sábado, 5 de agosto de 2023

EFEMÉRIDES: HÁ 68 ANOS, EM 05 DE AGOSTO DE 1955 FALECEU CARMEM MIRANDA, CANTORA, DANÇARINA E ATRIZ LUSO-BRASILEIRA.


Maria do Carmo Miranda da Cunha, mais conhecida como Carmen Miranda foi uma cantora e atriz brasileira, de nacionalidade portuguesa, mas radicada no Brasil desde os dez meses de idade. A sua carreira artística aconteceu entre as décadas de 1930 e 1950. Trabalhou no rádio, no teatro de revista, no cinema e na televisão. Foi considerada pela revista Rolling Stone como a 15ª maior voz da música brasileira, sendo um ícone e símbolo internacional do Brasil no exterior.

Maria do Carmo Miranda da Cunha nasceu em Marco de Canaveses, em 09 de fevereiro de 1909 e faleceu em Beverly Hills, no dia 05 de agosto de 1955, foi uma cantora, dançarina, e atriz luso-brasileira. Sua carreira artística transcorreu no Brasil e Estados Unidos entre as décadas de 1930 e 1950. Trabalhou no rádio, no teatro de revista, no cinema e na televisão. Foi considerada pela revista Rolling Stone como a 15ª maior voz da música brasileira, sendo um ícone e símbolo internacional do Brasil no exterior. É irmã da atriz e cantora Aurora Miranda. 

Apelidada de "Brazilian Bombshell", Miranda é conhecida por seus exóticos figurinos e chapéu com frutas que ela costumava usar em seus filmes estadunidenses, que fez deles sua marca registrada. Ainda jovem, ela aprendeu a fazer chapéus em uma boutique antes de gravar seu primeiro álbum com o compositor Josué de Barros em 1929. A gravação de Ta-hí (Pra Você Gostar De Mim), escrita por Joubert de Carvalho, a levou ao estrelato no Brasil como a principal intérprete do samba na década de 1930. Na época ela se tornou a primeira artista a assinar um contrato de trabalho com uma emissora de rádio no país. 

Seu crescente sucesso na indústria fonográfica lhe garantiu um lugar nos primeiros filmes sonoros lançados nos anos 1930. Carmen Miranda participou de cinco musicais carnavalescos lançados nesse período como Alô, Alô, Brasil (1935) e Alô, Alô, Carnaval (1936). 

Em 1939, ela apareceu pela primeira vez caracterizada de baiana, personagem que a lançou internacionalmente, no filme Banana da Terra, dirigido por Ruy Costa. O musical apresentava clássicos como O que é que a baiana tem?, que lançou Dorival Caymmi no cinema.

Em 1939, o produtor da Broadway, Lee Shubert, ofereceu a Miranda um contrato de oito semanas para se apresentar em The Streets of Paris depois de vê-la no Cassino da Urca, no Rio de Janeiro. No ano seguinte, ela fez sua estreia no cinema estadunidense no filme Serenata Tropical, ao lado de Don Ameche e Betty Grable. Naquele ano, Miranda foi eleita a terceira personalidade mais popular nos Estados Unidos, e foi convidada para se apresentar junto com seu grupo, o Bando da Lua, para o presidente Franklin Roosevelt na Casa Branca. Carmen Miranda chegou a ser a mulher mais bem paga dos Estados Unidos segundo o Departamento do Tesouro Americano.

Ela fez um total de catorze filmes nos EUA entre a década de 1940 e década de 1950, nove deles somente na 20th Century Fox. Embora aclamada como uma artista talentosa, sua popularidade diminuiu até o final da Segunda Guerra Mundial. O seu talento como cantora e performer, porém, muitas vezes foi ofuscado pelo caráter exótico de suas apresentações. Miranda tentou reconstruir sua identidade e fugir do enquadramento que seus produtores e a indústria tentavam lhe impor, mas sem conseguir grandes avanços. Sua imagem se tornou a personificação de um exotismo latino-americano genérico que foi abraçado como singular e peculiar pelo público dos EUA e rejeitado como inautêntico e paternalista por brasileiros. De fato, por todos os estereótipos que enfrentou ao longo de sua carreira, suas apresentações fizeram grandes avanços na popularização da música brasileira, ao mesmo tempo, abrindo o caminho para o aumento da consciência de toda a cultura Latina. 

Carmen Miranda foi a primeira artista latino-americana a ser convidada a imprimir suas mãos e pés no pátio do Grauman's Chinese Theatre, em 1941. Ela também se tornou a primeira sul-americana a ser homenageada com uma estrela na Calçada da Fama. A sua figura, para muito além da música, seria uma influência permanente na cultura brasileira, da Tropicália ao cinema. 

Em 20 anos de carreira ela deixou sua voz registrada em 279 gravações somente no Brasil e mais 34 nos EUA, num total de 313 canções. Um museu foi construído mais tarde no Rio de Janeiro, em sua homenagem. Em 1995, ela foi tema do aclamado documentário Carmen Miranda: Bananas is my Business, dirigido por Helena Solberg, e uma interseção no cruzamento da Hollywood Boulevard e Orange Drive em frente ao Teatro Chinês em Hollywood foi oficialmente nomeada "Carmen Miranda Square", em setembro de 1998. Até hoje, nenhum artista brasileiro teve tanta projeção internacional como ela. 

SOBRE A MORTE DA ARTISTA

Carmen Miranda foi encontrada morta em um corredor de sua casa em Beverly Hills na manhã de 05 de agosto de 1955. A atriz havia terminado na noite anterior as filmagens de um episódio do The Jimmy Durante Show para a NBC. Após o último take, Miranda e Durante fizeram uma performance improvisada no set para o elenco e técnicos. E em seguida alguns membros do elenco e amigos foram convidados por ela para uma pequena festa em sua casa.

Às 3h quando ela subiu as escadas para seu quarto. Miranda tirou a roupa, colocou seus sapatos de plataforma em um canto, acendeu um cigarro e colocou-o em um cinzeiro e foi ao banheiro retirar a maquiagem. Carmen Miranda aparentemente veio do banheiro com um pequeno espelho circular na mão, e no pequeno corredor que leva a seu quarto, caiu no chão e morreu de um ataque cardíaco, ela tinha 46 anos. Seu corpo foi encontrado por volta das 10h30min, caído no corredor. 

Seu médico particular, Dr. WL Marxer, foi chamado às pressas, mas ela já estava morta. Ele disse ao Los Angeles Times que Carmen Miranda não tinha histórico de problemas cardíacos e que, além de uma breve bronquite nas últimas semanas a estrela encontrava-se em perfeita saúde. 

Aurora Miranda, sua irmã, recebeu na mesma madrugada um telefonema do médico de Carmen avisando sobre o falecimento. Heron Domingues, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, foi o primeiro a noticiar a morte da cantora em edição extraordinária do Repórter Esso. Todas as emissoras interromperam suas programações para darem, em edição extra, o triste acontecimento. Edições extras de jornais ainda circularam no próprio dia 5, no sábado era manchete em todos os jornais do país e do mundo. 

Somente na manhã do dia 12 de agosto, o avião Douglas DC-4 Skymaster da Real-Aerovias Brasil, em voo especial, pousava no Aeroporto do Galeão, no Rio, trazendo o corpo de Carmen Miranda. Em um caminhão aberto do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal e envolto com a bandeira do Brasil, o ataúde de bronze foi levado para o centro da cidade escoltado por batedores da Policia Especial em motocicletas, com sirenes abertas. Por todo o trajeto milhares de pessoas se despediram. Antes da saída do cortejo, o presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Salomão Filho, falou dando o último adeus, em nome da cidade, à artista. Sessenta mil pessoas compareceram ao seu velório realizado no saguão da Câmara Municipal da então capital federal. O cortejo fúnebre até o Cemitério São João Batista foi acompanhado por cerca de meio milhão de pessoas que cantavam esporadicamente, em surdina, "Taí", um de seus maiores sucessos. Foi a maior manifestação popular feita no Rio de Janeiro até hoje. 

No ano seguinte, o prefeito do Rio de Janeiro Francisco Negrão de Lima assinou um decreto criando o Museu Carmen Miranda, o qual somente foi inaugurado em 1976 no Aterro do Flamengo. Hoje, uma herma em sua homenagem se localiza no Largo da Carioca, Rio de Janeiro. 

DISCOGRAFIA – COLETÂNEAS

1999 - "Carmen Miranda"

1999 - "Carmen Miranda - A Pequena Notável"

2000 - "Carmen Miranda- Raízes do Samba".

2002 - "A Nossa Carmen Miranda - Remasterizado".

2003 - "South American Way"

2003 - "O que é que a Baiana Tem"

2003 - "Box Carmen Miranda"

2003 - "O melhor de Carmen Miranda"

2004 - "O que é que a Baiana Tem? Remasterizado"

2005 - "Tico Tico"

2005 - "Edição Limitada - Carmen Miranda"












 

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