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NITERÓI possui grande diversidade de atrativos turísticos:
belezas naturais, lindos patrimônios históricos, o segundo maior conjunto
mundial de obras do arquiteto Oscar Niemeyer, uma diversificada gastronomia de
qualidade, o maior contínuo de fortes e fortalezas do Brasil, é um celeiro
cultural, além de ter a melhor vista da cidade do Rio de Janeiro.
NITERÓI é um município da Região Metropolitana do Rio de
Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, Região Sudeste do Brasil. Foi a capital
estadual, como indicado pela sua coroa mural dourada, exclusiva de capitais, entre
1834-1894 e novamente entre 1903-1975. Com população estimada em 513.584
habitantes, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
de 2019, e uma área de 133,757 km², integra a Região Metropolitana do Rio de
Janeiro (RMRJ) e ostenta o mais elevado Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
(IDHM) do Rio de Janeiro e o sétimo maior entre os municípios do Brasil em
2010. Individualmente, é o segundo município com maior média de renda
domiciliar per capita mensal do Brasil e aparece na 13ª posição entre os
municípios do país segundo os indicadores sociais referentes à educação.
Foi capital estadual fluminense até a fusão entre os estados
do Rio de Janeiro e da Guanabara em 1974. Distante 15 km da Cidade do Rio de Janeiro
e possui como acessos a Ponte Rio–Niterói e Avenida do Contorno, ambas trechos
da BR-101, a Alameda São Boaventura, trecho urbano da RJ-104, a Avenida Everton
Xavier, trecho urbano da RJ-108. Também se pode chegar à cidade por meio das
linhas de ferry conhecidas como barcas. A cidade é um dos principais centros
financeiros, comerciais e industriais do Estado do Rio de Janeiro, sendo a 12ª
entre as 100 melhores cidades brasileiras para se fazer negócios. Niterói vem
registrando um alto índice de investimentos na cidade, principalmente
imobiliários e comerciários, advindos tanto da herança de ter sido a capital
estadual, como por sua proximidade geográfica com a Cidade do Rio de Janeiro.
Absorve um intenso desenvolvimento das atividades de exploração de petróleo
offshore na Bacia de Santos e da Bacia de Campos. Escritórios de serviços
especializados, hospitais, universidades, museus e shopping-centers
proporcionam opções de entretenimento às famílias e pessoas. Ao mesmo tempo, o
município está absorvendo uma série de investimentos industriais importantes
nos setores ligados à cadeia produtiva de petróleo e gás. Destaca-se a
reinauguração de estaleiros, com a reforma e a manutenção de plataformas e
estruturas offshore, além da construção de embarcações para o transporte de
passageiros.
Segundo dados do IBGE de 2010, o produto interno bruto
nominal de Niterói foi de 11,2 bilhões de reais, figurando como o quinto
município com maior produto interno bruto do estado, depois da capital fluminense,
de Duque de Caxias, Campos dos Goytacazes e Macaé, além de ser o 45º município
mais rico do Brasil. Somente no setor de petróleo, a região responde por 70 por
cento do parque instalado estadual do setor, concentrando desde empresas de
offshore a estaleiros. A cidade é o segundo maior empregador formal do Estado
do Rio de Janeiro, embora ocupe o 5º lugar quanto ao número de habitantes, que
correspondem a 4,11 por cento do total da população da Região Metropolitana do
Rio de Janeiro.
O município é dividido em cinquenta e dois bairros. Para
efeito de planejamento político-administrativo, a cidade foi organizada em
cinco regiões de planejamento subdividas em 19 sub-regiões de planejamento.
A prefeitura trabalha com 14 secretarias de administração
regional: Barreto; Engenhoca; Fonseca; Icaraí; Ilha da Conceição; Ingá e
Centro; Jurujuba; Largo da Batalha; Ponto Cem Réis e Adjacências; Região
Oceânica; Rio do Ouro; São Francisco; Sapê, Badu e Matapaca; Tenente Jardim.
REGIÃO E BAIRROS
Praias da Baía 17
Bairro de Fátima • Boa Viagem • Cachoeiras • Centro •
Charitas • Gragoatá • Icaraí • Ingá • Jurujuba • Morro do Estado • Pé Pequeno •
Ponta d'Areia • Santa Rosa • São Domingos • São Francisco • Viradouro • Vital
Brazil
Norte 12 Baldeador • Barreto • Caramujo • Cubango
• Engenhoca • Fonseca • Ilha da Conceição • Santa Bárbara • Santana • São
Lourenço • Tenente Jardim • Viçoso Jardim
Oceânica 11 Cafubá • Camboinhas • Engenho do Mato •
Itacoatiara • Itaipu • Jacaré • Jardim Imbuí • Maravista • Piratininga • Santo
Antônio • Serra Grande
Pendotiba 9 Badu • Cantagalo • Ititioca • Largo da
Batalha • Maceió • Maria Paula • Matapaca • Sapê • Vila Progresso
Leste 3 Muriqui • Rio do Ouro • Várzea das
Moças
NITERÓI possui o melhor índice de desenvolvimento humano do
Estado e o terceiro do país de acordo com estudo feito pela Fundação Getúlio
Vargas em junho de 2011, que também classificou Niterói como "a cidade com
população mais rica do Brasil", por possuir 30,7 por cento dela inserida
na classe A. Considerando as classes A e B, Niterói também aparece em primeiro
lugar, com 42,9% de sua população inserida nessas classes. Está entre as
cidades mais alfabetizadas do Brasil, além de apresentar a menor incidência de
pobreza, a população com maior renda mensal per capita e o maior índice de
longevidade municipal do Estado do Rio de Janeiro. Segundo levantamento do
Instituto Trata Brasil, com base no ano de 2014, a cidade encontra-se na 12ª
posição nacional apresentando 100% do abastecimento de água tratada. Em relação
ao tratamento de esgoto o município aparece na 9º colocação e está entre as 10
cidades que tratam mais de 80% do seu esgoto.
NITERÓI (anteriormente escrito "Nictheroy" ou
"Nitheroy") era o nome indígena do porto da cidade do Rio de Janeiro
por volta de 1554. Em 1834, o antigo topônimo indígena "Niterói" foi
adotado como novo nome da até então "Vila Real da Praia Grande",
quando esta se tornou a capital da Província do Rio de Janeiro. Existem várias
explicações sobre o significado do termo na língua tupi:
"água que se esconde";
"porto sinuoso";
"rio verdadeiro frio", pela junção dos termos 'y
(rio), eté (verdadeiro) e ro'y (frio).
No ano de 1555, o navegador francês Nicolas Durand de
Villegaignon se aliou aos índios tupinambás que dominavam a Baía de Guanabara e
instituiu uma colônia francesa na região, a França Antártica. A região era
evitada pelos portugueses por causa da hostilidade dos tupinambás. A região
desenvolveu-se sob o comando de Villegaignon, que planejou construir uma cidade
na região. Passado algum tempo, calvinistas que haviam emigrado da França para
a colônia regressaram à França, onde acusaram Villegaignon de preconceito
contra os protestantes e de má administração. O navegador francês teve de voltar
à França para explicar-se.
Na ausência do governador francês, em 1560, Mem de Sá atacou
e destruiu o forte francês que se localizava na Baía de Guanabara, o Forte
Coligny, sem, contudo, conseguir expulsar definitivamente os franceses da
região. Estácio de Sá, sobrinho de Mem de Sá, que continuaria com o comando da
guerra, recorreu à ajuda do chefe dos índios temiminós, Arariboia (que é o
termo tupi para cobra-papagaio). Arariboia havia sido expulso pelos franceses
de sua terra natal, a ilha de Paranapuã (hoje Ilha do Governador) e se
refugiara na Capitania do Espírito Santo, onde se aliou aos portugueses e os
ajudou a expulsar invasores neerlandeses. Arariboia aceitou o pedido do
governador para ajudar os portugueses a expulsar os franceses da Baía de
Guanabara, na esperança de reconquistar a ilha-mãe.
Com o fim da guerra, em 1567, Arariboia recebeu o nome
cristão de Martim Afonso. Mas Estácio de Sá resolveu ocupar a ilha de
Paranapuã, tornando-a a Ilha do Governador. Para manter a segurança na Baía de
Guanabara, Estácio de Sá insistiu com Arariboia para não voltar para a
Capitania do Espírito Santo e convenceu-o a ocupar o lado direito da entrada da
Baía de Guanabara, no lado oposto à cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro
fundada por Estácio em 1565. Dessa forma, a entrada da baía ficaria totalmente
protegida contra invasões. O local a ser ocupado por Arariboia era conhecido
como Banda d’Além e foi para lá que Arariboia levou sua tribo, fundando a vila
de São Lourenço dos Índios.
Niterói tem uma área de 129,375 quilômetros quadrados
localizada entre a Baía de Guanabara (oeste), o Oceano Atlântico (sul), Maricá
(leste) e São Gonçalo (norte). A região oceânica é o grande ponto de belezas naturais,
pois conta com as melhores praias - Praia de Fora e Praia do Imbuí, com seus
valores históricos; Praia de Piratininga, Praia de Camboinhas, Praia de Itaipu
e Praia de Itacoatiara, as mais famosas e visitadas; Praia do Sossego, Praia
Adão e Eva e Prainha, locais calmos e paradisíacos.
Possui duas lagoas de água salgada: Piratininga e Itaipu. A
primeira se liga à segunda por meio do Canal do Camboatá, aberto pelo
Departamento Nacional de Obras de Saneamento em 1946. A Lagoa de Itaipu, por
sua vez, se liga ao mar através do Canal de Itaipu, que foi construído em 1979.
RELEVO
O relevo é constituído por terrenos cristalinos, divididos
em maciços e colinas costeiras. Os maciços predominam no sul e formam as serras
do Malheiro, do Calaboca e da Tiririca, onde está a Pedra do Elefante, ponto
mais alto do município, a 412 m de altura. As planícies costeiras são
constituídas de sedimentos localizadas, obviamente, próximas ao mar. A mais
extensa abrange toda área das lagoas de Piratininga e Itaipu.
À época do descobrimento, predominava a Mata Atlântica, que
hoje só está preservada em poucos locais, como, por exemplo, na Serra da
Tiririca. Há, também, áreas de restinga e de mangue.
O Parque da Cidade de Niterói é uma reserva biológica e
florestal do município numa altitude de aproximadamente 270 metros, ocupando
uma área de 150.000 metros quadrados, que possui um mirante da onde pode-se ter
uma visão panorâmica das lagunas, região oceânica, bairros de Niterói, Baía de
Guanabara e do mar aberto. Também conta com diversas opções de trilhas para
prática de esportes como Mountain bike, corrida e caminhada.
O Horto Botânico de Niterói (também conhecido por Jardim
Botânico de Niterói), no bairro do Fonseca, foi criado, por decreto do
governador Nilo Peçanha, em maio de 1906, com a finalidade de cultivar e
distribuir aos lavradores sementes e mudas de frutíferas e plantas medicinais.
Com mais de um século de existência, o horto conta com espécies de plantas e
árvores como jatobás, jequitibás, jacarandás e sapucaias e também com espécies
raras, como o pau-mulato, só encontrado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro e
na Amazônia.
O Parque Estadual da Serra da Tiririca foi declarado
"reserva mundial da biosfera" pela Organização das Nações Unidas para
a Educação, a Ciência e a Cultura em 1992. Em 2012, teve seus limites ampliados
pelo Decreto Estadual 43 913, incorporando a Reserva Municipal Darcy Ribeiro,
as ilhas Pai, Mãe e Menina e o Morro da Peça, passando a abranger uma área de 3
568 hectares. O Parque Nacional Darcy Ribeiro é uma área remanescente da Mata
Atlântica, reunindo blocos rochosos, nascentes e belas paisagens. Abrange as
áreas do Morro do Cantagalo, Morro do Jacaré, Serra Grande e Serra do Malheiro.
Clima
Temperaturas em °C • Precipitações em mm
O clima de Niterói é tropical do tipo Aw, com verões quentes
e invernos moderados. Sua temperatura média é de 22,6°C, sendo 20,2°C a
temperatura média do mês mais frio (julho) e 25,6°C do mês mais quente
(fevereiro). A pluviosidade tem média de 1.093 mm anuais. Não há estação seca
no município, apenas uma redução no regime de chuvas durante o inverno.
No inverno, compreendido entre junho, julho, agosto e
setembro, a presença de frentes frias oriundas do avanço de massas polares
ocasionam quedas bruscas de temperatura, amenizadas pela maritimidade. Neste
período a estiagem é bastante comum, podendo ficar semanas sem chover devido a
essa presença de massas secas de origem polar e seus centros de alta pressão
atmosférica que, por sua vez, divergem os ventos e dificultam a formação de
nuvens de chuva. Outro evento bastante comum é a formação de nevoeiro durante a
madrugada pelo resfriamento atmosférico e ausência de ventos, muita das vezes
ocasionando o fenômeno da inversão térmica. Algumas madrugadas, porém, podem
não ser tão geladas para os padrões niteroienses. Isso ocorre quando há uma
frente fria estacionada no local, suas nuvens funcionam como um cobertor
impedindo que o calor absorvido durante o dia possa retornar à atmosfera
durante a noite. Um exemplo de temperatura baixa recentemente registrada foi de
11,2 °C durante o inverno de 2010
Em 13 de julho de 2018, o INMET instalou uma estação
meteorológica automática na cidade, no bairro do Barreto. A menor temperatura
registrada no momento foi de 13,4 °C em 19 de julho de 2019 e a maior foi de 39,9 °C nos dias 3 de janeiro
e 24 de fevereiro de 2019. Entretanto, a
temperatura mais baixa registrada recentemente foi de 1 °C nas redondezas de
Niterói em 2000.
No verão, compreendido entre dezembro, janeiro, fevereiro e
março, a influência de massas equatoriais e dos ventos provenientes da Amazônia
formam um canal de umidade entre o Norte e o Sudeste, determinando o clima
quente e úmido desta época do ano com suas típicas tempestades vespertinas. As
manhãs costumam ser calorosas e abafadas, durante a tarde costuma-se ter
formação de tempestades com ventos fortes e pela noite o tempo volta a abrir.
Há picos comuns de trinta graus centígrados e, devido à alta umidade, sensações
térmicas superiores.
O outono, entre março e junho, é marcado por dias limpos de
céus azuis e temperaturas frescas, principalmente pela manhã. As massas polares
começam a atingir a região com significância e as temperaturas caem progressivamente.
A primavera, compreendida entre os meses de setembro, outubro, novembro e
dezembro, é chuvosa, pois ainda são sentidas frentes frias tardias deixadas
pelo inverno, a temperatura não sobe muito, até se aproximar dezembro (verão).
As massas úmidas equatoriais oriundas da Amazônia também começam a agir,
causando uma forte instabilidade atmosférica, sendo o tempo modificado várias
vezes em um mesmo dia.
CULTURA
Niterói é um dos maiores centros histórico-culturais do
Brasil, pois tem sua cultura caracterizada por vilas de pescadores (Jurujuba),
fortalezas, museus e monumentos futuristas, como o Museu de Arte Contemporânea,
o símbolo do município, construído pelo arquiteto modernista Oscar Niemeyer e o
Teatro Popular de Niterói. A cultura social se baseia numa população muito
hospitaleira, que resultou no apelido de Niterói: "cidade-sorriso".
Também é caracterizada pelas Rodas Culturais, ou popularmente, as Batalhas de
Rima, aonde um candidato enfrenta o outro com uma base e 45 segundos para
dissertar sobre algum assunto (conhecimento) ou atacar o outro (sangue).
A arquitetura de Niterói é caracterizada por um contraste
entre o passado e o presente. Edifícios históricos, como a Biblioteca Estadual
de Niterói, o Palácio da Justiça, o Prédio dos Correios de Niterói, o Teatro
Municipal de Niterói, a Estação Cantareira, o Palácio do Ingá, o Solar do
Jambeiro e a Câmara Municipal de Niterói, ficam lado a lado com obras de
vínculo futurista, como, por exemplo, o Museu de Arte Contemporânea, a Praça
Juscelino Kubitschek. o Teatro Popular de Niterói e o resto do Caminho
Niemeyer.
As igrejas católicas também expressam bastante a cultura
niteroiense. A Igreja São Lourenço dos Índios, o marco de fundação do
município, a Igreja de São Sebastião de Itaipu, a Nossa Senhora da Boa Viagem,
a Igreja São Pedro dos Pescadores, a Catedral São João Batista e a Basílica de
Nossa Senhora Auxiliadora embelezam as ruas com suas arquiteturas barrocas,
clássicas e coloniais.
SÍMBOLOS MUNICIPAIS
A bandeira foi adotada em 24 de novembro de 1969. Através do
decreto nº. 1736/69, a Prefeitura de Niterói, "considerando que o brasão
de armas do Município de Niterói, além de desatualizado, não obedece às normas
da heráldica de domínio" e que "o Município de Niterói não possui
bandeira que o represente", instituiu um concurso para a escolha de um
novo brasão e de uma bandeira para a cidade. A proposta vencedora foi a que
apresentou uma bandeira dividida em dois campos, com o brasão dentro.
O brasão tem a forma do escudo ibérico, utilizado em
Portugal à época do descobrimento do Brasil, ressaltando, justamente, a origem
portuguesa da nossa colonização. Oito torres coroam o brasão, das quais somente
cinco são aparentes. As torres douradas são utilizadas exclusivamente para
representar uma capital. À época em que o brasão foi criado, Niterói era a
capital do Estado do Rio de Janeiro, condição que perdeu com a fusão com o Estado
da Guanabara, em 1975.
O hino, a letra de Nilo Neves e a melodia de Almanir Grego,
foi oficializado em 1992, que instituiu o "Vila Real da Praia Grande"
como o hino do município. A Lei Orgânica Municipal, de 4 de abril de 1990, em
seu artigo oitavo, incluiu a representação gráfica do Museu de Arte Contemporânea
- MAC, como símbolo da cidade, ao lado do hino e do brasão, decisão ratificada
pela emenda 14/97.
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