CURIOSIDADES DO FOCUS PORTAL CULTURAL. EM 04 DE ABRIL DE 1800, O COMPOSITOR LUDWIG VAN BEETHOVEN ESTREIA SUA SINFONIA N.º 1, EM VIENA-ÁUSTRIA.
A Sinfonia n.° 1, Em Dó Maior, Op. 210 é a primeira das nove
sinfonias de Ludwig van Beethoven. Foi composta em Viena entre os anos 1799 e
1800 e foi dedicada ao barão Van Swieten, melómano e amigo de Fredderick
Amadeus Mozart.
Estreou a 2 de Abril de 1800 em Viena no Burgtheater. A obra
foi criticada devido ao seu aspecto inovador: a abertura começava com a
tonalidade principal, numerosas modulações, terceiro movimento falsamente,
titulado Menuetto demasiado rápido, etc., apesar de possuir uma estrutura
clássica. O musicólogo inglês Donald Tovey chamou essa obra de "uma
comédia de costumes".
Foi escrita para uma orquestra formada por cordas, duas
flautas, dois oboés, dois clarinetes em dó, dois fagotes, duas trompas em dó e
fá, dois trompetes em dó tímpanos.
Possui quatro movimentos e a sua execução normalmente dura
um pouco menos de meia hora:
Adagio molto. Allegro con brio
Andante cantabile- con moto
Menuetto – Allegro molto e vivace
Finale – Adagio, allegro molto e vivace
UM POUCO SOBRE BEETHOVEN
LUDWIG VAN BEETHOVEN nasceu em Bonn, em 17 de dezembro de
1770, foi um compositor alemão, do período de transição entre o Classicismo no
século XVIII e o Romantismo no século XIX.
Beethoven, muitos críticos o consideram, como o maior
compositor do século XIX, a quem se deve a inauguração do período Romântico,
enquanto que outros o distinguem como um dos poucos homens que merecem a
adjetivação de "gênio". Começou a compor música como nunca antes se
houvera ouvido. A partir de Beethoven a música nunca mais foi a mesma. As suas
composições eram criadas sem a preocupação em respeitar regras que, até então,
eram seguidas. Considerado um poeta-músico, foi o primeiro romântico apaixonado
pelo lirismo dramático e pela liberdade de expressão. Foi sempre condicionado
pelo equilíbrio, pelo amor à natureza e pelos grandes ideais humanitários.
Inaugura, portanto, a tradição de compositor livre, que escreve música para si,
sem estar vinculado a um príncipe ou a um nobre.
É considerado um dos pilares da música ocidental, pelo
incontestável desenvolvimento, tanto da linguagem como do conteúdo musical
demonstrado nas suas obras, permanecendo como um dos compositores mais
respeitados e mais influentes de todos os tempos. "O resumo de sua obra é
a liberdade", observou o crítico alemão Paul Bekker (1882-1937), "a
liberdade política, a liberdade artística do indivíduo, sua liberdade de
escolha, de credo e a liberdade individual em todos os aspectos da vida".
Nasceu presumivelmente. no dia anterior, na cidade de
Bonn, Reino da Prússia, atual Renânia do Norte (Alemanha). Sua família era de
origem flamenga, cujo sobrenome significava horta de beterrabas e no qual a
partícula van não indicava nobreza alguma. Seu avô, Lodewijk van Beethoven também chamado "Luís", na transliteração, de quem herdou o nome,
nasceu na Mechelen, hoje parte da Bélgica, em 1712, e imigrou para Bonn, onde
foi maestro de capela do príncipe. Descendia de artistas, pintores e
escultores, era músico e foi nomeado regente da Capela Arquiepiscopal na corte
da cidade de Colônia, atual Alemanha.
Foi do pai, Johann, que Beethoven
recebeu suas primeiras lições de música: o objetivo era afirmá-lo como
"menino-prodígio" ao piano, dada sua habilidade musical demonstrada
desde ainda muito cedo. Por essa razão, a partir dos cinco anos de idade seu
pai passou a obrigá-lo a estudar música diariamente, durante muitas horas. No
entanto, seu pai terminou consumido pelo álcool, pelo que a infância de Ludwig
foi infeliz.
Sua mãe, Maria Magdalena Keverich (1746–1787), era filha do
chefe de cozinha do príncipe da Renânia, Johann Heinrich Keverich. Casou-se
duas vezes. O primeiro marido foi Johann Doge Leym (1733–1765). Tiveram apenas
um filho, Johann Peter Anton, que nasceu e morreu em 1764 (morte na infância).
Depois da morte do marido, Magdalena, viúva, casou-se com Johann van Beethoven
(1740–1792). No total, tiveram sete filhos:
Ludwig Maria: nasceu em 1769 e morreu poucos dias depois de
seu nascimento (morte na infância);
Ludwig van Beethoven (1770–1827);
Kaspar Anton Carl van Beethoven (1774–1815);
Nicolaus Johann van Beethoven (1776–1848);
Anna Maria, que nasceu e morreu em 1779 (morte na infância);
Franz Georg (1781–1783: morte na infância); e
Maria Magdalena (1786-1787: morte na infância).
Portanto, Ludwig van Beethoven foi o terceiro filho mais
velho por parte de mãe e o segundo por parte de pai. Teve um total de sete
irmãos, dos quais cinco morreram ainda na infância. Entre os irmãos vivos,
Beethoven foi o penúltimo a morrer: 12 anos após Kaspar e 21 anos antes de
Nicolaus.
Ludwig nunca teve estudos muito aprofundados, mas sempre
revelou talento excepcional para a música. Com apenas oito anos de idade, foi
confiado a Christian Gottlob Neefe (1748-1798), o melhor mestre de cravo da
cidade de Colônia na época, que lhe deu uma formação musical sistemática,
levando-o a conhecer os grandes mestres alemães da música.
Numa carta publicada
em 1780, pela mão de seu mestre, afirmava que "seu discípulo, de dez anos,
domina todo o repertório de Johann Sebastian Bach", e que o apresentava
como um "novo Mozart". Compôs as suas primeiras peças aos onze anos
de idade, iniciando a sua carreira de compositor, de onde se destacam alguns
Lieder.
Os seus progressos foram de tal forma notáveis que, em 1784, já era organista-assistente
da Capela Eleitoral, e pouco tempo depois, foi violoncelista na orquestra da
corte e professor, assumindo já a chefia da família, devido à doença do pai -
alcoolismo. Foi nesse ano que conheceu o jovem Conde Waldstein, a quem mais
tarde dedicou algumas das suas obras, pela sua amizade. Este, percebendo o seu
grande talento, enviou-o, em 1787, para Viena, a fim de estudar com Joseph
Haydn. O Arquiduque da Áustria, Maximiliano, subsidiou então os seus estudos.
No entanto, teve que regressar pouco tempo depois, assistindo à morte de sua
mãe. A partir daí, Ludwig, com apenas dezessete anos de idade, teve que lutar
contra dificuldades financeiras, já que seu pai tinha perdido o emprego, devido
ao seu já elevado grau de alcoolismo.
Foi o regresso de Viena que o motivou a um curso de
literatura. Foi aí que teve o seu primeiro contato com ideais da Revolução
Francesa, com o Iluminismo e com um movimento literário romântico: Sturm und
Drang - Tempestade e ímpeto/paixão, dos quais um dos seus melhores amigos, Friedrich
Schiller, foi, juntamente com Johann Wolfgang von Goethe, dos líderes mais
proeminentes deste movimento, que teria enorme influência em todos os setores
culturais na Alemanha.
No entanto, o seu verdadeiro gênio só foi realmente revisado
com a publicação das suas Op. 7 e Op. 10, entre 1796 e 1798: a sua Quarta
Sonata para Piano em Mi Maior, e as suas Quinta em Dó Menor, Sexta em Fá Maior
e Sétima em Ré Maior Sonatas para Piano.
Em 2 de Abril de 1800, a sua Sinfonia nº1 em Dó maior, Op.
21 faz a sua estreia em Viena. Porém, no ano seguinte, confessa aos amigos que
não está satisfeito com o que tinha composto até então, e que tinha decidido
seguir um novo caminho. Em 1802, escreveu o seu testamento, mais tarde revisto
como O Testamento de Heilingenstadt, por ter sido escrito na localidade
austríaca de Heilingenstadt, então subúrbio de Viena, dirigido aos seus dois
irmãos vivos: Kaspar Anton Carl van Beethoven (1774-1815) e Nicolaus Johann van
Beethoven (1776-1848).
Finalmente, entre 1802 e 1804, começa a trilhar aquele novo
caminho que ambiciona, com a apresentação de Sinfonia nº3 em Mi bemol Maior,
Op.55, intitulada de Eróica. Uma obra sem precedentes na história da música
sinfônica, considerada o início do período Romântico, na Música Erudita. Os
anos seguintes à Eroica foram de extraordinária fertilidade criativa, e viram
surgir numerosas obras-primas: a Sonata para Piano nº 21 em Dó maior, Op.53,
intitulada de Waldstein, entre 1803 e 1804; a Sonata para Piano nº 23 em Fá
menor, Op.57, intitulada de Appassionata, entre 1804 e 1805; o Concerto para
Piano nº 4 em Sol Maior, Op.58, em 1806; os Três Quartetos de Cordas, Op.59,
intitulados de Razumovsky, em 1806; a Sinfonia nº 4 em Si bemol Maior, Op.60,
também em 1806; o Concerto para Violino em Ré Maior, Op.61, entre 1806 e 1807;
a Sinfonia nº 5 em Dó Menor, Op.67, entre 1807 e 1808; a Sinfonia nº 6 em Fá
maior, Op.68, intitulada de Pastoral, também entre 1807 e 1808; a Ópera
Fidelio, Op.72, cuja versão definitiva data de 1814; e o Concerto para Piano nº
5 em Mi bemol Maior, Op.73, intitulado de Imperador, em 1809.
Ludwig escreveu ainda uma Abertura, música destinada a
ilustrar uma peça teatral, uma tragédia em cinco actos de Goethe: Egmont. E
muito se conta do encontro entre Johann Wolfgang von Goethe e Ludwig van
Beethoven.
OBRAS
Nove sinfonias, dentre elas a Nona, sua última sinfonia, a
que mais se consagrou no mundo inteiro.
Cinco concertos para piano
Concerto para violino
"Concerto Tríplice" para piano, violino, violoncelo
e orquestra
32 sonatas para piano (ver abaixo relação completa das
sonatas):
16 quartetos de cordas
1 septeto de cordas para piano
Dez sonatas para violino e piano
Cinco sonatas para violoncelo e piano
Doze trios para piano, violino e violoncelo
"Bagatelas" (Klenigkeiten) para piano, entre as
quais a famosíssima Bagatela para piano "Für Elise" ("Para
Elisa")
Missa em Dó Maior
Missa em Ré Maior ("Missa Solene")
Oratório "Christus am Ölberge", op. 85
("Cristo no Monte das Oliveiras")
"Fantasia Coral", op. 80 para coro, piano e
orquestra
Aberturas
Danças
Ópera Fidelio
Canções
LUDWIG VAN BEETHOVEN Faleceu em Viena - Áustria, em 26 de
março de 1827.
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