segunda-feira, 28 de outubro de 2024

A FLAUTA MÁGICA, A ÓPERA DE MOZART


A Flauta Mágica é uma ópera em dois atos de Wolfgang Amadeus Mozart, com libreto alemão de Emanuel Schikaneder. Estreou no Theater auf der Wieden em Viena, no dia 30 de setembro de 1791. Foi a última ópera de Mozart, terminada dois meses antes de sua morte.

Ela ainda estava em cartaz no dia da morte do compositor. Foi sua ópera de maior sucesso e a mais executada. É uma de suas composições mais importantes nesse gênero, juntamente com Don Giovanni e As Bodas de Fígaro.

Foi composta para Emanuel Schikaneder, um maçom amigo de Mozart, o compositor também era maçom, um versátil ator, cantor, dramaturgo e empresário. Schikaneder, aliás, escreveu o libreto da ópera, uma mistura de conto de fadas, comédia, melodrama e filosofia iluminista, inspirado, entre outras referências, no conto Lulu, oder Die Zauberflöte, de Liebeskind. Só mesmo o gênio de Mozart poderia unificá-lo e transformá-lo na obra-prima que é.

A peça engloba múltiplos gêneros: opera buffa, cômico, dramático, sério e místico. Na verdade, tecnicamente não se trata de uma ópera, mas sim um Singspiel: uma obra teatral com partes recitadas e partes cantadas acompanhadas por uma orquestra.

Schikaneder era companheiro de loja maçônica de Mozart. À época, por influência da Revolução Francesa, a maçonaria adquiria simpatizantes ao mesmo tempo que era perseguida.

A ópera mostra a filosofia do Iluminismo. Algumas de suas árias tornaram-se muito conhecidas, como o dueto de Papageno e Papagena, e as duas árias da Rainha da Noite. Os conceitos de liberdade, igualdade e fraternidade da Revolução Francesa transparecem em vários momentos na ópera, por exemplo quando o valor de Tamino, protagonista da história, é questionado por ser um príncipe, e que por tal motivo talvez não conseguisse suportar as duras provas exigidas para entrar no templo. Em sua defesa, Sarastro responde: "mais que um príncipe, é uma pessoa".




 

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