domingo, 19 de novembro de 2023

19 - AS MAIS LINDAS PALAVRAS DE AMOR A NITERÓI – POESIA DE ALBERTO ARAÚJO



Niterói. O que pode fazer um alcantilado homem, filho natural ou de coração, em seu mais profundo e escavado chão? Amar. Amar. Amar...

O essencial é que consigamos, verdadeiramente, amar. Mas que seja apenas um universo atento e não planeta obcecado em suas dimensões. Muito além de sua identidade. 

Uma das coisas que me fascina na cidade de Niterói, é saber que estar localizada sobre a frincha de veludo da Guanabara. Baía que me provoca atilados "frenesis" na alma e grandes emoções na torrente do coração. O meu coração e minha alma azul-dourado em cordilheiras se acastelam em suas cingidas brumas e artérias. 

Contemplo as suas águas, por onde costuma navegar. Admiro o seu porvir e a sua longa jornada... A impressão começa a partir de seu cachecol e cabelos encaracolados. Gosto de suas lembranças e quando penso em seus laços ancestrais, um sol brilhante surge e toma conta de toda a minha campina. O maior deslumbre é ver que os anos passam e a sua dócil cavalaria sempre faz a curva no horizonte. Sua luz é necessária para vivermos. A sua estrela é essencial para existirmos. 

Graciosa. O que há pouco deslumbrou a minha alma, foi me lembrar de que a lucidez do meu caixote de ébano está inserida em seus dias ilimitados. E de notar como surgem todas as manhãs sois suaves e íntegros que são vitais para preparar a colheita nobre e fértil de seus filhos.

Caminhares... Caminhares apressados dos viandantes. O passado lendário. A casa em estilo clássico que traz recordação dos antepassados aos meus olhos ungidos e apaixonados. Sob o ritmo harmonioso da melodia, estão os magníficos artistas. Todos eles imperam neste reino de absoluto verde. No momento das interpretações musicais eles se sentem os verdadeiros donos da cidade. Reservam lugares para os cristais e amigavelmente, atam-se uns aos outros. E se sentem irmãos, porque todos eles têm carinho e conforto para oferecer, acima de tudo, o desvelo e consolo da música abrasadora.

Inexplicável, tem inúmeras aragens verdejantes neste glorioso espaço para nos refrescar. Ó, espectral de rainha. Devo cumprimentar você, por todas as coisas, que são arrumadas com tanto requinte. Tem praças, palácios antigos e colunas desmedidas. Longínquas praias, matizes coloridas e divinais perfumes de terras...

Quero acondicionar o coração, em sua fortaleza, cuja força rodopia em círculos. Solo aromático da esperança, e que em refulgências se envolve. Púrpura é a cor das suas tardes. A cor do sol do poente é âmbar. Essa cor é enfeitiçada de beleza. Assim também são as pessoas; interessantes e inteligentes. Pessoas perfeitas como o sol de Icaraí, um recinto alegre, lindo, onde todos trabalham. 

De vez em quando, sem abusar muito da resolução, aparecem coisas insensatas, que demonstram desatino. As pessoas são revestidas de brilho da cidade. A cidade é repleta com pessoas admiráveis e encantadoras. Tem um por do sol na colina. O Cristo Redentor em dilúvio de amor. 

Agora saboreio o Pão e o Vinho do imortal...

 


© Alberto Araújo.



 

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