LUÍS VAZ DE CAMÕES nasceu em Lisboa em 1524, foi um poeta
nacional de Portugal, considerado uma das maiores figuras da literatura
lusófona e um dos grandes poetas da tradição ocidental.
Pouco se sabe com certeza sobre a sua vida. Aparentemente
nasceu em Lisboa, de uma família da pequena nobreza. Sobre a sua infância tudo
é conjetura, mas, ainda jovem, terá recebido uma sólida educação nos moldes
clássicos, dominando o latim e conhecendo a literatura e a história antigas e
modernas. Pode ter estudado na Universidade de Coimbra, mas a sua passagem pela
escola não é documentada. Frequentou a corte de D. João III, iniciou a sua
carreira como poeta lírico e envolveu-se, como narra a tradição, em amores com
damas da nobreza e possivelmente plebeias, além de levar uma vida boemia e
turbulenta. Diz-se que, por conta de um amor frustrado, autoexilou-se em
África, alistado como militar, onde perdeu um olho em batalha. Voltando a
Portugal, feriu um servo do Paço e foi preso. Perdoado, partiu para o Oriente.
Passando lá vários anos, enfrentou uma série de adversidades, foi preso várias
vezes, combateu ao lado das forças portuguesas e escreveu a sua obra mais
conhecida, a epopeia nacionalista Os Lusíadas. De volta à pátria, publicou Os
Lusíadas e recebeu uma pequena pensão do rei D. Sebastião pelos serviços
prestados à Coroa, mas nos seus anos finais parece ter enfrentado dificuldades
para se manter.
Logo após a sua morte a sua obra lírica foi reunida na
coletânea Rimas, tendo deixado também três obras de teatro cômico. Enquanto
viveu queixou-se várias vezes de alegadas injustiças que sofrera, e da escassa
atenção que a sua obra recebia, mas pouco depois de falecer a sua poesia
começou a ser reconhecida como valiosa e de alto padrão estético por vários
nomes importantes da literatura europeia, ganhando prestígio sempre crescente
entre o público e os conhecedores e influenciando gerações de poetas em vários
países. Camões foi um renovador da língua portuguesa e fixou-lhe um duradouro
cânone; tornou-se um dos mais fortes símbolos de identidade da sua pátria e é
uma referência para toda a comunidade lusófona internacional. Hoje a sua fama
está solidamente estabelecida e é considerado um dos grandes vultos os literários
da tradição ocidental, sendo traduzido para várias línguas e tornando-se objeto
de uma vasta quantidade de estudos críticos. Faleceu em Lisboa, 10 de junho de
1579.
Nenhum comentário:
Postar um comentário