Américo Vespúcio
foi um navegador, cartógrafo, escritor e comerciante florentino que desempenhou
um papel crucial na exploração europeia das Américas no início do século XVI.
Explorador de
oceanos a serviço dos Reinos de Espanha e Portugal que viajou pelo, então, Novo
Mundo, escrevendo sobre estas terras a ocidente da Europa. Embora não tenha
sido o primeiro europeu a chegar ao continente americano, foi ele quem, através
de seus relatos detalhados, popularizou a ideia de um "Novo Mundo".
Vida e Viagens
Origem: Nasceu em
Florença, Itália, em 1454, em uma família rica que o permitiu ter uma boa
educação.
Carreira Marítima:
Iniciou sua carreira como mercador, mas logo se interessou pela exploração
marítima. Participou de diversas expedições organizadas por Portugal e Espanha,
explorando a costa da América do Sul.
Relatos: Seus
relatos sobre as novas terras eram vívidos e detalhados, contribuindo para a criação
de mapas mais precisos da América.
Homenagem: Devido à
sua contribuição para o conhecimento sobre o Novo Mundo, o continente americano
foi batizado com seu nome.
Importância
Histórica:
Descoberta da
América: Embora Cristóvão Colombo seja mais conhecido por ter
"descoberto" a América, foi Vespúcio quem comprovou que as terras
encontradas não eram parte da Ásia, mas sim um novo continente.
Popularização do
Novo Mundo: Seus relatos ajudaram a popularizar a ideia de um "Novo
Mundo", despertando o interesse de outros exploradores e colonizadores.
Criação de Mapas:
Seus mapas e descrições geográficas foram fundamentais para a cartografia da
América.
Legado:
Nome do Continente:
O nome "América" é uma homenagem direta a Américo Vespúcio.
Exploração e
Colonização: Seus relatos inspiraram futuras expedições e colonizações
europeias na América.
Conhecimento
Geográfico: Contribuiu significativamente para o conhecimento geográfico da
época.
Controvérsias:
Exagero de suas
Experiências: Alguns historiadores argumentam que Vespúcio exagerou sua
participação em algumas expedições e que seus relatos podem ter sido
romantizados.
Prioridade na
Descoberta: A questão de quem realmente "descobriu" a América
continua sendo debatida, com alguns historiadores defendendo a primazia de
outros exploradores.
Conclusão:
Américo Vespúcio
foi um personagem fundamental na história da exploração marítima e na
descoberta do continente americano. Seus relatos e mapas contribuíram
significativamente para o conhecimento geográfico da época e seu nome permanece
ligado ao continente que ajudou a dar a conhecer ao mundo.
AMÉRICO VESPÚCIO nasceu
em Florença, em 09 de março de 1451 e faleceu em Sevilha, no dia 22 de
fevereiro de 1512. Como representante de armadores florentinos, o mercador e
navegador Vespúcio encarregou-se em Sevilha do aprovisionamento de navios para
a segunda e a terceira viagens de Cristóvão Colombo. Supõe-se que tenha
participado de incursões pelo Atlântico desde 1497.
Em meados de 1499
passou ao largo da costa norte da América do Sul, acima do rio Orinoco, como
integrante da expedição espanhola de Alonso de Ojeda, a caminho das Índias
Ocidentais.
Vespúcio foi o
primeiro a demonstrar que o Brasil e as Índias Ocidentais não representavam
regiões periféricas do leste da Ásia, como inicialmente pensou Colombo, mas
massas de terra totalmente separadas e até então desconhecidas do Velho Mundo.
Coloquialmente conhecido como o Novo Mundo, este segundo super-continente
passou a ser chamado de "América", derivado de Americus, a versão latina
feminina do primeiro nome de Vespúcio.
Ao contrário do que
pensam, não foi o terceiro filho de Nastagio Vespucci, um notário e acomodado
comerciante florentino e de Lisa di Giovanni Mini; foi o segundo. Seu tio foi o
ilustrado frade dominicano Giorgio Antonio Vespucci, dono de uma das principais
bibliotecas da cidade, que teve um importante papel na educação do jovem.
Os Vespucci eram
uma das famílias florentinas mais importantes, donas de grande extensão de
terra fora da cidade, em Peretola, povoado destruído para a construção de um
aeroporto internacional. Fizeram fortuna no comércio da seda. Tinham palácio em
Florença, muito bem situado, a noroeste, perto da Porta del Prato então chamada
Porto della Cana, distrito de Santa Lucia di Ognissanti.
Diversos membros da
família haviam ostentado cargos importantes, por muitas gerações, em Florença.
O jovem Vespúcio
estudou sob a direção de seu tio Jorge (Giorgio), que lhe falou de Ptolomeu e
de Aristóteles, e provavelmente conheceu Toscanelli, o geógrafo florentino e
comerciante que se correspondia com o rei de Portugal e com Cristóvão Colombo.
Vários Vespucci já haviam estado ligados ao mar.
O jovem Américo
começou sua carreira em Paris, como secretário particular de um primo,
Guidantonio Vespucio, que exercia como embaixador de Florença na capital
francesa, e que depois se dirigiu a Roma e Milão com o mesmo emprego.
Posteriormente Guidantonio foi nomeado magistrado ou confaloniero chefe de
Florença. Mas Américo começou a trabalhar para o novo ramo da família Medici
que na ocasião dirigiam o jovem Lorenzo di Pier Francesco dei Medici, e seu
irmão Giovanni (João).
Viajou por causa do
trabalho a distintas partes da Itália e visitou diversas vezes a Espanha, até
se estabelecer em Sevilha no outono de 1492, quando Colombo já tinha partido em
sua primeira viagem. Seguia trabalhando para os Medicis. No ano seguinte
colaborou com seu amigo Juanotto Berardi, que ajudava os Medici desde 1489.
Segundo um dos biógrafos de Américo Vespúcio, sua ambição havia sido alentada
pelo que Colombo tentara, e segundo ele não conseguira, isto é, chegar à Índia
pelo oeste. Daí sua participação na expedição de Alonso de Ojeda entre 1499 e
1500, e daí ter aceitado o encargo de seguir o litoral do continente
sul-americano, por ordem do rei de Portugal, entre maio de 1501 e o verão de
1502, quando percorreu o litoral brasileiro. Nas suas viagens à América,
Américo Vespúcio também se dedicou ao tráfico de indígenas escravizados levados
à Cádiz, na Espanha.
NO BRASIL
Em 13 de maio de
1501, a serviço do rei D. Manuel I de Portugal, partiu de Lisboa na expedição
de Gonçalo Coelho constituída por três naus, cujo objetivo era investigar as
potencialidades econômicas e explorar a recém-descoberta costa do Brasil.
Munidos de um calendário litúrgico, começaram a batizar os lugares onde
atracavam com nome de santos do respectivo dia.
Em 16 de agosto
alcançaram o cabo de São Roque, litoral do atual Rio Grande do Norte, e aos 28
dias do mesmo mês avistaram o promontório do litoral de Pernambuco já
descoberto pelo navegador espanhol Vicente Yáñez Pinzón em 26 de janeiro de
1500, batizando-o como cabo de Santo Agostinho. Em 1 de novembro de 1501
chegaram à reentrância denominada baía de Todos-os-Santos.
Continuaram a
percorrer a costa, até entrar a 1 de janeiro de 1502 na baía do Rio de Janeiro.
Ainda naquele mês, atingiram Cananéia, ponto mais ocidental ao qual, em virtude
do Tratado de Tordesilhas com a Espanha, poderiam aspirar os portugueses. E
logo prosseguiram sua viagem rumo ao Rio da Prata.
Alguns
historiadores dizem que em 1501 a armada era comandada por Gaspar de Lemos.
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