terça-feira, 2 de maio de 2023

EFEMÉRIDES: HÁ 09 ANOS, EM 02 DE MAIO DE 2014 FALECEU RUI MÁRIO GONÇALVES, UM DOS CRÍTICOS DE ARTE MAIS IMPORTANTES DA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX.

 



Rui Mário Gonçalves nasceu em Penafiel, cidade portuguesa e capital da sub-região do Tâmega e Sousa, pertence a região do Norte e ao distrito do Porto, em 12 de outubro de 1934 e faleceu em Lisboa, 02 de maio de 2014.

Irmão do pintor Eurico Gonçalves, Rui Mário Gonçalves interessou-se desde cedo pela arte, apesar de ter começado por estudar Ciências Físico-Químicas na Universidade de Lisboa. No início dos anos 60, foi para Paris como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, tendo estudado com Pierre Francastel. Em 1967, iniciou a sua carreira como professor no curso de formação artística na Sociedade Nacional de Belas-Artes e ensinou ainda nos anos 70 nas escolas de teatro e de cinema do Conservatório Nacional de Lisboa. Era professor catedrático jubilado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, no Departamento de Literaturas Românicas, onde entrou em 1974.

O crítico fundou a seção portuguesa da Associação Internacional de Críticos de Arte nos anos 60, fundamental no reconhecimento da atividade da crítica de arte em Portugal.

“A arte é geralmente a primeira reveladora das transformações que a humanidade deseja. Não é a política. A boa política é aquela que serve os verdadeiros anseios da Humanidade, e esses verdadeiros anseios são expressos na melhor arte”, disse Rui Mário Gonçalves numa entrevista à Antena 2 em 1997.

Lecionou no Curso de Formação Artística da Sociedade Nacional de Belas Artes entre 1967 e 1986. Foi docente nas Escolas de Teatro e de Cinema do Conservatório Nacional de Lisboa entre 1972 e 1977. Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde iniciou atividade docente em 1974, no Departamento de Literaturas Românicas.

Foi membro do Conselho Técnico da Cooperativa Gravura, vice-presidente da Sociedade Nacional de Belas Artes e presidente da secção portuguesa da AICA (Associação Internacional de Críticos de Arte). No final da década de 1960 dirigiu a galeria de arte da Livraria Buchholz, Lisboa. Proferiu inúmeras palestras e conferências, dentro e fora do país; assinou trabalhos em dicionários e enciclopédias; traduziu obras de diversos historiadores de arte; foi autor de vários livros de História da Arte e de monografias sobre artistas.

Entre as suas obras podem destacar-se: Pintura e Escultura em Portugal, l940-1980 (1980); O Imaginário da Cidade de Lisboa (1985); Dez Anos de Artes Plásticas e Arquitetura – 1974-84 (em colaboração com Francisco da Silva Dias, 1985); O Fantástico na Arte Portuguesa Contemporânea (1986); Pioneiros da Modernidade (1986); De 1945 à Atualidade (1986); Cem Pintores Portugueses do Século XX (1986); Arte Portuguesa em 1992 (1992); Arte Portuguesa nos Anos 50 (1996); O Que Há de Português na Arte Moderna Portuguesa (1998); A Arte Portuguesa do Século XX (1998); Vontade de Mudança (2004). Entre as suas monografias sobre artistas plásticos portugueses destacam-se: António Dacosta (1983), Almada Negreiros (2005), Amadeo de Souza-Cardoso (2006), Cruzeiro Seixas (2007).

Rui Mário Gonçalves tinha não apenas um vasto conhecimento, mas também uma invulgar capacidade de comunicação, "uma qualidade de presença rara e entusiástica. Em público ou em privado [...] tinha um raro condão, entusiasmava-se e entusiasmava, na rua ou no café, em intermináveis conversas ao falar de pintura e de artistas, as figuras do passado [...] estavam ali conosco, [...] porque elas faziam parte do seu viver e passavam imediatamente a fazer parte do nosso". Morreu em 02 de maio de 2014 aos 79 anos de idade.

                                                                              

Rui Mário Gonçalves, nome incontornável da crítica da arte portuguesa, nasceu em Abragão, Penafiel, a 12 de outubro de 1934. Foi crítico de arte, professor, historiador de arte e ensaísta.

Licenciado em Ciências Físico-Químicas pela Universidade de Lisboa, desde muito cedo se interessou pelas artes plásticas. Entre 1963 e 1966 foi bolseiro Fundação Calouste Gulbenkian em Paris, onde estudou com Pierre Francastel. Foi membro do Conselho Técnico da Cooperativa Gravura, vice-presidente da Sociedade Nacional de Belas Artes e presidente da secção portuguesa da Associação Internacional dos Críticos de Arte.

Lecionou no Curso de Formação Artística da Sociedade Nacional de Belas Artes entre 1967 e 1986. Entre 1972 e 1977 foi professor da Escola de Teatro e da Escola de Cinema do Conservatório Nacional. A partir de 1974 foi professor convidado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Desenvolveu inúmeras atividades de promoção e divulgação das artes plásticas, nomeadamente exposições de arte moderna, elaboração de catálogos, tradução de obras de historiadores de arte, conferências e colóquios e colaboração em vários jornais e revistas da especialidade, rádio e televisão.

Colaborou em vários dicionários e enciclopédias, dos quais se destaca a História da Arte em Portugal, onde redigiu dois dos seus volumes. É autor de vários livros de História de Arte e monografias sobre pintores portugueses, nomeadamente Pintura e Escultura em Portugal, 1940-1980 (1980), O Imaginário da Cidade de Lisboa (1985), Dez Anos de Artes Plásticas e Arquitectura, 1974-84 (em colaboração com Francisco da Silva Dias, 1985), O Fantástico na Arte Portuguesa Contemporânea (1986), Pioneiros da Modernidade (1986), De 1945 à Atualidade (1986), Cem Pintores Portugueses do Século XX (1986), Arte Portuguesa em 1992 (1992), Arte Portuguesa nos Anos 50 (1996), O Que Há de Português na Arte Moderna Portuguesa (1998), A Arte Portuguesa do Século XX (1998), Vontade de Mudança (2004), António Dacosta (1983), Almada Negreiros (2005), Amadeo de Souza Cardoso (2006), Cruzeiro Seixas (2007).

 

Faleceu em Lisboa a 2 de maio de 2014.

 

Rui Mário Gonçalves colaborou por diversas ocasiões com o Museu do Neo-Realismo, tendo sido curador da Exposição Pintor Nuno San-Payo - Exposição Antológica, patente entre 19 de outubro de 2013 e 16 de março de 2014.

 

 





 

Fontes

Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. VI, Lisboa, 1999

http://www.centromariodionisio.org/biografia_rui_m_goncalves.php

 

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