E chega aos cinemas de todo o Brasil, O Auto da Compadecida 2. A aguardada sequência do clássico filme brasileiro que encantou o público em 2000. Nessa nova aventura, os malandros João Grilo e Chicó retornam para mais uma jornada repleta de humor, ironia e referências à cultura popular brasileira. Estreou nos cinemas em 25 de dezembro de 2024.
Com a Direção de Guel Arraes, Flávia Lacerda e o afamado elenco: Elenco: Selton Mello, Chicó; Matheus Nachtergaele, João Grilo; Taís Araujo, Compadecida; Humberto Martins, Coronel Ernani; Luis Miranda, Antônio do Amor; Eduardo Sterblitch, Arlindo; Fabiula Nascimento, Clarabela; Enrique Diaz, Joaquim Brejeiro e outros.
Após 25 anos, João Grilo e Chicó se reencontram e trazem de volta toda a química e a cumplicidade que marcaram o primeiro filme.
A dupla se envolve em novas situações hilárias e desafiadoras, sempre com a esperteza e a malandragem características de seus personagens.
O filme continua com as tradicionais referências à cultura popular brasileira, como a religiosidade, a política e o folclore.
Assim como o primeiro filme, a sequência promete fazer uma crítica social bem-humorada, abordando temas como a corrupção, a desigualdade social e a hipocrisia.
A maioria do elenco original retorna para a sequência, garantindo a continuidade da história e a mesma qualidade de atuação.
O filme se passa alguns anos após os eventos do primeiro
filme e mostra João Grilo como uma espécie de lenda local, graças às histórias
contadas por Chicó.
O humor continua sendo um dos pontos fortes da franquia, com diálogos afiados e situações cômicas que prometem arrancar muitas risadas.
O Auto da Compadecida 2 é um filme que promete agradar
tanto aos fãs da obra original quanto ao público em geral.
SINOPSE
Em O AUTO DA COMPADECIDA 2, depois de 20 anos desaparecido, João Grilo retorna à pequena Taperoá para se juntar ao seu velho companheiro Chicó.
Acontece que agora ele é recebido como uma celebridade na
cidade. Afinal, reza a lenda que havia sido morto por bala de espingarda e
ressuscitado após um julgamento que tinha o Diabo como acusador, Nossa Senhora
como defensora e o próprio Jesus Cristo como juiz.
Disputado como principal cabo eleitoral pelos dois
políticos mais poderosos da cidade, ele faz de tudo para finalmente aplicar o
golpe que vai lhe render muito dinheiro e, quem sabe, vida mansa como se fosse
possível que ele se aquietasse. Só que nada sai como planejado e ele acaba
alvejado pelo mesmo cabra que o havia matado anos antes. Será que a Compadecida
vai intervir para salvá-lo novamente?
O Auto da Compadecida 2 foi filmado em estúdio, com uma reconstrução digital da cidade de Taperoá.
Essa técnica permitiu criar um ambiente controlado e fiel à visão do diretor, além de possibilitar a inclusão de efeitos visuais mais complexos.
Por que não foi filmado em locações externas?
A equipe criativa buscou manter a estética única do primeiro filme, e um estúdio permitiu um controle maior sobre a iluminação, cores e outros elementos visuais.
As gravações em estúdio oferecem maior flexibilidade para
ajustar o cenário e as condições de filmagem conforme necessário.
Em alguns casos, filmar em estúdio pode ser mais econômico do que construir ou adaptar locações reais.
O Legado de Ariano Suassuna em "O Auto da Compadecida" Ariano Suassuna é a alma de "O Auto da Compadecida". Sua obra, rica em cultura popular nordestina, satiriza a sociedade e a religião, abordando temas como a desigualdade social, a luta pela sobrevivência e a fé.
Auto da Compadecida representa o equilíbrio perfeito entre a tradição popular e a elaboração literária ao recriar para o teatro episódios registrados na tradição popular do cordel.
É uma peça teatral em forma de Auto em 3 atos, escrita em 1955 pelo autor paraibano Ariano Suassuna.
Sendo um drama do Nordeste brasileiro, mescla elementos como a tradição da literatura de cordel, a comédia, traços do barroco católico brasileiro e, ainda, cultura popular e tradições religiosas.
Apresenta na escrita traços de linguagem oral [demonstrando, na fala do personagem, sua classe social] e apresenta também regionalismos relativos ao Nordeste.
O legado de Suassuna no filme.
O filme transcende as fronteiras regionais graças à linguagem coloquial e humorísticos de Suassuna, que dialogam com um público diverso.
As histórias de João Grilo e Chicó são alegorias que denunciam as injustiças sociais, a corrupção e a hipocrisia, mantendo sua relevância ao longo dos anos.
A obra de Suassuna celebra a rica mistura de culturas e crenças presentes no Nordeste, refletindo a alma brasileira.
O filme é um verdadeiro banquete cultural, repleto de referências à música, dança, lendas e costumes do Nordeste.
João Grilo e Chicó são personagens atemporais, que representam o povo brasileiro em sua luta pela sobrevivência. O humor de Suassuna, inteligente e crítico, permeia todo o filme, tornando-o uma experiência única e memorável.
Muitas cenas do filme são verdadeiros clássicos do cinema brasileiro, graças à força das ideias de Suassuna.
O filme continua sendo atual e relevante, pois aborda
temas que ainda fazem parte da realidade brasileira.
Em resumo, o legado de Ariano Suassuna em "O Auto da Compadecida" é a sua capacidade de transformar a cultura popular nordestina em uma obra de arte universal, que encanta e provoca reflexão em diferentes gerações.
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