sábado, 25 de novembro de 2023

SOLENIDADE DE POSSE DOS ACADÊMICOS: UYARA SCHIEFER E SIDNEY GOMES COMO MEMBROS TITULARES NA ACADEMIA FLUMINENSE DE LETRAS – PRESIDENTE MÁRCIA MARIA DE JESUS PESSANHA, EM 25 DE NOVEMBRO DE 2023.

Uyara Schiefer, Marcia Pessanha e Sidney Gomes


Na manhã de sábado, dia 25 de novembro de 2023, sob a coordenação da Presidente Doutora Márcia Pessanha, os acadêmicos: UYARA SCHIEFER E SIDNEY GOMES tomaram posses na Academia Fluminense de Letras. 

A Mesa Diretora foi composta pelas autoridades: Presidente da Academia Fluminense de Letras - Márcia Pessanha; Presidente do Elos Internacional - Matilde Carone Slaibi Conti; Presidente da Academia Niteroiense de Letras - Paulo Roberto Cecchetti; Desembargador Nagib Slaibi Filho; Secretária da AFL - Eneida Fortuna Barros; Alberto Lima e os dois novos acadêmicos: Uyara e Sidney Gomes. 

A acadêmica Uyara Schiefer integrará a Classe de Ciências Sociais e ocupará a Cadeira nº 01 patronímica de José de Anchieta e sucederá o acadêmico Carlos Wehrs. Saudada com veemência pela acadêmica Márcia Pessanha. E introduzida ao Salão Nobre da AFL pelos acadêmicos: Nagib Slaibi Filho e Eneida Fortuna Barros e o acadêmico Joaquim Eloy.

O acadêmico Sidney Gomes integrará a Classe de Ciências Sociais ocupará a Cadeira nº 12 patronímica de Rodolpho Albino. O acadêmico foi saudado pela Acadêmica Lucia Maria Barbosa Romeu. O acadêmico Sidney foi introduzido ao Salão Nobre da AFL pelos os acadêmicos: Lucia Romeu e Cleber Alves.

A solenidade de posse dos acadêmicos foi bastante prestigiada por acadêmicos membros da Academia Fluminense de Letras e inúmeros convidados do universo cultural fluminense.  

Os discursos de recepção foram emocionantes e os recepcionistas falaram da vida e obras dos novos acadêmicos. Foi uma manhã muito alegre e festiva.

Créditos das fotos: Alberto Araújo; Christiane Victer; Valéria Gervásio.

Minuta de Alberto Araújo

 













Márcia Pessanha proferindo 
Discurso de saudação  a Uyára Schiefer

         Com muita alegria e honra recebemos Uyára Schiefer em nossa Casa de Cultura, Templo da Palavra, para tomar posse na Cadeira nº 01, da Classe de Ciências Sociais, patronímica de José de Anchieta (padre), tendo como fundador Carlos Wehrs.

         E sendo empossada no mês de novembro, em que se comemora no dia 05, o dia da Cultura, em homenagem a Rui Barbosa, tudo isso colabora, ainda mais, para uma festiva recepção à nova acadêmica.

       Uyára, formada em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1968); Serviço Social pela Universidade Federal Fluminense (1974); Bacharel em Direito, também pela UFF (1988) e Mestrado em Direito pela Universidade Gama Filho(1997), além de outros cursos de especialização.

Sempre se interessou pela leitura e pelas pesquisas. E resolveu descobrir sua origem familiar, pesquisando e viajando para a Alemanha, diversas vezes. Uniu o útil ao agradável, até que se encontrou com uma tia que lhe deu uma carta comprobatória da origem do nome Schiefer e do brasão da família.

Filha do comerciante Guilherme Schiefer, de ascendência alemã e de Maria Henrique Alves, professora, Uyára teve o privilégio de ser alfabetizada por sua mãe. Aprendizagem das 1ªs letras entrelaçada com muito afeto. E isso fez com que o amor à leitura e aos estudos, desde cedo, tenha incentivado Uyára a seguir um caminho permeado de conquistas. Sempre se destacou nas escolas por seu ótimo desempenho e foi aluna da 1ª turma do curso ginasial do Instituto de Educação de Niterói, em 1957.

Teve uma infância feliz, muito estimada por familiares, dentre eles sua tia Maria Hortênsia “uma fada madrinha” e seu padrinho Werter, proprietários da fazenda Bulhões, em Itaboraí, onde a menina Uyára passava feliz suas férias, à semelhança do poeta  Casimiro de Abreu.” Oh! dias da minha infância! / Oh! meu céu de primavera!/ Que doce a vida não era/ Nessa risonha manhã.”

Sua vivência no espaço rural fortaleceu seu entusiasmo pela vida, como ela bem registrou em suas palavras: “Ser feliz é amar a natureza, respeitá-la e protegê-la... é apreciar o por do sol e a lua cheia clareando a escuridão.” Esses reflexos luminosos guiaram a vida afetiva e intelectual de Uyára e, até hoje, ela expressa, nas mais diversas situações, sua generosidade, seu altruísmo, sua amizade e sua alegria de viver. Apreciadora do belo, das flores, sempre nos envia mensagens floridas.

As estações do ano estão presentes nos haicas de Uyára e em seu viver, mas para ela a estação preferida é a primavera.

Folhas outonais

Hoje caídas no chão...

Ontem verdejantes...

 

Veio a primavera

floresceram os jardins

os pássaros cantam...

 

As flores chegaram

atraindo as borboletas:

tudo ficou belo.

 

Honra ao mérito para ela que sempre passou com brilhantismo, em concursos públicos, como por exemplo no de Bibliotecária, em que havia apenas cinco vagas em todo o Brasil, e ela foi classificada em 2º lugar.

Dedicada ao magistério, foi professora de Biblioteconomia na UFF e também lecionou na Universidade Plínio Leite e na Universidade Salgado de Oliveira. Colaborou na implantação de algumas bibliotecas municipais e também atuou na Procuradoria Regional do INSS/RJ e no Tribunal Eleitoral do Rio de Janeiro.

Uyára nasceu em Niterói, mas sua mãe professora primária, lecionou em escolas do interior do Estado do Rio, em especial em Santa Maria Madalena. E viajava de trem de uma cidade a outra: Campos, Macaé.  Essas viagens contribuíram para enriquecer sua visão de mundo, ampliar seu horizonte cognitivo. Da janela do trem contemplava paisagens de nossa terra, nossa gente e seu interior se iluminava com tais cenários.

O arco-íris é luz:

um abraço em sete cores

da mãe natureza

Mãe de dois filhos: Perlio Schiefer Junqueira e Pollyana Schiefer Junqueira, frutos de sua união conjugal com o advogado Celso Santos Junqueira.  Avó de três netos: Alana Labruna Schiefer; Paulo Eduardo Junqueira Lopes e Pedro Gabriel Junqueira Lopes.

Uyára é membro titular da Academia Niteroiense de Letras, do Cenáculo Fluminense de História e Letras; da Academia de Letras e Artes da Região Oceânica e, também, da Associação Niteroiense de Escritores. E agora passa a fazer parte da Academia Fluminense de Letras.

E o que mais para enfeitar a tela de sua vida? Uyára é pintora.

Recebeu prêmios, moções, com destaque para a Medalha José Cândido de Carvalho da Câmara Municipal de Niterói.

Escritora, com publicações em prosa e versos em antologias e jornais.  Principais publicações : Pérolas esparsas , crônicas existenciais. Niterói: Editora Parthenon; Haicais, em parceria com Leda Jorge e Juber Baesso. Niterói, Parthenon, 2021; Trovas e haicais em parceria com Alba Helena Corrêa, 2023 e Cirandas poéticas e crônicas, Niterói, Parthenon, 2023.

Uyára possui um vasto currículo, evidenciando suas múltiplas funções: professora, advogada, bibliotecária, assistente social, escritora. Diversidade de saberes. Mas no breve tempo dessa saudação tive que resumir. E como bem disse Júlio Dantas “O que é mais difícil não é escrever muito; é dizer tudo, escrevendo pouco.” Foi o que tentei fazer, mas na brevidade das palavras externo minha admiração e estima por você e dedico-lhe este haicai:

Uyára floresce,

no espaço acadêmico,

coberta de luz

E assim a recebemos na Academia Fluminense de Letras com seu espírito luminoso e primaveril.

Seja bem-vinda!

Professora Doutora Márcia Maria de Jesus Pessanha
































































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