Em
cartaz em Niterói somente nesta quinta, 10 de outubro e sexta dia 11 de outubro
de 2024, às 20h, na Sala Nelson Pereira dos Santos.
Aclamado
pelo público carioca, o monólogo "Antes que Seja Tarde" é baseado em
livro de Fabricio Carpinejar e trata das relações entre pais e filhos na
terceira idade.
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A
nem sempre fácil relação dos filhos com os pais idosos é o tema do espetáculo
solo que marca o retorno da atriz, diretora e roteirista Vânia de Brito ao
teatro após 16 anos. Baseado no best-seller Cuide dos pais antes que seja tarde
(Bertrand, 2018), de Fabrício Carpinejar, o texto – com adaptação dramatúrgica
do diretor teatral Antonio Januzelli e do ator Rodolfo Amorim – fala do quanto
os filhos, mesmo quando bem intencionados, acabam por negligenciar o cuidado
com os pais na velhice. “O livro me pegou pelo coração. Tenho uma mãe de 92
anos. Foi o que me motivou a fazer essa volta aos palcos”, conta Vânia, que
convidou Delson Antunes, parceiro de seu último espetáculo teatral, para
dirigir o monólogo. Com estreia marcada para 2 de agosto, no Teatro Cândido
Mendes, Antes que seja tarde cumprirá temporada de dois meses, sempre às
quartas e quintas, às 20h.
No
cenário minimalista assinado pelo premiado José Dias, onde se destaca uma
cadeira antiga e poucos objetos cênicos, a atriz assume a personalidade de
Carpinejar na condução da narrativa, ao mesmo tempo em que mistura memórias
próprias às do autor na elaboração da dramaturgia: “A obra me tocou muito
porque trata da urgência da vida, dos laços que construímos”, resume Vânia, que
fez um recorte abrangendo 20 das 65 páginas do livro.
Ao
longo do espetáculo, lembranças evocadas desde a infância até a vida adulta
revelam as idiossincrasias das relações parentais e prometem criar
identificação com a plateia: “Mesmo com os detalhes específicos da história de
cada um, muitas situações abordadas são comuns à vida de todos e vão despertar
muitas lembranças no público”, aposta o diretor Delson Antunes, que conta com o
desenho de luz do igualmente premiado Aurélio de Simoni para destacar as várias
nuances do espetáculo.
Biografias
Vânia
de Brito, idealização e atuação
Atriz,
roteirista e diretora, Vânia nasceu em Aracaju (SE) e radicou-se no Rio de
Janeiro aos 17 anos. Formada em Artes Cênicas, atuou no teatro, cinema e
televisão. Seus trabalhos incluem produções da TV Globo, entre novelas e
seriados, como Champagne (1983), Barriga de Aluguel (1990), Minha nada mole
vida (2006), Duas Caras (2008), Supermax (2016) e Orgulho e Paixão (2018). No
cinema, participou de Minha mãe é uma peça (2013) e O amor dá voltas (2017). No
teatro, integrou produções como A Sereiazinha (1991) e A filha de Lúcifer, com
Cleyde Yáconis (1993), ambos com direção de Miguel Falabella; e Morir (2015),
sua primeira parceria com o diretor Delson Antunes.
Delson
Antunes, direção
Diretor,
ator, professor, dramaturgo e pesquisador de teatro, Delson Antunes é
licenciado em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília (UnB) e concluiu
Mestrado em Teatro pela UniRio, especializando-se em História do Teatro Musical
Brasileiro, em 1996. Em 2004, publicou pela Editora Funarte Fora do Sério - um
Panorama do Teatro de Revista Brasileiro. Como professor e pesquisador da arte
da interpretação cênica, coordenou juntamente com Françoise Forton o curso de
interpretação VocEncena, em Niterói (1992-2021). Foi coordenador e professor de
teatro no curso de interpretação do Senac-Rio (2000-2005) e atuou ainda como
professor de teatro e TV, no curso de formação de atores da Escola Wolf Maya
(2013/2022), no Rio de Janeiro. Como
ator, diretor e dramaturgo participou de mais de 90 espetáculos teatrais,
apresentados em Brasília, Rio de Janeiro e em diversas cidades brasileiras. Entre
seus trabalhos em teatro, estão o roteiro e assistência de direção do
espetáculo Sapatinhos Vermelhos, de Caio Fernando Abreu, dirigido por Camilla
Amado, em 2006. No mesmo ano, dirigiu Entre Quatro Paredes, de Jean-Paul
Sartre, apresentada no Teatro Villa-Lobos. Em 2007, roteirizou e dirigiu O
Homem Vivo, de Bertold Brecht (indicação Prêmio Shell). Ainda em 2007, dirigiu
Anjo Malaquias, do poeta gaúcho Mário Quintana, adaptado por Affonso Drummond e
Eloí Calage (indicação Prêmio Shell). Em 2010, dirigiu Mulheres de Caio, de
Caio Fernando Abreu. Codirigiu, ainda, com Camilla Amado, A Mais Forte, de
Strindberg. Depois, no ano de 2011, também fez a codireção com Camilla Amado de
A Lição e A Cantora Careca, de Eugène Ionesco. Ainda em 2011, atuou em O Confronto,
dirigido por Domingos de Oliveira. Em seguida, dirigiu e adaptou Homens,
baseado na obra de Caio Fernando Abreu; Se Eu Fosse Eu, espetáculo de teatro
itinerante sobre a obra de Clarice Lispector. Em 2021, realizou temporada
online de Sangue no Olho, da escritora chilena Lina Meruane. Apresentou, ainda,
Myrna Responde, de Nelson Rodrigues, encenação realizada em praça pública em
homenagem aos 41 anos de morte do autor. Em 2022 encenou O Segredo de Areia, de
Rosa Kapila e criou a dramaturgia de A Vida Não É Justa, de Andréa Pacha. Em
2022 dirigiu e adaptou O Segredo de Areia, de Rosa Kapila, apresentada no
teatro Glaucio Gill e Sangue no Olho, de Lina Meruane em Brasília. Em 2023
co-dirigiu, com Samir Murad, O Cachorro que se Recusou a Morrer, em cartaz no
Rio de Janeiro.
José
Dias, cenografia
Nasceu
no Rio de Janeiro, ex-aluno do Colégio Pedro II – Internato. Diretor de Arte,
Cenógrafo, Mestre e Doutor pela ECA–USP. Professor Titular da UFRJ e da UNIRIO,
onde foi Vice-Reitor (2000-2004). Começou sua carreira no teatro em 1970, como
assistente de Pernambuco Oliveira, desde então, já participou como Cenógrafo e
Diretor de Arte de mais de 480 espetáculos teatrais no Brasil e no Exterior. Em
mais de 50 anos de carreira, já foi premiado e laureado 32 vezes, tendo 55
indicações. Entre as principais, destacam-se: Molière, Mambembe, Shell, IBEU,
Cultura Inglesa, Oscarito, Paschoalino, Cesgranrio e APTR. Na televisão,
trabalhou na extinta TV Tupi (1972-1973) e na TV Globo (1974-1989) onde foi
responsável pela cenografia de diversas novelas, casos especiais, linha de show
e o seriado O Bem Amado, além de outros programas da emissora. No cinema foram
mais de 25 filmes, entre longas, curtas e de publicidade. Além do trabalho no
teatro, televisão e cinema, prestou assessoria técnica em projetos, reformas,
construções e adaptações em mais de 100 teatros em todo o Brasil. Autor dos
livros: Odorico Paraguaçú – O Bem Amado de Dias Gomes, lançado em 2009, e
Teatros do Rio do Século XVIII ao Século XX, lançado em 2014. Membro Titular de
10 Associações e Sociedades, sendo Membro da Academia Brasileira de Educação,
ocupando a cadeira de número 16. Em 2022 recebeu o Título Honorífico no Grau de
Comendador Arquiepiscopal Imperial da Irmandade de Nossa Senhora das Dores e
Grão Mestre de sua Ordem Honorífica. Recebeu em 2023 o Título de Professor
Emérito da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – Unirio.
Aurélio
de Simoni, iluminação
Em
46 anos de carreira, recebeu mais de 20 prêmios e realizou trabalhos nas áreas
de teatro, dança, shows, feiras, convenções, contabilizando mais de mil
eventos. Na área teatral destacam-se as peças As lágrimas amargas de Petra von
Kant, direção de Celso Nunes; Emilly, (Miguel Falabella); O carteiro e o poeta,
direção (Aderbal Freire-Filho); O avarento (Amir Haddad); Master classe (Fábio
Namatame); Longa jornada de um dia noite adentro (Naum Alves de Souza); Por um
fio (Moacir Chaves); O ator e o lobo (Fernando Philbert); O baile (José Possi
Neto), e O filho eterno (Daniel Herz), entre muitos outros. Fez ainda ópera
como Tosca, As Bodas de Fígaro e Orfeu vive, no Theatro Municipal do Rio de
Janeiro; Alma, no Teatro Amazonas e Piedade, na Sala Cecília Meireles, dentre
outras.
Roy
D’ Peres, produção
Roy
D’ Peres é bacharel em Produção Cultural pelo IFRJ e passagem pelo Bacharelado
em Artes Cênicas - Habilitação em Teoria do Teatro pela Universidade Federal do
Estado do Rio de Janeiro (Unirio). É publicitário formado pela Universidade da
Amazônia e Pós-graduado em Gestão da Cultura pela Unesa. Trabalha com Atuação
Teatral e Produção Cultural voltada para Teatro, TV e Cinema há mais de 20
anos. Foi Professor de Interpretação Teatral do Retiro dos Artistas, Agência
Cintra, Centro de Cultura e Desenvolvimento Artístico João Paulo Machado e do
Centro de Aperfeiçoamento em Teatro Musical La Rumba Cëna, além de ser
instrutor de Produção de Shows e Eventos do Departamento de Extensão da
Universidade Estácio de Sá. Compões o time Técnico da Subsecretaria Municipal
de Cultura do Rio de Janeiro através da Produção Executiva do Programa Cadeira
Cativa e compões a Comissão Gestora das Lonas, Arenas e Areninhas dentro do
Apoio Administrativo da SubC, além de participar da equipe de suporte interno
da Lei Aldir Blanc - Incisos 2 e 3. Em seu currículo constam ainda produções
internacionais como a Conferência Laban 22+100, Bienal Internacional de Arte
Digital, Temporada Cia Suave e Cia Rec de Dança por Paris, Berlim e Frankfurt.
Em proporções nacionais, é produtor executivo do Instituto Casa do Choro,
Orquestra Harmônicos de Conservatória, Quinteto Villa-Lobos e faz parte da
equipe de produção local do Grupo Galpão no Rio de Janeiro.
FICHA
TÉCNICA:
Antes
que seja tarde
Idealização:
Vânia de Brito
Baseado
no livro Cuide de seus pais antes que seja tarde, de Fabrício Carpinejar
Adaptação:
Antonio Januzelli e Rodolfo Amorim
Direção:
Delson Antunes
Com:
Vânia de Brito
Cenário:
José Dias
Iluminação:
Aurélio de Simoni
Produção:
Roy D’Peres
O
teatro fica dentro do Reserva Cultural, em São Domingos. Ingressos na
bilheteria ou pelo site Sympla clicar aqui
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