domingo, 23 de novembro de 2025

IMERSÃO MULHER PALESTRANTE COM GISELLE SUARDI – EDIÇÃO ORLANDO - PALESTRANTE CONFIRMADA POLIANA CONTI


Um encontro entre mulheres que sonham alto e crescem juntas. Palestrante confirmada POLIANA CONTI. No dia 24 de novembro, uma manhã inspiradora em Orlando, cheia de insights, networking e desenvolvimento pessoal.

Um encontro entre mulheres que sonham alto e crescem juntas!

Data: 24 de novembro (segunda-feira)

Horário: Das 10h às 13h

Local: 6881 Kingspointe Pkwy, STE 17, Orlando, FL 

Prepare-se para uma manhã transformadora, repleta de insights poderosos, networking de impacto e desenvolvimento pessoal. 

Palestrante confirmada: POLIANA CONTI – referência em liderança feminina e comunicação inspiradora. Conecte-se, e aprenda e se fortalecer ao lado de outras mulheres que estão construindo histórias extraordinárias.




 

VISITA DE ANA MARIA TOURINHO À ESTÁTUA DE ALBERTO BRAUNE EM FRIBURGO




Mensagem de Ana Maria Tourinho:  

Hoje escrevo especialmente para minha amada Dalma Nascimento, após ter estado na Praça  Getúlio Vargas, em Nova Friburgo, e ter conhecido a estátua e o carinho dos Friburguenses por Alberto Henrique Braune, tio-avô de Dalma Braune Nascimento. Ao me encontrar na Praça Getúlio Vargas, cercada pela história viva de Alberto Braune, senti-me transportada no tempo e permiti que o passado me envolvesse. Ali, diante de sua estátua, ele não era apenas uma figura de bronze, mas um amigo antigo, cuja presença eu quase podia tocar. Era como se Braune, com  olhar sereno e espírito vibrante, me acolhesse em sua jornada, convidando-me a caminhar pelas ruas que um dia sonhara.  A cidade pulsava com suas memórias, e, em cada esquina, sua voz parecia sussurrar contos de perseverança e amor à terra. 

Alberto era farmacêutico, nascido em Nova Friburgo, Rio de Janeiro, em 17 de dezembro de 1864, sagitariano, como eu.  Aqui, na bela serra, onde o nevoeiro tece véus sobre montanhas, surge, quase mítico, Alberto Braune, o arquiteto de sonhos, que plantou sementes de modernidade nos sulcos da terra fria. Não apenas um homem, mas uma força da natureza, um vento constante que soprava mudanças na cidade. Imaginemos que cada pedra das calçadas fosse uma palavra de um poema épico, e, Braune, com sua visão aguçada, era o poeta que escrevia o futuro, com tintas de esperança e alvenaria.  As avenidas, que hoje serpenteiam pela cidade, são como linhas de uma composição sinfônica, onde o trânsito e o tempo dançam em compasso harmônico. Sua obra não se limitava ao concreto e ao aço. Alberto Braune era um tecelão de comunidades, entrelaçando histórias e destinos com a habilidade de quem sabe que o verdadeiro alicerce de uma cidade são as pessoas.  Sob sua influência, Nova Friburgo floresceu como um jardim bem cuidado, cada flor, um sonho, acalentado por seu toque visionário. Caminhava pelas ruas como um maestro, entre notas vivas, cada passo, uma batuta que orquestrava a sinfonia urbana.  Conversava com os moradores como quem sonda o coração da própria terra, sempre atento aos sussurros de suas aspirações e desafios. Hoje, ao percorrer as vias que levam seu nome, sentimos o murmúrio de suas visões, nos ventos que atravessam as praças, e cada esquina parece narrar uma história de coragem e transformação. 

Na tapeçaria de Nova Friburgo, Alberto Braune é o fio dourado que reluz, recordando-nos que o verdadeiro legado não se ergue apenas com pedras, mas com o amor e a dedicação que se entrelaçam na alma de uma comunidade. 

Faleceu na mesma cidade, em 5 de maio de 1929. Além de sua profissão, Braune foi um influente cidadão local, contribuindo para o desenvolvimento e modernização de Nova Friburgo, através de seu envolvimento em empreendimentos comunitários e projetos urbanos.

Senti grande emoção em estar ali, conectada, não apenas por laços de amizade, mas por um profundo respeito e admiração. Senti-me parte de algo maior, envolta em um legado de sonhos realizados e esperanças semeadas.

 

Alberto Braune não era apenas um nome gravado em placas e monumentos;  era a própria essência de Nova Friburgo, um amigo que continua a inspirar, guiando-nos gentilmente pelas trilhas do futuro. 

Agradeço de coração a Dalma Nascimento por me informar sobre a estátua de seu tio-avô, na Praça de Nova Friburgo. Esse ato carinhoso me levou a explorar sua rica história, um grande homem, que moldou a cidade com sua visão e dedicação. 

Através desse encontro, não apenas conheci sua obra, mas me senti profundamente tocada pela conexão com o passado e pela importância de seu legado. 

Conhecê-lo foi uma inspiração que enriqueceu minha visão sobre o impacto duradouro que uma vida dedicada ao bem pode ter. Foi um momento de descoberta, que ficará eternamente gravado em minha memória.

 

MENSAGEM DE ALBERTO ARAÚJO

 

Companheira Ana Tourinho, li sua mensagem com emoção e devo dizer que compartilho desse mesmo sentimento ao falar de Alberto Henrique Braune. Também já estive diante de sua estátua na Praça Getúlio Vargas, em Nova Friburgo, e foi um momento marcante para mim. Fiz inclusive uma postagem e um vídeo sobre essa experiência cultural, pois senti que não era apenas uma visita, mas um encontro com a própria alma da cidade. Alberto Braune, meu xará, realmente foi esse arquiteto de sonhos que você descreveu com tanta sensibilidade. Ao estar ali, percebi que sua presença continua viva, não apenas no bronze da estátua, mas nas ruas, nas avenidas e no carinho dos friburguenses. É como se cada pedra da cidade guardasse um pouco de sua visão e de sua dedicação. Assim como você, senti-me transportado no tempo, envolto por sua história e legado.

 

Alberto Braune não foi apenas um farmacêutico ou um cidadão influente; foi um verdadeiro amigo da comunidade, alguém que soube transformar sonhos em realidade e deixar marcas que ainda hoje inspiram. Na época, agradeci também à Dalma Nascimento por nos aproximar dessa memória tão rica. Ela ficou extasiada com minha postagem. Assim, que lembra, fala dessa minha visita. Gostei muito agora, desse gesto que nos conectou não só ao passado, mas ao valor eterno de uma vida dedicada ao bem coletivo.

Abraços do Alberto Araújo.

 

Veja a postagem no link, tem o vídeo também.

https://focusportalcultural.blogspot.com/2025/02/alberto-braune-homenagem-in-memoriam.html












 

NITERÓI: ÁGUAS ESCONDIDAS, CIDADE DE ENCONTROS

Niterói não é apenas um município à beira da Guanabara. É uma cidade que nasceu do encontro entre povos, mares e sonhos. Seu nome, vindo do Tupi Nheterõîa, fala de águas sinuosas, escondidas, que se revelam em enseadas e curvas como segredos guardados pela natureza. 

Foi capital fluminense em tempos de império e república, coroada com mural dourado, símbolo de sua importância. Mas mais do que títulos, Niterói carrega histórias de resistência e de fundação: foi aqui que Arariboia, o chefe temiminó, plantou raízes ao lado dos portugueses, protegendo a entrada da baía e dando origem à Vila de São Lourenço dos Índios. Uma cidade fundada por mãos indígenas, singularidade rara no Brasil. 

Ao longo dos séculos, Niterói se reinventou. Das barcas a vapor que cruzavam a Guanabara ao brilho da Ponte Rio–Niterói, cada obra foi um gesto de ligação, como se a cidade fosse sempre chamada a unir margens, pessoas e culturas. Suas praias: Icaraí, Itaipu, Itacoatiara, guardam nomes que ainda ecoam o idioma ancestral: água sagrada, pedra que ruge, pedra pintada. São poemas naturais inscritos na geografia. 

Hoje, Niterói é modernidade e tradição. É polo cultural, com o Caminho Niemeyer desenhando curvas futuristas à beira-mar, mas também é memória viva, onde o passado indígena e colonial se mistura ao ritmo urbano. É cidade de altos índices de desenvolvimento, mas também de contrastes, onde bairros guardam tanto riqueza quanto desafios sociais. 

Niterói é, enfim, uma metáfora: águas escondidas que revelam sua força quando se olha além da superfície. Uma cidade que não se resume a estatísticas, mas a histórias, símbolos e paisagens que se entrelaçam como versos de um poema coletivo.

 

NITERÓI, TERRA DE ÁGUAS ESCONDIDAS - POEMA

 

Niterói, terra de águas que se ocultam, 

onde o mar se curva em enseadas secretas, 

e a Guanabara abre seus braços sinuosos 

como mãe que guarda filhos dispersos. 

 

Aqui, Arariboia plantou sua aldeia, 

cobra-papagaio, guerreiro da tempestade, 

fundou com passos firmes a São Lourenço dos Índios, 

cidade erguida não por reis, mas por mãos indígenas. 

 

Teu nome, Nheterõîa, ecoa em Tupi, 

fala de rios escondidos, de caminhos aquáticos, 

de segredos que a geografia revela 

quando o sol se deita sobre tuas praias. 

 

Icaraí, água sagrada, altar de espuma; 

Itaipu, pedra que ruge ao encontro das ondas; 

Itacoatiara, mural pintado pela eternidade. 

Cada bairro é um poema, cada praia uma oração. 

 

Foste capital coroada em ouro, 

cidade imperial, cidade moderna, 

onde Niemeyer desenhou curvas futuristas 

como se fossem prolongamentos das montanhas. 

 

Mas és também memória viva, 

de barcas que cruzam mares, 

de pontes que unem destinos, 

de povos que se encontram e se transformam. 

 

Niterói, águas escondidas, 

teu coração pulsa entre passado e futuro, 

entre o canto dos temiminós e o rumor das avenidas. 

És poema coletivo, és cidade que respira. 

 

ORIGEM DO NOME NITERÓI E SEUS BAIRROS 

O nome “NITERÓI” vem do Tupi-Guarani e significa “Águas Escondidas”. Essa denominação está ligada tanto à geografia da região quanto à forma como os povos indígenas interpretavam o espaço da Baía de Guanabara.

TUPI ANTIGO: O termo original era Nheterõîa, usado pelos indígenas para designar áreas ligadas à Baía da Guanabara.

TRADUÇÃO: “Niter” (ou y) significa “água” ou “rio”, e “ói” pode ser entendido como “caminho”, “passagem” ou “escondido”.

INTERPRETAÇÃO: Assim, Niterói pode ser traduzido como “águas escondidas”, “caminho das águas” ou “porto sinuoso”.

RELAÇÃO COM A GEOGRAFIA 

A cidade está localizada em frente ao Rio de Janeiro, separada pela Baía de Guanabara. A região possui enseadas, lagoas e recortes costeiros que criam a sensação de águas que se escondem entre morros e praias. Para os povos indígenas, essa característica natural justificava o nome, já que a água parecia se ocultar em passagens e curvas da costa. 

HISTÓRIA DO USO DO NOME

O termo “Niterói” já era usado no século XVI, quando os portugueses chegaram. Em registros antigos, aparece grafado como “Nictheroy” ou “Nitheroy”. Foi oficializado como nome da cidade em 1835, quando Niterói se tornou município. 

CURIOSIDADE: Niterói é a única cidade brasileira fundada por um indígena, o cacique temiminó Araribóia, cujo nome significa “Cobra da Tempestade”. 

EM RESUMO

O nome Niterói não é apenas uma tradução literal, mas uma visão poética dos povos indígenas sobre a paisagem local. As águas que se escondem entre morros e enseadas deram identidade à cidade e permanecem até hoje como parte de sua história e cultura. 

SIGNIFICADOS DE ALGUNS BAIRROS DE NITERÓI EM TUPI-GUARANI, REVELANDO A HERANÇA INDÍGENA NA REGIÃO.

Icaraí

Origem: Icarahy

I = água ou rio

Carahy = sagrado ou bento

Significado: “Água sagrada” ou “rio sagrado”

 

Itaipu

Origem: Itá + ipu

Itá = pedra

Ipu = que brota, que sai (com estrondo)

 

Significado: “Água que sai das pedras” ou “rio que brota das pedras com estrondo”

 

Itacoatiara

Origem: Itá + coatiara

Itá = pedra

Coatiara = pintada, gravada, riscada

 

Significado: “Pedra pintada” ou “pedra riscada”, em referência às formações rochosas e inscrições rupestres

 

Resumindo

Niterói = Águas escondidas

Icaraí = Água sagrada

Itaipu = Água que sai das pedras

Itacoatiara = Pedra pintada 

Esses nomes mostram como os povos indígenas descreviam poeticamente a paisagem: rios, pedras e águas eram vistos como elementos vivos e sagrados, e essa visão permanece gravada na identidade da cidade.

 

NITERÓI – ÁGUAS ESCONDIDAS - CRÔNICA

Niterói desperta como quem abre os olhos para o mar. O sol nasce por trás dos morros e se derrama sobre a Guanabara, tingindo de ouro as águas que os antigos chamaram de Nheterõîa — águas escondidas, sinuosas, misteriosas.

A cidade respira sua história em cada esquina. Foi capital coroada, cidade imperial, palco de encontros e disputas. Mas antes de tudo, foi aldeia indígena, fundada por Arariboia, o guerreiro temiminó que atravessou mares e batalhas para plantar sua gente na Banda d’Além. Niterói é, assim, uma raridade: uma cidade brasileira que nasceu das mãos de um indígena.

As praias são poemas que se escrevem com espuma. Icaraí, água sagrada, onde o horizonte se abre como altar. Itaipu, pedra que ruge, lembrando que o mar também fala. Itacoatiara, mural pintado pela eternidade, guardando inscrições invisíveis nas rochas.

O tempo passa, mas Niterói se reinventa. Das barcas que cruzam a baía ao traço ousado de Niemeyer, cada gesto urbano é uma ponte entre passado e futuro. A cidade é feita de curvas, curvas de montanhas, curvas de arquitetura, curvas de histórias que nunca se desenham em linha reta.

E no coração da metrópole, Niterói continua sendo metáfora: águas que se escondem, mas que revelam sua força a quem sabe olhar. Cidade de encontros, de memórias e de sonhos, que pulsa entre o canto dos povos originários e o rumor das avenidas modernas.

Niterói não é apenas lugar. É narrativa. É poema coletivo escrito por gerações. É a cidade que respira cultura e guarda em suas águas o segredo de ser eterna.

LENDA DE NITERÓI – ÁGUAS ESCONDIDAS 

Dizem os mais velhos que, antes de haver cidade, havia apenas o mar e os morros que guardavam a Guanabara. As águas se escondiam em curvas secretas, como serpentes adormecidas, e os espíritos da floresta chamavam aquele lugar de Nheterõîa — águas sinuosas, águas ocultas.

Foi então que surgiu Arariboia, o guerreiro temiminó. Seu nome significava cobra-papagaio, criatura que une o rastejar da terra ao voo do céu. Expulso de sua ilha natal, ele vagou como exilado, até que os ventos o trouxeram de volta à entrada da baía. Ali, diante das águas escondidas, Arariboia ouviu o chamado dos ancestrais: “Protege este porto sinuoso, pois aqui nascerá um povo.” 

E assim, com sua tribo, ergueu a aldeia de São Lourenço dos Índios. As praias tornaram-se guardiãs de nomes sagrados: 

Icaraí, a água que é altar, onde o sol repousa.

Itaipu, a pedra que ruge, lembrando que a terra também fala.

Itacoatiara, mural pintado pelos deuses, inscrição eterna na rocha.

Os séculos passaram, e sobre as águas escondidas ergueram-se pontes, barcas e palácios. Mas os espíritos ainda sussurram: Niterói não é apenas cidade, é canto ancestral. É o lugar onde o mar se curva para guardar segredos, e onde o homem e a natureza se encontram para escrever juntos uma história que nunca termina.


© Alberto Araújo


 









sábado, 22 de novembro de 2025

NITERÓI, MENINA, MULHER E SENHORA DA CULTURA – 452 ANOS DE HISTÓRIA E ENCANTOS - © ALBERTO ARAÚJO – FOCUS PORTAL CULTURAL


No dia 22 de novembro, o calendário se curva diante da memória e da beleza de Niterói. São 452 anos de uma cidade que nasceu como menina sonhadora, cresceu como mulher determinada e hoje se afirma como senhora da cultura, guardiã de tradições e inventora de futuros. Niterói não é apenas um ponto no mapa: é um coração pulsante à beira da Baía de Guanabara, um palco onde a história se mistura com a poesia, e onde cada rua, cada praça e cada olhar revelam a alma de um povo que sabe celebrar a vida. 

Menina dos mares. Niterói nasceu olhando o mar. Menina curiosa, brincava com as ondas e aprendia com os ventos que sopravam histórias de navegantes e povos originários. Foi no encontro das águas e das terras que se desenhou sua identidade: uma cidade que carrega em si o espírito da travessia, da ponte invisível que une culturas, pessoas e sonhos. Essa menina cresceu ouvindo cantos indígenas, rezas coloniais e batuques africanos, e desde cedo aprendeu que sua força estava na diversidade. 

Mulher da cultura. Com o tempo, Niterói se fez mulher. Mulher que dança, que canta, que pinta, que escreve. Mulher que ergueu teatros, museus e bibliotecas, que deu ao Brasil artistas de renome e que se tornou referência em arte e pensamento. É a mulher que acolhe o MAC como joia arquitetônica e cultural, que guarda o Theatro Municipal como templo da arte, que celebra a música popular e a erudição, que abre espaço para o cinema, para a literatura e para o teatro de rua. Niterói é mulher que inspira, que educa, que transforma. É mulher que se reinventa sem perder suas raízes. 

Senhora da tradição e da modernidade. Hoje, Niterói é senhora. Senhora da cultura, senhora da memória, senhora da inovação. Uma cidade que honra seus mestres do passado e abre portas para os jovens criadores do presente. Senhora que sabe que cultura não é apenas espetáculo, mas também resistência, identidade e futuro. Senhora que se orgulha de seus bairros, de suas escolas de samba, de seus grupos folclóricos, de seus coletivos artísticos. Senhora que se veste de festa em cada aniversário, mas que também se veste de luta quando é preciso defender sua gente e sua história. 

Cultura viva. Niterói é palco e plateia. É tamborim e violino. É poesia declamada na praça e é livro aberto na biblioteca. É grafite colorindo muros e é quadro exposto em galerias. É roda de capoeira e é espetáculo de dança contemporânea. É feira popular e é concerto sinfônico. É cultura viva, que pulsa nas veias de quem aqui nasceu e de quem aqui escolheu viver. É cidade que entende que cultura é alimento da alma, é ponte entre gerações, é luz que ilumina caminhos.

Cidade que abraça. Niterói é também abraço. Abraço que acolhe quem vem de longe, quem chega com saudade de sua terra natal, quem busca um lar para seus sonhos. É cidade que se abre como porto seguro, que oferece suas praias como consolo e suas ruas como convite. É cidade que sabe ser mãe, amiga e companheira. É cidade que se orgulha de ser plural, de ser mistura, de ser encontro. E é nesse abraço que eu, nordestino, encontro minha alegria. Viver em Niterói é sentir o calor de uma cidade que me acolhe como filho, que me ensina como mestre e que me inspira como musa. É caminhar por suas ruas e ouvir ecos da minha própria história, é olhar para o mar e lembrar-me das travessias que me trouxeram até aqui. É descobrir que, mesmo longe da terra natal, posso me sentir em casa, porque Niterói é casa de todos que nela acreditam. É alegria viver em seus braços, menina, mulher e senhora da cultura. 

PARABÉNS, Niterói, pelos seus 452 anos. Que sua história continue sendo escrita com poesia, coragem e cultura. Que sua alma permaneça aberta ao mundo, e que seu abraço siga acolhendo todos nós que temos a honra de viver em seu coração. 

© Alberto Araújo 

Focus Portal Cultural

(Clicar na imagem para ver o gif)









PRESIDENTE DO ELOS INTERNACIONAL MATILDE CARONE SLAIBI CONTI PARTICIPA DE ENCONTRO CULTURAL EM JUIZ DE FORA

 

Matilde Carone Slaibi Conti - Presidente do Elos Internacional

Na manhã de 22 de novembro, a cidade de Juiz de Fora – MG foi palco de um encontro memorável que reafirma a força da cultura, da literatura e da amizade entre os povos. A presidente do Elos Internacional, Matilde Carone Slaibi Conti, deslocou-se de Niterói até Juiz de Fora para prestigiar a solenidade realizada na Academia Juiz-Forana de Letras, sob a presidência da escritora e acadêmica Cecy Barbosa Campos. 

O evento marcou a posse de dois nomes de grande relevância para a cena literária de Visconde do Rio Branco: Ana Maria Moreira, presidente do Elos local, e Cléber Lima, presidente da Academia Rio-branquense de Letras. Ambos foram empossados como sócios correspondentes da Academia Juiz-Forana, em cerimônia carregada de emoção e simbolismo. 

Ana Maria Moreira recebeu seu diploma das mãos de Luciane Fontes, gesto que simbolizou não apenas a oficialização de sua entrada na instituição, mas também o reconhecimento de sua trajetória dedicada à literatura e à cultura. 

Cléber Lima, por sua vez, teve seu diploma entregue pelo neto Gabriel Lima, perpetuando a tradição e selando a continuidade da geração Lima. O momento foi marcado por lágrimas, aplausos e a certeza de que a literatura é também um elo entre gerações. 

Cléber Lima, além de sua atuação como presidente da Academia Rio-branquense de Letras, possui uma trajetória política e social de destaque: foi deputado estadual e prefeito, sempre mantendo a cultura como eixo central de sua vida pública e pessoal. Sua entrada como sócio correspondente reforça a importância de unir forças entre academias e instituições literárias. 

Fundada há mais de quatro décadas, a Academia Juiz-Forana de Letras é uma das mais conceituadas instituições culturais da cidade. Localizada no coração de Juiz de Fora, sua sede é um espaço acolhedor, repleto de estantes que guardam obras de autores locais, nacionais e internacionais. 

No dia 31 de agosto de 2025, a Academia comemorou seus 41 anos de existência, reafirmando sua missão como sociedade civil literária composta por 40 membros titulares. Sem fins lucrativos, apartidária e inclusiva, a instituição se destaca por não discriminar credo, raça ou gênero, sendo um verdadeiro espaço de promoção da diversidade cultural e da valorização da palavra escrita. 

Sob a presidência de Cecy Campos, a Academia tem se consolidado como referência na difusão da literatura e na preservação da memória cultural de Juiz de Fora. Cecy, com sua liderança firme e sensível, conduz a instituição com o olhar voltado para o futuro, sem perder de vista a tradição que a sustenta. 

O destaque da manhã foi, sem dúvida, a presença da presidente do Elos Internacional, Matilde Carone Slaibi Conti. Indo daqui de Niterói especialmente para prestigiar o evento, Matilde demonstrou, mais uma vez, sua incansável dedicação às causas literárias e culturais.

Sua presença não foi apenas protocolar: foi um gesto de reconhecimento, apoio e incentivo aos elistas e amigos que se dedicam à construção de uma rede internacional de cultura. Matilde é conhecida por sua atuação vibrante, participando de eventos literários em diferentes países e fortalecendo os laços que unem escritores, acadêmicos e amantes da literatura. 

Ao marcar presença em Juiz de Fora, Matilde reafirma o compromisso do Elos Internacional com a valorização das academias de letras e com a integração cultural entre cidades e nações. Sua trajetória inspira e motiva, mostrando que a cultura é uma ponte que aproxima pessoas e gerações. 

A posse de Ana Maria Moreira e Cléber Lima como sócios correspondentes da Academia Juiz-Forana de Letras representa um marco para Visconde do Rio Branco. 

Ana Maria, como presidente do Elos local, tem se dedicado à promoção da literatura e ao fortalecimento da identidade cultural da cidade. Sua atuação é reconhecida por todos que acompanham sua trajetória. 

Cléber Lima, além de sua experiência política, é um defensor incansável da cultura e da literatura. Sua liderança na Academia Rio-branquense de Letras é marcada pela valorização dos escritores locais e pela busca constante de integração com outras instituições. 

Ambos representam o vigor e a vitalidade da cena literária rio-branquense, levando o nome da cidade para além de suas fronteiras e reforçando a importância da união entre academias. 

O Elos Internacional tem como missão promover a cultura, a literatura e a amizade entre os povos. Sob a liderança de Matilde Carone Slaibi Conti, a instituição tem ampliado sua presença em eventos nacionais e internacionais, consolidando-se como uma rede que conecta escritores, acadêmicos e leitores em diferentes países. 

A participação ativa de Matilde em eventos como o de Juiz de Fora demonstra que o Elos não é apenas uma entidade formal, mas um movimento vivo, pulsante e comprometido com a valorização da palavra e da cultura. 

O encontro na Academia Juiz-Forana de Letras foi mais do que uma cerimônia de posse: foi uma celebração da literatura, da amizade e da união entre instituições culturais. A emoção dos homenageados, a presença marcante da presidente Matilde e a condução exemplar de Cecy Campos transformaram o evento em um marco para todos os presentes.

O Elos Internacional segue firme em sua missão de difundir a cultura e fortalecer os laços entre os povos, mostrando que a literatura é, acima de tudo, um elo que nos conecta e nos engrandece. 

Este Informativo da Diretoria de Cultura do Elos Internacional registra, com orgulho, a participação de nossos membros e amigos em mais um capítulo da história literária brasileira. 

Editorial

© Alberto Araújo

Diretor de Cultura do Elos Internacional










 



A presidente Matilde Slaibi Conti disse: Meu caro amigo e jornalista Alberto Araújo. Foi com uma emoção exacerbada, até mesmo extasiante, que aqui estou eu, ainda em Juiz de Fora, a ‘Manchester Mineira’, lendo com avidez o seu belo texto, sobre a posse das queridíssimas pessoas, da minha terra natal, Ana Maria Moreira e Cléber Lima, como membros correspondentes da Academia Juiz-forana de Letras. É impossível narrar a gama de sensações sentidas e a alegria contagiante daquele ambiente acadêmico tão fraternal em uma manhã de sábado inesquecível que a mim, parecia ter até um cheiro adocicado, entrando pela janela, lembrando a minha infância, que ficou em um passado tão distante. Foi tudo sensacional. Inolvidável. Muito obrigada, mais uma vez, por todo o seu fiel relato.” Matilde.



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Presidente Matilde, suas palavras muito me tocaram. É uma honra saber que meu relato conseguiu despertar em você tantas lembranças e emoções ligadas à sua terra natal e àquele ambiente tão fraterno e inesquecível. A forma como descreve o “cheiro adocicado entrando pela janela” é poesia pura, um retrato sensível da memória que só os grandes espíritos conseguem traduzir. Ana Maria Moreira e Cléber Lima, ao serem acolhidos pela Academia Juiz-forana de Letras, não apenas engrandecem a instituição, mas também reforçam esse elo afetivo que une passado e presente, infância e maturidade, lembrança e celebração. Eu que agradeço pela generosidade de suas linhas e pela confiança em minhas palavras. Que possamos continuar compartilhando esses momentos que, como você bem disse, são inolvidáveis. Abraços, Alberto Araújo.










O BRILHO ETERNO DE CAUBY PEIXOTO E A NOVA JOIA CULTURAL DE NITERÓI

Niterói, cidade marcada por sua tradição artística e por sua vocação para a cultura, celebra neste aniversário um presente que ultrapassa o tempo: a inauguração do Centro Cultural Cauby Peixoto, no bairro Fonseca. 

Mais do que um espaço físico, trata-se de um marco simbólico que une memória, arte e futuro. A Zona Norte da cidade, tantas vezes esquecida nos investimentos culturais, ganha agora seu primeiro equipamento público dedicado às artes, instalado em um casarão histórico restaurado com esmero. É como se a própria história da cidade se curvasse diante da necessidade de preservar e expandir sua alma criativa. 

Cauby Peixoto, a voz que atravessou gerações. Falar de Cauby Peixoto é evocar uma das figuras mais emblemáticas da música brasileira. Dono de uma voz inconfundível, marcada por timbre aveludado e interpretação intensa, Cauby construiu uma carreira que se estendeu por mais de seis décadas. Seu estilo extravagante, suas roupas cintilantes e sua postura teatral no palco fizeram dele um ícone que ultrapassou fronteiras. Não era apenas um cantor: era um artista completo, que transformava cada apresentação em espetáculo.  

Cauby foi, sobretudo, um intérprete da emoção. Canções como Conceição tornaram-se parte da memória afetiva nacional, e sua capacidade de reinventar-se diante das mudanças da indústria musical provou sua força como símbolo de resistência cultural. Ao batizar o novo centro cultural com seu nome, Niterói não apenas homenageia um artista, mas reafirma o compromisso de manter viva a chama da música e da arte popular brasileira.

Um espaço que ressignifica a Zona Norte. O bairro Fonseca, coração da Zona Norte de Niterói, recebe agora um espaço que promete transformar sua paisagem cultural. O casarão histórico, restaurado com cuidado, abre suas portas para abrigar teatro, salas multiuso, ambientes para cursos e exposições. Mais do que paredes e palcos, o Centro Cultural Cauby Peixoto será um ponto de encontro: lugar de ensaios, reuniões de coletivos, oficinas e espetáculos que darão voz às múltiplas expressões da comunidade.  

Essa inauguração representa uma virada de página. Por décadas, a Zona Norte foi vista como periferia cultural, distante dos grandes equipamentos que se concentravam em áreas centrais da cidade. Agora, o Fonseca se torna protagonista, oferecendo à população um espaço de formação, memória e criação. É a democratização da cultura, que deixa de ser privilégio de poucos para se tornar direito de todos. 

O Centro Cultural Cauby Peixoto não é apenas um prédio restaurado: é uma instituição que nasce com vocação para ser referência. Sua programação diversificada, que inclui espetáculos teatrais, exposições de artes visuais, cursos de música e dança, além de atividades voltadas para jovens e adultos, cria um ecossistema cultural capaz de irradiar conhecimento e inspiração.  

Mais do que consumir arte, o público será convidado a produzi-la. Oficinas e cursos permitirão que novos talentos surjam, que coletivos se fortaleçam e que a comunidade se reconheça como parte ativa da cena cultural. É um espaço que não se limita a preservar a memória de Cauby, mas que se abre para o futuro, incentivando a criação de novas vozes e novas histórias. 

A CULTURA COMO LEGADO! 

Foto: Lucas Benevides 

Editorial

@Alberto Araújo

Focus Portal Cultural