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REI ARTHUR - A VOLTA
DE EXCALIBUR
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O Rei Arthur é um personagem literário
da cultura medieval britânica. Ainda que não haja provas históricas que tenha
existido, a figura de Arthur inspirou romances, filmes, musicais, videogames e
segue viva no século XXI. De acordo com as histórias medievais e romances de
cavalaria, liderou a defesa da atual Grã-Bretanha contra os invasores saxões no
final do século V e no início do século VI.
As histórias do rei Arthur estão
situadas num momento em que os bretões dominavam a Grã-Bretanha nos séculos V e
VI. Os bretões eram os celtas que haviam adotado os costumes dos romanos,
quando estes habitaram a ilha.
Figura central das lendas
classificadas atualmente como Matéria da Bretanha. O lendário Rei Artur começou
a despertar grande interesse internacional através da popularidade da crônica
fantástica e imaginativa Historia Regum Britanniae (História dos Reis da
Bretanha), composta pelo clérigo galês Godofredo de Monmouth.
Arthur era o filho primogênito de
Uther Pendragon e da Duquesa Ingraine, casada com Garlois. Por sua vez,
Ingraine e Garlois tinham uma filha, Morgana.
Ao contrário de Arthur, a existência
de Pendragon está comprovada. No entanto, não se sabe se os fatos que foram
narrados a seu respeito possam sem verdade.
Uther Pendragon apaixonou-se
perdidamente por Ingraine e para conquistá-la, aproveitou-se da ausência de
Garlois, que se encontrava no campo de batalha.
Ele pede ajuda a Merlin que modifique
sua aparência e que fique com as mesmas feições que Garlois. Em troca, o menino
que nasça dessa união, será educado pelo mago. Assim, quando ele chega ao
castelo, Ingraine pensa que é o seu esposo que voltou.
Embora os temas, eventos e personagens
das lendas Arturianas variem significativamente entre os mais diversos textos,
e não existir uma versão canônica, a versão de Godofredo foi a que geralmente
serviu como ponto de partida para as histórias posteriores. O clérigo galês
retratou Artur como um rei da Bretanha que derrotou os saxões e estabeleceu um
império na Bretanha, Irlanda, Islândia, Noruega e Gália.
O escritor francês do século XII,
Chrétien de Troyes, que adicionou na história Lancelote e o Santo Graal,
começou a tradição dos romances Arturianos que se tornaram um gênero importante
na literatura medieval. Nessas histórias francesas, a narrativa foca tanto em
Artur quanto em outros personagens, como os Cavaleiros da Távola Redonda. A
literatura Arturiana floresceu na Idade Média, mas declinou nos séculos
seguintes até ser ressuscitada no século XIX. No século XXI, a lenda continua
viva, não somente na literatura, mas também no teatro, cinema, televisão,
quadrinhos e outras mídias.
As bases históricas para a lenda do
Rei Artur têm sido debatidas há bastante tempo pelos acadêmicos. Uma escola de
pensamento, citando elementos da Historia Brittonum (História dos Bretões) e
Annales Cambriae (Anais de Gales), vê Artur como uma figura histórica genuína,
um bretão-romano que lutou contra os invasores anglo-saxões em algum período no
final do século V e início do século VI. A Historia Brittonum, uma compilação
histórica latina do século IX atribuída ao clérigo galês Nênio em alguns
manuscritos posteriores, contém a primeira descrição detalhada sobre o Rei
Artur, descrevendo doze batalhas em que o lendário líder lutou. Elas culminaram
na Batalha do Monte Badon, onde é dito que ele matou sozinho 960 homens.
Estudos recentes, entretanto, questionam a veracidade da Historia Brittonum.
Outro texto que parece favorecer a
existência histórica de Artur é o Annales Cambriae, um texto do século X, que
também relaciona Artur com a Batalha do Monte Badon. O Annales data essa
batalha entre 516-518 e também menciona a Batalha de Camlann, onde Artur e
Medraut (Mordred) morreram entre 537-539. Essas relatos foram usados para
reforçar a veracidade da Historia Brittonum e confirmar que Artur de fato lutou
em Badon. Foram identificados problemas em relação essa a versão, todavia ainda
assim essa foi usada para dar suporte à Historia Brittonum. As últimas
investigações demonstram que o Annales Cambriae foi baseado em uma crônica
criada no final do século VIII no País de Gales. Além disso, uma análise mais
aprofundada do Annales Cambriae mostra ser impossível ter qualquer certeza se
os anais Arturianos foram compilados na Alta Idade Média. Eles foram reunidos
em algum momento do século X e possivelmente não existiram anteriormente. A
citação sobre Badon provavelmente foi derivada da Historia Brittonum.
A falta de evidências convincentes nos
registros mais antigos é a principal razão de muitos historiadores
desconsiderarem Artur na história da Bretanha. Na visão do historiador Thomas
Charles-Edwards, "no estágio que se encontra as investigações, podemos
apenas dizer que pode ter existido um Artur histórico, os historiadores podem
igualmente dizer que não existe nenhuma certeza sobre isso". Admitir essa
falta de certeza é relativamente recente; gerações anteriores de historiadores
eram menos céticos. O historiador John Morris no seu livro The Age of Arthur
(1973) investiga a história bretã pós-romana, e encontrou poucas evidências de
um Artur histórico.
Em reação a essas teorias, outra
escola de pensamento surgiu argumentando que não existem evidências históricas
da existência de Artur. Morris, em Age of Arthur, mostra a visão do arqueólogo
Nowell Myres, a qual observa que "nenhuma figura na história e na
mitologia tem tomado tanto tempo dos historiadores". Gildas, no polêmico
texto do século VI, De Excidio et Conquestu Britanniae (Sobre a Ruína e
Conquista da Bretanha), descreve os relatos da Batalha de Badon, mas não
menciona Artur. O mítico líder também não é mencionado nas Crônicas
Anglo-Saxãs, ou citado em qualquer manuscrito sobrevivente do século IV a VIII.
A ausência da sua menção no livro de Beda do século VIII, História Eclesiástica
do Povo Inglês, outra fonte importante da história bretã pós-romana, é mais um
fator que vai contra a existência do lendário rei. O historiador David Dumville
escreveu: "Eu penso que podemos deixar ele de lado. Ele tem seu lugar nos
nossos livros de história como elemento mitológico, mas o fato é que não
existem evidências históricas em relação a Artur; nós devemos rejeitá-lo na
nossa história, e, acima de tudo, nos títulos dos nossos livros."
Alguns acadêmicos argumentam que Artur
era originalmente um herói folclórico ou até mesmo uma deidade céltica
esquecida, que assumiu contornos reais em um passado distante. São citadas
comparações com outras figuras mitológicas como os irmãos Hengist e Horsa do
Reino de Kent, que podem ter sido deuses totêmicos que posteriormente se
tornaram alegadamente históricos. Beda atribuiu a essas figuras legendárias um
papel histórico nas invasões e conquistas anglo-saxãs do século V. Nem sequer é
certo se Artur era considerado um rei nos primeiros textos. Nem Historia ou o
Annales chamam ele de "rex": ao invés disso ele é denominado
"duque bellorum" (líder de batalhas) e miles (soldado).
Documentos históricos da era
pós-romana são escassos, então a resposta definitiva sobre a questão da
existência histórica de Artur é desconhecida. Sítios arqueológicos têm sido
identificados como "Arturianos" desde o século XII, mas os
arqueólogos podem apenas determinar a legitimidade destes a partir de textos
antigos.
A chamada "Pedra de Artur",
descoberta em 1998 entre as ruínas do Castelo de Tintagel na Cornualha e
seguramente datada do século VI, criou esperança nos defensores da
historicidade de Artur, mas acabou sendo provada como irrelevante. Outras
evidências de Artur, incluindo a cruz da Abadia de Glastonbury, possuem erros e
existem indicações de serem forjadas. Embora alguns personagens históricos
tenham sido propostos como inspiração para a criação do Rei Artur, nenhuma
prova contundente dessas hipóteses foi apresentada.
O rei Arthur participava da Batalha de
Camelot quando é ferido mortalmente por Mordred. No entanto, este também é
morto por Arthur.
O rei pede ao seu escudeiro, sir
Bevedere que o leve para a beira de um lago e ali jogue a espada Excalibur. Ele
o faz e a mão da Dama do Lago aparece para recolhê-la.
Em seguida, as sacerdotisas de Avalon
aparecem numa embarcação, para levar Arthur à ilha onde ele seria tratado.
TÁVOLA REDONDA
Os cavaleiros da Távola Redonda eram
12, deveriam ser homens puros de coração e viver de acordo com os preceitos
cristãos. O local das reuniões era Camelot.
A palavra tavolo significa mesa em
italiano e esta denominação foi consagrada no português do Brasil. O formato
era redondo para mostrar que nenhum deles era mais importante que os demais.
Eis a lista dos membros da Távola
Redonda:
Kay
Lancelot
Gaheris
Bedivere
Lamorak de Galis
Gawain
Galahad
Tristão
Gareth,
Percival
Boors
Geraint
Numa das reuniões, os cavaleiros
tiveram uma visão do santo Graal, o cálice onde Jesus Cristo teria usado na
Última Ceia. Isso desencadeia uma corrida entre os cavaleiros para saber quem
encontraria o objeto sagrado.
No entanto, somente três cavaleiros
conseguem atingir o objetivo: Boors, Perceval e Galahad.´
As aventuras para buscar o Graal são
contadas em Prosas de Lancelot, cujos relatos são escritos em plena época das
Cruzadas. Assim era uma forma de estimular os cavaleiros a combater na Terra
Santa.
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