terça-feira, 31 de outubro de 2023

EFEMÉRIDES: HÁ 121 ANOS, EM 31 DE OUTUBRO DE 1902 NASCEU CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE POETA, CONTISTA E CRONISTA BRASILEIRO, CONSIDERADO POR MUITOS O MAIS INFLUENTE POETA BRASILEIRO DO SÉCULO XX.


Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira, no dia 31 de outubro de 1902 e faleceu no Rio de Janeiro, no dia 17 de agosto de 1987, aos 85 anos. Drummond foi um dos principais poetas da segunda geração do modernismo brasileiro, embora sua obra não se restrinja a formas e temáticas de movimentos específicos. 

Os temas de sua obra são vastos e empreendem desde questões existenciais, como o sentido da vida e da morte, passando por questões cotidianas, familiares e políticas, como o socialismo, dialogando sempre com correntes tradicionais e contemporâneas de sua época. As características formais e estilísticas de sua obra também são vastas, destacando-se, por vezes, o dialeto mineiro. 

Drummond nasceu na cidade de Itabira, em Minas Gerais. Sua memória dessa cidade viria a permear parte de sua obra. Seus antepassados, tanto do lado materno como paterno, pertencem a famílias de origem escoto-madeirense há muito tempo estabelecidas no Brasil. Posteriormente, foi estudar no Colégio Arnaldo, em Belo Horizonte, e no Colégio Anchieta, dos jesuítas, em Nova Friburgo. Formado em farmácia pela Universidade Federal de Minas Gerais, com Emílio Moura e outros companheiros, fundou "A Revista", para divulgar o modernismo no Brasil. 

No mesmo ano em que publica a primeira obra poética, "Alguma poesia" (1930), o seu poema Sentimental é declamado na conferência "Poesia Moderníssima do Brasil",.feita no curso de férias da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, pelo professor da Cadeira de Estudos Brasileiros, Dr. Manoel de Souza Pinto, no contexto da política de difusão da literatura brasileira nas Universidades Portuguesas. Nos anos 1940, Drummond ingressou nas fileiras do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e chegou a dirigir um jornal do Partido no Rio de Janeiro, onde realizou uma entrevista com o dirigente do partido Luis Carlos Prestes ainda na cadeia. Existe colaboração de sua autoria no semanário Mundo Literário (1946–1948) e na revista luso-brasileira Atlântico. 

Durante a maior parte da vida, Drummond foi funcionário público, embora tenha começado a escrever cedo e prosseguisse escrevendo até seu falecimento, que se deu em 1987 no Rio de Janeiro, doze dias após a morte de sua filha. Além de poesia, produziu livros infantis, contos e crônicas. Sua morte ocorreu por infarto do miocárdio e insuficiência respiratória. 

Drummond, como os modernistas, segue a libertação proposta por Mário de Andrade e Oswald de Andrade; com a instituição do verso livre, mostrando que este não depende de um metro fixo. Se dividirmos o modernismo numa corrente mais lírica e subjetiva e outra mais objetiva e concreta, Drummond faria parte da segunda, ao lado do próprio Oswald de Andrade.

Em 1925, casou-se com Dolores Dutra de Morais, com quem teve dois filhos, Carlos Flávio, que viveu apenas meia hora (e a quem é dedicado o poema "O que viveu meia hora", presente em Poesia completa, Ed. Nova Aguilar, 2002), e Maria Julieta Drummond de Andrade.

 

HOMENAGENS

 

Em 1987, meses antes de sua morte, a escola de samba Mangueira o homenageou no Carnaval com o enredo "O Reino das Palavras", sagrando-se campeã do Carnaval Carioca naquele ano. 

A 5 de abril de 1975, foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, de Portugal. 

Drummond já foi retratado como personagem no cinema e na televisão, interpretado por Carlos Gregório e Pedro Lito no filme Poeta de Sete Faces (2002) e Ivan Fernandes na minissérie JK (2006). 

Também teve sua efígie impressa nas notas de cinquenta cruzados novos em circulação no Brasil entre 1988 e 1990. 

Atualmente, também, há representações em Esculturas do Escritor, como é o caso das estátuas 'Dois poetas', na cidade de Porto Alegre, e também 'O Pensador', na praia de Copacabana no Rio de Janeiro, além de um memorial em sua homenagem na cidade de Itabira. 

OBRA LITERÁRIA

POESIA/CRÔNICA

 

•          Alguma Poesia (1930)

•          Brejo das Almas (1934)

•          Sentimento do Mundo (1940)

•          José (1942)

•          A Rosa do Povo (1945)

•          Novos Poemas (1948)

•          Claro Enigma (1951)

•          Fazendeiro do Ar (1954)

•          Viola de Bolso (1955)

•          A Vida Passada a Limpo (1959)

•          Lição de Coisas (1962)

•          Versiprosa (1967)

•          Boitempo (1968)

•          A Falta que Ama (1968)

•          As Impurezas do Branco (1973)

•          Menino Antigo (Boitempo II) (1973)

•          A Visita (1977)

•          Discurso de Primavera e Algumas Sombras (1977)

•          O marginal Clorindo Gato (1978)

•          Esquecer para Lembrar (Boitempo III) (1979)

•          A Paixão Medida (1980)

•          Corpo (1984)

•          Amar se Aprende Amando (1985)

•          Poesia Errante (1988)

•          O Amor Natural (1992)

•          Farewell (1996)       Antologia poética

•          Poesia até Agora (1948)

•          A Última Pedra no meu Caminho (1950)

•          50 Poemas Escolhidos pelo Autor (1956)

•          Antologia Poética (1962)

•          Seleta em Prosa e Verso (1971)

•          Amor, Amores (1975)

•          Carmina Drummondiana (1982)

•          Boitempo I e Boitempo II (1987)

•          Minha Morte (1987).

 

INFANTIS

 

•          O Elefante (1983)

•          História de Dois Amores (1985)

•          O Pintinho (1988)

•          Rick e a Girafa

 

PROSA

 

•          Confissões de Minas (1944)

•          Contos de Aprendiz (1951)

•          Passeios na Ilha (1952)

•          Fala, Amendoeira (1957)

•          A Bolsa & a Vida (1962)

•          A Minha Vida (1964)

•          Cadeira de Balanço (1966)

•          Caminhos de João Brandão (1970)

•          O Poder Ultrajovem e mais 79 Textos em Prosa e Verso (1972)

•          De Notícias & Não-notícias Faz-se a Crônica (1974)

•          Os Dias Lindos (1977)

•          70 Historinhas (1978)

•          Contos Plausíveis (1981)

•          Boca de Luar (1984)

•          O Observador no Escritório (1985)

•          Tempo Vida Poesia (1986)

•          Moça Deitada na Grama (1987)

•          O Avesso das Coisas (1988)

•          Auto-retrato e Outras Crônicas (1989)

•          As Histórias das Muralhas (1989)


























FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Drummond_de_Andrade





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