A Academia
Brasileira de Letras elegeu, dia 7 de dezembro, quinta-feira, sua Diretoria
para o exercício de 2018, em sessão Acadêmica ordinária. A posse está marcada
para a quinta-feira, dia 14 de dezembro, às 17 horas, no Salão Nobre do Petit
Trianon (Avenida Presidente Wilson, 203, Castelo, Rio de Janeiro).
Marco Lucchesi, poeta,
escritor, romancista, ensaísta e tradutor carioca, 53 anos, será o próximo
presidente da Academia Brasileira de Letras, na eleição do final do ano.
A chapa única terá ainda o
historiador Alberto da Costa e Silva como secretário-geral, Ana Maria Machado
como primeira secretária, Merval Pereira como segundo secretário e Edmar Bacha
como tesoureiro.
A NOVA DIRETORIA DA
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS
MARCO LUCCHESI – Sétimo ocupante
da cadeira nº 15 da ABL, eleito em 3 de março de 2011, na sucessão de Padre
Fernando Bastos de Ávila, Marco Lucchesi, nascido no Rio de janeiro em 9 de
dezembro de 1963, é o mais jovem Presidente da Academia Brasileira de Letras
dos últimos 70 anos. O mais novo, em toda a história da ABL, foi o Acadêmico
Pedro Calmon (1902-1985), que assumiu em 1945, com 43 anos de idade.
Escritor muitas
vezes premiado, tanto no Brasil quanto no exterior, Lucchesi é autor de uma
obra que abarca poesia, romance, ensaios, memórias e traduções. Publicou mais
de 40 livros ao longo de sua trajetória. Primeiro filho brasileiro de uma
família italiana, o novo Presidente da ABL notabilizou-se pela criatividade
marcada por uma sólida formação intelectual – que inclui o conhecimento de mais
de 20 línguas.
Professor titular
de Literatura Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
Lucchesi tem pós-doutorado em Filosofia da Renascença na Alemanha. Formado em
História pela Universidade Federal Fluminense (UFF), possui mestrado e
doutorado em Ciência da Literatura.
Colaborador de
importantes órgãos de imprensa, atualmente é colunista do jornal O Globo.
Foi editor das revistas Poesia Sempre (Biblioteca Nacional), Tempo
Brasileiro e da Revista Brasileira (ABL). É também conhecida a
militância de Lucchesi em defesa dos direitos humanos – destaca-se sua
participação em projetos literários e educacionais em presídios do Rio de
Janeiro.
Seus livros mais
recentes são O carteiro imaterial (ensaios), Clio (poesia)
e O bibliotecário do imperador (romance). Lucchesi
ganhou três Prêmios Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro.
ALBERTO DA COSTA E
SILVA – Quarto ocupante da Cadeira nº 9 da ABL, eleito em 27 de
julho de 2000, na sucessão de Carlos Chagas Filho, Alberto da Costa e
Silva é poeta, memorialista e se dedica à História da África. Ganhou o
Prêmio Camões de 2014.
ANA MARIA MACHADO –
Sexta ocupante da Cadeira nº 1, eleita em 24 de abril de 2003, na
sucessão de Evandro Lins e Silva, e recebida em 29 de agosto de 2003 pelo
Acadêmico Tarcísio Padilha. A escritora Ana Maria Machado presidiu a Academia
Brasileira de Letras em 2012 e 2013. É membro do PEN Clube do Brasil e do
Seminário de Literatura da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Integra o
Conselho Consultivo do Brazil Institute do King’s College em Londres. Recebeu a
Ordem do Mérito Cultural, no grau de Grão-Mestre, a Medalha Tiradentes, a
Grande Ordem Cultural da Colômbia, e a Medalha Tamandaré. Publicou mais de cem
livros no Brasil, muitos deles traduzidos em cerca de vinte países.
MERVAL PEREIRA – Oitavo ocupante
da cadeira nº 31, eleito em 22 de junho de 2011, na sucessão de Moacyr
Scliar, Merval Pereira é jornalista e comentarista da Globonews e da CBN
e Colunista de O Globo. Foi eleito Correspondente Brasileiro da Academia
das Ciências de Lisboa, em novembro de 2016. Em 1979, recebeu o Prêmio Esso
pela série de reportagens “A segunda guerra, sucessão de Geisel”, publicada no Jornal
de Brasília e escrita em parceria com o então editor do jornal André
Gustavo Stumpf. A série virou livro, considerado referência para estudos da
época e citado por brasilianistas, como Thomas Skidmore. Em 2009, recebeu o
prêmio Maria Moors Cabot da Universidade de Columbia de excelência
jornalística, a mais importante premiação internacional do jornalismo das
Américas.
EDMAR BACHA – Economista,
fundador e diretor do Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das
Garças, um centro de pesquisas e debates no Rio de Janeiro, Edmar
Bacha nasceu em Lambari, Minas Gerais, de uma família de escritores,
políticos e comerciantes. Sexto ocupante da Cadeira 40 da ABL, eleito em 3 de
novembro de 2016, na sucessão de Evaristo de Moraes Filho, concluiu a Faculdade
de Ciências Econômicas na Universidade Federal de Minas Gerais e, em seguida,
obteve o Ph.D. em Economia na Universidade de Yale, EUA. É autor de inúmeros
livros e artigos em revistas acadêmicas brasileiras e internacionais. O último
livro foi Belíndia 2.0: Fábulas e Ensaios sobre o País dos Contrastes.
FONTE
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