quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

GUIMARÃES ROSA 53 ANOS DE SAUDADES - HOMENAGEM DO FOCUS PORTAL CULTURAL.


GUIMARÃES ROSA 53 ANOS DE SAUDADES 










Guimarães Rosa foi um escritor brasileiro. O romance "Grandes Sertões: Veredas" é sua obra prima. Fez parte do 3.º Tempo do Modernismo, caracterizado pelo rompimento com as técnicas tradicionais do romance.
Infância e Juventude

João Guimarães Rosa nasceu em Cordisburgo, pequena cidade do interior de Minas Gerais, no dia 27 de junho de 1908. Filho de um comerciante da região, aí fez seus estudos primários, seguindo em 1918, para Belo Horizonte, para casa de seus avós, onde estudou no Colégio Arnaldo.

Cursou Medicina na Faculdade de Minas Gerais, formando-se em 1930. Datam dessa fase seus primeiros contos, publicados na revista O Cruzeiro.

Depois de formado foi exercer a profissão em Itaguara, município de Itaúna, onde permaneceu por dois anos. Culto, sabia falar mais de nove idiomas.

Em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, voltou para Belo Horizonte para servir como médico voluntário da Força Pública. Posteriormente atuou como oficial médico no 9º. Batalhão de Infantaria em Barbacena.

Em 1936, Guimarães Rosa participou de um concurso ao Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras, com uma coletânea de contos chamada "Magma", conquistando o primeiro lugar, mas não publicou a obra.
Diplomata

Em 1934, o domínio de vários idiomas levou Guimarães Rosa para o Rio de janeiro onde prestou concurso para o Itamarati, conquistando o segundo lugar.

Em 1938 já era cônsul-adjunto na cidade de Hamburgo, na Alemanha. Quando o Brasil rompeu aliança com a Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial, Guimarães, junto com outros brasileiros, foi preso em Baden-Baden, em 1942.

Libertado no fim do ano, seguiu para Bogotá, como secretário da Embaixada Brasileira. Entre 1946 e 1951 residiu em Paris, onde consolidou sua carreira diplomática e passou a escrever com maior assiduidade.
Sagarana




Em 1937, Guimarães Rosa começou a escrever Sagarana, volume de contos que retrata a paisagem mineira, a vida das fazendas, dos vaqueiros e dos criadores de gado. Com a obra, participa de um concurso ao Prêmio Humberto de Campos, perdendo o primeiro lugar para Luís Jardim.

Em 1946, depois de refazer a obra, e reduzir de 500 para 300 páginas, publica Sagarana. O estilo era absolutamente novo, a paisagem mineira ressurgia viva e colorida, as personagens expressavam o pitoresco de sua vida regional. Sucesso de crítica e público, seu livro de contos recebe o Prêmio da Sociedade Felipe d'Oliveira, esgotando-se, no mesmo ano as duas edições.

Corpo de Baile

Em 1952, em excursão ao Estado de Mato Grosso, conviveu com os vaqueiros do oeste do Brasil, e escreve uma reportagem poética, Com o Vaqueiro Mariano, publicada no Correio da Manhã.

Passados dez anos de sua estreia, Guimarães publica Corpo de Baile (1956), um conjunto de novelas, em dois volumes, com 822 páginas, onde Guimarães continua a mesma apresentação focada em Sagarana, mas agora com arrojadas experiências linguísticas.






Grandes Sertões Veredas

Em maio de 1956, Guimarães Rosa publica Grandes Sertões: Veredas, narrativa épica, em seiscentas páginas, onde apresenta uma linguagem fortemente marcada pela variante caboclo-sertaneja da língua portuguesa, e pela temática, de um lado ligada aos temas do coronelismo e dos jagunços, e de outro, impregnada de uma problemática metafísica e teológica (o problema de Deus, o sentido da vida, etc.). A obra passa a ser o seu grande sucesso editorial.

Academia e Morte

Em 1963, Guimarães Rosa é eleito por unanimidade para a Academia Brasileira de Letras, mas somente tomou posse em 16 de novembro de 1967. Três dias depois da posse, sofre um infarto.

JOÃO GUIMARÃES ROSA morreu no Rio de Janeiro, no dia 19 de novembro de 1967.




OBRAS DE GUIMARÃES ROSA

             Sagarana (1946)
             Corpo de Baile (1956)
             Grandes Sertões: Veredas (1956)
             Primeiras Estórias (1962)
             Tutameia - Terceiras Histórias (1967)
             Estas Estórias (1969) (Obra póstuma)
             Ave, Palavra (1970) (Obra póstuma)
             Magma (1997) (Obra póstuma)



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