quarta-feira, 15 de abril de 2020

MULHERES QUE TRANSFORMARAM A HISTÓRIA DO JAZZ

 
 


ELLA FITZGERALD


 

Jazz é uma manifestação artístico-musical originária de comunidades de Nova Orleans, nos Estados Unidos. Tal manifestação teria surgido por volta do final do século XIX na região de Nova Orleans, tendo origem na cultura popular e na criatividade das comunidades negras que ali viviam, um de seus espaços de desenvolvimento mais importantes.

O jazz se desenvolveu com a mistura de várias tradições religiosas, em particular a afro-americana. Esta nova forma de se fazer música incorporava blue notes, chamada e resposta, forma sincopada, polirritmia, improvisação e notas com swing do ragtime. Os instrumentos musicais básicos para o Jazz são aqueles usados em bandas marciais e bandas de dança: metais, palhetas e baterias. No entanto, o jazz, em suas várias formas, aceita praticamente todo tipo de instrumento.

As origens da palavra "jazz" são incertas. A palavra tem suas raízes na gíria norte-americana e várias derivações têm sugerido tal fato. O jazz não foi aplicado como música até por volta de 1915. Earl Hines, nascido em 1903 e mais tarde se tornou celebrado músico de jazz, costumava dizer que estava "tocando o piano antes mesmo da palavra "jazz" ser inventada".

Desde o começo do seu desenvolvimento, no início do século XX, o jazz produziu uma grande variedade de subgêneros, como o dixieland da década de 1910, o Swing das Big bands das décadas 1930 e 1940, o bebop de meados da década de 1940, o jazz latino das décadas de 1950 e 1960 e o fusion das décadas de 1970 e 1980. Devido à sua divulgação mundial, o jazz se adaptou a muitos estilos musicais locais, obtendo, assim, uma grande variedade melódica, harmônica e rítmica.

Ella Fitzgerald, Billie Holiday, Nina Simone… Conheça as trajetórias das cantoras, pianistas e compositoras

O Jazz surgiu entre 1890 e 1910 em Nova Orleans. Desde, a música norte-americana se transformou para sempre. É relativamente, difícil constituir uma acepção para esse estilo musical.

A primeira forma de Jazz foi o swing, criado por Falcon durante a década de 1930, quando o jazz era bastante popular. Na década de 40, nasce o Bebop e o Hard Bebop, porém, foram de pouco agrado aos ouvidos populares.

O Jazz tem suas raízes na música negra americana pouco antes de 1850. A maior influência do jazz foi o Blues, também derivado das canções de trabalho dos negros.

Enquanto os músicos do jazz frequentemente enfrentavam o racismo, as mulheres que tentavam se firmar no gênero precisavam vencer também o sexismo. Ainda assim, ocuparam a linha de frente no desenvolvimento de um dos estilos musicais mais difundidos no mundo, desempenhando diversas funções cantavam, tocavam todos os instrumentos e compunham. Veja algumas mulheres que influenciaram de certa forma o JAZZ.





ELLA FITZGERALD


O mundo provavelmente nunca teria a chance de amar a lendária cantora de jazz Ella Fitzgerald se não fosse por suas inseguranças quando adolescente. Sua trajetória na música teve início em meados dos anos 1930, época em que começou a cantar semanalmente no Apollo Theater, no Harlem, e conquistou a oportunidade de participar de uma de suas famosas Amateur Nights. A princípio, ela pensava em se tornar dançarina, mas intimidada pela dupla Edwards Sisters, mudou de planos e passou a cantar. Temos sorte pela escolha que fez, afinal, ela se tornaria uma das mais conhecidas e icônicas artistas da história, cativando o mundo com suas habilidades de improvisação e voz pura e ganhando incontáveis premiações e honrarias durante seus 60 anos de carreira.







BILLIE HOLIDAY


O ícone do jazz Billie Holiday teve um início de vida difícil: filha de uma jovem mãe solteira, foi forçada a trabalhar em um prostíbulo ainda na adolescência. Começou cantando em pequenas casas de show, e posteriormente conseguiu um contrato para se apresentar junto a Teddy Wilson. Eles eram estimulados e improvisar em cima do palco, e as habilidades de Holiday se destacaram. Depois de um breve período cantando com a banda de Count Basie, foi contratada por Artie Shaw e se tornou a primeira mulher negra a trabalhar com uma banda formada exclusivamente por brancos. O grupo viajou pelo sul dos EUA e Holiday sofreu racismo ao ser vaiada pelo público e proibida de sentar no coreto com os demais cantores. No final dos anos 1930, passou a lançar canções em carreira solo, como Summertime, Strange Fruit e God Bless the Child, entrando para a história como uma das mais populares cantoras de jazz e blues de todos os tempos.




NINA SIMONE


Pianista, cantora e letrista, Nina Simone sonhava, quando criança, em ser a primeira pianista clássica dos EUA, mas foi forçada a mudar de planos após ter uma bolsa de estudos recusada por conta da cor de sua pele. Passou a se apresentar em bares e boates para pagar as aulas de música, e conseguiu um contrato nesse processo. Gravou mais de 40 álbuns ao longo da carreira e trabalhou com diversos gêneros musicais, como jazz, gospel, R&B, clássico e pop. Em meados dos anos 1960, passou a utilizar sua música como protesto político, abordando a questão racial em inúmeras canções. Mississippi Goddam é uma das mais famosas, cantada por ela no encerramento das Marchas de Selma a Montgomery, em 1965.







MARY LOU WILLIAMS


foi uma pianista, compositora e arranjadora que não apenas começou a tocar quando criança, como era autodidata. Já ganhava dinheiro se apresentando em festas aos seis anos, e se profissionalizou ainda no início da adolescência. Em 1923, aos 15, passou a tocar com Duke Ellington e sua banda, The Washingtonians, e logo em seguida se juntou a Andy Kirk e o grupo Twelve Clouds of Joy. Williams atingiu projeção nacional após gravar os solos de piano Drag ‘Em e Night Life. Em meados dos anos 1940, apresentou um programa semanal de rádio chamado Mary Lou Williams’s Piano Workshop e orientou músicos jovens, como Dizzy Gillespie e Thelonious Monk. Sua carreira também teve importante aspecto filantrópico. Williams trabalhou com corais de adolescentes, criou uma organização de caridade, abriu brechós no Harlem para auxiliar músicos que passavam necessidade, atuou em parceria com a Fundação Bel Canto para ajudar artistas viciados em drogas e doou 10% de seus ganhos a músicos pobres. Também criou sua própria gravadora e fundou o Pittsburgh Jazz Festival.







SARAH VAUGHAN

conhecida por sua maravilhosa voz, é considerada uma das melhores cantoras de jazz da história, com um talento que Frank Sinatra descreveu certa vez como “tão bom que quando a ouço quero cortar meus pulsos com uma navalha”. Depois de frequentar ilegalmente boates quando adolescente, começou a carreira ganhando o concurso Apollo Theater Amateur Night com a canção Body and Soul. Abriu o show de Ella Fitzgerald, chamou a atenção de Earl “Fatha” Hines e começou a cantar em sua banda em 1943, apresentando-se ao lado de lendas como Dizzy Gillespie e Charlie Parker. Teve uma carreira solo bem-sucedida, que incluiu a conquista de um Grammy e de um National Endowment for the Arts Jazz Masters Award. Apesar dos prêmios, Vaughan não se considerava uma cantora de jazz: “Não sei porque as pessoas me chamam de cantora de jazz, imagino que me associem ao gênero porque fui criada em meio a ele. Não estou desprezando o jazz, mas não sou uma cantora de jazz… Gravei todos os tipos de música.”





BLANCHE CALLOWAY

foi cantora, compositora e bandleader de jazz durante os anos de 1920 e 1930, além de ter sido a primeira mulher a liderar uma banda totalmente masculina – o Blanche Calloway and Her Joy Boys. Quando criança, sua mãe a desencorajou a seguir a carreira musical, pois acreditava que esta não era uma profissão “respeitável” para uma mulher, mas Calloway era uma artista nata e não desistiu de seu sonho. Seu irmão caçula, Cab Calloway, talvez seja mais conhecido do que ela, porém Blanche se tornou bandleader antes de Cab iniciar sua carreira e o incetivou a não abandonar a música, influenciando-no com seu estilo vibrante e o ensinando tudo que sabia. Além da música, Calloway era ativista pelos direitos civis, integrante da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP – National Association for the Advancement of Colored People) e do Congresso para Igualdade Racial (CORE, na sigla em inglês). Também é conhecida como a primeira mulher negra a votar no estado da Flórida, em 1958.




LENA HORNE

foi uma cantora, dançarina e atriz que se destacou na Broadway e no jazz. Iniciou sua trajetória artística no começo da década de 1930 no Cotton Club, um bar no bairro nova-iorquino do Harlem onde só era permitida a entrada de brancos. Participou de várias turnês, transformando-se na primeira artista negra a assinar um contrato longo com um grande estúdio de Hollywood. Atuou em inúmeros filmes, mas logo se desiludiu com o racismo de Hollywood – ela nunca conseguiu um papel de protagonista, e suas cenas era frequentemente, editadas antes de serem exibidas em alguns estados. Sua carreira foi alavancada no período pós-guerra, e ela se tornou a primeira mulher negra a ser indicada para o Tony, a premiação máxima do teatro norte-americano, como “melhor atriz de musical”. Horne também apareceu em incontáveis programas de TV e séries. Além de ter conquistado muitos prêmios durante sua carreira – incluindo Grammys, Tonys e um Emmy, era uma ativista pelos direitos civis e esteve presente na “Marcha sobre Washington”, liderada por Martin Luther King em 1963. Horne se recusou a se apresentar para tropas segregadas durante a Segunda Guerra Mundial, o que a deixava com poucas opções, já que as Forças Armadas dos EUA não permitiam a integração entre brancos e negros. Em vez disso, apresentou-se para grupos de prisioneiros de guerra alemães (que estavam sentados na frente) e de recrutas negros norte-americanos, caminhando entre as fileiras do fundo, onde os recrutas eram forçados a ficar.





COMENTÁRIOS


DYANDREIA PORTUGAL da Rede Sem Fronteiras disse: Queridas AJEBIANAS, Segue acima a matéria de nosso Membro Honorário, Alberto Araújo (do Focus Portal Cultural, e que também é Colunista do Portal Sem Fronteiras) sobre as Mulheres que transformaram a história do Jazz. Tenho certeza que irão apreciar. Parabéns ao nosso Membro Honorário, por colaborar com a divulgação da força da Mulher. Com carinho fraterno, Dyandreia Portugal.


 

 

Telma Moreira Membro da AJEB-RIO disse: Que maravilha! Alberto Araujo faz um trabalho primoroso, sempre! Sou fã! Aplausos! Obrigada querida! Telma Moreira.




MARIA AMÉLIA PALLADINO disse após a Dyandreia enviar a nossa postagem sobre AS MULHERES QUE TRANSFORMARAM A HISTÓRIA DO JAZZ.
 
"Prezada Dyandreia, interessantíssima à matéria sobre as grandes mulheres do Jazz! Prova de que as mulheres pontificam em vários estilos, várias tendências da música, várias manifestações da Arte, e dão show onde se apresentam! Muito bem valorizado esse assunto que nem sempre está em foco, no nosso país, embora o jazz seja admirado internacionalmente!
Apoio os parabéns da Presidente!"
Maria Amélia Palladino

 

 

 


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