EFEMÉRIDES: HÁ 125 ANOS, EM 12 DE MARÇO DE 1898 NASCEU RIBEIRO COUTO, AUTOR DE CONTOS E DIPLOMATA BRASILEIRO, FOI UMA DAS PERSONALIDADES MAIS IMPORTANTES DO MOVIMENTO LITERÁRIO MODERNISTA NO PAÍS DURANTE A DÉCADA DE 20.
Autor do famoso romance “CABOCLA”. Esse romance de Ribeiro Couto foi adaptado para telenovela produzida pela TV Globo e exibida de 04 de junho a 15 de dezembro de 1979, em 170 capítulos. Tendo Glória Pires e Fábio Junior como os protagonistas. Em 1959, Cabocla foi apresentada pela extinta TV Rio, numa época em que as telenovelas ainda não eram diárias. Os papéis principais eram interpretados por Glauce Rocha e Sebastião Vasconcelos. Em 2004, a Rede Globo produziu e exibiu um remake, com Vanessa Giácomo e Daniel de Oliveira, sendo esta a terceira versão da história para a televisão.
UM POUCO SOBRE RIBEIRO COUTO
Rui Esteves Ribeiro de Almeida Couto nasceu em Santos, em 12 de março de 1898 e faleceu em Paris, 30 de maio de 1963, mais conhecido simplesmente como Ribeiro Couto, foi um jornalista, magistrado, diplomata, poeta, contista e romancista brasileiro. Foi membro da Academia Brasileira de Letras desde 28 de março de 1934 (ocupando a vaga de Constâncio Alves na Cadeira 26), até sua morte.
Ribeiro Couto cursou a Escola de Comércio José Bonifácio, em Santos, cidade onde, em 1912, iniciou-se no jornalismo.
Em 1915 ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, que cursou enquanto fazia reportagens para o Jornal do Commercio, e, depois, para o Correio Paulistano.
Formou-se na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro, em 1919. Problemas de saúde o obrigaram a se mudar-se para Campos do Jordão, no interior de São Paulo, não sem antes tomar parte na Semana de Arte Moderna de 1922.
Depois de dois anos em Campos do Jordão, foi para São Bento do Sapucaí, onde foi delegado de polícia cargo que não o ocupou muito, pois logo foi para São José do Barreiro assumir o posto de promotor público.
Em 1925 em nova transferência por causa da saúde, desta vez para Pouso Alto, Minas Gerais, onde ficou até 1928. Naquele ano voltou ao Rio de Janeiro para trabalhar como redator no Jornal do Brasil e, logo depois, seguiu para Marselha, onde assumiria o posto de vice-cônsul honorário, a convite do cônsul Mateus de Albuquerque. De Marselha foi para Paris, onde ocupou o cargo de adido do consulado-geral. Logo o ministro Afrânio de Melo Franco o promoveu a cônsul de terceira classe (1932).
Foi agraciado com a Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, de Portugal, grau de Oficial a 28 de março de 1935 e grau de Grande-Oficial a 24 de agosto de 1945.
Paralelamente à carreira de escritor e jornalista e não deixou de colaborar com o Jornal do Brasil, nem com O Globo, nem com A Província (Pernambuco), seguiu carreira diplomática bem-sucedida, até tornar-se embaixador do Brasil na Iugoslávia, em 1952, cargo em que se aposentou. Para os jornais, enviava sobre literatura e acontecimentos na Europa.
Em 1958 conquistou, em Paris, o prêmio internacional de poesia outorgado a estrangeiros, pelo livro Le jour est long (que escreveu em francês).
Sua obra mais famosa é Cabocla, adaptada duas vezes para a televisão. Muitos de seus livros foram traduzidos para o francês, o italiano, o húngaro, o servo-croata e o sueco. Seus romances retratam o dia a dia das pessoas humildes e anônimas dos subúrbios.
Obra
(poesias e Prosa)
POESIA
O
jardim das confidências (1921)
Poemetos
de ternura e de melancolia (1924)
Um
homem na multidão (1926)
Canções
de amor (1930)
Noroeste
e outros poemas do Brasil (1932)
Província
(1934)
Cancioneiro
de Dom Afonso (1939)
Cancioneiro
do ausente (1943)
Rive
etrangère (1951)
Entre
mar e rio (1952)
Le
jour est long (1958)
Poesias
reunidas (1960)
Longe
(1961)
PROSA
A
casa do gato cinzento, contos (1922)
O
crime do estudante Batista, contos (1922)
A
cidade do vício e da graça, crônicas (1924)
Baianinha
e outras mulheres, contos (1927)
Cabocla,
romance (1931);
Espírito
de São Paulo, crônicas (1932)
Clube
das esposas enganadas, contos (1933)
Presença
de Santa Teresinha, ensaio (1934)
Chão
de França, viagem (1935)
Conversa
inocente, crônicas (1935)
Prima
Belinha, romance (1940)
Largo
da Matriz, contos (1940)
Barro
do município, crônicas (1956)
Dois
retratos de Manuel Bandeira (1960)
Sentimento
lusitano, ensaio (1961)
FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ribeiro_Couto
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