Nome Oficial: República de Cabo Verde
Capital: Cidade da Praia
Habitantes: 558.514 mil
Outras cidades importantes: Mindelo,
Assomada, São Filipe.
Data da atual Constituição: 25 de setembro
de 1992. Foi revista em julho de 1999.
Língua: A língua oficial é o
Português, utilizando-se, localmente, o Crioulo.
Unidade monetária: Escudo de Cabo
Verde (CVE).
Você sabia que Cabo Verde é um país africano formado por ilhas? Ele fica no meio do Oceano Atlântico, a 570 quilômetros da África. Essa informação é importante porque, quando os portugueses chegaram ao arquipélago, em 1460, o país se transformou em um polo comercial de escravos. Além disso, era rota entre Brasil, Portugal e países da África. Quando a coroa chegou por lá, as ilhas não eram povoadas. Por isso, tornou-se um centro comercial. Com o passar dos anos, as pessoas foram se estabelecendo, assim como a língua portuguesa, hoje oficial no país. Entretanto, mesmo com o português como língua oficial, o crioulo cabo-verdiano é amplamente falado no país.
Enquanto que o crioulo é a língua materna de quase toda a população, o português é a língua oficial. O crioulo é, portanto, usado coloquialmente, no dia a dia, enquanto que o português é usado em situações oficiais, no ensino, nos meios de comunicação social, etc. O português e o crioulo vivem uma situação de diglossia.
Obviamente, o português falado em Cabo Verde não é uniforme. Existe um continuum que revela vários aspectos: o maior ou menor grau acadêmico, a maior ou menor exposição à língua portuguesa, a maior ou menor frequência do uso da língua portuguesa, etc.
Até 2013, quando se fundou a Academia Cabo-verdiana de Letras, não existia instituição ou algum organismo que regia o uso da língua portuguesa em Cabo Verde. Assim, até 2013, existiam conceitos empíricos acerca do que era «correto» ou «incorreto» sobre o modo de falar, conceitos esses que resultaram de: modelos consensuais entre a maioria da classe culta e/ou que tem maior exposição ao português; modelos consensuais entre acadêmicos, professores da língua, etc.; a partir do momento em que certos fenômenos linguísticos ocorrem de um modo sistemático e regular, esses fenômenos já não podem ser considerados como desvios à norma ou idioletos, mas sim, a expressão genuína de uma variedade específica de uma comunidade;
Outro fenômeno é que se por um lado o
português em Cabo Verde desenvolveu certa especificidade, por outro lado,
durante os vários anos de colonização, os modelos paradigmáticos eram do
português europeu, e até hoje as obras de referência (gramáticas, dicionários,
manuais escolares, etc.) são originárias de Portugal. Nisto, há dois movimentos
de sentido oposto que ocorrem em simultâneo: de um lado o português falado em
Cabo Verde caminha para um desenvolvimento de características próprias, e; por
outro lado as normas europeias do português continuam a fazer uma pressão que
trava um desenvolvimento mais rápido de uma variante tipicamente cabo-verdiana.
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