segunda-feira, 6 de novembro de 2023

EFEMÉRIDES: HÁ 104 ANOS, EM 06 DE NOVEMBRO DE 1919 NASCEU SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN ESCRITORA E POETISA PORTUGUESA, QUE APRECIAVA FALAR DE TEMAS COMO: O MAR, A INFÂNCIA E HUMANISMO. UMA DAS MAIS IMPORTANTES POETISAS PORTUGUESAS DO SÉCULO XX.

 

Foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prêmio Camões, em 1998. Distinguiu-se também como contista (Contos Exemplares) e autora de livros infantis: A Menina do Mar, O Cavaleiro da Dinamarca, A Floresta, O Rapaz de Bronze, A Fada Oriana. Foi ainda tradutora de Dante Alighieri e de Shakespeare e membro da Academia das Ciências de Lisboa.

Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu na cidade de Porto, no dia 06 de novembro de 1919 e faleceu em Lisboa, no dia 02 de Julho de 2004.

filha de Joana Amélia de Mello Breyner e de João Henrique Andresen. Tem origem dinamarquesa pelo lado paterno. O seu avô, Jan Andresen, desembarcou um dia no Porto e nunca mais abandonou esta região, tendo o seu filho João Henrique, em 1895, comprado a Quinta do Campo Alegre, hoje Jardim Botânico do Porto. Como afirmou em entrevista, em 1993, essa quinta "foi um território fabuloso com uma grande e rica família servida por uma criadagem numerosa". A mãe, Maria Amélia de Mello Breyner, é filha de Tomás de Mello Breyner, conde de Mafra, médico e amigo do rei D. Carlos. Maria Amélia é também neta do capitalista Henrique Burnay, de uma família belga radicada em Portugal, e futuro conde de Burnay.

Iniciou os estudos no Colégio Sagrado Coração de Jesus, no número 1354 da Avenida da Boavista, onde entrou no primeiro ano de funcionamento da escola.

Criada na velha aristocracia portuguesa, educada nos valores tradicionais da moral cristã, foi dirigente de movimentos universitários católicos quando frequentava Filologia Clássica na Universidade de Lisboa (1936-1939) que nunca chegou a concluir. Colaborou na revista "Cadernos de Poesia", onde fez amizades com autores influentes e reconhecidos: Ruy Cinatti e Jorge de Sena. Veio a tornar-se uma das figuras mais representativas de uma atitude política liberal, apoiando o movimento monárquico e denunciando o regime salazarista e os seus seguidores. Ficou célebre como canção de intervenção dos Católicos Progressistas a sua "Cantata da Paz", também conhecida e chamada pelo seu refrão: "Vemos, Ouvimos e Lemos. Não podemos ignorar!"

Casou-se, em 1947, com o jornalista, político e advogado Francisco Sousa Tavares (separados em 1986 e divorciados em 1988), tendo sido pais de cinco filhos: uma professora universitária de Letras, um jornalista e escritor (Miguel Sousa Tavares), um pintor e ceramista e mais uma filha que é terapeuta ocupacional e herdou o nome da mãe. Os filhos motivaram-na a escrever contos infantis.

Em 1964 recebeu o Grande Prêmio de Poesia pela Sociedade Portuguesa de Escritores pelo seu livro Livro sexto. Já depois da Revolução de 25 de Abril, foi eleita para a Assembleia Constituinte, em 1975, pelo círculo do Porto numa lista do Partido Socialista, enquanto o seu marido navegava rumo ao Partido Social Democrata.

Distinguiu-se também como contista (Contos Exemplares) e autora de livros infantis (A Menina do Mar, O Cavaleiro da Dinamarca, A Floresta, O Rapaz de Bronze, A Fada Oriana, etc.). Foi também tradutora de Dante Alighieri e de Shakespeare e membro da Academia das Ciências de Lisboa. Para além do Prêmio Camões, foi agraciada com um Doutoramento Honoris Causa em 1998 pela Universidade de Aveiro e também foi distinguida com o Prêmio Rainha Sofia, em 2003.

Sophia de Mello Breyner Andresen faleceu, aos 84 anos, no dia 2 de julho de 2004, em Lisboa, no Hospital Pulido Valente. O seu corpo foi sepultado no Cemitério de Carnide. Em 20 de fevereiro de 2014, a Assembleia da República decidiu homenagear por unanimidade a poetisa com honras de Panteão. A cerimônia de trasladação teve lugar no dia 02 de julho de 2014.

Desde 2005, no Oceanário de Lisboa, os seus poemas com ligação forte ao Mar foram colocados para leitura permanente nas zonas de descanso da exposição, permitindo aos visitantes absorverem a força da sua escrita enquanto estão imersos numa visão de fundo do mar.

 

























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MENSAGEM DE MÁRCIA PESSANHA


Estimado amigo  Alberto, muito emocionada e agradecida por sua  postagem sobre Sophia de Mello Breyner Andresen. Minha dissertação de mestrado  teve como título "Uma topofilia encantada - a literatura infantil de Sophia de Mello Breyner Andresen". Possuo todos seus livros de literatura infantil. São maravilhosos. Vale a pena lê-los.

E sua Antologia, com a Arte Poética  I e II  também é uma obra valorosa. Sophia: " a lírica e a lógica" que expressou em vários de seus poemas sua admiração pelo mar." As ondas quebravam uma a uma,/ Eu estava só  ,com a areia e a espuma/ do mar que cantava só para mim."

E Eduardo Lourenço escreveu   em  Para um retrato de Sophia: " Voam no firmamento os seus cabelos / nas suas mãos a voz do mar ecoa/ usa as estrelas  como uma coroa/ e atravessa sorrindo os pesadelos."

Sophia, nome mágico que significa sabedoria. Sophia resumiu em um poema o seu destino de Penélope, " a si mesma fiel, tecedora do mais alto dia e da mais viva esperança no meio da noite, nossa e da vida."segundo palavras de Eduardo Lourenço. 

E de seu  poema "Mar" eis os versos de Sophia: " De todos os cantos do mundo/ amo com um amor mais forte e mais profundo/ aquela praia extasiada  e nua/ onde me uni ao mar, ao vento e à lua."

Essa é a Sophia em comunhão com a natureza. 
Grata, mais uma vez, Alberto, por ter  trazido Sophia e seu poema " Azul ".

OUTRA MENSAGEM DE MÁRCIA PESSANHA

Prezado confrade Alberto,  um agradecimento muito especial por você ter me dedicado o poema musicado de Sophia. Dedicatória que deixarei  gravada na tela do meu tempo afetivo.


FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sophia_de_Mello_Breyner_Andresen

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