domingo, 10 de abril de 2022

140 ANOS DO ENCANTAMENTO DE JOAQUIM MANUEL DE MACEDO. REGISTRO DO FOCUS PORTAL CULTURAL


 


 

JOAQUIM MANUEL DE MACEDO foi um escritor brasileiro da primeira geração romântica e considerado por muitos críticos literários como um dos fundadores do romance brasileiro. É dono de uma obra extensa. Foi um ávido escritor, donde se destacam romances, contos, crônicas, poesias, biografias, obras teatrais e textos históricos, geográficos e da área médica.

 

Em sua trajetória cultural atuou como jornalista, professor, romancista, poeta, teatrólogo e memorialista. O intelectual nasceu em Itaboraí, RJ, em 24 de junho de 1820 e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11 de abril de 1882.

 

Foi Sócio-Fundador do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Na Academia Brasileira de Letras é o Patrono da Cadeira nº 20, por escolha do fundador Salvador de Mendonça, o membro atual que a ocupa é o acadêmico Gilberto Gil empossado em 08 de abril de 2022.

 

Na Academia Fluminense de Letras é Patrono da Cadeira n° 23 da Classe de Letras. Armando Negreiros foi membro fundador e os demais ocupantes foram: Leopoldo Teixeira Leite Filho; Xavier Placer; Hélio Alonso e o atual ocupante é Peterson Barroso Simão.

 

No Cenáculo Fluminense de História e Letras é Patrono da Cadeira nº 11, o ocupante atual é Raymundo Nery Stelling Junior, empossado em 2004.

 

Na Academia Niteroiense de Letras é Patrono da Cadeira nº 25 que foi ocupada pelos acadêmicos titulares: Luiz Palmier; Antônio Augusto de Siqueira; Mário Portugal Fernandes Pinho e a atual ocupante da egrégia Cadeira é a acadêmica e historiadora Franci Machado Darigo.





Continuando sobre Macedo, em 1844 formou-se em Medicina no Rio de Janeiro, mas abandonou a medicina e criou uma forte ligação com Dom Pedro II e com a Família Imperial Brasileira, chegando a ser preceptor e professor dos filhos da Princesa Isabel. Era amigo íntimo e confidente de uma celebridade da Corte, Manuel José de Araújo Porto- Alegre, Cônsul do Brasil na Alemanha, de quem recebeu uma longa e histórica correspondência pela qual o remetente se declara um espírita convicto e apaixonado pelo credo que na metade do século XIX fora codificado por Allan Kardec, na França.

 

Em 1844 estreou na literatura com a publicação daquele que viria a ser seu romance mais conhecido, A Moreninha, que lhe deu fama e fortuna imediata. A Moreninha é tido como o primeiro romance publicado no país, embora tenha sido precedido por O Filho do Pescador, de Teixeira e Sousa, que, entretanto, é tido como uma obra menor, desenvolvida a partir de um enredo pouco articulado e confuso. Além de A Moreninha, Macedo escreveu ainda outros dezessete romances, dezesseis peças de teatro e um livro de contos.

 

Sua obra é extensa e fez grande sucesso na época. Havia, entre os críticos, o argumento de que ele abusou do sentimentalismo, muito ao gosto popular, daí seu enorme sucesso de público. Os críticos, entretanto, não negam que Macedo foi cronista aberto e analítico do Rio de Janeiro do final do Império.

 

Sua grande importância literária está no fato de ser considerado um dos fundadores do romance no Brasil e, certamente, um dos principais responsáveis pela criação do teatro no Brasil. A Moreninha certamente foi considerada a primeira obra da Literatura Brasileira a alcançar êxito de público e é um dos marcos do Romantismo no Brasil.

 

Macedo foi também professor de Geografia e História do Brasil no Colégio Pedro II, e sócio fundador, secretário e orador do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, desde 1845. Em 1849 fundou, juntamente com Gonçalves Dias e Manuel de Araújo Porto-Alegre, a revista Guanabara, que publicou grande parte do seu poema-romance A nebulosa, considerado por críticos como um dos melhores do Romantismo. Foi membro do Conselho Diretor da Instrução Pública da Corte (1866).

 

Foi membro do IHGB, integrando a sua diretoria, a partir de 1852, como Orador e Secretário do Instituto Histórico (chegando, inclusive, a exercer interinamente a presidência do grêmio, em 1876), além de sócio da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional, e de outras; comendador das ordens da Rosa e de Cristo. Foi deputado provincial várias vezes, deputado geral (1864/68, 1878/81), jamais ocupando cargo executivo, e teve o seu nome colocado em uma lista para senador do Império. A fidelidade de Joaquim Manoel de Macedo ao Imperador fora inequívoca: além de dedicar-lhe o livro "A Nebulosa", em seu discurso como presidente interino do Instituto Histórico

 

LIVROS PUBLICADOS

 

Considerações sobre a nostalgia, (Tese), 1844. Discurso que na augusta presença de S. M. Imperial, na ocasião de tomar o grau de em medicina recitou Joaquim Manuel de Macedo, 1844.

 

A Moreninha, 1844.

O Moço Louro, 1845.

Os Dois Amores, 1848.

O Cego, 1849.

Rosa, 1849.

Cobé, 1854.

Vicentina, 1854.

O Forasteiro, 1855.

A carteira de Meu Tio, 1855.

Memórias do Sobrinho do Meu Tio, 2 vols, 1867-1868.

O Fantasma Branco, Ópera, 1856.

A Nebulosa, 1857.

O Primo da Califórnia, 1858.

Amor e Pátria, 1859.

O Sacrifício de Isaac, 1859.

Luxo e Vaidade, 1860.

Lições de História do Brasil, 1851.

Seus escritos na Revista do IHGB e o seu Manual Didático Lições de História de Brazil para uso das Escolas de Instrução Primária (1861/63).

Os Romances da Semana, 1861.

Cântico, 1862.

Um Passeio pela Cidade do Rio de Janeiro, 2 vols, 1862-1863.

Labirinto, 1862.

Lusbela, 1863.

O Novo Otelo, 1863.

Teatro, 1863.

A Torre em Concurso, 1863.

Questão Janrard, 1864.

O Culto do Dever, 1865.

Mazelas da Atualidade, 1867.

A Luneta Mágica, 1869.

Nina, 1869.

O Rio do Quarto, 1869.

As Vítimas-Algozes, 1869.

As Mulheres de Mantilha, 1870.

A Namoradeira, 1870.

Remissão de Pecados, 1870.

Um Noivo, Duas Noivas, 1871.

Os Quatro Pontos Cardeais, 1872.

Misteriosa, 1872.

Cincinato Quebra-Louça, 1873.

Noções de Corografia do Brasil, 1873.

A Baronesa do Amor, 1876.

Ano Biográfico Brasileiro, 3 vols. 1876-1880.

Vingança por Vingança, 1877.

Memórias da Rua do Ouvidor, 1878.

Mulheres Célebres, 1878.

Antonica da Silva, 1880.











 

SAIBA MAIS SOBRE MACEDO

 

Macedo foi Professor de corografia e história do Brasil do Colégio de Pedro II; foi membro do Conselho Diretor da Instrução Pública da 1 Professor efetivo e Coordenador Pedagógico de História do Colégio Pedro II/Campus Engenho Novo II. Professor supervisor do Programa de Residência Docente do Colégio Pedro II. Professor do Programa de Pós-graduação em Letras e Ciências Humanas da UNIGRANRIO e bolsista de produtividade FUNADESP 1 C. Doutor em História Social (UFRJ). Mestre em Educação (UERJ). Bacharel e licenciado em História (UERJ).

 

A obra de Macedo pode ser vista como uma crônica do seu tempo, que retratava com fidelidade a sociedade brasileira do século XIX. A temática restringe-se aos costumes da classe da pequena burguesia do império, os saraus familiares, namoros de estudantes, mucamas alcoviteiras, comadres, negociantes e funcionários públicos, sempre em volta com o amor como problema central de uma sociedade cujos interesses giravam em torno do casamento.

O doutor "Macedinho", como era chamado, teve o mérito de ser o primeiro a escrever um ciclo amplo e completo de romances, que podiam ser chamados de “novelescos”, dada a persistência com que repetia a cada obra as mesmas chaves da intriga. Joaquim Manuel de Macedo produziu inúmeros trabalhos literários, mas os mais conhecidos são “A Moreninha” e O “Moço Loiro”.

 

Macedo também atuou decisivamente na política, tendo militado no Partido Liberal, servindo-o com lealdade e firmeza de princípios, como o provam seus discursos parlamentares, conforme relatos da época. Durante a sua militância política foi deputado provincial (1850, 1853, 1854-1859) e deputado geral (1864-1868 e 1873-1881). Nos últimos anos de vida padeceu de problemas mentais, morrendo pouco antes de completar 62 anos.





Sempre um prazer e satisfação falar, assistir palestras sobre JOAQUIM MANUEL DE MACEDO, o admirável romancista de “A MORENINHA”. Cuja obra, a minha “musa” tem um enlevado fascínio em lê-la. Leu e releu e todas as vezes que a ler sente o expressivo deslumbramento em seu coração. Como passa depressa o tempo, são 140 anos de sua morte. Saudades eternas. Abraços do ALBERTO ARAÚJO.

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MENSAGEM DA PRESIDENTE MÁRCIA PESSANHA APÓS POSTAGEM SOBRE 0S 140 ANOS DO ENCANTAMENTO DE JOAQUIM MANUEL DE MACEDO

“É sempre bom relembrar e enaltecer os escritores fluminenses, que souberam despertar nos seus leitores um sentimento de empatia que perdura de forma afetiva e prazerosa. É o caso de Joaquim Manuel de Macedo, autor de "A moreninha", romance romântico, leitura aprazível, paradigma do amor idealizado de muitas jovens da época. E Alberto Araújo, oportunamente, transportou- nos ao universo poético do referido autor, por ocasião dos 140 anos de sua passagem para outra dimensão e, também, por coincidir com a posse do músico e compositor Gilberto Gil, na Academia Brasileira de Letras, Cadeira patronímica de Joaquim Manuel de Macedo. Parabéns, Alberto, por essa relembrança histórica. E completando o quadro, temos Joaquim Manuel de Macedo como Patrono da AFL, ocupante atual da cadeira Peterson Barroso Simão; no Cenáculo, Raimundo Nery Stelling e na ANL, Franci Machado Darigo, o que demonstra o apreço dos fluminenses pelo autor.” Márcia Pessanha.

AGRADECIMENTO DE ALBERTO ARAÚJO

Olá, minha adorável presidente Márcia Pessanha, tudo bem? Muito obrigado pela sua importante mensagem em nossa postagem sobre os 140 anos de Encantamento de Joaquim Manuel de Macedo. Em especial agradeço por reservar um tempo entre tantos afazeres culturais e creio que são muitos. SIM! Agradeço muito pelo seu dispor em deixar o seu marcar categórico na postagem a qual fizemos com dedicação e que trazemos a releitura de tão nobre escritor. E, sobretudo “frisando” os membros titulares nas Cadeiras das quais ele é Patrono. A imortalidade é isso. Valeu muito a sua contribuição. ALBERTO ARAÚJO. 11-04-2022

 

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[15:28, 11/04/2022] FRANCI DARIGO: Meu prezado confrade Alberto Araújo, grande presença de espírito em evocar  nestes dias aziagos o perfil biográfico do imortal médico apaixonados pela literatura, que adentrou para a História pela porta principal do IHGB pelas mãos seguras de José  Joaquim Fernandes  Pinheiro, do núcleo familiar do meu antecessor na Cadeira 25, Academia Niteroiense de Letras, o eminente Jurista Fernandes Pinheiro. Macedo era natural de Itaboraí, aonde fui por um dia, para respirar o ar que o Patrono havia, no século XIX, respirado, e conferir veracidade à pesquisa que me caberia, com denodo, iniciar. Macedo respondeu pela Diretoria do IHGB por mais de quinze anos e, lá, ocupou a presidência durante viagem do presidente Imperador Dom Pedro Segundo a Europa, e recebeu a visita honrosa da Princesa Isabel, a nossa! Ficarei por aqui, reconhecida ao alto significado da sua amizade, que quero sempre merecer, junto com o Rodolfo.  Disponham! Até sempre! Saudações  historiográficas!

RESPOSTA DE ALBERTO ARAÚJO

Confreira Franci Darigo.  Boa tarde! Belíssimas informações a respeito do imortal romancista da consagrada obra "A Moreninha". Estou aqui "boquiaberto" diante da beleza de seu depoimento. Raro. Como tenho sede de conhecimento, essas palavras são tiros certeiros no alvo do saber. Certamente, figurará na página do mestre Macedo. Obrigado pelo compartilhamento. ALBERTO ARAÚJO.





FONTE

https://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Manuel_de_Macedo

 

2 comentários:

  1. Muito prazeroso fazer esse registro cultural sobre os 140 anos do encantamento de Joaquim Manuel de Macedo. Abraços Alberto Araújo

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  2. Muito prazeroso fazer esse registro cultural sobre os 140 anos do encantamento de Joaquim Manuel de Macedo. Abraços Alberto Araújo

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