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ANOS DA PONTE PRESIDENTE COSTA E SILVA, popularmente conhecida como Ponte
Rio–Niterói, é uma ponte que atravessa a Baía de Guanabara, no estado do Rio de
Janeiro, no Brasil. Ela conecta os municípios do Rio de Janeiro e Niterói. Seu
nome é em homenagem a Arthur da Costa e Silva, presidente durante a ditadura
militar brasileira que deu a ordem para a construção da estrutura.
A
estrutura liga a Ponta do Caju (Rio de Janeiro) à Avenida do Contorno
(Niterói). Antes do funcionamento da ponte, era necessário percorrer cerca de
120 km em estradas ou optar pelo uso de balsas. A escolha do traçado diz
respeito ao menor impacto no tráfego marítimo, o custo total menor que outras
opções e a ligação aos subúrbios cariocas.
O
seu projeto foi idealizado por Mario Andreazza, então Ministro dos Transportes.
A obra demorou pouco menos de seis anos para ser concluída e foi entregue no
dia 4 de março de 1974, sendo considerada, na época, a segunda maior ponte do
mundo, perdendo apenas para a Ponte do Lago Pontchartrain, nos Estados Unidos.
Atualmente,
a ponte é a maior do hemisfério sul em concreto protendido e a maior da América
Latina. A estrutura recebe mais de 150 mil passageiros por dia, segundo
informações da concessionária Ecoponte, em dias de fluxos normais.Também é
conhecido como maior vão em linha reta do mundo e o maior conjunto de estruturas
protendidas da América.
A
obra teve início, simbolicamente, em 9 de novembro de 1968, com a presença da
Rainha do Reino Unido, Elizabeth II e de Sua Alteza Real, o Príncipe Filipe,
Duque de Edimburgo, ao lado do ministro Mário Andreazza.
O
canteiro principal da Ponte Rio de Niterói do Consórcio Construtor Guanabara se
localizava na Ilha do Fundão, pertencente à Universidade Federal do Rio de
Janeiro. Havia, também, canteiros secundários em Niterói. As firmas executoras
da superestrutura em aço foram Dormann & Long, Cleveland Bridge e Montreal
Engenharia. A estrutura foi toda fabricada na Inglaterra em módulos, que
chegaram ao Brasil por transporte marítimo. A fabricação final da ponte de aço,
com os elementos pré-soldados da Inglaterra, foi feita na Ilha do Caju, na Baia
de Guanabara. A montagem das vigas de aço também foi feita pelas mesmas firmas fabricantes
da estrutura.
O
banco responsável por parte do financiamento da obra foi N M Rothschild &
Sons. Não foi permitida a participação única de empresas inglesas no processo
de licitação da fabricação dos vãos principais de aço. Para concretizar a realização
da obra, o Ministro da Fazenda, Delfim Neto, o engenheiro Eliseu Resende e a
Rotschild & Sons assinaram, em Londres, um documento que assegurava o
fornecimento de estruturas de aço, com um comprimento de 848m, incluindo os
vãos de 200 m+300 m+200 m e dois trechos adicionais de 74 m, e um empréstimo
de, aproximadamente, US$ 22 milhões com bancos britânicos. O valor destinava-se
a despesas com outros serviços da ponte, totalizando NCr$ 113 951 370,00. Preço
final da obra foi avaliado em NCr$ 289 683 970,00, com a diferença paga pela
emissão de Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional. Em 1971, o contrato de
licitação para construção da obra foi rescindido devido a atraso nas obras, e a
construção passou a ser feita por um novo consórcio das construtoras Camargo
Correa, Mendes Junior e Construtora Rabello designado Consórcio Construtor
Guanabara, sendo concluído três anos depois.
INAUGURAÇÃO
E ATUALIDADE
A
ligação rodoviária foi entregue em 4 de março de 1974, com extensão total de
13,29 km, dos quais 8,83 km são sobre a água, e 72 m de altura em seu ponto
mais alto, e com um vão central de 300 m, e com previsão de um volume diário de
4 868 caminhões, 1 795 ônibus e 9 202 automóveis, totalizando 15 865 veículos.
Atualmente é considerada a maior ponte, em concreto protendido, do hemisfério
sul e atualmente é a 11ª maior ponte do mundo. No ano em que foi concluída, era
a segunda maior ponte do mundo, perdendo apenas para a Causeway do lago
Pontchartrain nos Estados Unidos. Ela continuou no posto de segunda maior ponte
do mundo até 1985 quando foi concluída a Ponte Penang na Malásia.
Na
época de sua construção a sua travessia era gratuita, não existindo a cobrança
de pedágio, implantado anos depois. A promessa era que o investimento fosse
quitado por recursos obtidos do pedágio num prazo de oito anos, mas que o
usuário deveria continuar a pagar o valor após a liquidação da dívida do Estado.
Ao ser inaugurada, o pedágio da ponte custava Cr$ 2,00 para motocicletas; Cr$
10,00 para carros de passeio, Cr$ 20,00 para caminhões, ônibus e caminhões com
três eixos e rodagem dupla Cr$ 40,00, e Cr$ 70,00 para os caminhões com seis
eixos e rodagem dupla.
Em
1995 foi feita uma concorrência para concessão da administração da ponte para a
iniciativa privada, que foi vencida pelo consórcio Ponte S/A, atualmente,
empresa do Grupo CCR. Cinco operários morreram durante a construção do vão
central da ponte, devido à altura em relação ao nível do mar.Um engenheiro da
época em reportagem hoje 22/05/2013 afirmou que morreram em media 40
funcionários nos 05 anos da obra onde trabalhavam 10 mil operários, Só em um
acidente morreram 10 funcionários incluído 3 engenheiros.
Em
2009 foi realizada repintura das faixas, estreitando-as, quando a Ponte passou
de 3 para 4 faixas de rolamento em cada sentido. Porém, tal obra é considerada
apenas um paliativo, visto que a capacidade de tráfego da Ponte Rio–Niterói
encontra-se à beira do esgotamento, havendo congestionamentos em grande parte
do dia.
Em
18 de Março de 2015, a ponte foi leiloada mais uma vez, com a EcoRodovias
ganhando a concessão de 30 anos, já a partir de maio desse ano, entre essas obras,
que serão iniciadas em 2016, estão o mergulhão da Praça Renascença, a ligação
da ponte com a Linha Vermelha e a construção da Avenida Portuária.
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