Os seus livros mais famosos, Ficciones (1944) e O Aleph (1949), são coletâneas de histórias curtas interligadas por temas comuns: sonhos, labirintos, bibliotecas, escritores fictícios, livros fictícios, religião e Deus. Em 1923, publicou o seu primeiro livro - Fervor de Buenos Aires -, mas o reconhecimento internacional só chegou em 1961, com o Prêmio Formentor, que partilhou com Beckett. A par da poesia, Borges escreveu ficção, crítica e ensaio. Foi professor de literatura e dirigiu a Biblioteca Nacional de Buenos Aires entre 1955 e 1973.
Jorge Francisco Isidoro Luis Borges Acevedo nasceu em Buenos Aires, 24 de agosto de 1899 e faleceu em Genebra, 14 de junho de 1986. Fez o colegial no Colégio Calvino, na Suíça. Estudou Direito na Universidade de Buenos Aires. Mais tarde, Borges estudou na Universidade de Cambridge para tornar-se professor. Foi, ainda, diretor da Biblioteca Nacional de Buenos Aires.
Em 1914, sua família mudou-se para Suíça, onde estudou e de onde viajou para a Espanha. Quando regressou à Argentina em 1921, Borges começou a publicar seus poemas e ensaios em revistas literárias surrealistas. Também trabalhou como bibliotecário e professor universitário público. Em 1955, foi nomeado diretor da Biblioteca Nacional da República Argentina e professor de literatura na Universidade de Buenos Aires. Em 1961, destacou-se no cenário internacional quando recebeu o primeiro prêmio internacional de editores, o Premio Formentor de las Letras Internacional, compartilhado com o dramaturgo Samuel Beckett. No mesmo ano, recebeu do então presidente da Itália, Giovanni Gronchi, a condecoração da Ordem do Comendador.
Seus trabalhos têm contribuído significativamente para o gênero da literatura fantástica. Estudiosos notaram que a progressiva cegueira de Borges ajudou-o a criar novos símbolos literários através da imaginação, já que "os poetas, como os cegos, podem ver no escuro". Os poemas do seu último período dialogam com vultos culturais como Spinoza, Luís de Camões e Virgílio.
Seu trabalho foi traduzido e publicado
extensamente nos Estados Unidos e Europa. Sua fama internacional foi
consolidada na década de 1960, ajudada pelo "Boom Latino-americano" e
o sucesso de Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez. Para homenagear
Borges, em seu romance O Nome da Rosa Umberto Eco criou o personagem
"Jorge de Burgos", que além da semelhança no nome, é cego — assim
como Borges foi ficando ao longo da vida. Além da personagem, a biblioteca que
serve como plano de fundo do livro é inspirada no conto de Borges "A
Biblioteca de Babel" (uma biblioteca universal e infinita que abrange
todos os livros possíveis). O escritor e ensaísta J.M. Coetzee disse que
"Borges, mais do que ninguém, renovou a linguagem de ficção e, assim, abriu
o caminho para uma geração notável de romancistas hispano-americanos". Laureado
com inúmeros prêmios, também foi conhecido por suas posições políticas
conservadoras, o que pode ter sido um obstáculo à conquista do Prêmio Nobel de
Literatura, ao qual ele foi candidato por quase trinta anos.
LISTA DE OBRAS
POESIA
Fervor de Buenos Aires (1923)
Luna de enfrente (1925)
Cuaderno San Martín (1929)
Poemas (1923-1943)
El hacedor (1960)
Para las seis cuerdas (1967)
El otro, el mismo (1969)
Elogio de la sombra (1969)
El oro de los tigres (1972)
La rosa profunda (1975)
Obra poética (1923-1976)
La moneda de hierro (1976)
Historia de la noche (1976)
La cifra (1981)
Los conjurados (1985)
CONTOS
El jardín de senderos que se bifurcan
(1941)
Ficciones (1944)
El Aleph (1949)
La muerte y la brújula (1951)
El informe Brodie (1970)
El libro de arena (1975)
La memoria de Shakespeare (1983)
ENSAIOS
Inquisiciones (1925)
El tamaño de mi esperanza (1926)
El idioma de los argentinos (1928)
Evaristo Carriego (1930)
Discusión (1932)
Historia de la eternidad (1936)
Aspectos de la poesía gauchesca (1950)
Otras inquisiciones (1952)
El congreso (1971)
Libro de sueños (1976)
Não-classificados
Historia universal de la infamia
(1935)
El libro de los seres imaginarios
(1968)
Qué es el Budismo (1976)
Atlas (1985)
PÓSTUMOS
Textos cautivos (1986)
Biblioteca pessoal - no original
Biblioteca personal (1988)
Prólogos de La Biblioteca de Babel
(1995)
Borges en Sur (1999)
Un ensayo autobiográfico o
Autobiografía (1999)
Borges en El Hogar (2000)
Arte poética (2000)
Borges profesor (2002). Curso de
literatura inglesa na Universidade de Buenos Aires
El aprendizaje del escritor (2014).
Transcrição do seminário sobre escrita que ditou em Columbia, em 1971
Conferencias sobre el tango (2015)
Em colaboração com Adolfo Bioy Casares
Seis problemas para don Isidro Parodi
(1942)
Un modelo para la muerte (1946)
Dos fantasías memorables (1946)
Los orilleros (1955). Roteiro
cinematográfico
El paraíso de los creyentes (1955).
Roteiro cinematográfico
Nuevos cuentos de Bustos Domecq (1977)
Jorge Luis Borges ganha estátua em Buenos Aires - 14/06/2013
FONTE :
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_Luis_Borges
Nenhum comentário:
Postar um comentário