sábado, 11 de janeiro de 2025

O BARÃO DE JACEGUAI. UM DOS MAIORES NOMES DA MARINHA BRASILEIRA

 

O Patrono da Cadeira nº 01 do Cenáculo Fluminense de História e Letras, presidente Matilde Slaibi Conti. A Cadeira antes ocupada pelo acadêmico Etacyr Guimarães de Campos e a atual ocupante da egrégia Cadeira é a soprano e acadêmica Magda Belloti, que foi empossada em 18 de setembro de 2023, durante a celebração do Centenário de Fundação do Cenáculo Fluminense de História e Letras.

Artur Silveira da Mota, mais conhecido como Barão de Jaceguai, foi um almirante, nobre e escritor brasileiro que deixou um legado inigualável na história naval do nosso país. Nascido em São Paulo em 1843, Jaceguai participou ativamente da Guerra do Paraguai e desempenhou papéis cruciais em diversas missões diplomáticas. 

UMA VIDA A SERVIR A PÁTRIA 

Jaceguai se destacou como um comandante naval habilidoso, participando de batalhas cruciais e demonstrando grande coragem. Sua participação na guerra foi fundamental para a vitória brasileira. 

Após a guerra, representou o Brasil em diversas missões diplomáticas no exterior, elevando a reputação do país no cenário internacional. 

Como diretor da Escola Naval, implementou importantes reformas que modernizaram o ensino e elevaram o nível de formação dos futuros oficiais da Marinha. 

UM INTELECTUAL E ESCRITOR 

Além de sua brilhante carreira naval, Jaceguai era um intelectual renomado. Foi membro da Academia Brasileira de Letras e deixou diversas obras sobre história naval e política, contribuindo para a preservação da memória marítima brasileira. 

O Barão de Jaceguai é considerado um dos maiores nomes da Marinha Brasileira, sendo um exemplo de patriotismo, dedicação e profissionalismo. Seu legado inspira gerações de marinheiros e contribuiu significativamente para a construção da identidade naval brasileira. 

UM POUCO SOBRE O PATRONO 

Artur Silveira de Motta, o Barão de Jaceguai, nasceu em São Paulo em 26 de maio de 1843. Filho do conselheiro José Inácio Silveira da Motta, aos 15 anos de idade, em 1858, ingressou na Escola Naval do Rio de Janeiro como aspirante e concluindo o curso em 1860. Já como tenente, participou da guerra do Paraguai, servindo como ajudante de ordens do almirante Tamandaré que comandava as forças navais brasileiras. 

Em 09 de fevereiro de 1870, casou-se em Buenos Aires com a italiana LuisaGlech. 

Terminada a guerra, Artur participou de diversas missões diplomáticas no exterior, além de desempenhar inúmeras funções na Marinha. Em 1882 recebeu o título de Barão de Jaceguai e foi promovido a chefe de esquadra posto referente ao de Vice Almirante. 

No mesmo ano veio para Mogi das Cruzes se encontrar com seu irmão Honório Silveira da Motta que era coletor de rendas e morador deste município. 

Em outubro de 1887 pediu reforma da Marinha e voltou para Mogi com intenção de fixar residência. 

Em 1888 após ter adquirido uma grande área de terra realizou uma grande festa para o governo imperial inaugurando sua bela residência na sua chácara que sua família passaria a residir. Nesta chácara passou a cultivar uva importada da Argentina e caqui vindo da Ásia, novidade para a época, que incentivou tantos outros a seu cultivo. 

Em 1889 com a queda do regime monárquico por consequência da proclamação da república ele perde o título de Barão.

Em 1900 ele foi reintegrado nos serviços da armada naval brasileira como vice almirante foi para o Rio de Janeiro e quando voltou assumiu a função de diretor da escola naval. 

Em maio de 1902 chegou a patente mais alta da marinha como Almirante e passando quase uma década de serviços prestados a Marinha. Em 1911 foi novamente reformado e recebeu a honrosa medalha da “Companhia Oriental”. 

Enquanto isso, suas terras que ocupavam a maior parte da área central de Mogi das Cruzes foram colocadas a disposição e loteadas para abrir novas ruas. 

O eterno Barão também era um estudioso da marinha e escreveu vários livros de cunho militar, inclusive, foi o ocupante da segunda Cadeira da Academia Brasileira de Letras, que tinha como Patrono, Casimiro de Abreu, eleito em 28 de setembro de 1907 e empossado em 09 de maio do mesmo ano, recebido por Afonso Arinos. Faleceu em 06 de junho de 1914.


ALGUMAS IMAGENS DA POSSE DE MAGDA BELLOTI 


Magda Belloti 

Leda Mendes Jorge - Secretária do Cenáculo
lendo o Termo e Compromisso de Posse

Os acadêmicos:
Liane, Magda Belloti e Nagib Slaibi Filho
entrando com a empossando no Salão Oficial

Acadêmicos cenaculistas

Presidente Matilde Slaibi Conti
proferindo algumas palavras.




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