domingo, 8 de dezembro de 2024

EFEMÉRIDES: HÁ 78 ANOS, EM 08 DE DEZEMBRO DE 1946 NASCEU VERONICA DEBELLIAN ACCETTA, PROFESSORA E ARTISTA PLÁSTICA BRASILEIRA.

 

A postagem se inicia com uma poesia que fizemos em homenagem à admirável e inesquecível professora e artista plástica. O texto foi publicado no livreto e emoldurado em bela tela durante a Exposição Nikitikitikeru IV, sob a curadoria do publicitário Paulo Roberto Cecchetti, na Sala de Cultura Leila Diniz, em 07 de novembro de 2017 e se encontra publicado na Antologia Jubileu de Coral. Ocasião da celebração dos 35 anos de existência da ANE, Associação Niteroiense de Escritores, presidente Leda Mendes Jorge, páginas 22 e 23. A obra tem o selo da Parthenon Centro de Arte e Cultura em 2017.

 

TELA PARA VERONICA

 

Veronica Debellian Accetta,

artista de expressivo saber.

Paulista adotou Niterói em seu viver.

Cursou na Escola de Belas Artes italiana,

artífice de bordados em filigrana.

 

Atuou por muitos anos como docente

de História da Arte e da Cultura.

A felicidade esteve sempre presente

na literatura, música e pintura.

 

Com alegria e uma tela em branco,

a artista retratava o belo,

com emoção e competência.

Deus a enviou ao mundo

para disseminar a arte com excelência

e a artista desenvolveu o seu dom.

Em Niterói, Veronica foi diretora

do Theatro Municipal e do

Centro de Arte Parthenon.

 

Quando lançava as pinceladas,

com bastante precisão,

em cada detalhe de suas telas,

via-se a alma da artista

que mostrava a vida com perfeição.

 

Veronica, em meio às tintas,

e nos traços pictóricos da história,

a originalidade se imprimia por inteira.

Era um júbilo, uma imensa glória!

 

Veronica, com alma de artista

Desligava-se do mundo

para buscar a exatidão.

Nada a impedia de retratar a natureza.

Quanta emoção e delicadeza!

 

Com tons suaves e coloridos apropriados,

sincronizados e colocados na hora certa,

surgia a tela da artista Veronica Accetta,

maravilhosa pintora de passagens da vida,

com sua obra produzida e inesquecida.

 

©Alberto Araújo



UM POUCO SOBRE A ARTISTA


VERONICA DEBELLIAN ACCETTA foi uma artista multifacetada no cenário artístico brasileiro. Atuando tanto na pintura quanto no magistério em História da Arte. Sua paixão pela expressão artística se estendia também à música.

Nasceu a 8 de dezembro de 1946 em São Paulo, SP. Concluiu em 1965 o curso de piano no Conservatório Brasileiro de Música e em 1974 concluiu o curso de teoria musical, harmonia e morfologia no mesmo local.

Na pintura: dominava diversas técnicas, criando obras vibrantes e cheias de significado.

No magistério: compartilhava seu conhecimento em História da Arte, inspirando novas gerações de artistas.

Na música: estudou musicoterapia e utilizava a música como mais uma forma de expressão.

Sua formação artística: Curso Livre de História da Arte na Escola de Belas Artes em Nápoles - Itália em 1966; Curso Livre de História da Música em Nápoles, Itália em 1966; Musicoterapia no Conservatório Brasileiro de Música de 1972 a 1974, no Rio de Janeiro; Técnicas de Pintura com o professor Wim L. van Dijk em Petrópolis de 1979 a 1980 e História da Arte com o professor Eduardo D’Acunzo, em 1981.

Mestrado em Ciência da Arte pela UFF, Universidade Federal Fluminense, 2003, ex-coordenadora dos Cursos de Pós-Graduação em Artes Plásticas, Gastronomia e Turismo Cultural dos Institutos Superiores de Ensino - LaSalle-RJ, onde também atuou como professora; e ex-professora do Centro Universitário Plínio Leite no Curso de Turismo.

Tinha graduação em Turismo pela Associação Educacional Plínio Leite, 1998, graduação em Harmonia e Morfologia pelo Conservatório Brasileiro de Música - Centro Universitário, 1974 e graduação em Teoria Musical pelo Conservatório Brasileiro de Música - Centro Universitário, 1972. Foi proprietária do Parthenon Centro de Arte e Cultura e a diretora do Parthenon Turismo e Viagens Culturais. Tinha experiência na área de Artes, com ênfase em Pintura, Gastronomia, Turismo Cultural, além de ministrar palestras de aprimoramento cultural em várias empresas e instituições.

De suas atividades culturais vale destacar a sua atuação como professora de pintura, aquarela, acrílica e óleo, de desenho e pastel no Parthenon em Niterói, de professora de História da Arte e da Cultura no curso de Turismo das Faculdades Plínio Leite e ainda sua participação como organizadora e coordenadora de eventos e de roteiros turísticos em intercâmbio com outros países e consulados.

Suas exposições individuais mais importantes foram: em 1996 no Museu Antonio Parreiras, em Niterói e no Consulado Geral da Federação da Rússia, no Rio, em 1997 no Centro Cultural de Havana Velha em Havana-Cuba e no Centro Cultural da Faculdade da Cidade, RJ e em 1998, no Iate Clube do Rio de Janeiro.

Dentre suas exposições coletivas se incluem: em 1987 na Maria Augusta Galeria de Arte no Rio; 1989 no Plaza Shopping em Niterói; 1990 no Galeria Opera House, em Cairo-Egito; 1996 no Parthenon Centro de Arte e Cultura, em Niterói e no Museu Antonio Parreiras em Niterói; em 1997 na Galeria Parthenon e no Iate Clube do Rio de Janeiro e em 1998 na Galeria El Greco, também no Rio de Janeiro.

Sua obra está representada nas coleções da Opera House, Cairo-Egito; Estaleiro Ishi Kawagima, Museu Antonio Parreiras, Solar do Jambeiro, Clube Naval de Niterói, Iate Clube do Rio de Janeiro e Consulado Geral da República da Rússia.

Seus principais prêmios são: Medalha do Mérito Tiradentes, em 1994 na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro; Medalha do Mérito Cultural José Geraldo Bezerra de Menezes, em 1988, pela Secretaria de Cultura de Niterói; Medalha do Mérito Martim Afonso de Souza, pela Prefeitura Municipal de Niterói, em 1988; Comenda da Ordem e Mérito de Belas Artes da Academia de Belas Artes, no Rio de Janeiro em 1982 e Título de Cidadã Niteroiense, pela Câmara Municipal de Niterói em 1982.

LEGADO

OBRAS: Seus trabalhos são reconhecidos por sua beleza e profundidade, explorando diversas temáticas.

INFLUÊNCIA: Inspirou muitos artistas com sua paixão pela arte e sua dedicação ao ensino.

RECONHECIMENTO: Recebeu diversas homenagens por sua contribuição para a cultura brasileira. Verônica Debellian Accetta faleceu em Niterói, no dia 08 de maio de 2015.

MENSAGEM DE ANGELINA ACCETA, FILHA DA VERONICA:

Estimado Alberto Araújo, você conseguiu traduzir a vida de minha mãe em palavras, repletas de afeto... Saber que ela deixou um legado de amor e ações que envolveram tantos corações, tantas vidas, nos enchem de orgulho, emoção e gratidão. A imagem com a poesia era o que eu queria!! Obrigada pelo presente! Obrigada pelo carinho! Agradeço, em nome de toda a família, pela linda homenagem! A sua história permanece e nos inspira a continuarmos a tessitura entre arte e vida!

Angelina Accetta

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Leiam o texto que tivemos a honra de receber de Veronica Debellian Acceta e está publicado na primeira orelha de livro de nossa autoria: “Julio Cezar Vanni, Filho de italiano de Lucca-Toscana”, publicado pela sua editora em 2014.

NOSTALGIA

O deslocamento compulsório de italianos para o Brasil e Argentina, na América do Sul, deu-se de 1877 a 1903 e, num segundo fluxo de 1904 a 1930. Após a segunda grande guerra, em 1945, uma nova leva acontece em virtude do empobrecimento da Europa e da esperança de dias melhores na nova pátria.

Os italianos radicados no Brasil acolhiam-se mutuamente formando colônias em que a língua e os hábitos culturais eram estritamente mantidos mesmo após duas, ou mais, gerações aqui nascidas os oriundi. A maioria dos imigrantes italianos vinha do sul da Itália devido a falta de estrutura para absorver a mão de obra local.

Da Toscana, região mais promissora, vieram famílias tradicionais como a de Julio Cezar Vanni que não chegaram aqui como imigrantes em busca de trabalho braçal, mas com interesse em investir na industrialização. Após muitos percalços e idas e vindas, seu pai atraiu outros italianos que se dedicaram ao café. Julio Vanni jamais esqueceu estas origens, mas absorveu a cultura brasileira, criando laços de civilidade que engrandeceram as duas "pátrias" - a Itália, como oriundo, e o Brasil, como nativo.

Soube manter um círculo de importantes cidadãos de Lucca, terra de sua família, e reintegrou-os ao orgulho e as tradições originais.

Quantas vezes lamentei que minha bisavó materna tivesse nascido no Veneto e não na Toscana para que eu pudesse fazer parte de tal círculo luchese - "vê se encontra alguém da Toscana, pesquisa bem suas origens" - ele me disse várias vezes. Embora eu não tenha encontrado ninguém de lá em minhas origens, aqui encontrei um amigo que sonhava e fazia acontecer. Que mantinha em alta os sentimentos que ligavam gerações as suas origens aliadas a brasilidade.

- Salve amigo, você não passou em vão por estas terras.

Veronica Debellian Accetta.






ENCONTRO CULTURAL DO CENÁCULO FLUMINENSE DE HISTÓRIA E LETRAS - JUNHO 2015. O  editor Mauro Carreiro Nolasco fala sobre a artista plástica Veronica Debellian Accetta. Vale a pena assistir. 

Clicar na imagem ou Clicar no link: 

https://www.youtube.com/watch?v=8QM_h1XgD_0&t=5s



MENSAGEM DE AMIGOS 

Olá Amigos! Prazeroso, mesmo,  é conhecer um Ser Humano, íntegro, simples, Alegre, repleto de Cultura: Poética e Artística ! Assim era a nossa inesquecível, Verônica Accetta. Fui a sua posse na AFL e, como estava linda! Também tive diversas oportunidades de dialogar com ela, quando ia ao Parthenon! Verônica, certa vez me disse: “O homem está, cada vez mais, se afastando de Deus” e, eu, me lembro, muito bem, desse momento que, concordei! …Ah, doce, querida, amada Artista, Verônica Debellian Accetta: Você, entre, todos, nós, representa, brilho do Criador, onde quer que esteja! Iluminado carinhoso abraço! Maria Otilia

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Olá, amiga Maria Otília, Obrigado pelo seu comentário, obrigado pela participação na Ciranda Cultural em Homenagem a Veronica Debellian Accetta! Fico feliz que você tenha gostado da postagem. Realmente, era uma personalidade inspiradora. Ela tinha uma visão única sobre a Arte pictórica e musical. Abraços do Alberto Araújo.

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Obrigada, prezado acadêmico Alberto Araújo, por essa linda postagem sobre nossa saudosa Verônica Debellian  Accetta. Uyara Schiefer

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Confreira Uyara Schiefer. Obrigado por suas palavras tão gentis. Significam muito pra mim. Vindas de um coração generoso, são consideradas puro incentivo. Abraços do Alberto Araújo.

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Leonila Murinelly disse: Uma pessoa muito especial e uma artista que se expressou belíssimamente em suas telas!

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Alberto Araújo disse. Leonila Murinelly é verdade! Veronica Debellian Accetta deixou uma marca indelével na cultura brasileira. Um legado de amor à Arte, Educação, Música imensurável. Saudades eternas. 

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Verônica.

Aqui estamos nós, querida amiga, sentindo uma saudade intensa da sua presença física tão acolhedora, como de sua personalidade exuberante e sempre fraterna. 

É impossível mensurar a falta que você nos faz e a sua importância, na vida de todos nós. Ver partir aqueles que amamos é conhecer uma dor profunda e uma saudade eterna, ficando tudo como se fosse um vazio sem fim. Contudo sabemos que a saudade eterniza a presença de quem se foi e que as lembranças deixadas serão inolvidáveis.

Você como professora e amante das artes, abrilhantou muitas vidas e sua estrela haverá de cintilar para sempre, em nossa memória coletiva.

Considero-me uma pessoa muito abençoada, por ter gozado da amizade de alguém tão especial, cuja essência vive em todos nós, seus amigos. 

Espero que um dia possamos nos encontrar novamente, na  glória do Senhor. 

Até a ressurreição! Matilde.

09-12-24

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Obrigado, presidente Matilde, pela sua importante presença na Ciranda de afetos em homenagem à saudosa companheira Veronica Debellian Accetta. Realmente, uma grande artista, que deixou saudades e sua delicadeza e companheirismo estarão para sempre gravadas em nossos corações. Abraços do Alberto Araújo.





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