Do alto, em sentido horário: panorama dos edifícios do Centro; estátua do Cristo Redentor no topo do Corcovado; Pão de Açúcar com a Enseada de Botafogo; praia da Barra da Tijuca com a Pedra da Gávea ao fundo; Museu do Amanhã na Praça Mauá com a Ponte Rio-Niterói ao fundo e bonde de Santa Teresa.
RIO DE JANEIRO, 454 ANOS!
Rio de Janeiro (frequentemente, referida simplesmente, como
Rio) é um município brasileiro, capital do estado homônimo, situado no Sudeste
do país.
Maior destino turístico internacional no Brasil, da América
Latina e de todo o Hemisfério Sul, a capital fluminense é a cidade brasileira
mais conhecida no exterior, funcionando como um "espelho", ou
"retrato" nacional, seja positiva ou negativamente. É a segunda maior
metrópole do Brasil (depois de São Paulo), a sexta maior da América e a
trigésima quinta do mundo. Sua população estimada pelo IBGE para 1.º de julho
de 2019 era de 6 718 903 habitantes.
Tem o epíteto de Cidade Maravilhosa e aquele que nela nasce
é chamado de carioca. Parte da cidade foi designada Patrimônio Cultural da
Humanidade, com o nome "Rio de Janeiro: Paisagem Carioca entre a Montanha
e o Mar", classificada pela UNESCO em 1 de julho de 2012 e categorizada
como uma Paisagem Cultural. Em 18 de janeiro de 2019, a cidade foi eleita pela
UNESCO como a primeira Capital Mundial da Arquitetura.
É um dos principais centros econômicos, culturais e
financeiros do país, sendo internacionalmente, conhecida, por diversos ícones
culturais e paisagísticos, como o Pão de Açúcar, o morro do Corcovado com a
estátua do Cristo Redentor, as praias dos bairros de Copacabana, Ipanema e
Barra da Tijuca, entre outras; os estádios do Maracanã e Nilton Santos; o
bairro boêmio da Lapa e seus arcos; o Theatro Municipal do Rio de Janeiro; as
florestas da Tijuca e da Pedra Branca; a Quinta da Boa Vista; a Biblioteca
Nacional; a ilha de Paquetá; o réveillon de Copacabana; o carnaval carioca; a
Bossa Nova e o samba.
Representa o segundo maior PIB do país (e o 30º maior do
mundo), estimado em cerca de 329 bilhões de reais (IBGE/2016), e é sede das
duas maiores empresas brasileiras - a Petrobras e a Vale, e das principais
companhias de petróleo e telefonia do Brasil, além do maior conglomerado de
empresas de mídia e comunicações da América Latina, o Grupo Globo. Contemplado
por grande número de universidades e institutos, é o segundo maior polo de
pesquisa e desenvolvimento do Brasil, responsável por 19% da produção
científica nacional, segundo dados de 2005. Destaque para a Universidade
Federal do Rio de Janeiro que publicou 5 952 artigos entre 1998 e 2002. Rio de
Janeiro é considerada uma cidade global beta - pelo inventário de 2008 da
Universidade de Loughborough (GaWC).
A cidade foi, sucessivamente, capital da colônia portuguesa
do Estado do Brasil (1763 -1815), depois do Reino Unido de Portugal, Brasil e
Algarves (1815-1822), do Império do Brasil (1822-1889) e da República dos
Estados Unidos do Brasil (1889-1968) até 1960, quando a sede do governo foi transferida
para a recém-construída Brasília. Neste ano, o Rio foi transformado em uma
cidade-estado com o nome de Guanabara e somente em 1975 torna-se a capital do
estado do Rio de Janeiro, após a fusão deste com a Guanabara.
ORIGEM DO NOME
A Baía de Guanabara, à margem da qual a cidade se organizou,
foi descoberta pelo explorador português Gaspar de Lemos em 1 de janeiro de
1502. Embora se afirme que o nome "Rio de Janeiro" tenha sido
escolhido em virtude de os portugueses acreditarem tratar-se a baía da foz de
um rio, na verdade, à época, não havia qualquer distinção de nomenclatura entre
rios, sacos e baías - motivo pelo qual foi o corpo d'água corretamente
designado como rio.
O litoral do atual estado do Rio de Janeiro era habitado por
índios do tronco linguístico macro-jê há milhares de anos atrás. Por volta do
ano 1000, a região foi conquistada por povos de língua tupi procedentes da
Amazônia. Um destes povos, os tamoios, também conhecidos como tupinambás,
ocupava a região ao redor da Baía de Guanabara no século XVI, quando os portugueses
chegaram à região.
A Baía de Guanabara, à margem da qual a cidade foi fundada,
foi descoberta pelo explorador português Gaspar de Lemos em 1 de janeiro de
1502[19] No entanto, em 1 de novembro de 1555, os franceses, capitaneados por
Nicolas Durand de Villegagnon, apossaram-se da Baía da Guanabara, estabelecendo
uma colônia na ilha de Sergipe (atual ilha de Villegagnon). Lá, ergueram o
Forte Coligny, enquanto consolidavam alianças com os índios tupinambás locais.
Enquanto isso, os portugueses se aliaram a um grupo indígena rival dos
tupinambás, os temiminós e foi com o auxílio destes que atacaram e destruíram a
colônia francesa em 1560. Os franceses só foram completamente expulsos da
região pelos portugueses em 1567.
Persistindo a presença francesa na região, os portugueses,
sob o comando de Estácio de Sá, acompanhado por um grupo de fundadores
incluindo também D. Antônio de Mariz, desembarcaram num istmo entre o Morro
Cara de Cão e o Morro do Pão de Açúcar, fundando, a 1 de março de 1565, a
cidade de "São Sebastião do Rio de Janeiro". Uma vez conquistado o
território, em uma pequena praia protegida pelo Morro do Pão de Açúcar,
edificaram uma fortificação de faxina e terra, o embrião da Fortaleza de São
João.
A expulsão e derrota definitiva dos franceses e seus aliados
indígenas, no entanto, só se deu em janeiro de 1567. A vitória de Estácio de
Sá, subjugando elementos remanescentes franceses (os quais, aliados aos
tamoios, dedicavam-se ao comércio e ameaçavam o domínio português na costa do
Brasil), garantiu a posse do Rio de Janeiro, rechaçando, a partir daí, novas
tentativas de invasões estrangeiras e expandindo, à custa de guerras, seu
domínio sobre as ilhas e o continente. A povoação foi refundada no alto do
antigo Morro do Castelo, que se localizava no atual centro da cidade. O morro
foi removido em 1922 como parte de uma reforma urbanística. O novo povoado
marcou o começo de fato da expansão da cidade.
CAIS DO VALONGO, um patrimônio mundial da UNESCO, e o único
vestígio material da chegada dos africanos escravizados nas Américas.
Desembarque da princesa Leopoldina em 1817 no Morro de São
Bento, por Debret. A família real portuguesa estabeleceu-se no Brasil para
fugir da invasão das tropas de Napoleão.
RIO DE JANEIRO EM 1865, ENTÃO CAPITAL DO IMPÉRIO DO BRASIL.
Durante quase todo o século XVII, a cidade acenou com um
desenvolvimento lento. Uma rede de pequenas ruelas conectava entre si as
igrejas, ligando-as ao Paço e ao Mercado do Peixe, à beira do cais. A partir
delas, nasceram as principais ruas do atual Centro. Com cerca de 30 000
habitantes na segunda metade do século XVII, o Rio de Janeiro tornara-se a
cidade mais populosa do Brasil, passando a ter importância fundamental para o
domínio colonial.
Essa importância tornou-se ainda maior com a exploração de
jazidas de ouro em Minas Gerais, no século XVIII: a proximidade levou à
consolidação da cidade como proeminente centro portuário e econômico. Em 1763,
o ministro português Marquês de Pombal transferiu a sede da colônia de Salvador
para o Rio de Janeiro.
VINDA DA CORTE PORTUGUESA E PERÍODO IMPERIAL
A vinda da corte portuguesa, em 1808, marcaria profundamente
a cidade, então convertida no centro de decisão do Império Português,
debilitado com as guerras napoleônicas. Após a Abertura dos Portos, tornou-se
um proeminente centro comercial. Nos primeiros decênios, foram criados diversos
estabelecimentos de ensino, como a Academia Militar, a Escola Real de Ciências,
Artes e Ofícios e a Academia Imperial de Belas Artes, além da Biblioteca
Nacional - com o maior acervo da América Latina - e o Jardim Botânico. O
primeiro jornal impresso do Brasil, a Gazeta do Rio de Janeiro, entrou em
circulação nesse período. Foi a única cidade no mundo a sediar um império europeu
fora da Europa.
Foi a capital do Brasil de 1763 a 1960, quando o governo
transferiu-se para Brasília. Atualmente é a segunda maior cidade do país,
depois de São Paulo. Entre 1808 e 1815, foi capital do Reino Unido de Portugal,
Brasil e Algarves, como era oficialmente, designado Portugal na época. Entre
1815 e abril de 1821, sediou o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, após
elevação do Brasil à parte integrante do reino unido supracitado.
Após a Independência do Brasil (1822), a cidade tornou-se a
capital do Império do Brasil, enquanto a província enriquecia com a agricultura
canavieira da região de Campos e, principalmente, com o novo cultivo do café no
Vale do Paraíba. De modo a separar a província da capital do Império, a cidade
foi convertida, no ano de 1834, em Município Neutro, passando a província do
Rio de Janeiro a ter Niterói como capital.
Como centro político do país, o "Rio" concentrava
a vida político-partidária do Império. Foi palco principal dos movimentos
abolicionista e republicano na metade final do século XIX. Durante a República
Velha (1889-1930), com a decadência de suas áreas cafeeiras, o estado do Rio de
Janeiro perdeu força política para São Paulo e Minas Gerais.
Período republicano
Ver também: Distrito Federal do Brasil (1891–1960) e
Construção de Brasília
VISTA PANORÂMICA DA ENSEADA DE BOTAFOGO EM 1889.
Com a Proclamação da República, nas últimas décadas do
século XIX e início do XX, o Rio de Janeiro enfrentava graves problemas sociais
advindos do crescimento rápido e desordenado. Com o declínio do trabalho
escravo, a cidade passara a receber grandes contingentes de imigrantes europeus
e de ex-escravos, atraídos pelas oportunidades que ali se abriam ao trabalho
assalariado. Entre 1872 e 1890, sua população duplicou, passando de 274 mil para
522 mil habitantes.
O aumento da pobreza agravou a crise habitacional, traço
constante na vida urbana do Rio desde meados do século XIX. O epicentro dessa
crise era ainda, e cada vez mais, o miolo central - a Cidade Velha e suas
adjacências -, onde se multiplicavam os Cortiços e eclodiam as violentas
epidemias de febre amarela, varíola, cólera-morbo, que conferiam à cidade fama
internacional de porto sujo.
Muitas campanhas de erradicação, perpetradas pelos governos
da época, não foram bem recebidas pela população carioca. Houve muitas revoltas
populares, entre elas, a Revolta da Vacina, de 1904, que também teve como causa
a tomada de medidas impopulares, como as reformas urbanas do centro, executadas
pelo engenheiro Pereira Passos. Vários cortiços foram demolidos e a população
pobre da região central deslocada para as encostas de morros, na zona portuária
e no Caju, sobretudo os morros da Saúde e da Providência.
A ocupação da atual zona sul efetivou-se com a abertura do
Túnel Velho, que fazia a conexão entre Botafogo e Copacabana. O surgimento do
Copacabana Palace, em 1923, consagrou definitivamente o processo de ocupação e
o turismo na região, que experimentou uma explosão demográfica. O Cristo
Redentor seria inaugurado em 1931, tornando-se um dos cartões-postais do Rio e
do Brasil. Após a transferência da Capital Federal para Brasília em 1960, o Rio
foi transformado numa cidade-estado com o nome de Guanabara. Em 15 de março de
1975 ocorreu a fusão com o antigo estado do Rio de Janeiro e, em 23 de julho,
foi promulgada a sua constituição.
Em 1992, sediou a Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento (CNUCED), mais conhecida como Rio-92, ou ECO-92 - a
primeira conferência internacional de peso realizada após o fim da Guerra Fria,
com a presença de delegações de 175 países.
Foi sede dos Jogos Pan-Americanos de 2007, ocasião à qual
realizou investimentos em estruturas esportivas (incluindo a construção do
Estádio Nilton Santos) e nas áreas de transportes, segurança pública e
infraestrutura urbana; e de sete jogos da Copa do Mundo de 2014. Ainda no
âmbito esportivo, a cidade também sediou os Jogos Olímpicos de Verão de 2016.
Entre a noite de sábado, 20 de novembro, até o dia 27 de
novembro de 2010, sucederam-se na Região Metropolitana do Rio de Janeiro vários
atos de violência organizada. Durante os ataques e depois, durante as
operações, registrou-se que pelo menos 181 veículos teriam sido incendiados
pelos criminosos. Nesse período, ocorreram ainda 39 mortes, cerca de duzentas
detenções para averiguação e quase setenta prisões.
No dia 25 de
novembro, deu-se a maior ofensiva da Polícia Militar do Rio de Janeiro, com seu
Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) atuando ao lado da Polícia
Civil do Rio de Janeiro, encabeçada pela Coordenadoria de Recursos Especiais
(CORE) e em parceria com o Corpo de Fuzileiros Navais, que disponibilizou seis
blindados e um grupamento de fuzileiros navais da mesma unidade para apoio
logístico da operação, que resultou na ocupação do território da Vila Cruzeiro
e do Complexo do Alemão, regiões da cidade que até então estava em poder dos
narcotraficantes do Comando Vermelho.
A cidade ocupa a margem ocidental da baía de Guanabara e as
ilhas (como Governador e Paquetá), e desenvolveu-se sobre estreitas planícies
aluviais comprimidas entre montanhas e morros. Está assentada sobre três grandes
maciços: Pedra Branca, Gericinó e o da Tijuca, com picos de interesse turístico
como o Bico do Papagaio, Andaraí, Pedra da Gávea, Corcovado, o Dois Irmãos e o
Pão de Açúcar.
LITORAL
Seu litoral tem 197 quilômetros de extensão e inclui mais de
cem ilhas que ocupam 37 km², e desdobra-se em três partes, voltadas à baía de
Sepetiba, ao oceano Atlântico e à baía de Guanabara. O litoral da baía de
Sepetiba tem como único acidente geográfico de expressão a Restinga da
Marambaia e é arenoso, baixo e pouco recortado. O litoral da baía de Guanabara
é recortado, baixo, abarca muitas ilhas (como a do Governador com de 29 km²) e,
em suas margens, situam-se o centro comercial e os subúrbios industriais.
O litoral Atlântico expressa alternâncias consideráveis,
apresentando-se ora alto, quando em contato com as ramificações costeiras dos
maciços da Pedra Branca e da Tijuca, ora baixo, trecho pelo qual se estendem as
praias integradas à paisagem urbana. Diversas lagoas, como as da Tijuca,
Marapendi, Jacarepaguá e Rodrigo de Freitas formaram-se nas baixadas, muitas de
terreno pantanoso a ainda não completamente drenado.
CLIMA
O Rio de Janeiro tem um clima tropical savânico (ou tropical
semiúmido) do tipo Aw na classificação climática de Köppen, com variações
locais, devido às diferenças de altitude, à vegetação e à proximidade com o
oceano. Por se tratar de uma cidade litorânea, o efeito da maritimidade é
perceptível, traduzindo-se em amplitudes térmicas relativamente baixas. Os
verões são quentes e úmidos e ocasionalmente com temporais. Segundo dados do
Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1961 a temperatura mínima
absoluta registrada no Rio de Janeiro foi de 6,7 °C em 28 de junho de 1994 na
estação meteorológica do bairro Alto da Boa Vista, onde também foi registrado o
maior acumulado de precipitação do município em 24 horas, de 327,2 mm em 12 de
março de 1998. Já a temperatura máxima absoluta atingiu 43,2 °C em 26 de
dezembro de 2012, na estação do bairro Santa Cruz, superando os 43,1 °C em 14
de janeiro de 1984 registrados em Bangu (cuja estação foi desativada em março
de 2004), considerado o bairro mais quente da cidade.
RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL
Municípios limítrofes Duque
de Caxias, Itaguaí, Seropédica, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu e São
João de Meriti
Distância até a capital 1
148 km
Fundação 1 de
março de 1565 (454 anos)
Aniversário 1º de
março
Administração
Prefeito: Marcelo Crivella (PRB, 2017 – 2020)
Características geográficas
Área total - 1 200,255 km²
População total (estatísticas IBGE/2019) 6 718 903 hab.
• Posição BR: 2º; RJ: 1º
Densidade 5 597,9
hab./km²
Clima tropical
atlântico (Aw)
Altitude 2 m
Fuso horário Hora de
Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010) 0,799
— alto
• Posição RJ: 2º
PIB (IBGE/2016) R$
329 431 359,90 mil
• Posição BR: 2º
PIB per capita (IBGE/2016) R$
50 690,82
Outras informações
Padroeiro: São
Sebastião
Website - www.rio.rj.gov.br (Prefeitura)
www.camara.rj.gov.br (Câmara)
Parabenizamos a cidade do Rio de Janeiro
pelos seus 454
anos.
PARABÉNS!
ALBERTO ARAÚJO-EDITOR DO FOCUS
APOIO NA DIVULGAÇÃO
FONTE:
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