quinta-feira, 12 de outubro de 2023

EFEMÉRIDES: HÁ 88 ANOS, EM 12 DE OUTUBRO DE 1935 NASCEU LUCIANO PAVAROTTI UM DOS MAIORES TENORES DA ATUALIDADE. APRESENTOU-SE EM GRANDES ESPETÁCULOS INTERNACIONAIS, VÁRIOS DELES COM PROPÓSITOS FILANTRÓPICOS.

Luciano Pavarotti nasceu em Módena, no dia 12 de outubro de 1935 e faleceu em Módena, no dia 06 de setembro de 2007, foi um cantor (tenor lírico) italiano, grande intérprete das obras de Bellini, Donizetti, Verdi e Puccini, dentre outros em seu grande repertório. Reconhecido como o tenor que popularizou, mundialmente, a ópera. 

Pavarotti começou sua carreira profissional como tenor lírico em 1961 na Itália. Em 1961, fez sua primeira performance internacional, em La Traviata de Giuseppe Verdi, em Belgrado, na Sérvia (então Iugoslávia). Cantou nas maiores casas de óperas da Itália, nos Países Baixos, em Viena, Londres, Ancara, Budapeste, Barcelona e Rio de Janeiro. O jovem tenor tornou-se conhecido durante uma turnê australiana ao lado da renomada soprano Joan Sutherland em 1965. Ele fez sua estreia nos Estados Unidos em Miami, também a convite da soprano. Sua posição como o tenor lírico líder de sua geração veio entre os anos de 1966 e 1972, durante suas performances no Teatro alla Scala de Milão e em outras casas de ópera italianas. No Metropolitan Opera House, ele cantou o papel de Tonio de La fille du régiment de Gaetano Donizetti e recebeu o título de "Rei dos Dós", quando ele cantou a ária "Ah mes amis...pour mon âme". Ganhou fama mundial com seu brilhante e bonito tom, especialmente pelo alcance. Ele foi considerado o melhor tenor em Aida de Verdi e La Bohème, Tosca e Madama Butterfly (Giacomo Puccini) de sua geração, mesmo com alguns dos papéis não serem específicos para seu tipo vocal. No fim da década de 1970 e 1980, ele continuou apresentando-se nos maiores teatros do mundo. 

Tornou-se popular entre o público na Copa do Mundo de 1990 na Itália, com performances da ária "Nessun Dorma", da ópera Turandot, de Giacomo Puccini, na apresentação dos Os Três Tenores, ao lado dos tenores e amigos Plácido Domingo e José Carreras. Os três apresentaram-se novamente diversas vezes. 

Sua última performance em uma ópera, no Metropolitan Ópera foi em setembro de 2004. Um ano depois, a Fundação Ítalo-Americana nacional o indicou a Calçada Ítalo-Americana da Fama, em reconhecimento ao seu trabalho durante toda a vida. Sua última aparição em um palco foi na abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Turim, em 2006, quando ele cantou pela última vez "Nessun Dorma" e recebeu uma ovação calorosa de milhares de pessoas. 

Pavarotti gravou duetos com Andrea Bocelli, Frank Sinatra, Anastacia, Zucchero, Eros Ramazzotti, James Brown, Ricky Martin, Simon Le Bon, Laura Pausini, Dolores O'Riordan, Elton John, Spice Girls, Bryan Adams, Queen, Mariah Carey, Céline Dion, Jon Bon Jovi, The Corrs, U2, Roberto Carlos, Mercedes Sosa, Lisa Mineli, Montserrat Caballé, entre outros, especialmente para causas beneficentes, nas quais se envolveu bastante.

Pavarotti começou sua carreira como tenor em pequenas casas de óperas regionais, fazendo sua estreia como Rodolfo em La Bohème (Puccini) no Teatro Municipal em Reggio Emilia em 29 abril de 1961. 

Logo no início da sua carreira, dia 23 de fevereiro de 1963, ele estreou na Ópera Estatal de Viena, no mesmo papel. Em março e abril de 1963, Viena voltou a vê-lo no papel de Rodolfo e Duca de Mantova, em Rigoletto (Verdi). No mesmo ano, ele interpretou Rodolfo no Royal Opera House, Covent Garden, em Londres, substituindo Giuseppe di Stefano que estava indisposto.

Mesmo tendo sucesso nas suas interpretações, os primeiros papéis de Pavarotti não o levaram ao estrelado que alcançaria depois. Seu envolvimento com a soprano Joan Sutherland (e seu marido, o maestro Richard Bonynge), que em 1963 procuravam um tenor mais alto do que ela para acompanhá-la em uma turnê australiana. Com seus mais de 1,80 metro de altura e sua presença física, Pavarotti era o ideal. Os dois cantaram quarenta performances em dois meses e posteriormente, Pavarotti creditou a Sutherland sua técnica de respiração, que sustentaria sua carreira. 

Pavarotti fez sua estreia estadunidense na Grande Ópera de Miami em fevereiro de 1965, cantando em Lucia di Lammermoor, de Gaetano Donizetti, ao lado de Joan Sutherland. O tenor que iria cantar, inicialmente o papel, ficou doente repentinamente. Como Sutherland já havia feito uma turnê com o jovem Pavarotti, acreditava que ele estaria familiarizado com o papel. 

Logo após, em 28 de abril, Pavarotti fez sua estreia no La Scala, revivendo a famosa produção de La Bohème de Franco Zeffirelli, com sua amiga de infância Mirella Freni, e Herbert von Karajan conduzindo. Após uma extensiva turnê australiana, ele retornou ao La Scala, onde cantou o papel de Tebaldo em I Capuleti e i Montecchi, em 26 de março de 1966, com Giacomo Aragall como Romeo. Sua primeira performance como Tonio em La fille du régiment de Donizetti, no Royal Opera House, Covent Garden, em 2 de junho do mesmo ano. Foi nessa performance que ele ganhou o título de "Rei dos Dós". Ele conseguiu outro triunfo em Roma, dia 21 de novembro de 1969, quando cantou em I Lombardi, de Verdi, com Renata Scotto. 

Seu maior sucesso nos Estados Unidos veio em 17 de fevereiro de 1972, em uma produção de La fille du régiment, no Metropolitan Opera House em Nova Iorque, quando ele levou o público ao delírio, alcançando nove dós na ária "pour mon âme". Ele bateu o recorde, sendo chamado dezessete vezes ao palco.

Pavarotti cantou seu primeiro recital internacional no William Jewell College, em Liberty, Missouri em 1 de fevereiro de 1973. Por seu nervosismo e seu suor em excesso, ele levou um lenço ao seu recital, então esse se tornou sua marca registrada. 

Ele começou a frequentar performances televisivas em março de 1977, com Rodolfo (La Bohème) na primeira produção de Live from the Met. Ele recebeu inúmeros Grammys e discos de ouro e platina por suas performances. Entre os discos que encabeçam a lista, estão La Favorita (Gaetano Donizetti) com Fiorenza Cossotto, e I Puritani (Vincenzo Bellini), com Joan Sutherland.

Em 1976, Pavarotti fez sua estreia no Festival de Salzburgo, aparecendo em um recital solo dia 31 de julho, acompanhado pelo pianista Leone Magiera. Pavarotti retornou ao festival em 1978, com um recital e no papel do Cantor Italiano em Der Rosenkavalier, de Richard Strauss, em 1983 com Idomeneo e em 1985 e 1988 com recitais solo. Em 1979, ele foi a capa da revista Time. No mesmo ano, Pavarotti retornou a Ópera Estatal de Viena após uma abstinência de quatorze anos. Com Herbert von Karajan, conduzindo, Pavarotti cantou o papel de Manrico em Il Trovatore. Em 1978, ele apareceu em um recital solo no Live from Lincoln Center. 

NO BRASIL 

Pavarotti esteve no Brasil sete vezes. A primeira foi em 1979, realizando dois recitais: um no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, e o outro no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo, onde cantou para quatro mil pessoas sem o microfone. Esteve em 1991 em São Paulo onde cantou no estádio do Pacaembu para um público de 40 mil numa noite chuvosa. A última vez que ele esteve no Brasil foi em 2000, com uma apresentação dos Três Tenores, no Estádio do Morumbi, em São Paulo. Também cantou em dueto com o cantor Roberto Carlos em Porto Alegre no ano de 1998. 

Durante sua turnê de despedida, Pavarotti foi diagnosticado com câncer pancreático, em julho de 2006. O tenor lutou contra as implicações deste diagnóstico, submetido a uma cirurgia abdominal de grande porte e começou a fazer planos para a retomada de sua turnê. Na quinta-feira, 6 de setembro de 2007, ele morreu em Modena, Itália, aos 71 anos de idade. Poucas horas depois de sua morte, seu empresário, Terri Robson, fez o comunicado oficial: "O maestro travou uma longa e dura batalha contra o câncer pancreático, que acabou lhe tirando a vida. [...] Ele manteve-se positivo até finalmente sucumbir, nos últimos estágios da doença". 

Segundo vários relatos, pouco antes de morrer, o cantor recebeu os sacramentos da confissão e unção dos enfermos da Igreja Católica.

O funeral do tenor aconteceu na Catedral de Módena. Andrea Bocelli, José Carreras, Bono Vox, Romano Prodi e Kofi Annan compareceram ao funeral. A Frecce Tricolori, uma companhia de aviação de demonstração, da Força Aérea Italiana, sobrevoou a Catedral deixando a mancha verde-branca-vermelha, as cores da bandeira italiana. Após a procissão do funeral pelo centro de Modena, o caixão de Pavarotti foi levado até a aldeia de Castelnuovo Rangone e enterrado junto aos túmulos de seus pais no Cemitério Montale Rangone, Módena, Emília-Romanha na Itália. O funeral foi transmitido ao vivo pela CNN. A Ópera Estatal de Viena e o Hall do Festival de Salzburgo estenderam bandeiras pretas, em sinal de luto. Homenagens foram publicadas por muitas casas de óperas, como o Royal Opera House de Londres, Covent Garden e o Metropolitan Opera House. O gigante time de futebol, Juventus, do qual Pavarotti era um fã de longa data, colocou uma mensagem de despedido em seu site, que dizia: "Adeus Pavarotti, coração preto e branco", referindo-se as famosas listras do time. 

No dia 6 de setembro de 2007, ele morreu em sua casa, em Módena, devido a um câncer no pâncreas, aos 71 anos. 

Em 12 de outubro de 2007, no dia em que Pavarotti completaria 72 anos de idade, o Google exibiu um cartoon de Pavarotti no lugar o "L" em seu logo. Um concerto de tributo aconteceu no Avery Fisher Hall dia 14 de fevereiro de 2008, em Nova Iorque.

 

 































TRÊS GRANDES MOMENTOS DE LUCIANO PAVAROTTI

CD – Tenores ao Vivo com Luciano Pavarotti, José Carreras e Plácido Domingos e os convidados: Mário Lanza e Maria Callas – Edição 3 - Revista Caras.

DVD - La Bohème – Giacomo Puccini – Luciano Pavarotti e Mirella Freni

DVD - O Melhor do Mestre da Ópera - Pavarotti ao Vivo em Barcelona

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Créditos: Os três documentais históricos sobre Luciano Pavarotti são do acervo particular de Alberto Araújo.

 



FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Luciano_Pavarotti

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