Dentre tantos os escritores da literatura brasileira, especialmente, no gênero memórias, faço questão de registrar a obra de Josué Montello, cuja leitura, feita diariamente, me tem sido objeto de identificação e exemplo de vida a ser imitado por todo intelectual que se preze. Sua biografia, eu a vejo como um roteiro ideal para a vida de quem pretenda deixar um rastro de luz aos seus descendentes e herdeiros espirituais. Sávio Soares de Sousa. Em 18 de novembro de 2019.
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JOSUÉ MONTELLO
Quarto ocupante da cadeira 29, foi eleito em 4 de novembro de 1954, na sucessão de Cláudio de Sousa, sendo recebido por Viriato Correia em 4 de junho de 1955. Recebeu os acadêmicos Cândido Mota Filho, José Sarney, José Guilherme Merquior, Evaristo de Morais Filho, Roberto Marinho e Evandro Lins e Silva. Na posse de João de Scatimburgo, leu o discurso de recepção de Miguel Reale, que não pôde comparecer. Presidiu a Academia Brasileira de Letras em 1994 e 1995.
Josué de Sousa Montello nasceu em São Luís do Maranhão, MA, em 21 de agosto de 1917, e faleceu no Rio de Janeiro em 15 de março de 2006. Era filho de Antônio Bernardo Montello e Mância de Sousa Montello.
Iniciou seus estudos em São Luís do Maranhão,
publicando os seus primeiros trabalhos literários em A Mocidade, periódico do
Liceu Maranhense, onde cursou o ginásio.
Em 1932 passa a integrar a Sociedade Literária Cenáculo Graça Aranha, na qual se congregaram os escritores do Maranhão de filiação modernista. Até 1936, colabora nos principais jornais maranhenses. Muda-se, a seguir, para Belém do Pará, onde é eleito, aos 18 anos, membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Pará.
No fim de 1936 transferiu-se para o Rio de Janeiro, passando a fazer parte do grupo que funda o semanário de literatura Dom Casmurro. No mesmo período, colabora em outras publicações, como Careta, O Malho e Ilustração Brasileira, além de jornais diários.
Publica o primeiro romance, Janelas fechadas, em 1941. Seis anos mais tarde é nomeado diretor-geral da Biblioteca Nacional, exercendo também a direção do Serviço Nacional do Teatro.
Em 1953, a convite do Itamaraty, inaugurou e regeu
por dois anos a cátedra de Estudos Brasileiros da Universidade Nacional Mayor
de San Marcos, em Lima, no Peru. A partir de 1954, tornou-se colaborador
permanente do Jornal do Brasil, no qual manteve uma coluna semanal até 1990.
Novamente convidado pelo Itamaraty, regeu, em 1957, a cátedra de Estudos Brasileiros na Universidade de Lisboa, e, em 1958, na Universidade de Madri.
Entre 1969 e 1970, ocupou o cargo de conselheiro
cultural da Embaixada do Brasil em Paris, e de 1985 a 1989 foi embaixador do
Brasil junto à Unesco. De janeiro de 1994 a dezembro de 1995, ocupou a
presidência da Academia Brasileira de Letras. Foi membro de incontáveis
academias e instituições culturais no Brasil e no Exterior.
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