A África é o Berço da humanidade, a Mãe África sempre inspirou o mundo e partilhou suas riquezas, entre tantas a de valor imenso é a própria cultura.
A África é o terceiro continente mais extenso (depois da Ásia e da América) com cerca de 30 milhões de quilômetros quadrados, cobrindo 20,3% da área total da terra firme do planeta. É o segundo continente mais populoso da Terra (atrás da Ásia) com cerca de um bilhão de pessoas (estimativa para 2005), representando cerca de um sétimo da população mundial, e 54 países independentes.
Apresenta grande diversidade étnica, cultural, social e política. Ainda há outros países africanos com qualidade de vida e índices de desenvolvimento razoáveis, como a maior economia africana, a África do Sul (0,705) e outros países como Marrocos (0,676), Argélia (0,759), Tunísia (0,739), Egito (0,700), Botsuana (0,728), Cabo Verde (0,651), São Tomé e Príncipe (0,609), Congo (0,608), Gabão (0,702), Namíbia (0,645), Essuatíni (0,608), Gana (0,596), Zâmbia (0,591), Guiné Equatorial (0,588), Quênia (0,579), Angola (0,574), Camarões (0,563) e Zimbábue (0,563).
A ÁFRICA HABITUA SER REGIONALIZADA DE DUAS MANEIRAS.
A primeira valoriza a localização dos
países e os divide em cinco grupos: África setentrional, África Ocidental,
África Central, África Oriental e África meridional.
A segunda regionalização usa critérios étnicos e culturais, como a religião e etnias predominantes em cada região, sendo dividida em dois grandes grupos, a África Branca ou setentrional, formada pelos oito países da África do norte, mais a Mauritânia e o Saara Ocidental, e a África Negra ou subsaariana, formada pelos outros 44 países do continente.
A África é conhecida pela sua pluralidade étnica e cultural, e, por meio de uma história milenar, é capaz de contar a história de toda a humanidade.
Sabemos que o continente africano
apresenta grande biodiversidade, assim como uma extensa diversidade cultural,
étnica, religiosa e política. Assim, discorre a sua cultura.
DANÇA AFRICANA
Os africanos trouxeram para a América Latina seu jeito único de dançar, com intensos movimentos de quadris, ombros e pernas. Assim, a salsa e a rumba surgiram em Cuba, na combinação da sensualidade africana com a enérgica música espanhola. Já o tango evoluiu a partir do Candomblé, junto às danças europeias.
As primeiras rodas de samba apareceram
no Rio de Janeiro, na fusão de elementos do batuque africano com a polca e o
maxixe. Nos Estados Unidos, o sapateado, lindy hop, charleston, funk, disco e
até as danças mais atuais como hip hop e break-dancing também contaram com a
vibração da África.
A capoeira é uma das expressões da cultura afro-brasileira que mais merece destaque, unindo artes marciais com ginga, dança e música.
Foi criada pelos negros na época do
Brasil Colonial permanecendo viva até hoje e é reconhecida por todo o mundo.
Nela, são encenados golpes e movimentos acompanhados pela música dos
capoeiristas. Eles ficam na roda batendo palma no ritmo do berimbau e cantando
enquanto outros dois jogam a capoeira com muita energia.
MÚSICA AFRICANA
Os pulsantes sons da África influenciaram muito a música popular brasileira. Os batuques, que no continente fazem parte de cerimônias religiosas e festividades, deram origem ao maxixe, maracatu, samba, choro e à aclamada bossa nova.
Junto ao berimbau da capoeira, também há outros instrumentos brasileiros com raiz africana. A maioria é de percussão, como o tambor, atabaque, cuíca, afoxé, agogô, maracas, marimba e alguns tipos de flauta. A música cubana foi premiada com a influência africana no surgimento da rumba, e em Trinidad e Tobago o calypso ganhou vida.
O blues veio da África para os Estados Unidos e era tocado pelas mãos dos trabalhadores das plantações de algodão do sul. Eles também entoavam seus fortes cantos durante o trabalho.
Nos juke joints, bares nas estradas administrados por africanos era possível ouvir e dançar o blues regado a jogos e bebidas. Após a Guerra Civil, eles passaram a divulgar o ritmo em outras partes do território americano. Com o tempo, o blues tornou-se a principal fonte de inspiração para vários dos clássicos gêneros musicais americanos: jazz, soul, disco, country e rock and roll.
Com a temática da crítica social
surgiram: o reggae e o hip hop, incluindo o rap, também passaram por
influências dos ritmos africanos.
RELIGIÕES AFRICANAS
As religiões do povo africano em contato com as culturas das Américas deram luz a várias outras crenças. Alguns exemplos são o Candomblé, religião afro-brasileira baseada no culto aos Orixás e a Umbanda, religião sincrética que mistura elementos africanos com o Catolicismo e o Espiritismo.
CULINÁRIA AFRICANA
A culinária brasileira é muito rica graças a ampla criatividade africana. Eles trouxeram para nossas terras temperos muito apreciados. São alguns exemplos: pimentas, leite de coco e azeite de dendê. Além disso, foi com eles que descobrimos o feijão preto e aprendemos a fazer a tão famosa feijoada. Outros pratos deliciosos como acarajé, vatapá, caruru e muitos outros são inspirados na cultura africana.
Nos Estados Unidos, surgiram as chamadas soul foods — comidas de influência africana. Podemos dar destaque para frango e peixe fritos, bem como diversos preparos do porco como costela e pés, black eyed peas e as famosas ervilhas servidas com porco defumado e pão de milho. Além desses, temos os vegetais como couve, mostarda, quiabo e batata doce.
As tortas americanas também são
heranças dos africanos que ali passaram. Um grande exemplo é a tradicional
receita feita com batata doce e o cobbler, preparado com pêssegos.
FESTAS AFRICANAS
Muitas festas brasileiras têm origens nas tradições africanas, entre elas a mais famosa e colorida de todas: o Carnaval. Esta, com muito samba e frevo é uma das sensações do nosso país.
Também com muita cor, o Maracatu de Pernambuco mistura as culturas indígenas, africanas e europeias. O Bumba-meu-boi é uma encenação de uma lenda criada por africanos sobre a morte e ressurreição de um boi, celebrada com dança, música, teatro e circo.
De cunho religioso, a Festa de Iemanjá é comemorada por todo o país, com a entrega das oferendas para a Rainha do Mar nas praias. A Folia de Reis, muito prestigiada em Minas Gerais, se espelha na jornada dos Três Reis Magos em busca de Jesus. Ela conta com músicos entoando canções que beberam na fonte dos ritmos africanos junto a atores, dançarinos e palhaços.
Na América do Norte surgiram muitos
festivais que celebram a cultura negra, desde a música até dança e cinema. São
alguns exemplos: Afro Punk Fest em Nova York, Black Dance USA em Saint Louis,
American Black Film em Miami, o New Orleans Jazz and Heritage Festival e o
Chicago Blues Festival.
IDIOMA E VOCABULÁRIO AFRICANO
A cultura brasileira foi premiada com muitas palavras que tiveram origem na mescla do vocabulário africano com o português. Essa influência vai desde nomes de comidas e manifestações culturais até adjetivos e verbos que tornaram nossa língua muito mais rica.
São algumas palavras: acarajé, axé, babá, berimbau, búzios, cachaça, caçula, cafuné, Candomblé, canjica, capoeira, dendê, empacar, farofa, fofoca, fubá, gogó, Iemanjá, miçanga, maracatu, mingau, mochila, moleque, nenê, pamonha, quindim, samba, tagarela, tango, tutu, vatapá, xodó e zangar.
Nos Estados Unidos, algumas palavras incorporadas ao inglês americano também foram originadas pela influência dos africanos no país. Exemplos: banjo, chemistry, chimpanzee, dengue, ebony, gnu, impala, jumbo, marimba, safari, tilapia, vuvuzela, zebra e zombie.
Há uma variedade do inglês falada por
afro-americanos chamada inglês vernáculo, popularmente, conhecida por inglês
negro ou Ebonics, de pronúncia similar à língua ouvida nos estados do sul.
VIVA A ÁFRICA E SEU POVO!
FONTES:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/africa-continente.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/África
https://www.todamateria.com.br/aspectos-gerais-da-africa/
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/africa-2.htm
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