ELLA FITZGERALD
Jazz é uma manifestação artístico-musical
originária de comunidades de Nova Orleans, nos Estados Unidos. Tal manifestação
teria surgido por volta do final do século XIX na região de Nova Orleans, tendo
origem na cultura popular e na criatividade das comunidades negras que ali
viviam, um de seus espaços de desenvolvimento mais importantes.
O jazz se desenvolveu com a mistura de várias
tradições religiosas, em particular a afro-americana. Esta nova forma de se
fazer música incorporava blue notes, chamada e resposta, forma sincopada,
polirritmia, improvisação e notas com swing do ragtime. Os instrumentos musicais
básicos para o Jazz são aqueles usados em bandas marciais e bandas de dança:
metais, palhetas e baterias. No entanto, o jazz, em suas várias formas, aceita
praticamente todo tipo de instrumento.
As origens da palavra "jazz" são
incertas. A palavra tem suas raízes na gíria norte-americana e várias
derivações têm sugerido tal fato. O jazz não foi aplicado como música até por
volta de 1915. Earl Hines, nascido em 1903 e mais tarde se tornou celebrado
músico de jazz, costumava dizer que estava "tocando o piano antes mesmo da
palavra "jazz" ser inventada".
Desde o começo do seu desenvolvimento, no início do
século XX, o jazz produziu uma grande variedade de subgêneros, como o dixieland
da década de 1910, o Swing das Big bands das décadas 1930 e 1940, o bebop de
meados da década de 1940, o jazz latino das décadas de 1950 e 1960 e o fusion
das décadas de 1970 e 1980. Devido à sua divulgação mundial, o jazz se adaptou
a muitos estilos musicais locais, obtendo, assim, uma grande variedade
melódica, harmônica e rítmica.
Ella Fitzgerald, Billie Holiday, Nina Simone… Conheça as trajetórias das
cantoras, pianistas e compositoras
O Jazz surgiu entre 1890 e 1910 em Nova Orleans. Desde, a música
norte-americana se transformou para sempre. É relativamente, difícil constituir
uma acepção para esse estilo musical.
A primeira forma de Jazz foi o swing, criado por Falcon durante a década
de 1930, quando o jazz era bastante popular. Na década de 40, nasce o Bebop e o
Hard Bebop, porém, foram de pouco agrado aos ouvidos populares.
O Jazz tem suas raízes na música negra americana pouco antes de 1850. A
maior influência do jazz foi o Blues, também derivado das canções de trabalho
dos negros.
Enquanto os músicos do jazz frequentemente enfrentavam o racismo, as
mulheres que tentavam se firmar no gênero precisavam vencer também o sexismo.
Ainda assim, ocuparam a linha de frente no desenvolvimento de um dos estilos
musicais mais difundidos no mundo, desempenhando diversas funções cantavam,
tocavam todos os instrumentos e compunham. Veja algumas mulheres que
influenciaram de certa forma o JAZZ.
ELLA FITZGERALD
O mundo provavelmente nunca teria a chance de amar a lendária cantora de
jazz Ella Fitzgerald se não fosse por suas inseguranças quando adolescente. Sua
trajetória na música teve início em meados dos anos 1930, época em que começou
a cantar semanalmente no Apollo Theater, no Harlem, e conquistou a oportunidade
de participar de uma de suas famosas Amateur Nights. A princípio,
ela pensava em se tornar dançarina, mas intimidada pela dupla Edwards Sisters,
mudou de planos e passou a cantar. Temos sorte pela escolha que fez, afinal,
ela se tornaria uma das mais conhecidas e icônicas artistas da história,
cativando o mundo com suas habilidades de improvisação e voz pura e ganhando
incontáveis premiações e honrarias durante seus 60 anos de carreira.
BILLIE HOLIDAY
O ícone do jazz Billie Holiday teve um início de vida difícil: filha de
uma jovem mãe solteira, foi forçada a trabalhar em um prostíbulo ainda na
adolescência. Começou cantando em pequenas casas de show, e posteriormente
conseguiu um contrato para se apresentar junto a Teddy Wilson. Eles eram
estimulados e improvisar em cima do palco, e as habilidades de Holiday se
destacaram. Depois de um breve período cantando com a banda de Count Basie, foi
contratada por Artie Shaw e se tornou a primeira mulher negra a trabalhar com
uma banda formada exclusivamente por brancos. O grupo viajou pelo sul dos EUA e
Holiday sofreu racismo ao ser vaiada pelo público e proibida de sentar no
coreto com os demais cantores. No final dos anos 1930, passou a lançar canções
em carreira solo, como Summertime, Strange Fruit e God
Bless the Child, entrando para a história como uma das mais populares
cantoras de jazz e blues de todos os tempos.
NINA SIMONE
Pianista, cantora e letrista, Nina Simone sonhava, quando criança, em
ser a primeira pianista clássica dos EUA, mas foi forçada a mudar de planos
após ter uma bolsa de estudos recusada por conta da cor de sua pele. Passou a
se apresentar em bares e boates para pagar as aulas de música, e conseguiu um
contrato nesse processo. Gravou mais de 40 álbuns ao longo da carreira e
trabalhou com diversos gêneros musicais, como jazz, gospel, R&B, clássico e
pop. Em meados dos anos 1960, passou a utilizar sua música como protesto
político, abordando a questão racial em inúmeras canções. Mississippi
Goddam é uma das mais famosas, cantada por ela no encerramento das
Marchas de Selma a Montgomery, em 1965.
MARY LOU WILLIAMS
foi uma pianista, compositora e arranjadora que não apenas começou a
tocar quando criança, como era autodidata. Já ganhava dinheiro se apresentando
em festas aos seis anos, e se profissionalizou ainda no início da adolescência.
Em 1923, aos 15, passou a tocar com Duke Ellington e sua banda, The
Washingtonians, e logo em seguida se juntou a Andy Kirk e o grupo Twelve Clouds
of Joy. Williams atingiu projeção nacional após gravar os solos de piano Drag
‘Em e Night Life. Em meados dos anos 1940, apresentou um
programa semanal de rádio chamado Mary Lou Williams’s Piano Workshop e orientou
músicos jovens, como Dizzy Gillespie e Thelonious Monk. Sua carreira também
teve importante aspecto filantrópico. Williams trabalhou com corais de
adolescentes, criou uma organização de caridade, abriu brechós no Harlem para
auxiliar músicos que passavam necessidade, atuou em parceria com a Fundação Bel
Canto para ajudar artistas viciados em drogas e doou 10% de seus ganhos a
músicos pobres. Também criou sua própria gravadora e fundou o Pittsburgh Jazz
Festival.
SARAH VAUGHAN
conhecida por sua maravilhosa voz, é considerada uma das melhores
cantoras de jazz da história, com um talento que Frank Sinatra descreveu certa
vez como “tão bom que quando a ouço quero cortar meus pulsos com uma navalha”.
Depois de frequentar ilegalmente boates quando adolescente, começou a carreira
ganhando o concurso Apollo Theater Amateur Night com a canção Body and
Soul. Abriu o show de Ella Fitzgerald, chamou a atenção de Earl “Fatha”
Hines e começou a cantar em sua banda em 1943, apresentando-se ao lado de
lendas como Dizzy Gillespie e Charlie Parker. Teve uma carreira solo
bem-sucedida, que incluiu a conquista de um Grammy e de um National Endowment
for the Arts Jazz Masters Award. Apesar dos prêmios, Vaughan não se considerava
uma cantora de jazz: “Não sei porque as pessoas me chamam de cantora de jazz,
imagino que me associem ao gênero porque fui criada em meio a ele. Não estou
desprezando o jazz, mas não sou uma cantora de jazz… Gravei todos os tipos de
música.”
BLANCHE CALLOWAY
foi cantora, compositora e bandleader de jazz durante
os anos de 1920 e 1930, além de ter sido a primeira mulher a liderar uma banda
totalmente masculina – o Blanche Calloway and Her Joy Boys. Quando criança, sua
mãe a desencorajou a seguir a carreira musical, pois acreditava que esta não
era uma profissão “respeitável” para uma mulher, mas Calloway era uma artista
nata e não desistiu de seu sonho. Seu irmão caçula, Cab Calloway, talvez seja
mais conhecido do que ela, porém Blanche se tornou bandleader antes
de Cab iniciar sua carreira e o incetivou a não abandonar a música,
influenciando-no com seu estilo vibrante e o ensinando tudo que sabia. Além da
música, Calloway era ativista pelos direitos civis, integrante da Associação
Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP – National
Association for the Advancement of Colored People) e do Congresso para
Igualdade Racial (CORE, na sigla em inglês). Também é conhecida como a primeira
mulher negra a votar no estado da Flórida, em 1958.
LENA HORNE
foi uma cantora, dançarina e atriz que se destacou na Broadway e no
jazz. Iniciou sua trajetória artística no começo da década de 1930 no Cotton
Club, um bar no bairro nova-iorquino do Harlem onde só era permitida a entrada
de brancos. Participou de várias turnês, transformando-se na primeira artista
negra a assinar um contrato longo com um grande estúdio de Hollywood. Atuou em
inúmeros filmes, mas logo se desiludiu com o racismo de Hollywood – ela nunca
conseguiu um papel de protagonista, e suas cenas era frequentemente, editadas
antes de serem exibidas em alguns estados. Sua carreira foi alavancada no
período pós-guerra, e ela se tornou a primeira mulher negra a ser indicada para
o Tony, a premiação máxima do teatro norte-americano, como “melhor atriz de
musical”. Horne também apareceu em incontáveis programas de TV e séries. Além
de ter conquistado muitos prêmios durante sua carreira – incluindo Grammys,
Tonys e um Emmy, era uma ativista pelos direitos civis e esteve presente na
“Marcha sobre Washington”, liderada por Martin Luther King em 1963. Horne se
recusou a se apresentar para tropas segregadas durante a Segunda Guerra
Mundial, o que a deixava com poucas opções, já que as Forças Armadas dos EUA
não permitiam a integração entre brancos e negros. Em vez disso, apresentou-se
para grupos de prisioneiros de guerra alemães (que estavam sentados na frente)
e de recrutas negros norte-americanos, caminhando entre as fileiras do fundo,
onde os recrutas eram forçados a ficar.
COMENTÁRIOS
DYANDREIA PORTUGAL da Rede Sem Fronteiras disse: Queridas AJEBIANAS,
Segue acima a matéria de nosso Membro Honorário, Alberto Araújo (do Focus
Portal Cultural, e que também é Colunista do Portal Sem Fronteiras) sobre as
Mulheres que transformaram a história do Jazz. Tenho certeza que irão apreciar.
Parabéns ao nosso Membro Honorário, por colaborar com a divulgação da força da
Mulher. Com carinho fraterno, Dyandreia Portugal.
Telma Moreira Membro da AJEB-RIO disse: Que maravilha! Alberto Araujo faz um trabalho primoroso, sempre! Sou fã!
Aplausos! Obrigada querida! Telma Moreira.
MARIA AMÉLIA PALLADINO disse após a Dyandreia enviar a nossa
postagem sobre AS MULHERES QUE TRANSFORMARAM A HISTÓRIA DO JAZZ.
"Prezada Dyandreia, interessantíssima à matéria sobre as
grandes mulheres do Jazz! Prova de que as mulheres pontificam em vários
estilos, várias tendências da música, várias manifestações da Arte, e dão show
onde se apresentam! Muito bem valorizado esse assunto que nem sempre está em
foco, no nosso país, embora o jazz seja admirado internacionalmente!
Apoio os parabéns da Presidente!"
Maria Amélia Palladino
FONTE
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