O cordel tornou-se uma referência de literatura característica do Nordeste brasileiro, fortalecendo ainda hoje a identidade regional.
Os poetas da literatura de cordel utilizam de rimas, versos, ilustrações e muitas inspirações para criar obras e dar continuidade à tradição da literatura de cordel pelas regiões do Brasil. O seu dia é comemorado em 1º de agosto.
Esse gênero literário recebeu o nome de “cordel” devido ao modo como os poetas da literatura de cordel criavam suas obras em folhetos e colocavam em exposição para venda, de forma a ficarem pendurados em barbantes, cordas ou cordéis.
MAS, O QUE É A LITERATURA CORDEL?
Escrita de forma rimada, a partir de relatos orais, e impressa em folhetos expostos em cordéis, a literatura de cordel é um gênero literário que se popularizou muito, principalmente na região Nordeste do país.
A literatura de Cordel começou a efetivamente ganhar forças no Brasil a partir do século XIX devido à sua maneira simples de se expressar, buscando informar a população da época de um modo divertido e descontraído.
Uma das principais características desse gênero literário é a presença da oralidade em seus versos e rimas. Além disso, possui uma linguagem informal e busca tratar sobre temas diversos baseado no humor e sarcasmo.
A literatura de cordel é rica, pois aborda diversos elementos da cultura brasileira, como o próprio folclore do país, a nossa realidade social vivenciada e diversos acontecimentos históricos, além de abordar temas políticos e religiosos.
Além disso, a literatura de cordel possui uma característica muito própria que são as gravuras em madeira, ou xilogravuras, que servem para ilustrar, dar imagem e cores aos poemas escritos.
A literatura de cordel veio junto com os portugueses, adentrando o Brasil pelo Nordeste e propagando essa cultura pela região nordestina do país, que, posteriormente, tornou-se referência em cordel.
Por abordar histórias e situações
características da região, o cordel fortaleceu o folclore e o imaginário
regional. Sua impressão em grande quantidade e rapidez fez com que se
popularizasse, principalmente, porque sintetizava de maneira simples histórias.
Hoje, a literatura de cordel é reconhecida como patrimônio cultural imaterial,
existindo até uma Academia Brasileira de Literatura de Cordel.
ORIGEM
De origem portuguesa, a literatura de cordel começou com o Trovadorismo medieval, por volta do século XII. Os trovadores cantavam e espalhavam histórias para a população que, na época, era em grande parte analfabeta, mas acabava tendo acesso às histórias por meio dessas canções.
Já na Renascença houve muitos avanços tecnológicos, como a prensa mecânica, que deu início à imprensa. A invenção dessa tecnologia permitiu a impressão de grande quantidade de palavras no papel e com maior rapidez. Com essa agilidade na produção, a distribuição da palavra, que até então era apenas cantada, passou a ganhar a casualidade das ruas.
Assim começou a cultura do cordel, que era apresentado nas ruas pendurado em cordas ou cordéis como foram chamados em Portugal, popularizando histórias regionais. Quando os portugueses chegaram ao Nordeste brasileiro, trouxeram consigo esse costume que aqui fica conhecido como a literatura de cordel, famoso principalmente em Pernambuco.
No Brasil, o cordel popularizou-se por volta do século XVIII, quando também ficou conhecida como poesia popular, já que aqui a técnica advinda de Portugal ganhou novas temáticas regionais, divulgando histórias de uma maneira simples, possibilitando que a população compreendesse com facilidade.
A propagação do cordel ocorreu por
meio dos repentistas (ou violeiros), que, similarmente aos trovadores
medievais, cantavam histórias musicadas e rimadas nas ruas das cidades,
popularizando os poemas que depois chegam a serem os cordéis.
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