sábado, 16 de julho de 2022

JOÃO BOSCO SOLO – NO TEATRO PRUDENTIAL NO RIO DE JANEIRO, DIA 29 DE JULHO DE 2022, ÀS 20 HORAS.

 



Data: 29 de julho | Sexta, às 20h e 22:00

Ingressos: Plateia R$120

Acesse:  https://bit.ly/3NzX7lP

Lotação: 359 lugares

Classificação: 12 anos

Duração: 70 minutos

 

Ouvi João Bosco pela primeira vez em minha casa, quando estava escolhendo o artista novo, desconhecido, que viria gravar o outro lado do compacto simples do Disco de Bolso. Achava que seria meio impossível encontrar alguém que tivesse fôlego para encarar o artista consagrado do outro lado do disco, Tom Jobim, com Águas de Março, temendo que viesse a jogar o desconhecido numa “gelada”. Foi um susto. Qualquer uma das músicas que ele apresentou naquele dia, poderia entrar no disco. Depois de muita conversa e controvésia, resolvemos ficar com Agnus Sei, considerando sua parceria com outro craque, Aldir Blanc. Depois do disco pronto, Tom Jobim pediu para ouvir o outro lado. Depois de uma grande pausa, olhou pra mim e disse: Ô Sergio, você está querendo me derrubar! Cobriu o João de elogios. Rimos muito, ainda sem saber que aquele seria um disco histórico, pois lançava Águas de março, considerada posteriormente como a música do século e a descoberta de “um tal de João Bosco”.

 

Não vou me ater à nossa convivência cercada de ótimos momentos, pois seria assunto para um livro. Quero fazer uma análise, isenta, do artista. E digo simplesmente, que se trata de um fenômeno. Sua melodia, seu ritmo, sua harmonia, seu censo de arranjo, ultrapassam os níveis aceitáveis pelos mestres. Seu violão é eletrizante, e suas levadas antológicas por descreverem o ritmo brasileiro “nunca dantes navegados”, comprovando a diversidade de nossa rítmica de maneira rica e surpreendente. Sua voz alinhava todo esse universo sonoro com modesta intervenção, dando chance para que os versos ecoem com a mensagem pretendida. Na forma final, ao juntar todos estes valores num palco, é a explosão de um verdadeiro gênio musical da raça. É o Brasil se mostrando forte, ancorado em suas verdadeiras origens, ostensiva e orgulhosamente assumido. Ao ouvi-lo, dar gosto de ser brasileiro. Por Sérgio Ricardo

 

 

ENDEREÇO TEATRO PRUDENTIAL

Rua do Russel, 804 - Glória, Rio de Janeiro - RJ

 (21) 3553-3557

 

 

 

 

 

 

 

JOÃO BOSCO DE FREITAS MUCCI, mais conhecido como João Bosco, nasceu em Ponte Nova, 13 de julho de 1946 é um cantor, violonista e compositor brasileiro.

 

Filho de pai libanês, e irmão do também músico Tunai, João Bosco começou a tocar violão aos doze anos, incentivado por uma família repleta de músicos. Suas primeiras influências foram Ângela Maria, Cauby Peixoto, Elvis Presley e Little Richard, integrou a banda X-Gare (inspirada na canção "She's got it" de Richard).

 

Alguns anos depois, iniciou na Escola de Minas em Ouro Preto cursando Engenharia Civil. Apesar de não deixar de lado os estudos, dedicava-se sobremaneira à carreira musical, influenciado principalmente por gêneros como jazz e bossa nova e pelo tropicalismo. Foi em Ouro Preto, em 1967, na casa do pintor Carlos Scliar, que conheceu Vinícius de Moraes, com o qual compôs as seguintes canções: Samba do Pouso e O mergulhador - dentre outras.

 

Em 1970 conheceu aquele que viria a ser o mais frequente parceiro, com quem compôs mais de uma centena de canções: Aldir Blanc, O Mestre Sala dos Mares, O Bêbado e a Equilibrista, Bala com Bala, Kid Cavaquinho, Caça à Raposa, Falso Brilhante, O Rancho da Goiabada, De Frente pro Crime, Fantasia, Bodas de Prata, Latin Lover, O Ronco da Cuíca, Corsário, dentre muitas outras.

 

A primeira gravação saiu no disco de bolso do jornal O Pasquim: Agnus Sei (1972). No ano seguinte, assinou contrato com a gravadora RCA, lançando o primeiro disco, que levava apenas seu nome.

 

Em 1972 conheceu Elis Regina, que gravou uma parceria sua com Blanc: Bala com Bala; a carreira deslanchou depois da interpretação da cantora para o bolero Dois pra lá, Dois pra cá.

 

Discografia

 

RCA

1973 - João Bosco

1975 - Caça à Raposa

1976 - Galos de Briga

1977 - Tiro de Misericórdia

1979 - Linha de Passe

1980 - Bandalhismo

1981 - Essa É a Sua Vida

Ariola

1982 - Comissão de Frente

1983 - 100ª Apresentação - Ao Vivo

Barclay

1984 - Gagabirô

1986 - Cabeça de Nego

CBS

1987 - Ai Ai Ai de Mim

1989 - Bosco

Columbia

1991 - Zona de Fronteira

1992 - Acústico MTV

1994 - Na Onda que Balança

Epic / Sony Music

 

João Bosco, em Milão, Itália, no Festival Latinoamericano, 1996

1995 - Dá Licença Meu Senhor

1997 - As Mil e Uma Aldeias

2000 - Na Esquina

2001 - Na Esquina - Ao Vivo

2003 - Malabaristas do Sinal Vermelho

MP,B / Universal Music

2006 - Obrigado, Gente! - Ao Vivo

2008 - Senhoras do Amazonas - com NDR BIG BAND

2009 - Não Vou Pro Céu, Mas Já Não Vivo no Chão

2012 - 40 Anos Depois

MP,B / Som Livre

2017 - Mano Que Zuera

2020 - Abricó-de-Macaco

 

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