OFÉLIA – POESIA DE ALBERTO ARAÚJO
a Ofélia de Hamlet de Shakespeare
Têm a fragrância das flores do amor
as águas em que tu morreste, linda menina!
Tão majestosa jovem! Doce o teu hálito em flor.
Ó, OFÉLIA, triste essa tua imensurável sina.
Expiraste! Grande Ninfa da Beleza,
nas águas do rio que desce escondido
das abissais montanhas norueguesas.
Faleceste por amor não correspondido.
Uma ação desesperada e inerme tua
fez purificar-te na brilhante lua.
Pobre donzela, com perfil de realeza,
repousas tranquila nas águas da natureza.
Sofredor o teu coração: Eterno desvario!
Peito dorido, infeliz e que desatina.
A tua alma padecerá no leito do rio
mas, na história dramática de William,
tu serás enternecida: Uma heroína!
Alberto Araújo
Poeta e jornalista
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