Olha só, a sua acessibilidade à flora pele. Parabéns, à poetisa Ana Maria Tourinho.” Uyára.





Nenhum comentário:

Postar um comentário