No sábado, 02 de agosto, data que marca os 36 anos da partida de Luiz Gonzaga, o Recife será palco da pré-estreia do aguardado filme “Luiz Gonzaga — Légua Tirana”, que chega aos cinemas de todo o Brasil em 21 de agosto de 2025. Sob a direção de Marcos Carvalho e Diogo Fontes, o longa mergulha na trajetória do mestre maior do baião, desde sua infância em Exú, sertão pernambucano, até a consagração nacional.
O filme "Luiz Gonzaga: Légua Tirana"
é uma cinebiografia que explora a vida e obra do icônico cantor e compositor
Luiz Gonzaga, focando em sua infância e adolescência. O filme busca retratar as
raízes do artista no Sertão nordestino, suas influências culturais e a formação
de sua identidade musical. A expressão "légua tirana" faz referência
à jornada árdua e aos desafios enfrentados por Gonzaga, simbolizando a
determinação e o sacrifício em sua trajetória artística.
O filme foi dirigido por Diogo Fontes e Marcos Carvalho
Mais do que uma biografia convencional, o filme é costurado com fios de realismo mágico, tecendo um retrato que vai além dos fatos documentais. “Muito do nosso filme é também um pouco do imaginário”, revela Diogo Fontes. “Existe uma pesquisa extensa, mas também um desejo de preencher as lacunas da história com as cores do mito gonzaguiano — imaginar como foi aquela criança, o que ela sonhava, o que a emocionava.”
A semente do projeto germinou a partir do Cinema no Interior, iniciativa de Marcos Carvalho que leva oficinas audiovisuais a municípios do sertão de Pernambuco. Foi durante uma temporada em Exú, cidade natal de Luiz Gonzaga, que surgiu a ideia de transformar a experiência em algo maior: do curta-metragem realizado nas oficinas nasceu a vontade de destrinchar, com mais profundidade, a vida e o legado do Rei do Baião.
“Luiz Gonzaga — Légua Tirana” marca, assim, a primeira vez que a história da origem do artista é contada na tela grande, entrelaçando realidade, memória afetiva e elementos míticos do sertão. É um convite a revisitar não apenas o homem, mas o símbolo, a força cultural e emocional que Luiz Gonzaga representa para gerações.
Num tempo em que a música e a memória precisam ser reafirmadas, o filme se faz presente como um tributo vivo, poético e sensível, celebrando a eternidade de quem fez do baião uma linguagem universal.
© Alberto Araújo
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