O Colégio Cruzeiro, a mais antiga
escola não religiosa do Rio de Janeiro, comemora seu aniversário lançando um
livro sobre sua história e a dos alunos.
“Celebrar 160 anos em um país jovem como o nosso equivale a comemorar uns 700 anos no Velho Mundo e falar do colégio é fazer um recorte na própria história do Brasil, esse país plural, fundamentado na miscigenação de tantas culturas”, conclui a Diretora Pedagógica Estratégica da instituição, Ana Paula Ramos.
O livro, que será lançado em edição luxo, impressa, com capa dura, e em versão mais acessível em e-book, traz curiosidades que comprovam a forte conexão do Rio com a Alemanha. A origem do nome do bairro Méier, do nome Complexo do Alemão (que parece, mas não é, deriva de um polonês), da deliciosa cuca de banana, corruptela de kuchen, que significa bolo em alemão, da incorporação da maionese de batatas ao cardápio brasileiro, a versão tropicalizada da kartoffelsalat difundida nos muitos bares de origem alemã que existiam na cidade e, claro do chopp que, na verdade é o nome de uma medida antiga do volume do copo, e não do líquido em si.
O livro traz também uma linha do tempo relacionando o colégio a fatos históricos. Criado em 1º de setembro de 1862, o Colégio Cruzeiro nasceu sob a inspiração do conhecimento científico, criado pela colônia alemã que elaborou a Sociedade de Beneficência Humboldt (SBH) para ser a mantenedora do colégio. A escolha do nome foi uma homenagem ao cientista e naturalista Alexander von Humboldt, gênio em diversas áreas, que influenciou, entre muitos, Charles Darwin, e também o pensamento pedagógico do colégio. Em relação à arquitetura de pontos turísticos do Rio, o Colégio Cruzeiro é mais antigo do que o Theatro Municipal (erguido em 1909), que o hotel Copacabana Palace (1923), que o monumento do Cristo Redentor (1931) e que o Maracanã (1950), entre outros.
“O imperador Pedro II ia, regularmente, à escola para falar alemão com os estudantes. O músico Jacob do Bandolim teve parte de seu aprendizado musical na sala de aula da unidade Centro, onde foi matriculado em 1927”, exemplifica o Diretor Vice-Presidente da SBH, Ronald Sharp Jr. “É um orgulho zelar pela manutenção da história desse importante colégio e ajudar na construção do futuro desses alunos e das gerações que ainda virão para nossas salas de aula”, afirma a gerente da Sociedade Beneficência Humboldt (SBH), mantenedora do Colégio Cruzeiro, Claudia Paiva.
Em tempo: O Méier recebeu esse nome em
referência ao dono das terras daquela região, Augusto Duque Estrada Meyer
(acompanhante do imperador dom Pedro II), de ascendência e sobrenome
alemães. O Morro do Alemão faz
referência a um imigrante polonês, Leonard Kaczmarkiewicz, que na década de
1920, adquiriu terras na Serra da Misericórdia. A população local referia-se ao
proprietário como “o alemão” e, assim, a área ficou conhecida como Morro do
Alemão.
FONTE:
Assessoria de Comunicação: Lenke
Pentagna
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