A segunda edição do “Concertos de
Inverno JB FM” recebe como convidada, no dia 06 de julho de 2022, a cantora
Adriana Calcanhotto. O evento, que será realizado no Teatro Prudential, no Rio
de Janeiro terá sua apresentação composta de obras executadas pelo Grupo de
Câmara da Orquestra Petrobras Sinfônica e músicas em conjunto com a convidada.
No repertório da noite, músicas como “Cariocas”, “Esquadros”, “Vambora”, entre
outros sucessos, prometem embalar o público. Os ingressos estão disponíveis no
site oficial do teatro.
Promovendo o encontro da música
clássica com a música brasileira, o projeto traz a cada edição artistas de
referência no cenário musical brasileiro. O “Concertos de Inverno JB FM” conta
com o patrocínio da Estácio Idomed, TIM Live Ultrafibra e CCAA.
SERVIÇO
Concertos de Inverno JB FM 2022
Grupo de Câmara da Orquestra Petrobras
Sinfônica convida Adriana Calcanhotto
Local: Teatro Prudential - Plateia
interna (R. do Russel, 804 - Glória)
Data: 06 de julho (Adriana
Calcanhotto)
Horário: 20h
Abertura da casa: 60 minutos antes
Classificação etária: livre
Duração: 50 minutos
Lotação: 359 lugares
Valor (inteira): Preço Único - R$
200,00
Ingressos aqui: https://teatroprudential.com.br/
UM POUCO SOBRE ADRIANA CALCANHOTO
Adriana da Cunha Calcanhotto nasceu em
Porto Alegre, 3 de outubro de 1965 é uma cantora, compositora, intérprete,
instrumentista, produtora musical, arranjadora, escritora e ilustradora
brasileira, além de atuar como professora e embaixadora da Universidade de
Coimbra, em Portugal.
Adriana Calcanhotto iniciou a
trajetória artística em meados dos anos 1980, com apresentações em bares e
casas noturnas de sua cidade natal, Porto Alegre, no sul do Brasil. Após uma
sequência de temporadas bem-sucedidas no circuito vanguardista de Porto Alegre
e São Paulo, foi convidada para cantar no Rio de Janeiro em fevereiro de 1989.
A boa repercussão da crítica levou ao primeiro disco, Enguiço (1990), que
trazia parte do repertório dos shows que a revelaram e lhe rendeu o Prêmio Sharp
de Revelação Feminina.
O álbum seguinte, Senhas (1992), foi o
primeiro concebido e produzido totalmente pela cantora e incluía uma leva de
composições próprias, como “Mentiras” e “Esquadros”, sucessos radiofônicos que
até hoje perduram tanto nos pedidos de bis em seus shows quanto nas rádios.
Outra canção desta lista é “Metade”,
presente em seu trabalho de estúdio posterior, “A Fábrica do Poema” (1994), que
foi considerado pela imprensa “o disco do ano”, em que estabeleceu parcerias
com poetas e compositores como Waly Salomão (1943 – 2003), Péricles Cavalcanti,
Cid Campos e Arnaldo Antunes.
“Maritmo”, gravado em 1998, é primeiro
título de sua discografia com referências explícitas ao mar, que também vão
aparecer em “Maré” (2008), “Olhos de Onda” (2014) e “Margem” (2019). Um dueto
com Dorival Caymmi (1914 – 2008) em “Quem Vem Pra Beira do Mar”, a regravação
de “Mais Feliz” (Dé, Bebel e Cazuza) e o hit “Vambora” foram alguns dos
destaques. Ainda neste trabalho e no show decorrente, a cantora sublinha a
forte ligação com as artes visuais, com citações à obra de Hélio Oiticica em
“Parangolé Pamplona”. Caetano Veloso, outra inspiração tropicalista, foi
devorado em “Vamos Comer Caetano” em canção composta somente com samples de diversas gravações do artista.
Dois anos antes, teve as músicas “Uns
Versos” e “Âmbar” gravadas por Maria Bethânia em álbum batizado pela segunda
canção. Suas canções foram gravada por artistas como Gal Costa, Ney Matogrosso,
Marisa Monte, Simone, Belchior, Los Hermanos, Teresa Cristina e Ed Motta.
Em seu primeiro disco ao vivo, Adriana
se voltou para o formato de voz e violão, presente no início da carreira e
sempre retomado em shows paralelos às turnês oficiais. “Público” (2000) deu
origem a um DVD e centenas de shows pelo Brasil em uma turnê que durou dois
anos e que trazia o sucesso pinçado da Jovem Guarda, “Devolva-me”.
“Cantada” (2002) foi o novo álbum de
estúdio e estabeleceu parcerias com músicos da nova geração. O trio +2 (Moreno
Veloso, Domenico Lancellotti e Kassin), Daniel Jobim e as bandas Los Hermanos e
Bossacucanova. O clipe de “Pelos Ares” foi gravado na instalação permanente de
Helio Oiticica no Museu do Açude, no Rio, com direção de Susana Moraes.
Em 2004, surge o heterônimo infantil
Adriana Partimpim, que estreou em disco homônimo e rendeu um show teatral
registrado em DVD. Com o projeto recebeu o Grammy Latino na categoria Melhor
Álbum Infantil. Partimpim voltaria a aparecer em outros dois trabalhos de
estúdio: “Dois” (2009) e “Tlês” (2012). E rendeu mais um DVD ao vivo Partimpim
Dois é Show. Ainda no universo infantil, Adriana Calcanhotto assinou as
ilustrações de “O Poeta Aprendiz” (2003), de Vinicius de Moraes e Toquinho, e
“Melchior, o Mais Melhor” (2011), de Vik Muniz.
Após o sucesso de Partimpim, Adriana
fez turnê pela Europa com o show + Ela, ao lado do trio +2 (Moreno Veloso,
Domenico Lancellotti e Kassin). Na volta ao Brasil gravou seu sexto álbum de
estúdio, “Maré” (2008), o segundo da trilogia marítima. O repertório retomava
Caymmi (“Sargaço Mar”) e apresentava parcerias com Arnaldo Antunes, Moreno
Veloso e Dé Palmeira. Durante a excursão portuguesa de lançamento do disco
escreve “Saga Lusa – O Relato de Uma Viagem”, lançado nesse ano ainda.
Em 2011, produz o seu primeiro disco
inteiramente autoral: “O Micróbio do Samba”, cujo título faz alusão a uma
expressão do conterrâneo Lupicínio Rodrigues. A safra de composições era
contaminada pelo ritmo e rendeu um aclamado show, eternizado em DVD no ano
seguinte.
Retoma o formato de voz e violão a
convite da Culturgest e estreia em Lisboa o show solo “Olhos de Onda”
(2013/2014), que gerou o seu segundo álbum ao vivo, e um DVD. O roteiro
apresentava novidades autorais, como “Motivos Reais Banais” em parceria com o
poeta Waly Salomão e “Sendo Amor”, dela própria, além de releituras de hits
como “Back to Black” de Amy Winehouse e “Me Dê Motivo”.
Em 2014, a convite da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, nos festejos de seus 80 anos, Adriana idealizou
um show inédito para festejar o centenário de Lupicínio Rodrigues. Em
apresentação única reuniu os músicos c Arthur Nestrovski, Cezar Mendes, Cid
Campos, Dadi Carvalho, Alberto Continentino e Jessé Sadoc. “Loucura”, lançado
em julho de 2015, ganhou no ano seguinte o Prêmio da Música Brasileira na
categoria Melhor DVD.
Em dezembro de 2015 faz recital de
poesia portuguesa e brasileira na Biblioteca Joanina, em Coimbra, com o
violonista Arthur Nestrovski como convidado, ocasião em que foi nomeada Embaixadora
da Universidade de Coimbra.
Em agosto de 2016 lançou no Rio de
Janeiro, com curadoria do poeta Eucanaã Ferraz, seu livro de letras “Pra que é
que serve uma canção como essa?”. Letras das suas canções selecionadas por
Eucanaã, que afirma haver “uma escrita Adriana”.
Em 2017 fez residência artística e deu
aulas na Universidade de Coimbra sobre poesia portuguesa e brasileira,
trovadores provençais e galegos, sobre a invenção da língua portuguesa e a
canção popular do Brasil, em master classes. Ao final da temporada em Coimbra
estreou na cidade em concerto ao ar livre “A Mulher do Pau Brasil”, espetáculo
de inspiração modernista e antropófaga (espécie de continuação do show de mesmo
nome que estreou em 1987 em Porto Alegre), com o qual fez turnê em Portugal e
no Brasil.
Nos anos 2018 e 2019 ministrou o curso
de composição “Como escrever canções” a convite da Universidade de Coimbra. Em
2019 lançou o terceiro álbum da sua trilogia marítima, Margem, com turnê de
shows no Brasil, Europa e EUA.
Em 2020 a turnê Margem seguiria por
Portugal e Europa no primeiro semestre.
O mundo parou em março de 2020, quando
foi decretada a pandemia de COVID-19. E o tempo ganhou novo sentido. Só que a
arte subverte, como sempre, tempo e espaço e brota no novo disco de Adriana
Calcanhotto, “Só canções da quarentena” – um trabalho concebido, composto,
registrado e lançado durante a quarentena.
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