Foi
a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da
língua portuguesa, o Prêmio Camões, em 1998. Distinguiu-se também como contista
(Contos Exemplares) e autora de livros infantis: A Menina do Mar, O Cavaleiro
da Dinamarca, A Floresta, O Rapaz de Bronze, A Fada Oriana. Foi ainda tradutora
de Dante Alighieri e de Shakespeare e membro da Academia das Ciências de
Lisboa.
Sophia
de Mello Breyner Andresen nasceu na cidade de Porto, no dia 06 de novembro de 1919 e
faleceu em Lisboa, no dia 02 de Julho de 2004.
filha
de Joana Amélia de Mello Breyner e de João Henrique Andresen. Tem origem
dinamarquesa pelo lado paterno. O seu avô, Jan Andresen, desembarcou um dia no
Porto e nunca mais abandonou esta região, tendo o seu filho João Henrique, em
1895, comprado a Quinta do Campo Alegre, hoje Jardim Botânico do Porto. Como
afirmou em entrevista, em 1993, essa quinta "foi um território fabuloso
com uma grande e rica família servida por uma criadagem numerosa". A mãe,
Maria Amélia de Mello Breyner, é filha de Tomás de Mello Breyner, conde de
Mafra, médico e amigo do rei D. Carlos. Maria Amélia é também neta do
capitalista Henrique Burnay, de uma família belga radicada em Portugal, e
futuro conde de Burnay.
Iniciou
os estudos no Colégio Sagrado Coração de Jesus, no número 1354 da Avenida da
Boavista, onde entrou no primeiro ano de funcionamento da escola.
Criada
na velha aristocracia portuguesa, educada nos valores tradicionais da moral
cristã, foi dirigente de movimentos universitários católicos quando frequentava
Filologia Clássica na Universidade de Lisboa (1936-1939) que nunca chegou a
concluir. Colaborou na revista "Cadernos de Poesia", onde fez
amizades com autores influentes e reconhecidos: Ruy Cinatti e Jorge de Sena.
Veio a tornar-se uma das figuras mais representativas de uma atitude política
liberal, apoiando o movimento monárquico e denunciando o regime salazarista e
os seus seguidores. Ficou célebre como canção de intervenção dos Católicos
Progressistas a sua "Cantata da Paz", também conhecida e chamada pelo
seu refrão: "Vemos, Ouvimos e Lemos. Não podemos ignorar!"
Casou-se,
em 1947, com o jornalista, político e advogado Francisco Sousa Tavares (separados
em 1986 e divorciados em 1988), tendo sido pais de cinco filhos: uma professora
universitária de Letras, um jornalista e escritor (Miguel Sousa Tavares), um
pintor e ceramista e mais uma filha que é terapeuta ocupacional e herdou o nome
da mãe. Os filhos motivaram-na a escrever contos infantis.
Em
1964 recebeu o Grande Prêmio de Poesia pela Sociedade Portuguesa de Escritores
pelo seu livro Livro sexto. Já depois da Revolução de 25 de Abril, foi eleita
para a Assembleia Constituinte, em 1975, pelo círculo do Porto numa lista do
Partido Socialista, enquanto o seu marido navegava rumo ao Partido Social
Democrata.
Distinguiu-se
também como contista (Contos Exemplares) e autora de livros infantis (A Menina
do Mar, O Cavaleiro da Dinamarca, A Floresta, O Rapaz de Bronze, A Fada Oriana,
etc.). Foi também tradutora de Dante Alighieri e de Shakespeare e membro da
Academia das Ciências de Lisboa. Para além do Prêmio Camões, foi agraciada com
um Doutoramento Honoris Causa em 1998 pela Universidade de Aveiro e também foi
distinguida com o Prêmio Rainha Sofia, em 2003.
Sophia
de Mello Breyner Andresen faleceu, aos 84 anos, no dia 2 de julho de 2004, em
Lisboa, no Hospital Pulido Valente. O seu corpo foi sepultado no Cemitério de
Carnide. Em 20 de fevereiro de 2014, a Assembleia da República decidiu
homenagear por unanimidade a poetisa com honras de Panteão. A cerimônia de
trasladação teve lugar no dia 02 de julho de 2014.
Desde
2005, no Oceanário de Lisboa, os seus poemas com ligação forte ao Mar foram
colocados para leitura permanente nas zonas de descanso da exposição,
permitindo aos visitantes absorverem a força da sua escrita enquanto estão
imersos numa visão de fundo do mar.
FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sophia_de_Mello_Breyner_Andresen
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