A postagem se inicia com uma poesia que
fizemos em homenagem à admirável e inesquecível professora e artista plástica.
O texto foi publicado no livreto e emoldurado em bela tela durante a Exposição Nikitikitikeru
IV, sob a curadoria do publicitário Paulo Roberto Cecchetti, na Sala de Cultura
Leila Diniz, em 07 de novembro de 2017 e se encontra publicado na Antologia
Jubileu de Coral. Ocasião da celebração dos 35 anos de existência da ANE, Associação
Niteroiense de Escritores, presidente Leda Mendes Jorge, páginas 22 e 23. A obra
tem o selo da Parthenon Centro de Arte e Cultura em 2017.
TELA
PARA VERONICA
Veronica
Debellian Accetta,
artista
de expressivo saber.
Paulista
adotou Niterói em seu viver.
Cursou
na Escola de Belas Artes italiana,
artífice
de bordados em filigrana.
Atuou
por muitos anos como docente
de
História da Arte e da Cultura.
A
felicidade esteve sempre presente
na
literatura, música e pintura.
Com
alegria e uma tela em branco,
a
artista retratava o belo,
com
emoção e competência.
Deus a
enviou ao mundo
para
disseminar a arte com excelência
e a
artista desenvolveu o seu dom.
Em
Niterói, Veronica foi diretora
do Theatro
Municipal e do
Centro
de Arte Parthenon.
Quando
lançava as pinceladas,
com
bastante precisão,
em
cada detalhe de suas telas,
via-se
a alma da artista
que
mostrava a vida com perfeição.
Veronica,
em meio às tintas,
e nos
traços pictóricos da história,
a
originalidade se imprimia por inteira.
Era um
júbilo, uma imensa glória!
Veronica,
com alma de artista
Desligava-se
do mundo
para
buscar a exatidão.
Nada a
impedia de retratar a natureza.
Quanta
emoção e delicadeza!
Com
tons suaves e coloridos apropriados,
sincronizados
e colocados na hora certa,
surgia
a tela da artista Veronica Accetta,
maravilhosa
pintora de passagens da vida,
com
sua obra produzida e inesquecida.
©Alberto Araújo
UM POUCO SOBRE A ARTISTA
VERONICA DEBELLIAN ACCETTA foi uma artista multifacetada no
cenário artístico brasileiro. Atuando tanto na pintura quanto no magistério em História
da Arte. Sua paixão pela expressão artística se estendia também à música.
Nasceu a 8 de dezembro de 1946 em São Paulo,
SP. Concluiu em 1965 o curso de piano no Conservatório Brasileiro de Música e
em 1974 concluiu o curso de teoria musical, harmonia e morfologia no mesmo
local.
Na pintura: dominava diversas técnicas,
criando obras vibrantes e cheias de significado.
No magistério: compartilhava seu conhecimento
em História da Arte, inspirando novas gerações de artistas.
Na música: estudou musicoterapia e utilizava
a música como mais uma forma de expressão.
Sua formação artística: Curso Livre de
História da Arte na Escola de Belas Artes em Nápoles - Itália em 1966; Curso
Livre de História da Música em Nápoles, Itália em 1966; Musicoterapia no
Conservatório Brasileiro de Música de 1972 a 1974, no Rio de Janeiro; Técnicas
de Pintura com o professor Wim L. van Dijk em Petrópolis de 1979 a 1980 e
História da Arte com o professor Eduardo D’Acunzo, em 1981.
Mestrado em Ciência da Arte pela UFF, Universidade
Federal Fluminense, 2003, ex-coordenadora dos Cursos de Pós-Graduação em Artes
Plásticas, Gastronomia e Turismo Cultural dos Institutos Superiores de Ensino -
LaSalle-RJ, onde também atuou como professora; e ex-professora do Centro
Universitário Plínio Leite no Curso de Turismo.
Tinha graduação em Turismo pela Associação
Educacional Plínio Leite, 1998, graduação em Harmonia e Morfologia pelo
Conservatório Brasileiro de Música - Centro Universitário, 1974 e graduação em
Teoria Musical pelo Conservatório Brasileiro de Música - Centro Universitário,
1972. Foi proprietária do Parthenon Centro de Arte e Cultura e a diretora do
Parthenon Turismo e Viagens Culturais. Tinha experiência na área de Artes, com
ênfase em Pintura, Gastronomia, Turismo Cultural, além de ministrar palestras
de aprimoramento cultural em várias empresas e instituições.
De suas atividades culturais vale destacar a
sua atuação como professora de pintura, aquarela, acrílica e óleo, de desenho e
pastel no Parthenon em Niterói, de professora de História da Arte e da Cultura
no curso de Turismo das Faculdades Plínio Leite e ainda sua participação como
organizadora e coordenadora de eventos e de roteiros turísticos em intercâmbio
com outros países e consulados.
Suas exposições individuais mais importantes
foram: em 1996 no Museu Antonio Parreiras, em Niterói e no Consulado Geral da
Federação da Rússia, no Rio, em 1997 no Centro Cultural de Havana Velha em
Havana-Cuba e no Centro Cultural da Faculdade da Cidade, RJ e em 1998, no Iate
Clube do Rio de Janeiro.
Dentre suas exposições coletivas se incluem:
em 1987 na Maria Augusta Galeria de Arte no Rio; 1989 no Plaza Shopping em
Niterói; 1990 no Galeria Opera House, em Cairo-Egito; 1996 no Parthenon Centro
de Arte e Cultura, em Niterói e no Museu Antonio Parreiras em Niterói; em 1997
na Galeria Parthenon e no Iate Clube do Rio de Janeiro e em 1998 na Galeria El
Greco, também no Rio de Janeiro.
Sua obra está representada nas coleções da
Opera House, Cairo-Egito; Estaleiro Ishi Kawagima, Museu Antonio Parreiras,
Solar do Jambeiro, Clube Naval de Niterói, Iate Clube do Rio de Janeiro e
Consulado Geral da República da Rússia.
Seus principais prêmios são: Medalha do
Mérito Tiradentes, em 1994 na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro; Medalha
do Mérito Cultural José Geraldo Bezerra de Menezes, em 1988, pela Secretaria de
Cultura de Niterói; Medalha do Mérito Martim Afonso de Souza, pela Prefeitura
Municipal de Niterói, em 1988; Comenda da Ordem e Mérito de Belas Artes da
Academia de Belas Artes, no Rio de Janeiro em 1982 e Título de Cidadã
Niteroiense, pela Câmara Municipal de Niterói em 1982.
LEGADO
OBRAS: Seus trabalhos são reconhecidos por
sua beleza e profundidade, explorando diversas temáticas.
INFLUÊNCIA: Inspirou muitos artistas com sua
paixão pela arte e sua dedicação ao ensino.
RECONHECIMENTO: Recebeu diversas homenagens
por sua contribuição para a cultura brasileira. Verônica Debellian Accetta
faleceu em Niterói, no dia 08 de maio de 2015.
MENSAGEM DE ANGELINA ACCETA, FILHA DA
VERONICA:
Estimado Alberto Araújo, você conseguiu
traduzir a vida de minha mãe em palavras, repletas de afeto... Saber que ela
deixou um legado de amor e ações que envolveram tantos corações, tantas vidas,
nos enchem de orgulho, emoção e gratidão. A imagem com a poesia era o que eu
queria!! Obrigada pelo presente! Obrigada pelo carinho! Agradeço, em nome de
toda a família, pela linda homenagem! A sua história permanece e nos inspira a
continuarmos a tessitura entre arte e vida!
Angelina Accetta
****************
Leiam o texto que tivemos a honra de receber
de Veronica Debellian Acceta e está publicado na primeira orelha de livro de
nossa autoria: “Julio Cezar Vanni, Filho de italiano de Lucca-Toscana”,
publicado pela sua editora em 2014.
NOSTALGIA
O deslocamento compulsório de italianos para
o Brasil e Argentina, na América do Sul, deu-se de 1877 a 1903 e, num segundo
fluxo de 1904 a 1930. Após a segunda grande guerra, em 1945, uma nova leva
acontece em virtude do empobrecimento da Europa e da esperança de dias melhores
na nova pátria.
Os italianos radicados no Brasil acolhiam-se
mutuamente formando colônias em que a língua e os hábitos culturais eram
estritamente mantidos mesmo após duas, ou mais, gerações aqui nascidas os
oriundi. A maioria dos imigrantes italianos vinha do sul da Itália devido a
falta de estrutura para absorver a mão de obra local.
Da Toscana, região mais promissora, vieram
famílias tradicionais como a de Julio Cezar Vanni que não chegaram aqui como
imigrantes em busca de trabalho braçal, mas com interesse em investir na
industrialização. Após muitos percalços e idas e vindas, seu pai atraiu outros
italianos que se dedicaram ao café. Julio Vanni jamais esqueceu estas origens,
mas absorveu a cultura brasileira, criando laços de civilidade que
engrandeceram as duas "pátrias" - a Itália, como oriundo, e o Brasil,
como nativo.
Soube manter um círculo de importantes
cidadãos de Lucca, terra de sua família, e reintegrou-os ao orgulho e as
tradições originais.
Quantas vezes lamentei que minha bisavó
materna tivesse nascido no Veneto e não na Toscana para que eu pudesse fazer
parte de tal círculo luchese - "vê se encontra alguém da Toscana, pesquisa
bem suas origens" - ele me disse várias vezes. Embora eu não tenha
encontrado ninguém de lá em minhas origens, aqui encontrei um amigo que sonhava
e fazia acontecer. Que mantinha em alta os sentimentos que ligavam gerações as
suas origens aliadas a brasilidade.
- Salve amigo, você não passou em vão por
estas terras.
Veronica Debellian Accetta.
ENCONTRO CULTURAL DO CENÁCULO FLUMINENSE DE HISTÓRIA E LETRAS - JUNHO 2015. O editor Mauro Carreiro Nolasco fala sobre a artista plástica Veronica Debellian Accetta. Vale a pena assistir.
Clicar na imagem ou Clicar no link:
Olá Amigos! Prazeroso, mesmo, é conhecer um Ser Humano, íntegro, simples,
Alegre, repleto de Cultura: Poética e Artística ! Assim era a nossa
inesquecível, Verônica Accetta. Fui a sua posse na AFL e, como estava linda!
Também tive diversas oportunidades de dialogar com ela, quando ia ao Parthenon!
Verônica, certa vez me disse: “O homem está, cada vez mais, se afastando de
Deus” e, eu, me lembro, muito bem, desse momento que, concordei! …Ah, doce,
querida, amada Artista, Verônica Debellian Accetta: Você, entre, todos, nós,
representa, brilho do Criador, onde quer que esteja! Iluminado carinhoso
abraço! Maria Otilia
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Olá, amiga Maria Otília, Obrigado pelo seu
comentário, obrigado pela participação na Ciranda Cultural em Homenagem a
Veronica Debellian Accetta! Fico feliz que você tenha gostado da postagem.
Realmente, era uma personalidade inspiradora. Ela tinha uma visão única sobre a
Arte pictórica e musical. Abraços do Alberto Araújo.
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Obrigada, prezado acadêmico Alberto Araújo, por essa linda postagem sobre nossa saudosa Verônica Debellian Accetta. Uyara Schiefer
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Confreira
Uyara Schiefer. Obrigado por suas palavras tão gentis. Significam muito pra
mim. Vindas de um coração generoso, são consideradas puro incentivo. Abraços do
Alberto Araújo.
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Leonila
Murinelly disse: Uma pessoa muito especial e uma artista que se expressou
belíssimamente em suas telas!
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Alberto Araújo disse. Leonila Murinelly é verdade! Veronica Debellian Accetta deixou uma marca indelével na cultura brasileira. Um legado de amor à Arte, Educação, Música imensurável. Saudades eternas.
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Verônica.
Aqui estamos nós, querida amiga, sentindo uma saudade intensa da sua presença física tão acolhedora, como de sua personalidade exuberante e sempre fraterna.
É impossível mensurar a falta que você nos faz e a sua importância, na vida de todos nós. Ver partir aqueles que amamos é conhecer uma dor profunda e uma saudade eterna, ficando tudo como se fosse um vazio sem fim. Contudo sabemos que a saudade eterniza a presença de quem se foi e que as lembranças deixadas serão inolvidáveis.
Você como professora e amante das artes, abrilhantou muitas vidas e sua estrela haverá de cintilar para sempre, em nossa memória coletiva.
Considero-me uma pessoa muito abençoada, por ter gozado da amizade de alguém tão especial, cuja essência vive em todos nós, seus amigos.
Espero que um dia possamos nos encontrar novamente, na glória do Senhor.
Até a ressurreição! Matilde.
09-12-24
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Obrigado, presidente Matilde, pela sua importante presença na Ciranda de afetos em homenagem à saudosa companheira Veronica Debellian Accetta. Realmente, uma grande artista, que deixou saudades e sua delicadeza e companheirismo estarão para sempre gravadas em nossos corações. Abraços do Alberto Araújo.
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