sexta-feira, 17 de novembro de 2023

17 - NITERÓI E SUAS MADEIXAS DE MARFIM

 




NITERÓI E SUAS MADEIXAS DE MARFIM


Oh, Niterói.
O que tu és? O que sou sem ti?
Tudo. Nada.
Contigo aprendi a sorrir.
Já és minha em expressões e coração.
Já és que me é necessário.
Um relicário!
Alivia com o teu sonho o meu sonho.
Paz, Alegria, Amor e tudo que eu componho.
Tudo gira... Tudo entra em movimento.
Tudo tem os seus motivos e ocasiões.
Gira a roda do mundo...
Gira o ciclo das estações.
Gira as emblemáticas tecnologias.
E sobre teus visíveis anéis de rainha
e junto a mim, és pura como o sândalo
que perfuma de essências delicadas os abençoados dias.
Algo mais nos abraça. Algo mais nos apregoa.
O Amor que se reativa com as inspirações. Deus abençoa.
Juntos, iremos acoplados pelas cachoeiras dos tempos.
Viajaremos pelas árvores iluminadas. Sempre atentos.
Unidos, seremos sempre sol... Sempre lua...
Já que os teus brotos abriram os pulsares do coração
e deixaram surgir suaves de buganvílias, sempre viçosas.
E os teus ombros se abriram
como duas asas de gaivotas.

Enquanto eu sigo a embriaguez dos oceanos.
Olhando atordoado, o barco em sua ida e volta.
E que faz os anjos trazerem a oração que nos devota.
O crepúsculo... As estrelas... Os ventos enovelam
os ombros e braços do destemido destino...
Niterói, eu não sou nada sem ti.
Senão a asa quebrada de um passarinho. 




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