NORBERTO SERÓDIO BOECHAT FOI UM ESCRITOR BRASILEIRO QUE DEIXOU UM LEGADO SIGNIFICATIVO TANTO NA LITERATURA QUANTO NA MEDICINA.
Nascido em Pirapetinga de Bom Jesus, Distrito
de Bom Jesus do Itabapoana. Foi um dos gênios da literatura brasileira. Sua obra é
reconhecida internacionalmente.
CARREIRA LITERÁRIA
Boechat escreveu diversos livros, muitos dos quais exploram temas relacionados à velhice e à complexidade das relações humanas.
Seu estilo literário é marcado por uma profunda reflexão sobre a vida e a experiência humana, formando um mosaico de lembranças e interações em seus relatos.
ATUAÇÃO MÉDICA
Além de sua carreira literária, Norberto Boechat também foi um respeitado médico geriatra e gerontólogo, dedicando-se ao cuidado e à melhoria da qualidade de vida dos idosos. Sua experiência profissional enriqueceu suas obras literárias, trazendo uma perspectiva única e informada sobre a velhice.
RECONHECIMENTO
Ele foi membro do PEN Clube do Brasil, uma
organização que promove a literatura e os direitos autorais, participação em
eventos literários e conferências contribuiu para a divulgação de sua obra e
para o enriquecimento do cenário literário brasileiro. Ele era membro
também da Academia Bom-jesuense de Letras.
Há uns 30 anos, fundou, no Distrito de
Pirapetinga de Bom Jesus, seu torrão natal, juntamente com seus irmãos
Agostinho e Maria Lúcia, o prestigiado Museu da Imagem. Trazendo em suas veias
o sangue suíço dos Boechat, e dos açorianos dos Seródio, Norberto se fez grande
em todas as áreas que atuou, e engrandeceu tudo o que o cercou.
Ele era filho do saudoso líder político
Agostinho Boechat, cujos pais, Norberto Emilio Boechat e Amélia Lemgruber
Boechat, são descendentes dos imigrantes suíços, que chegaram ao Brasil em
1819. Sua mãe, a saudosa professora e poetisa Iracema Seródio Boechat, por sua
vez, era filha de Laudelina Frias Seródio e Jacinto Vieira Seródio, que chegou
ao Brasil no início do século XX, oriundo da Ilha de São Miguel, Arquipélago
dos Açores, mesma ilha onde nasceu Padre Mello.
Norberto era articulista do jornal O Norte Fluminense,
sempre brindava, mensalmente, os leitores, com suas contagiantes crônicas.
A professora e Escritora Dalma Nascimento,
doutora em Teoria Literária e Literatura Comparada, UFRJ, expressou que "o
médico-escritor Norberto Seródio Boechat foi recolhendo os rios de memórias
ficcionalizadas nas páginas destas Lembranças de escritas, onde pulsa a vida,
mas também lateja o coração".
Olívia Barradas, doutora e professora de
Literatura Comparada, Semiótica e Teoria Literária, ex-professora de Literatura
Brasileira da Universidade de Paris III, salientou, por sua vez:
"Parafraseando o médico baiano Clementino Fraga, ao afirmar que 'Medicina
é Ciência e também Arte', Norberto Seródio Boechat alia a ciência médica à
linguagem artística, despertando com estas Lembranças de escritas a emoção no
leitor".
Eliana Bueno Ribeiro doutora em Ciência da
Literatura, pela UFRJ, com pós-doutorado em Literatura Comparada pela Universidade
de Paris III, e editora da revista “Passages de Paris”, pontuou: "Mais
feliz, este menino-interiorano-médico-da-cidade chega ao dia da narração. Mais
que histórias estruturadas, temos aqui cenários e personagens como índices de
momentos, índices de um tempo e da passagem do tempo. Farpas de madeira que
seguem a correnteza e servem como roteiros para que cada leitor viaje até sua
própria infância e reencontre as coadjuvantes de sua história particular".
O editor Mauro Carreiro Nolasco ressaltou:
"As situações aqui registradas nos emocionam, e trocamos de lugar com o
pensador ao tentar entender o correr do tempo e as mutações. O autor e as
personagens a desfilar histórias... O livro leva a pensar, comove e
encanta".
Dr. Norberto Seródio Boechat foi o autor de obras-primas como "Vertentes de Pirapetinga de Bom Jesus", que levou 30 anos para ser concluída, "Me dê a mão", o romance "Estradas", e "Lembranças de Escritas", entre outras publicações. Ele faleceu em 25 de junho de 2024, em Niterói, e teve três irmãos: Jacinto, já falecido, Maria Lúcia e Agostinho, médico como ele.
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