quarta-feira, 9 de outubro de 2024

ANTES QUE SEJA TARDE UMA ADAPTAÇÃO INÉDITA DE LIVRO DE FABRÍCIO CARPINEJAR MARCA RETORNO DE VÂNIA DE BRITO AOS PALCOS



Em cartaz em Niterói somente nesta quinta, 10 de outubro e sexta dia 11 de outubro de 2024, às 20h, na Sala Nelson Pereira dos Santos.

Aclamado pelo público carioca, o monólogo "Antes que Seja Tarde" é baseado em livro de Fabricio Carpinejar e trata das relações entre pais e filhos na terceira idade.

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A nem sempre fácil relação dos filhos com os pais idosos é o tema do espetáculo solo que marca o retorno da atriz, diretora e roteirista Vânia de Brito ao teatro após 16 anos. Baseado no best-seller Cuide dos pais antes que seja tarde (Bertrand, 2018), de Fabrício Carpinejar, o texto – com adaptação dramatúrgica do diretor teatral Antonio Januzelli e do ator Rodolfo Amorim – fala do quanto os filhos, mesmo quando bem intencionados, acabam por negligenciar o cuidado com os pais na velhice. “O livro me pegou pelo coração. Tenho uma mãe de 92 anos. Foi o que me motivou a fazer essa volta aos palcos”, conta Vânia, que convidou Delson Antunes, parceiro de seu último espetáculo teatral, para dirigir o monólogo. Com estreia marcada para 2 de agosto, no Teatro Cândido Mendes, Antes que seja tarde cumprirá temporada de dois meses, sempre às quartas e quintas, às 20h.

No cenário minimalista assinado pelo premiado José Dias, onde se destaca uma cadeira antiga e poucos objetos cênicos, a atriz assume a personalidade de Carpinejar na condução da narrativa, ao mesmo tempo em que mistura memórias próprias às do autor na elaboração da dramaturgia: “A obra me tocou muito porque trata da urgência da vida, dos laços que construímos”, resume Vânia, que fez um recorte abrangendo 20 das 65 páginas do livro.

Ao longo do espetáculo, lembranças evocadas desde a infância até a vida adulta revelam as idiossincrasias das relações parentais e prometem criar identificação com a plateia: “Mesmo com os detalhes específicos da história de cada um, muitas situações abordadas são comuns à vida de todos e vão despertar muitas lembranças no público”, aposta o diretor Delson Antunes, que conta com o desenho de luz do igualmente premiado Aurélio de Simoni para destacar as várias nuances do espetáculo.

Biografias

Vânia de Brito, idealização e atuação

Atriz, roteirista e diretora, Vânia nasceu em Aracaju (SE) e radicou-se no Rio de Janeiro aos 17 anos. Formada em Artes Cênicas, atuou no teatro, cinema e televisão. Seus trabalhos incluem produções da TV Globo, entre novelas e seriados, como Champagne (1983), Barriga de Aluguel (1990), Minha nada mole vida (2006), Duas Caras (2008), Supermax (2016) e Orgulho e Paixão (2018). No cinema, participou de Minha mãe é uma peça (2013) e O amor dá voltas (2017). No teatro, integrou produções como A Sereiazinha (1991) e A filha de Lúcifer, com Cleyde Yáconis (1993), ambos com direção de Miguel Falabella; e Morir (2015), sua primeira parceria com o diretor Delson Antunes.

Delson Antunes, direção

Diretor, ator, professor, dramaturgo e pesquisador de teatro, Delson Antunes é licenciado em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília (UnB) e concluiu Mestrado em Teatro pela UniRio, especializando-se em História do Teatro Musical Brasileiro, em 1996. Em 2004, publicou pela Editora Funarte Fora do Sério - um Panorama do Teatro de Revista Brasileiro. Como professor e pesquisador da arte da interpretação cênica, coordenou juntamente com Françoise Forton o curso de interpretação VocEncena, em Niterói (1992-2021). Foi coordenador e professor de teatro no curso de interpretação do Senac-Rio (2000-2005) e atuou ainda como professor de teatro e TV, no curso de formação de atores da Escola Wolf Maya (2013/2022), no Rio de Janeiro.  Como ator, diretor e dramaturgo participou de mais de 90 espetáculos teatrais, apresentados em Brasília, Rio de Janeiro e em diversas cidades brasileiras. Entre seus trabalhos em teatro, estão o roteiro e assistência de direção do espetáculo Sapatinhos Vermelhos, de Caio Fernando Abreu, dirigido por Camilla Amado, em 2006. No mesmo ano, dirigiu Entre Quatro Paredes, de Jean-Paul Sartre, apresentada no Teatro Villa-Lobos. Em 2007, roteirizou e dirigiu O Homem Vivo, de Bertold Brecht (indicação Prêmio Shell). Ainda em 2007, dirigiu Anjo Malaquias, do poeta gaúcho Mário Quintana, adaptado por Affonso Drummond e Eloí Calage (indicação Prêmio Shell). Em 2010, dirigiu Mulheres de Caio, de Caio Fernando Abreu. Codirigiu, ainda, com Camilla Amado, A Mais Forte, de Strindberg. Depois, no ano de 2011, também fez a codireção com Camilla Amado de A Lição e A Cantora Careca, de Eugène Ionesco. Ainda em 2011, atuou em O Confronto, dirigido por Domingos de Oliveira. Em seguida, dirigiu e adaptou Homens, baseado na obra de Caio Fernando Abreu; Se Eu Fosse Eu, espetáculo de teatro itinerante sobre a obra de Clarice Lispector. Em 2021, realizou temporada online de Sangue no Olho, da escritora chilena Lina Meruane. Apresentou, ainda, Myrna Responde, de Nelson Rodrigues, encenação realizada em praça pública em homenagem aos 41 anos de morte do autor. Em 2022 encenou O Segredo de Areia, de Rosa Kapila e criou a dramaturgia de A Vida Não É Justa, de Andréa Pacha. Em 2022 dirigiu e adaptou O Segredo de Areia, de Rosa Kapila, apresentada no teatro Glaucio Gill e Sangue no Olho, de Lina Meruane em Brasília. Em 2023 co-dirigiu, com Samir Murad, O Cachorro que se Recusou a Morrer, em cartaz no Rio de Janeiro.

José Dias, cenografia

Nasceu no Rio de Janeiro, ex-aluno do Colégio Pedro II – Internato. Diretor de Arte, Cenógrafo, Mestre e Doutor pela ECA–USP. Professor Titular da UFRJ e da UNIRIO, onde foi Vice-Reitor (2000-2004). Começou sua carreira no teatro em 1970, como assistente de Pernambuco Oliveira, desde então, já participou como Cenógrafo e Diretor de Arte de mais de 480 espetáculos teatrais no Brasil e no Exterior. Em mais de 50 anos de carreira, já foi premiado e laureado 32 vezes, tendo 55 indicações. Entre as principais, destacam-se: Molière, Mambembe, Shell, IBEU, Cultura Inglesa, Oscarito, Paschoalino, Cesgranrio e APTR. Na televisão, trabalhou na extinta TV Tupi (1972-1973) e na TV Globo (1974-1989) onde foi responsável pela cenografia de diversas novelas, casos especiais, linha de show e o seriado O Bem Amado, além de outros programas da emissora. No cinema foram mais de 25 filmes, entre longas, curtas e de publicidade. Além do trabalho no teatro, televisão e cinema, prestou assessoria técnica em projetos, reformas, construções e adaptações em mais de 100 teatros em todo o Brasil. Autor dos livros: Odorico Paraguaçú – O Bem Amado de Dias Gomes, lançado em 2009, e Teatros do Rio do Século XVIII ao Século XX, lançado em 2014. Membro Titular de 10 Associações e Sociedades, sendo Membro da Academia Brasileira de Educação, ocupando a cadeira de número 16. Em 2022 recebeu o Título Honorífico no Grau de Comendador Arquiepiscopal Imperial da Irmandade de Nossa Senhora das Dores e Grão Mestre de sua Ordem Honorífica. Recebeu em 2023 o Título de Professor Emérito da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – Unirio.

Aurélio de Simoni, iluminação

Em 46 anos de carreira, recebeu mais de 20 prêmios e realizou trabalhos nas áreas de teatro, dança, shows, feiras, convenções, contabilizando mais de mil eventos. Na área teatral destacam-se as peças As lágrimas amargas de Petra von Kant, direção de Celso Nunes; Emilly, (Miguel Falabella); O carteiro e o poeta, direção (Aderbal Freire-Filho); O avarento (Amir Haddad); Master classe (Fábio Namatame); Longa jornada de um dia noite adentro (Naum Alves de Souza); Por um fio (Moacir Chaves); O ator e o lobo (Fernando Philbert); O baile (José Possi Neto), e O filho eterno (Daniel Herz), entre muitos outros. Fez ainda ópera como Tosca, As Bodas de Fígaro e Orfeu vive, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro; Alma, no Teatro Amazonas e Piedade, na Sala Cecília Meireles, dentre outras.

Roy D’ Peres, produção

Roy D’ Peres é bacharel em Produção Cultural pelo IFRJ e passagem pelo Bacharelado em Artes Cênicas - Habilitação em Teoria do Teatro pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). É publicitário formado pela Universidade da Amazônia e Pós-graduado em Gestão da Cultura pela Unesa. Trabalha com Atuação Teatral e Produção Cultural voltada para Teatro, TV e Cinema há mais de 20 anos. Foi Professor de Interpretação Teatral do Retiro dos Artistas, Agência Cintra, Centro de Cultura e Desenvolvimento Artístico João Paulo Machado e do Centro de Aperfeiçoamento em Teatro Musical La Rumba Cëna, além de ser instrutor de Produção de Shows e Eventos do Departamento de Extensão da Universidade Estácio de Sá. Compões o time Técnico da Subsecretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro através da Produção Executiva do Programa Cadeira Cativa e compões a Comissão Gestora das Lonas, Arenas e Areninhas dentro do Apoio Administrativo da SubC, além de participar da equipe de suporte interno da Lei Aldir Blanc - Incisos 2 e 3. Em seu currículo constam ainda produções internacionais como a Conferência Laban 22+100, Bienal Internacional de Arte Digital, Temporada Cia Suave e Cia Rec de Dança por Paris, Berlim e Frankfurt. Em proporções nacionais, é produtor executivo do Instituto Casa do Choro, Orquestra Harmônicos de Conservatória, Quinteto Villa-Lobos e faz parte da equipe de produção local do Grupo Galpão no Rio de Janeiro.

FICHA TÉCNICA:

Antes que seja tarde

Idealização: Vânia de Brito

Baseado no livro Cuide de seus pais antes que seja tarde, de Fabrício Carpinejar

Adaptação: Antonio Januzelli e Rodolfo Amorim

Direção: Delson Antunes

Com: Vânia de Brito

Cenário: José Dias

Iluminação: Aurélio de Simoni

Produção: Roy D’Peres

O teatro fica dentro do Reserva Cultural, em São Domingos. Ingressos na bilheteria ou pelo site Sympla clicar aqui

https://bileto.sympla.com.br/event/98312/d/278593/s/1906046?_gl=1*1uy7i7f*_gcl_aw*R0NMLjE3MjcxNDQ3MTQuQ2owS0NRandvOFMzQmhEZUFSSXNBRlJta09OeTVDY28ycjVSVjdLQzZDTURnc2liLTAyYmZEYjV1TUVPcjRPUlBzeGRtVm1jbnlUVWhkSWFBdTdaRUFMd193Y0I.*_gcl_au*OTk0NjU4MjU0LjE3MjE5NDc4NjA.*_ga*MjA2MTIyMzQyMi4xNzEzODMxNjE5*_ga_KXH10SQTZF*MTcyODQ5MDcwNS4yOS4xLjE3Mjg0OTA4NTYuMzYuMC4zMTYzOTMyOTI

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