terça-feira, 21 de abril de 2020

HENRI CARTIER-BRESSON - FOTÓGRAFO





HENRI CARTIER-BRESSON - FOTÓGRAFO



Henri Cartier-Bresson nasceu em Chanteloup-en-Brie, 22 de agosto de 1908 e faleceu em Montjustin, 03 de agosto de 2004 foi um fotógrafo, fotojornalista e desenhista francês.

Cartier-Bresson era filho de pais de uma classe média (família de industriais têxteis), relativamente abastada. Quando criança, ganhou uma câmera fotográfica Box Brownie, com a qual produziu inúmeros instantâneos. Sua obsessão pelas imagens levou-o a testar uma câmera de filme 35mm. Além disto, Bresson também pintava e foi para Paris estudar artes em um estúdio.

Em 1931, aos 22 anos, Cartier-Bresson viajou à África, onde passou um ano como caçador. Porém, uma doença tropical obrigou-o a retornar à França. Foi neste período, durante uma viagem a Marselha, que ele descobriu verdadeiramente a fotografia, inspirado por uma fotografia do húngaro Martin Munkacsi, publicada na revista Photographies (1931), mostrando três rapazes negros correndo em direção ao mar, no Congo.

Quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial, Bresson serviu o exército francês. Durante a invasão alemã, Bresson foi capturado e levado para um campo de prisioneiros de guerra. Tentou por duas vezes escapar e somente na terceira, depois de 35 meses, obteve sucesso.

Fugiu e se escondeu em uma fazenda onde pode conseguir documentos falso que lhe permitiram voltar para a França. Lá, ele trabalhou secretamente contribuindo para que outros prisioneiros pudessem fugir, além de registrar com outros fotógrafos a Ocupação e Liberação da França. Ainda em 1943, voltou a Vosgues (departamento da França localizado na região Lorena),onde havia enterrado sua Leica.

Quando a paz se restabeleceu, Cartier-Bresson, em 1947, fundou a agência fotográfica Magnum junto com Bill Vandivert,Robert Capa, George Rodger e David Seymour “Chim”. Começou também o período de desenvolvimento sofisticado de seu trabalho.

Revistas como a Life, Vogue e Harper’s Bazaar contrataram-no para viajar pelo mundo e registrar imagens únicas. Da Europa aos Estados Unidos, da Índia à China, Bresson dava o seu ponto de vista especialíssimo.

Tornou-se também o primeiro fotógrafo da Europa Ocidental a registrar a vida na União Soviética de maneira livre. Fotografou os últimos dias de Gandhi e os eunucos imperiais chineses, logo após a Revolução Cultural.

Na década de 1950, vários livros com seus trabalhos foram lançados, sendo o mais importante deles “Images à la Sauvette“, publicado em inglês sob o título “The Decisive Moment” (1952). Em 1960, uma megaexposição com quatrocentos trabalhos seus rodou os Estados Unidos.

Seja fotografando o funeral de Mahatma Gandhi, na Índia, ou o pintor Henri Matisse, em casa, Cartier-Bresson buscava representar o sentimento do momento com seu estilo clássico e sua composição geométrica.

Os anos seguintes foram de uma lenta deserção da fotografia e conseqüente aproximação com a pintura. Em torno de 1975, Cartier-Bresson já não fotografava mais, admitindo que, talvez, ele tivesse dito tudo o que podia através da fotografia. Segundo ele, a câmera agora ficava guardada em um cofre em sua casa e raramente era usada. E assim, após anos desenvolvendo sua visão artística com a fotografia, a pintura tomou conta de sua vida. Sua primeira exposição de pinturas aconteceu em na Carlton Gallery, em Nova York, em 1975.


FUNDAÇÃO HENRI CARTIER-BRESSON


Criada em 2003, quando Cartier-Bresson tinha 95 anos, juntamente com sua esposa Martine Frank, a fundação tem como objetivos administrar, preservar e expor sua obra além de apoiar e exibir o trabalho de outros artistas-fotógrafos, muitos deles pouco conhecidos pelo grande público.

O prédio é pequeno e com fachada dominada por grandes janelas e possui 2 andares para exibições. No 3° andar há um espaço de descanso e de consulta do trabalho de Cartier-Bresson e sobre a exposição em cartaz. No mezanino, uma biblioteca cujo acesso é restrito.


SERVIÇO

Fundação Henri Cartier-Bresson
Endereço: 2 Impasse Lebouis, 75014 Paris
Metrô Edgar Quinet, linha 6 ou Gaîté, linha 13. 
Ingresso: 8€.






















Fontes pesquisadas:

pro.magnumphotos.com /
henricartierbresson.org /
foto.espm.br / wikipedia






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