sábado, 1 de setembro de 2018

DESTAQUE DO DIA: "HISTÓRIAS PRA GENTE LER ENQUANTO CRESCE" DO ESCRITOR E JORNALISTA HAROLDO BARBOSA FILHO.


 
 
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Este livro infantil foi publicado em português e inglês.
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- O objetivo dele é incentivar a leitura e a prática de hábitos saudáveis por jovens entre 6 e 10 anos.


- Novidade: é GRÁTIS, pelo Kindle Unlimited. Caso você seja inscrito no site, basta fazer o download para ler.

- Peço seu apoio ao autor brasileiro, lendo e dando sua opinião no site da Amazon, nas redes sociais, nas demais mídias ou diretamente ao autor. 
 
 
 
 
 
SINOPSE DO LIVRO


 
 
Pedro é um menino muito mimado, que aproveita sua condição de filho do rei para exigir o impossível e tirar vantagem de tudo e de todos. Mas, certo dia, uma pajem entra em sua vida.

Será que ela é mesmo uma pajem... ou uma fada?

 
Nesta história, composta por seis capítulos eletrizantes, o jovem leitor participa de grandes aventuras em meio a bruxas, duendes e elfos, passando a entender a importância de bons hábitos comportamentais e de higiene.

 
Capítulo 1 – O príncipe e o unicórnio

Há muito tempo, quando os livros nem existiam e quase todas as histórias eram contadas de boca em boca, havia um reino distante e, nele, um menino chamado Pedro. Não era um menino qualquer, mas o filho de um poderoso rei que satisfazia a todas as suas vontades. Por isso, ao contrário da maioria dos outros meninos, Pedro aprendeu a ser atrevido. Tudo o que via e lhe interessava, ele cobiçava. Tudo o que sonhava, ele queria que acontecesse de verdade. Para ele não existiam limites.
 
As pessoas, como suas pajens e instrutores, os nobres que andavam pelo castelo e até mesmo os camponeses tinham muito medo do menino. É que ele gostava de ficar imaginando o impossível e apontar o dedo para alguém que, escolhido ao acaso, deveria atendê-lo. E ai daquele ou daquela que não conseguia deixá-lo contente: sem piedade, Pedro ordenava que a guarda real punisse o infeliz ou a coitada, às vezes com o chicote, ou enviando a pobre alma para a prisão.
 
O rei, por sua vez, não acreditava naquilo que lhe contavam sobre as barbaridades cometidas pelo filho, mas sim nas versões que ele inventava. Sim, o menino aprendeu também a mentir, negando suas maldades e fazendo o rei pensar que os súditos do reino tinham inveja dele e o maltratavam. Afinal, ele era apenas uma criança e, ainda por cima, filho do rei.
Esperto, o menino procurava não incomodar o próprio pai, pois já possuía tudo o que dele desejava, ou seja, inteira liberdade para exigir absurdos dos outros. Ora queria que lhe construíssem asas para que pudesse voar, ora ordenava que encontrassem um gato verde...
 
Assim, o tempo foi passando, até que um dia Pedro cismou que queria um unicórnio. A vítima de sua fantasia, daquela vez, foi um humilde velho que tomava conta do estábulo do castelo.
 
- Eu quero que você me arranje imediatamente um unicórnio. Tem que ser pequeno, para que possa montá-lo sem dificuldade. E também tem que ser branco e com aquele chifre bem no meio da testa!
 
- Onde conseguirei um para você, jovem príncipe? – gaguejou o velho, assustado. – Caso queira, posso separar o mais belo pônei entre os animais do reino para ser só seu...
 
- Não! – insistiu o menino. – Quero um unicórnio! Quero porque quero! Pônei todo mundo pode ter! Se não me trouxer um até amanhã cedo, digo a meu pai que o peguei maltratando os animais e o coloco na prisão!
O velho acompanhou com o olhar o distanciamento de Pedro, a rir e repetir sem parar:
 
- Um unicórnio... Ou a prisão!
 
Em seguida, como o Sol já começava a se pôr, o velho resolveu fechar o estábulo e ir para a pequena casa em que morava, onde sua filha o esperava com uma sopa quentinha.
 
A moça estranhou a entrada silenciosa e cabisbaixa de seu pai, normalmente tão alegre e que adorava apreciar os alimentos que ela preparava. O velho, sem sequer cumprimentá-la, sentou à mesa e colocou a cabeça entre as mãos, desconsolado.
 
- O que aconteceu, querido pai? – perguntou a moça, preocupada.
 
- O príncipe Pedro quer que eu encontre um unicórnio...
O rosto da moça ficou vermelho de raiva.
 
- O quê? Agora é a sua vez de sofrer nas mãos daquele pestinha?
 
- Não há nada que se possa fazer, filha. Amanhã cedo ele irá ao estábulo e, por não encontrar o unicórnio, dirá qualquer coisa aos guardas e me mandará para o calabouço.
 
Quase mordendo os lábios pela indignação, a moça procurou controlar-se para encontrar uma saída. Ela era bastante inteligente e sabia que as emoções deveriam ficar a serviço da razão, não o contrário. Portanto, preferiu pensar e pensar, até que foi ao velho e, alisando seus cabelos brancos, lhe falou com doçura.
 
- Não se preocupe, meu pai. Permita que eu busque uma solução. O senhor vai tomar sua sopa direitinho, como sempre faz; depois vai dormir, pois certamente está muito cansado.
 
- Isso não resolverá o problema...
 
- Resolverá uma parte dele, sim. É preciso que o senhor fique bem calmo. Sua saúde se torna péssima quando a mente fica perturbada, sabe bem. Além disso, terei que me voltar para a outra questão, o que será impossível se tiver que o acudir.
 
- Mas... o que você fará?
 
Após pensar mais um pouquinho, ela teve uma ideia. Não achou que era grande coisa, mas pelo menos já era um começo.
 
- Deixe isso comigo. Vou me preparar para falar com o rei ainda hoje. Sei que o príncipe não tem atualmente uma pajem, pois ninguém quer cuidar dele. Então, tenho certeza que o rei receberá meu pedido pelo emprego com alegria.
 
- O menino irá maltratá-la como fez com as outras!
 
- Se eu permitir, meu pai. Se eu permitir...
A moça, que se chamava Joana, estava determinada. Logo que ajeitou o pai em sua cama, arrumou-se e partiu rapidamente rumo ao castelo.
 
Conforme imaginara, o rei não se fez de rogado quando soube da presença de uma moça a pedir-lhe o emprego de pajem do seu filho, mesmo tendo aparecido àquela hora da noite. Ao invés disso, a recebeu com alívio, ainda mais por se tratar da filha de um vassalo muito honesto que cuidava por longos anos de seus cavalos.
A primeira parte do plano da moça deu certo, sem a menor dificuldade. Minutos depois de conversar com o soberano, ela foi levada até os aposentos do menino e apresentada como sua nova pajem.
 
O quarto do jovem príncipe mais parecia um ninho de ratos do que um lugar para dormir: tudo estava desarrumado e sujo, como se um vendaval tivesse passado por ali. E ele, tão imundo quanto, até cheirando mal, nem se importava. A moça que surgiu à sua frente, então, lhe pareceu invisível, pois nem ergueu a cabeça para fitá-la. Pedro continuou a fazer uma de suas típicas maldades, o que a deixou horrorizada: com uma cordinha presa a uma de suas patas, um pombo era obrigado pelo menino a voar pelo ambiente. Já quase sem forças, a pequena ave tentava em vão livrar-se, mas era puxada com violência para o alto, batendo as asas para não se estatelar no chão.
 
Joana quis pegar o menino pelas orelhas e lhe dar logo uma lição, mas tinha consciência que isso seria inútil. Ela não poderia perder a chance de mudar o destino de seu pai. Então, lembrou-se de algo e falou ao pequeno:
- O que o príncipe está fazendo com este belo unicórnio?
 
Ao ouvir a palavra “unicórnio”, o menino se surpreendeu, largando o pombo que ficou arfando no chão.
 
- Que unicórnio? – interpelou Pedro. – Isto aqui é um estúpido pombo!
 
- Não, é um pombo apenas para os que não têm olhos para ver sua verdadeira forma. É claro que um príncipe como você sabe que este é o cavalinho mágico que tanto deseja, mas está tentando me enganar. Afinal, só os muito espertos conseguem perceber a diferença... Os muito espertos, como você!
 
 
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UM POUCO SOBRE HAROLDO BARBOSA FILHO
 
 
 
 
 
 
Haroldo Barbosa Filho nasceu em 1961, é natural de Jardinópolis - SP e atualmente, reside em São José dos Campos – SP. É jornalista e redator publicitário. Como escritor e poeta.
 
Publicou as seguintes obras:
"Milagres acontecem" e "Se eu consigo, você consegue" – obras de espiritualidade e sociologia – pela Editora Vozes (2004);
 "Um anjo no no Paraíso" – romance histórico e biográfico sobre a vida de São José de Anchieta – Edições Loyola (2009),
• “Gwendydd” (romance) Clube de Autores (2010);
 "Yamiuna" (romance juvenil), Editora Cuore (2011); "Caminhos" (obra de sociologia) publicação da Prefeitura de São José dos Campos (2011);

Também participa com poemas de algumas coletâneas. Haroldo é vencedor do V Prêmio Canon de Literatura, com poema publicado em coletânea pela Editora Scortecci (2012).
 
Recebeu os seguintes títulos: Paul Harris Fellow - Comenda concedida pelo Rotary International; Membro Correspondente da Academia de Letras do Brasil / Seccional Araraquara, ocupando a Cadeira 42 (2014); Membro Vitalício da Academia Luminescência Brasileira, ocupando a Cadeira 07 (2015); Cônsul do Movimiento Poetas del Mundo; Distinção como Personalidade do Ano 2014 pela Coluna Destaque e FALASP, em Taubaté/SP.
 




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