terça-feira, 10 de outubro de 2023

AÏDA E RIGOLETTO - GIUSEPPE VERDI


Alberto Araújo exibe os DVDs de duas obras de Giuseppe Verdi: Aida e Rigoletto de seu acervo particular.



Aida é uma ópera em quatro atos, com música de Giuseppe Verdi e libreto de Antonio Ghislanzoni. Sua estreia mundial aconteceu na Casa da Ópera, no Cairo, em 24 de dezembro de 1871.

PERSONAGENS 

Aida, (escrava e rainha etíope, Na Etiópia era princesa, apaixonada por Radamés)      soprano lírico-dramático

Radamés, (general egípcio, apesar de ser prometido a Amnéris está apaixonado por Aida)    tenor dramático

Amnéris, (filha do faraó, rival de Aida pelo coração de Radamés)  mezzo-soprano

Amonasro, (rei da Etiópia, pai de Aida)  barítono

Faraó baixo

Ramfis, (sumo sacerdote) baixo


Ato I

O sumo-sacerdote Ramfis faz saber a Radamés, capitão da guarda egípcia, que os etíopes cobiçam o Egito. Depois acrescenta que a deusa Ísis decidiu que deve comandar os exércitos egípcios para defender o seu território e vai ter com o faraó para informar do divino desígnio. Radamés sonha ser o escolhido e idealiza uma volta vitoriosa da batalha para oferecer o seu triunfo à sua amada Aida, escrava da filha do faraó e filha do rei etíope Amonasro. Entra Amneris, filha do faraó, que ao perceber a alegria do general, suspeita que o motivo do estado de ânimo não se dava apenas aos sonhos de glória no campo de batalha. A chegada de Aida, muito afetada pelos rumores de guerra, só faz aumentar as suas dúvidas e alimentar os seus ciúmes: Amneris sabe que o coração de Radamés pertence a outra mulher que, provavelmente, é a sua escrava. No entanto, finge um grande carinho pela jovem escrava etíope quando, na realidade, está cheia de desejos de vingança. Precedido pela sua guarda entra o faraó com Ramfis, os sacerdotes e um grupo de cortesãos. Logo em seguida, aparece um mensageiro que relata como as tropas etíopes, sob o comando do rei Amonasro, devastam tudo o que encontram no seu caminho e avançam para a capital, Tebas. Ao ouvir o nome do seu pai, Aida deixa escapar uma exclamação que não é ouvida pelos presentes, que ignoram a sua linhagem. O faraó anuncia que a deusa Ísis decidiu que Radamés é o escolhido para comandar as tropas contra o exército invasor. Todos os presentes encorajam o militar e gritam gritos de guerra. Amneris entrega-lhe um estandarte e deseja-lhe uma volta vitoriosa. Saem todos menos Aida que,repetindo as palavras de Amneris, luta entre os seus sentimentos amorosos por Radamés e por seu pai e os seus compatriotas, os quais irão se enfrentar na batalha. 

Numa sala do templo de Vulcano: Ouvem-se ao longe cânticos e rituais das sacerdotisas, que invocam a proteção dos deuses. Em cena, Ramfis e a assembleia de sacerdotes vestem Radamés com as armas abençoadas pelos deuses. Todos os presentes pedem ao deus do fogo que proteja o jovem guerreiro. Fim do 1º Ato.

Ato II

Numa sala nos aposentos de Amneris: A filha do faraó, rodeada pelas suas escravas, prepara-se para uma festa que celebrará a volta triunfal de Radamés, vencedor da batalha contra os etíopes. Um grupo de escravos dançam à sua volta. Depois saem todos, menos Amneris que, na sua ânsia de saber a verdade sobre os sentimentos de Aida, submete a escrava etíope a um maquiavélico plano: quando a escrava entrar nos seus aposentos, ela a engana dizendo que Radamés venceu os etíopes mas morreu em combate. Ao saber da “terrível notícia”, Aida é incapaz de esconder o seu luto e manifesta na frente de sua patroa o seu amor por Radamés. A princesa egípcia então diz a verdade que Radamés continua vivo e que ela também o ama. Além disso, Aida jamais poderá desfrutar do amor do jovem guerreiro porque não passa de uma simples escrava. A princesa etíope consegue dominar-se depois de sentir a tentação de revelar a sua verdadeira linhagem e reconhece que só vive para esse amor. Amneris ameaça-a com uma terrível vingança não prestando atenção às súplicas da sua escrava. Então, ouvem-se os cânticos guerreiros dos soldados egípcios que voltaram da batalha. Sozinha em cena, Aida implora a piedade dos deuses.

Na entrada da cidade egípcia de Tebas, junto ao templo do deus Amon, uma multidão espera a volta dos guerreiros egípcios. Aparece o faraó com o seu cortejo e os sacerdotes. Atrás deles, Amneris com Aida e as suas escravas. O faraó senta-se no seu trono tendo, à sua direita, a sua filha. Depois de um coro de louvor em honra aos deuses e do soberano, uma grande marcha abre a procissão na qual participam os soldados egípcios, seguidos por bailarinos, carros de guerra, estandartes e ídolos. Por fim, Radamés entra em cena. O faraó recebe o jovem e ordena a Amneris que coloque a coroa ao vencedor. Depois diz a Radamés para pedir o que desejar. O militar pede a presença dos prisioneiros, entre os quais encontra-se Amonasro. Ao ver seu pai, Aida não consegue se conter e abraça-o dizendo que é o seu pai. O rei pede para não revelar a sua identidade aos seus inimigos e, às perguntas do faraó, responde que o imperador dos etíopes morreu no campo de batalha. Depois suplica clemência para os vencidos com a ajuda de Aida, das escravas, do povo e do próprio Radamés, que faz saber ao faraó que é a graça que pede pela sua vitória. Apesar da oposição de Amneris, de Ramfis e dos sacerdotes, o faraó concede a vida e a liberdade aos vencidos, mas, por conselho do sumo-sacerdote Ramfis, mantém em seu poder Aida e o seu pai Amonasro. Em seguida, o faraó concede a Radamés, como prêmio pela sua vitória, a mão de Amnéris e num futuro próximo a coroa, surpreendendo o militar e Aida, que ficam consternados. Fim do 2º ato. 

Ato III

Nas margens do rio Nilo, onde se encontra o templo de Ísis: Ao longe ouvem-se os cânticos das sacerdotisas, que estão no templo. Aparecem em cena Ramfis e Amneris, que descem de uma barca e entram no templo sagrado para rezar pelo futuro casamento, cuja cerimônia ocorrerá no dia seguinte. Então entra em cena Aida, que se encontrou com Radamés, lamentando-se de que nunca mais voltará a ver a sua pátria. Aparece então Amonasro que, ciente dos sentimentos de sua filha para com Radamés, lhe faz saber que poderão voltar ao seu país se conseguir que o seu amado lhe diga o caminho secreto que o exército egípcio tomará no seu ataque. Aida nega-se inicialmente, mas a terrível reação de seu pai faz ela mudar de opinião. À chegada de Radamés, Amonasro esconde-se por detrás de umas palmeiras. Acontece então o feliz reencontro dos amantes. Radamés comunica a Aida que rapidamente estará, outra vez, à frente dos seus exércitos, uma vez que a luta com os etíopes reacendeu. Certo da sua vitória, o militar declara a sua intenção de pedir como recompensa a liberdade e a mão de Aida. A escrava manifesta a sua desconfiança em que semelhante plano possa acontecer e convence o amado de que a fuga para a Etiópia é a melhor solução pros dois. Depois pergunta-lhe qual é o caminho que terão de tomar para evitar o exército egípcio. O seu amante, confiante, revela-lhe que as tropas atacarão a Etiópia na garganta de Nápata. Subitamente, Amonasro abandona o seu esconderijo e aparece diante Radamés, que ele percebe que traiu a sua pátria involuntariamente, pelo amor de Aida. Amonasro e a sua filha tentam convencê-lo de que não é o culpado e tentam convencê-lo a fugir com eles. Sai então do templo Amneris, seguida por Ramfis e pelos guardas do templo, que acusa Radamés de traição. O rei etíope tenta matar Amneris com um punhal, mas Radamés interpõe-se. Amonasro e Aida conseguem fugir, enquanto o militar egípcio se entrega ao sumo-sacerdote. Fim do 3º ato. 

Ato IV

Numa sala do palácio do faraó perto da cela de Radamés e da sala de julgamento: Amneris, ainda apaixonada por Radamés apesar de este ter tentado fugir com a escrava, ordena que o preso seja conduzido à sua presença. A filha do faraó tenta convencê-lo a pedir clemência das acusações que lhe são imputadas, mas o militar nega-se. A princesa egípcia comunica-lhe então que Aida ainda está viva, ao que Radamés responde que está confiante de que sua amada consiga voltar à sua pátria. Desesperada, Amneris faz-lhe uma última proposta: promete libertá-lo se ele jurar que nunca mais verá Aida, mas Radamés sai, sendo levado para a sala do julgamento. 

A partir de um local distante, assiste desesperada ao interrogatório. Radamés não responde às acusações proferidas por Ramfis e pelos sacerdotes e é condenado à pena de morte reservada aos traidores da pátria: ser enterrado vivo. A princesa egípcia, louca de desespero, amaldiçoa os sacerdotes. 

O cenário aparece agora dividido em dois planos. No superior aparece o interior do templo de Vulcano. Em baixo, a cripta onde Radamés aparece vivo. Radamés se despede da vida e da sua amada para sempre, e então aparece Aida, que conseguiu entrar no túmulo para morrer ao seu lado. A escrava encontra a morte nos braços do seu amado enquanto Amneris reza por Radamés no templo. Ao longe soam os cânticos dos sacerdotes. Fim do 4º ato.




RIGOLETTO é uma ópera em três atos do compositor italiano Giuseppe Verdi, com libreto de Francesco Maria Piave. Estreou no teatro La Fenice de Veneza em 11 de março de 1851. Ópera inspirada na peça de teatro Le roi s'amuse de Victor Hugo.

 

PERSONAGENS

 

Il Duca: Tenor

Rigoletto: Barítono

Gilda: Soprano

Monterone: Barítono

Sparafucile: Baixo

Giovanna: mezzo-soprano

Maddalena: Contralto

Ceprano: Baixo

Marullo: Barítono

Borsa: Tenor

Sra Ceprano: Soprano

Sinopse

Ato I

Óperas de Giuseppe Verdi

 

Oberto, Conte di San Bonifacio (1839)

Un giorno di regno (1840)

Nabucco (1842)

I Lombardi alla prima crociata (1843)

Ernani (1844)

I due Foscari (1844)

Giovanna d'Arco (1845)

Alzira (1845)

Attila (1846)

Macbeth (1847)

I masnadieri (1847)

Jérusalem (1847)

Il corsaro (1848)

La battaglia di Legnano (1849)

Luisa Miller (1849)

Stiffelio (1850)

Rigoletto (1851)

Il trovatore (1853)

La traviata (1853)

Les vêpres siciliennes (1855)

Simon Boccanegra (1857)

Aroldo (1857)

Un ballo in maschera (1859)

La forza del destino (1862)

Don Carlos (1867)

Aïda (1871)

Otello (1887)

Falstaff (1893)

 

CENA I

SALÃO DO PALÁCIO DO DUQUE DE MÂNTUA

 

No palácio do Duque de Mântua acontece um baile. A música preenche o salão. O Duque conversa alegremente sobre suas aventuras e conquistas amorosas com o cortesão Borsa. Fala, em especial, da sua mais recente aventura: há três meses, uma bela jovem é observada por ele. Mas, até aquele momento, a oportunidade que teve de vê-la foi na igreja, ela desconhece quem ele é. O Duque conta que ela mora em uma pequena vila e um homem desconhecido a visita todas as noites. Entre os convidados estão o Conde e a Condessa de Ceprano. O Duque se encanta com a beleza da Condessa e canta sobre seus amores momentâneos. De um lado, o Duque faz reverências à beleza da Condessa, de outro, o Conde, seu marido, é ridicularizado por Rigoletto, que acaba de entrar. Em seguida entra Marullo, que reúne outros cortesãos para contar um grande segredo: o corcunda Rigoletto, o bobo da corte, tem uma amante! A gargalhada é geral entre todos os presentes. O Duque e Rigoletto retornam. Na presença de Ceprano, Rigoletto insinua maneiras pelas quais o Duque poderia afastar o Conde e, assim, seduzir sua esposa. Rigoletto, quando chega a ponto de sugerir que o Conde fosse executado, o irado Ceprano, embravece num impulso de desafiar um duelo. Outros cortesãos demonstram repúdio e desprezo pelo repugnante e debochado Rigoletto. O Duque, nesse momento, mostra-se irritado. De repente, surge Monterone, que acusa energicamente o Duque de ter desonrado sua filha. Rigoletto, em uma atitude desprezível, faz zombaria do infeliz homem, imitando Monterone. Este jura vingança e amaldiçoa Rigoletto pela atitude indigna, ao rir da mágoa de um pai. Rigoletto, nesse momento, se mostra perturbado e com medo. Todos ficam irritados com Monterone, por ter acabado com a festa.

 

CENA II

É NOITE. BECO ESCURO ENTRE A CASA DE CEPRANO E RIGOLETTO.

 

Rigoletto recorda a maldição de Monterone com uma estranha sensação, talvez um mau pressentimento. Aproxima-se Sparafucile, oferecendo seus serviços como assassino profissional. Suas vítimas são atraídas à sua casa por sua irmã, Mad-dalena. Rigoletto recusa tais serviços, mas aquele encontro o faz refletir. Só, Rigoletto recorda sua vida, as humilhações pelas quais já passou por ser aleijado e bobo da corte. Somente o amor de sua filha, Gilda, o torna mais terno e mais humano. Encontro de Gilda e Rigoletto. Rigoletto está perdido em pensamentos. Ela pede que o pai conte sobre o seu passado, deseja saber o nome da sua mãe. Rigoletto fala das suas desgraças e do amor perdido. Gilda é a única alegria que tem. Energicamente, ele diz para Gilda não sair jamais de casa desacompanhada e reforça o pedido à governanta. Pede a Giovanna que esteja sempre atenta à filha. Rigoletto sai e, sem ser visto, o Duque chega. Suborna Giovanna para deixá-lo entrar. Gilda encontra-se apaixonada pelo Duque, que é belo e jovem e que ela acredita ingenuamente ser um estudante. Gilda nada contou ao pai sobre essa paixão. Nesse encontro, o Duque faz juras de amor. Gilda está encantada e indefesa pelo amor. Ouvem-se os passos de Ceprano e dos outros.

 

O Duque, que receia ser descoberto, pensa em fugir. No escuro, Ceprano, Marullo e outros cortesãos se encontram com o objetivo de raptar a amante de Rigoletto. Rigoletto chega e pensa que quem está sendo levada é a Condessa de Ceprano, com os olhos vendados. Ele participa da ação ajudando a segurar a escada. Quando partem, Rigoletto tira a venda dos olhos. É tarde. Lembra angustiado da maldição de Monterone.

 

ATO II

PALÁCIO DO DUQUE

 

O ato inicia com o Duque desolado por não ter notícia do seu anjo. O Duque descobriu que Gilda foi raptada. Entra em desespero; deseja encontrá-la para confortá-la. Os cortesãos, com sabor de vitória, contam como prenderam a amante do corcunda. Rigoletto aparece demonstrando indiferença, mas no seu íntimo reina um enorme desespero para encontrar sua filha. Sem querer, com a chegada de um pajem, ele descobre que o Duque está com Gilda. Totalmente fora de si, Rigoletto tenta forçar seu caminho até o Duque. Ele é afastado e, nesse momento, roga para que ela seja liberta. Gilda, em lágrimas, é trazida até o pai. Ela confessa sua ligação com o Duque e que lhe havia tirado a honra. Monterone, ao ser conduzido à prisão, esbraveja contra a impunidade do Duque. Entretanto, Rigoletto jura que haverá, sim, uma vingança. Não existem outros pensamentos para ele, mesmo com as súplicas de Gilda, pois seu único motivo a partir de agora é vingar-se.

 

ATO III

UMA HOSPEDARIA AFASTADA DA CIDADE. É NOITE.

 

Rigoletto, que havia pago Sparafucile para assassinar o Duque, vai com Gilda até um ponto onde poderiam observar tudo que se passa dentro da casa. Gilda, ao longe, vê o Duque, disfarçado, indo ao encontro de mais uma de suas aventuras amorosas. O Duque canta cinicamente a canção que expressa seu desprezo pelas mulheres. Enquanto isso, Rigoletto e Sparafucile planejam o assassinato. Maddalena é chamada e flerta com o Duque. Gilda não tem como evitar a cena do Duque com Maddalena, pois é forçada a olhar. O Duque com Maddalena diverte-se, a corteja. Gilda se amargura com as sombrias ameaças de Rigoletto. Maddalena, com pena do jovem, tenta convencer Sparafucile a matar outra pessoa em vez do Duque. Rigoletto vai embora e pede para que a filha saia da cidade. Gilda retorna, pois fica sabendo dos planos para o Duque e resolve sacrificar-se pelo amado. Ela vai ao encontro de Sparafucile, que se esconde atrás de uma porta aguardando com uma faca o momento para executar o assassinato. A porta se abre. Tudo está escuro. A vítima está escondida em um saco. Muito feliz por estar concretizando sua vingança, Rigoletto está ansioso por jogar o saco no rio, quando, para seu horror, ouve a voz do Duque ao longe cantarolando. Rigoletto abre o saco e vê sua filha agonizando. Ela lhe implora o perdão e morre. Rigoletto está transtornado, infeliz, a maldição de Monterone foi cumprida.






ALGUMAS OBRAS DE GIUSEPPE VERDI

 

Oberto, Conte di San Bonifacio (1839)

Un giorno di regno (1840)

Nabucco (1842)

I Lombardi alla prima crociata (1843)

Ernani (1844)

I due Foscari (1844)

Giovanna d'Arco (1845)

Alzira (1845)

Attila (1846)

Macbeth (1847)

I masnadieri (1847)

Jérusalem (1847)

Il corsaro (1848)

La battaglia di Legnano (1849)

Luisa Miller (1849)

Stiffelio (1850)

Rigoletto (1851)

Il trovatore (1853)

La traviata (1853)

Les vêpres siciliennes (1855)

Simon Boccanegra (1857)

Aroldo (1857)

Un ballo in maschera (1859)

La forza del destino (1862)

Don Carlos (1867)

Aïda (1871)

Otello (1887)

Falstaff (1893)




 

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