Carl
Edward Sagan nasceu em Nova Iorque, no dia 09 de novembro de 1934 e faleceu em
Seattle, no dia 20 de dezembro de 1996 aos 62 anos.
Foi
durante a vida um grande defensor do ceticismo e do uso do método científico.
Promoveu a busca por inteligência extraterrestre através do projeto SETI e
instituiu o envio de mensagens a bordo de sondas espaciais, destinadas a
informar possíveis civilizações extraterrestres sobre a existência humana.
Mediante suas observações da atmosfera de Vênus, foi um dos primeiros
cientistas a estudar o efeito estufa em escala planetária. Também fundou a
organização não governamental Sociedade Planetária e foi pioneiro no ramo da
exobiologia. Sagan passou grande parte da carreira como professor da
Universidade Cornell, onde foi diretor do laboratório de estudos planetários.
Em 1960 obteve o título de doutor pela Universidade de Chicago.
Sagan
é conhecido por seus livros de divulgação científica e pela premiada série
televisiva de 1980 Cosmos: Uma Viagem Pessoal, que ele mesmo narrou e
coescreveu. O livro Cosmos foi publicado para complementar a série. Sagan
escreveu o romance Contact, que serviu de base para um filme homônimo de 1997.
Em 1978, ganhou o Prêmio Pulitzer de Não Ficção Geral pelo seu livro The
Dragons of Eden.
Ao
longo de sua vida, recebeu vários prêmios e condecorações pelo seu trabalho de
divulgação científica. Sagan é considerado um dos divulgadores científicos mais
carismáticos e influentes da história, graças a sua capacidade de transmitir as
ideias científicas e os aspectos culturais ao público não especializado.
Carl
Sagan nasceu no Brooklyn, Nova Iorque, em uma família de judeus ucranianos. Seu
pai, Samuel Sagan, era um operário da indústria têxtil nascido em Kamenets-Podolsk,
Ucrânia. Sua mãe, Rachel Molly Gruber, era uma dona de casa de Nova Iorque.
Carl Sagan recebeu este nome em homenagem à mãe biológica de sua mãe, Chaiya
Clara, "A mãe que ela nunca conheceu" nas palavras de Sagan. Sagan
concluiu o ensino secundário na escola Rahway High School, em Rahway, Nova
Jérsei, em 1951.
Sagan
tinha uma irmã, Carol, e ele e sua família viviam em um modesto apartamento em
Bensonhurst, um bairro do Brooklyn. De acordo com Sagan, eles eram judeus
reformistas, o mais liberal dos três grupos do Judaísmo. Ambos, Carl e Carol,
concordavam que seu pai não era especialmente religioso, porém sua mãe
"definitivamente acreditava em Deus, e participava ativamente no templo...
e se servia apenas de carne Cashrut".Durante o auge da Grande Depressão,
seu pai trabalhou como porteiro de cinema.
Segundo
o biógrafo Keay Davidson, a personalidade de Sagan foi o resultado de suas
estreitas relações com ambos os pais, que eram às vezes opostos um do outro.
Sua mãe tinha sido uma mulher que conheceu a "extrema pobreza enquanto
criança", e tinha crescido quase sem teto em meio à cidade de Nova Iorque
durante a Grande Guerra e a década de 20. Ela tinha suas próprias ambições
intelectuais quando era jovem, mas estes sonhos foram bloqueados por restrições
sociais, principalmente por causa de sua pobreza, e por ela ter se tornado mãe
e esposa, além de sua etnia judaica. Davidson observa que ela, portanto,
"adorava seu único filho, Carl. Ele iria realizar seus sonhos não
realizados".
Entretanto,
o seu "sentimento de admiração" veio do pai, um fugitivo do Czar. Em
seu tempo livre, este dava maçãs aos pobres, ou ajudava a suavizar as tensões
entre patrões e operários na tumultuada indústria têxtil de Nova Iorque. Ainda
que intimidado pelo brilhantismo de Carl, por suas infantis perguntas sobre
estrelas e dinossauros, Sam ajudou a transformar a curiosidade de seu filho em
parte de sua educação. Em seus últimos anos como cientista e escritor, Sagan
frequentemente usava suas memórias de infância para ilustrar questões
científicas, como fez em seu livro Shadows of Forgotten Ancestors. Sagan
descreveu a influência dos seus pais em sua forma de pensar dizendo:
Meus
pais não eram cientistas. Eles não sabiam quase nada sobre ciência. Mas ao me
introduzirem simultaneamente ao ceticismo e ao saber, ensinaram-me os dois
modos de pensamento coexistentes e essenciais para o método científico.
Morreu
aos 62 anos, de pneumonia, depois de uma batalha de dois anos com uma rara e
grave doença na medula óssea (mielodisplasia).
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