Na próxima terça-feira, 05 de agosto,
às 16h, o poeta e músico Ricardo Silvestrin inaugura o ciclo Cadeira
41 com uma conferência especial sobre Mario Quintana, no auditório
da Academia Brasileira de Letras (ABL). A apresentação, coordenada pela
Acadêmica Ana Maria Machado, tem entrada gratuita, com inscrições abertas:
A
entrada é gratuita e as inscrições podem ser feitas pelo link: https://www.even3.com.br/mario-quintana-524869
A
apresentação também será transmitida ao vivo pelo canal da ABL no YouTube pelo
link:
https://www.youtube.com/live/afkHKSj8CDw?si=RcCVr55y0Qb5QG7l
Com sensibilidade crítica, Silvestrin propõe revisitar a vasta produção do poeta gaúcho destacando a sua busca constante por novas formas de expressão. Em sua análise, evidencia como Quintana transitou entre versos metrificados, verso livre, poemas em prosa e até prosa poética, sempre mantendo uma coerência estética que unia simplicidade, humor e profundidade filosófica.
“Quintana foi, acima de tudo, um
pesquisador da forma poética, inquieto e curioso, capaz de experimentar sem
perder a essência do lirismo”, observa Silvestrin. Na conferência, ele também
vai mostrar exemplos dessa pluralidade e como o autor brincava com as
fronteiras entre poesia e narrativa.
Outro ponto de destaque será a comparação entre as antologias organizadas pelo próprio Quintana e aquelas reunidas por terceiros, revelando diferentes olhares sobre a sua produção. Silvestrin também comenta o célebre Portfólio de Mário Quintana, que reúne parte significativa dessa trajetória, marcada por invenção e reinvenção.
Embora nunca tenha integrado os
quadros da ABL, após ser rejeitado três vezes, Quintana recusou entrar
posteriormente, sua poesia ocupa lugar de destaque na literatura brasileira.
Livros como Sapato
Florido, O Aprendiz de Feiticeiro, Caderno
H, Espelho
Mágico, Quintanares e Baú de Espantos
são provas desse legado: textos que falam da infância, do cotidiano e dos mistérios
da vida, sempre com leveza e humor.
Autor de vinte e oito livros, vencedor de cinco prêmios Açorianos de Literatura e mestre em literatura pela UFRGS, Ricardo Silvestrin traz, nessa conferência, um convite a revisitar Quintana não apenas como poeta, mas como eterno inovador da palavra. Uma oportunidade única de (re)descobrir a poesia que, mesmo simples, carrega em cada verso o infinito.
© Alberto Araújo
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